Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fortaleza - Origem



Desenho da Vila de Fortaleza - 1730


Planta exata de Fortaleza - 1859


 Ilustração da Maquete de Fortaleza feita por Sérgio Marques, Edite Colares, Cartaxo de Arruda Jr. e Wanderley Palmiro, a partir do desenho feito pelo Capitão-Mor Manoel Francês em 1726, que se encontra no Museu do Ceará.



FOTO DA DÉCADA DE 60


A origem de Fortaleza remonta-se no século XVII, quando os portugueses conquistaram estas terras e construíram o Forte São Sebastião*, que foi arrasado anos mais tarde pelas tribos indígenas que habitavam na zona muito antes dos seus conquistadores. No ano de 1649 uma expedição holandesa conquistou as terras do Ceará e ocupou a antiga Fortaleza arrasada pelos índios, a reconstruiu e chamou-lhe de Forte de Schoonenborch. No ano de 1654 esta Fortaleza foi reconquistada pelos portugueses, que foram os que mudaram seu nome e começaria então a ser conhecida pela denominação de Forte de Nossa Senhora da Assunção. A partir de então começou a surgir um pequeno povoado arredor de Fortaleza e seus habitantes viviam principalmente da agricultura e da pesca.
 

Sua excelente situação geográfica, banhada pelo Oceano Atlântico está rodeada de áreas naturais, fez que em poucos anos a população se multiplicasse de maneira considerável. No começo do século XVIII a população foi elevada a categoria de Vila, graças a seu bom desempenho econômico motivado em boa parte pela exportação de algodão à Inglaterra. No ano de 1823 D. Pedro I à eleva a categoria de Cidade e foi conhecida em um princípio como Fortaleza de Nova Bragança, logo passaria a denominar-se Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção e finalmente Fortaleza. Atualmente esta grande Metrópole, com mais de 2 milhões de habitantes, se converteu em um dos destinos turísticos mais importantes de toda a Região Nordeste do Brasil. Os turistas são atraídos por seu rico patrimônio histórico e monumental, com templos e edifícios belíssimos, e por seu fascinante calçadão repleto de praias e todos os serviços comerciais necessários. É conhecida por suas excelentes infra estruturas hoteleiras e por sua animada vida cultural, em toda a Cidade existem numerosos centros culturais e locais onde se realizam todo o tipo de atos e representações no decorrer de todo o ano. Além disso, merece especial destaque os numerosos bares, restaurantes e locais animados. Com um ambiente noturno que podemos encontrar em seu extenso calçadão.

Lugares Históricos :

Forte de Nossa Senhora da Assunção -

O Forte de Nossa Senhora da Assunção, originalmente conhecido por Forte de Schoonemborch, foi construído pelos holandeses Matias Beck no ano de 1649 sobre a colina Marajaitiba, na Avenida Alberto Neponucemo, lugar onde existiam as ruínas de uma antiga fortaleza portuguesa denominado O Forte de São Sebastião*. Anos mais tarde, em 1654 foi ocupado pelos portugueses, os quais batizaram-no com seu atual nome. Atualmente é sede do Comando da 10ª Região Militar e foi declarado Patrimônio Histórico Artístico Nacional.


A Catedral Metropolitana de Fortaleza encontra-se situada na Praça da Sé, no centro da cidade, é a igreja mais importante do município e a terceira maior catedral do Brasil. Foi construída pelo arquiteto francês George Maunier no lugar onde estava localizada a antiga Igreja da Sé, entre os anos de 1938 e 1978, inspirada na catedral alemã de Colônia. Ela se distingue por seu estilo arquitetônico, principalmente o gótico e o romano. Destaca sua majestosa fachada principal, com duas magníficas torres construídas em ambos lados. Nela realizam-se os principais eventos religiosos do Estado de Ceará.

Igreja Nossa Senhora do Rosário

A igreja Nossa Senhora do Rosário localiza-se na Rua do Rosário, Praça dos Leões, e é a igreja mais antiga da cidade. Foi construída pelos escravos no ano de 1730 e reconstruída em meados do século.

Entre os anos de 1821 e 1854 foi a principal igreja da cidade, em seu interior chama a atenção seu altar de madeira, que é conservado desde sua construção.

Mercado dos Pinhões 

O Mercado dos Pinhões atual é na verdade apenas a metade do antigo Mercado do Ferro, inaugurado a 18 de abril de 1897, vindo da França e desmontado em 1938. Fabricado para abrigar o mercado de carnes, é hoje um dos mais novos tempos da cultura de Fortaleza.
Agora denominado Mercado das Artes, revela em si importantes iniciativas do resgate histórico: a restauração e conservação de um patrimônio arquitetônico e sentimental para a cidade e a instituição de um centro de artes que busca, antes de tudo, atuar como uma efervescente usina de idéias e produtos culturais. Localização: Praça Visconde de Pelotas.

A Igreja Nossa Senhora da Conceição da Prainha foi construída a mando do Padre Carlos Augusto Peixoto no século XIX. É um dos mais belos templos em estilo gótico localizado na Avenida D. Manuel, no centro da cidade.


Igreja do Sagrado Coração de Jesus - A Igreja do Sagrado Coração de Jesus foi construída no centro da cidade, na Avenida Duque de Caxias. Foi inaugurada no ano de 1886 e reconstruída a meados do século XX pelos Padres Capuchinos.

O Santuário Sagrado Coração de Jesus foi erguido em 1961, depois do desastre que soterrou quase metade da igreja de mesmo nome. Hoje, a construção pede reparos.

A construção da Igreja Sagrado Coração de Jesus começou em 1878 e terminou em 1886. A obra foi encomendada pelo casal Albano para um de seus filhos, Antônio Xisto Albano, que estava na Europa se preparando para ser padre e chegou a ser nomeado bispo do Maranhão. Em 1901 ele convidou os capuchinhos para tomar conta da igreja. - A primeira construção se assemelhava à Igreja do Carmo. Em 1952, os engenheiros Luciano Pamplona e Valdir Diogo aumentaram a altura da torre e colocaram um imenso relógio trazido de Roma na fachada. Cinco anos depois, em 1957, a torre cedeu e soterrou a entrada da igreja. Não houve vítimas.

Paço Municipal - O Paço Municipal de Fortaleza, antigo Palácio Episcopal, encontra-se na Rua São José. Ao redor da Catedral Metropolitana está o Bosque Dom Delgado. Construída no século XIX, é sede da Prefeitura Municipal da Cidade desde 1973.

Construído na primeira metade do século XIX pelo negociante Antônio Francisco da Silva foi posteriormente vendido ao coronel Joaquim Mendes da Cruz Guimarães. Comprado em 21 de abril de 1866 pela Tesouraria da Fazenda,e doado à Igreja para a instalação o Bispado de Fortaleza no dia 28 de outubro de 1892.O edifício passa à propriedade do município em 1973, transformando-se em Paço Municipal.

Antiga Cadeia Pública




A Antiga Cadeia Pública localiza-se na Rua Senador Pompeu. É um edifício de meados do século XIX que se converteu no Centro do Turismo da Cidade, sede do Museu de Arte Popular e do Museu da Mineralogia, entre outras coisas.
Informações adicionais: Idealizada pelo engenheiro Manuel Castro de Gouveia em meados dos anos 50, o prédio da Antiga Cadeia Pública foi desativado em função da construção do Instituto Penal Paulo Sarasate, alguns anos mais tarde.
O prédio de linhas neo-clássicas foi reformado e passou então a funcionar como Centro de Turismo de Fortaleza, tornando-se sede da Emcetur - Empresa Cearense de Turismo.Além de receber turistas e fornecer informações locais para os viajantes, o centro também abriga o comércio de artesanatos e produtos típicos do local. As celas servem como boxes, oferecendo espaço para que os artesão demonstrem suas peças e, no pavilhão, há espaços culturais: o Museu de Arte Popular e o Museu de Mineralogia.
O que mais me chamou atenção foi perceber que a cela onde ficavam os pressos está super preservada, inclusive com a fechadura antiga.

Com certeza a segunda foto foi a que me chamou mais atenção por esse detalhe de época!
Isso me fez pensar...quantas pessoas já passaram por essa cela... O que essas grades escondem...






Casa José de Alencar 

A Casa José de Alencar foi o lugar
onde nasceu e viveu José de Alencar, considerado um dos maiores escritores românicos do Brasil. Localiza-se no Distrito de Messejana, na Avenida Washington Soares, edifício construído no ano de 1826 que atualmente conserva seu estado original. Foi declarada Patrimônio Histórico Artístico Nacional e atualmente é sede do Museu Arthur Ramos.


Teatro José de Alencar 

O Teatro José de Alencar encontra-se no centro de Fortaleza, Praça José de Alencar, foi inaugurado no dia 17 de junho de 1910. É considerado um dos teatros mais belos do país e um dos monumentos artísticos mais importantes da cidade declarado Patrimônio Histórico Artístico Nacional no ano de 1964.

Palacete Ceará

O Palacete Ceará encontra-se na Praça do Ferreira, Rua Guilherme Rocha. Foi construído no início do século XX, era utilizado como lugar de encontro para reuniões da alta sociedade do Estado. Desde o ano de 1946 é a sede da Caixa Econômica Federal.

Palácio da Abolição


O Palácio da Abolição encontra-se na Avenida Barão Studart, foi a antiga sede do Governo do Estado. Atualmente abriga o sepulcro com os restos mortais do Presidente Castelo Branco e também é a sede da Secretaria da Cultura e Esporte do Ceará.

Palácio da Luz 


O Palácio da Luz, antiga sede do Governo Estadual, foi construído no século XVIII na Praça dos Leões. Atualmente é a sede da Academia Cearense de Letras e da Casa de Cultura Raimundo Cela.

Museu do Ceará - O Museu do Ceará encontra-se instalado no Palácio Senador Alencar, um belo edifício do século XIX. Foi inaugurado no ano de 1933 e foi conhecido até o ano de 1950 como Museu Histórico do Ceará. Está situado na Rua São Paulo e conserva um importante arquivo histórico e antropológico.


O Museu do Ceará atual tem suas coleções originadas no acervo do primeiro museu do Ceará que pertencia ao médico Joaquim Antônio Alves.

Possui um dos mais importantes e maiores acervos do Estado, composto por mais de sete mil peças nos aspectos culturais, econômicos e sociais. Este acervo é resultado de compras e doações de particulares e públicas e inclui moedas, quadros, medalhas, artefatos indígenas, móveis, peças arqueológicas, bandeiras e armas. Há também peças de “arte popular” e uma coleção de cordéis publicados entre 1940 e 2000 com 950 exemplares. O Bode Ioiô, um animal boêmio da década de 1920 [1914 - 1931] e virou uma importante personagem na capital cearense, foi doado ao museu e tornou-se uma de suas raras peças.

Museu Arthur Ramos - O Museu Arthur Ramos, famoso antropólogo, encontra-se alojado na Casa José de Alencar, na Avenida Washington Soares do Distrito de Messejana. Conserva uma importante coleção de objetos, os quais mostram as origens e os costumes das pessoas que povoaram estas maravilhosas terras.

Possui um acervo de 3.000 a 5.000 peças, entre elas, mostra da cultura indígena do Ceará e peças de origem africana, coleção que pertenceu ao antropólogo Arthur Ramos.
Existem também telas e documentos do escritor José de Alencar.

Farol do Mucuripe - Museu do Jangadeiro O Farol do Mucuripe foi construído entre os anos de 1840 e 1846 em homenagem a Princesa Isabel.Foi declarado Patrimônio Histórico e atualmente no seu interior está instalado o Museu do Jangadeiro, conhecido também como Museu do Farol.

É um dos pontos turísticos mais belos e mais visitados da cidade. Se destaca pelos fantásticos planos panorâmicos que se pode observar dos seus arredores.

Mercado Central - O Mercado Central encontra-se na Rua Alberto Nepomuceno, perto da Catedral. Foi inaugurado a princípios do século XIX.

Está localizado próximo à Catedral. Foi construído em 1818 para substituir dois outros de estrutura metálica, que não mais condiziam com o processo da cidade.
Com o crescimento de Fortaleza, o mercado já não comportava mais o movimento que lhe era imposto.
Em 1998 foi desativado para a construção do novo Mercado Central.

Centro Cultural Dragão do Mar - O Centro Cultural Dragão do Mar está localizado na Rua Dragão do Mar e é um dos centros culturais mais importantes de Fortaleza. Foi inaugurado no ano de 1998 com instalações de mais de 30.000m2, com Museu de Arte, Memorial da Cultura Cearense, Teatro, Ateliê de Arte, Planetário e o Cinema São Luiz.
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura é uma infra-estrutura completa para o exercício do lazer e da arte, objetivando democratizar o acesso à cultura, gerar novos empregos e movimentar o mercado turístico cearense.
São 30 mil metros quadrados de área para vivenciar a arte e a cultura.

Cine São Luiz -


Localizado em frente a Praça do Ferreira, sua construção foi iniciada em 1939 e concluída em 1958. Mistura elemento Art-Déco e linhas neoclássica, com capacidade para 1.500 pessoas, possui três lustres de cristal oriundos da Tchecoslováquia e uma escadaria revestida em mármore. O cinema cedia anualmente o festival de cinema e vídeo do Ceará - Cine Ceará. É o cinema mais luxuoso de todo o país.


A Praça do Ferreira é o coração de Fortaleza. Foi inaugurada no ano de 1929 e foi conhecida como a Praça Feira Nova.











Parque da Liberdade -

O Parque da Liberdade localiza-se no centro da cidade e antigamente era conhecido como Parque da Lagoa do Garrote.

Parque Ecológico do Cocó -


O Parque Ecológico do Cocó é a principal zona verde da cidade, localizado às margens do Rio Cocó e é considerado o maior parque urbano de toda a América do Sul. Estende-se por mais de 400 hectares, possui frondosos bosques e um extenso mangue onde convivem numerosas espécies de animais e plantas. Conta com zonas dedicadas ao esporte, com bares, restaurantes e teatro onde se realizam importantes apresentações culturais no decorrer de todo o ano.



Estação Ferroviária João Felipe -

A Estação Ferroviária João Felipe encontra-se na Praça Castro Carreira, no Centro da cidade. Foi inaugurada no ano de 1880 e destaca-se por ter uma bela fachada em estilo neoclássico. No ano de 1193 foi declarada Patrimônio Histórico Artístico Nacional.




Centro de Turismo - O Centro de Turismo da Cidade localiza-se na Rua Senador Pompeu, instalado em um belo edifício neoclássico de meados do século XIX. Atualmente é sede do Museu de Arte e Cultura Popular, o Museu de Mineralogia, o Teatro Carlos Câmara e um Centro Comercial com várias lojas de artesanato.

O Centro de Turismo do Ceará possui 104 lojas que garantem a oferta de peças de artesanato.

Ponte do Ingleses

Ponte dos Ingleses, também chamada erroneamente de Ponte Metálica, localiza-se na Praia da Iracema. Foi construída pelos ingleses no começo do século XX. Na última reforma, colocaram um observatório de golfinhos e um pequeno museu que ensinava a história desta ponte.





Porto do Mucuripe -



O Porto de Mucuripe encontra-se na Avenida Vicente de Castro.







Morro do Mirante - Morro de Santa Terezinha O Morro do Mirante, conhecido também como Morro de Santa Teresinha, é o ponto mais alto de Fortaleza. Merecem especial destaque as fantásticas vistas da cidade que se dividem por seus arredores.

AS PRAIAS DE FORTALEZA

A grande maioria das praias espalhadas pela costa de Fortaleza são praias urbanas e estende-se pelos mais de 25 quilômetros que tem o seu calçadão, repleto de bares e excelentes restaurantes onde podemos saborear seus pratos típicos, especializados em peixes e mariscos. São praias de areia fina e água cristalina frequentada pelos amantes de esportes náuticos, destacando a vela e o mergulho. Uma das mais importantes praias é a do Futuro, famosa em todo o Estado pelos locais noturnos, sempre animados. Conta com todos os serviços ao público necessários e com excelentes infra-estruturas hoteleiras e de lazer.

Praia da Barra do Ceará

Praia de Goiabeiras

Praia do Arpoador

Praia de Pirambu

Praia de Jacarecanga

Praia Formosa

Praia de Iracema

Praia do Meireles

Praia da Volta do Jurema

Praia do Mucuripe

Praia do Farol / Titãzinho

Praia do Futuro

Praia Caça e Pesca
Praia de Sabiaguaba
Praia Abreulândia




*Interessante salientar que o nome do Forte São Sebastião não consta em nenhum documento português (Luso), apenas em documentos Neerlandeses. Ao invés disso, encontramos o "Forte do Siara". Os lusos o chamam de Forte do Siara/Seara.  Crédito: J Terto de Amorim

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Seminário e Igreja da Prainha



Gravura antiga da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Prainha-1859
Algumas fotos possuem uma resolução maior, clique na imagem para visualizar

Seminário da Prainha (foto de 1890)


A Igreja da Conceição da Prainha (mais conhecida como igreja da Prainha) foi construída no então alto da colina do Outeiro. Ao seu redor, surgiu o Seminário Episcopal de Dom Luiz Antônio dos Santos, primeiro bispo do Ceará. O Seminário da Prainha e a Igreja acabaram formando um só conjunto. O seminário ficou sob a responsabilidade dos lazaristas no período de 1864 a 1963. Mais tarde, passou a denominar-se Seminário Episcopal do Ceará e depois Seminário Provincial da Prainha. Em 2 de fevereiro de 1967, o arcebispo de Fortaleza, dom Delgado, criou o Instituto Superior de Cultura Religiosa (Iscre), na sucessão do Seminário da Prainha. Em 1968, transmuta-se o Iscre para Instituto de Ciências Religiosas (Icre). Em 1972, foi criada a Faculdade de Filosofia de Fortaleza, extinta alguns anos mais tarde. Hoje abriga o Instituto Teológico Pastoral do Ceará.

Um pouco de História

Foram iniciadas, no dia 8 de dezembro de 1839, as obras de construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Prainha (Igreja da Prainha), iniciativa de Antônio Joaquim Batista de Castro, o "Galinha Branca", que morreu no dia 25 de outubro de 1885, aos 68 anos de idade, deixando-a quase pronta. No dia 8 de dezembro de 1841, realiza-se a primeira missa, inaugurando-a.
Já o Seminário Diocesano ou Seminário Episcopal ou ainda Seminário Arquiepiscopal, instalou-se no dia 18 de outubro de 1864 quando era bispo Dom Luís Antônio dos Santos, primeiro bispo do Ceará e que foi o seu primeiro Reitor, criado pela lei nº 1.144 de 27/09/1864. Pela Lei nº 1.140 de 27/09/1860, fora autorizada a sua criação. O primeiro prédio a abrigar o Seminário foi o do atual Colégio da Imaculada Conceição, então Colégio das Órfãs. Estavam sendo construídos o prédio do Seminário e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Prainha. Quando ficou concluído o prédio da Prainha o Seminário transferiu-se. Foi confiada administração aos padres lazaristas, sendo seu primeiro reitor o Padre Pierre Auguste Chevalier, que ali permaneceu por quase 20 anos.

O arcebispo metropolitano de Fortaleza, Dom Manoel da Silva Gomes, benze, solenemente, no dia 17 de dezembro de 1922, dentro das comemorações do Centenário da Independência do Brasil no Ceará, os quatro grandes sinos da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Prainha, batizados de Centenário, Brasil, Ceará e Fortaleza.
No dia 7 de abril de 1967, o tradicional Seminário Arquiepiscopal da Prainha encerra suas atividades e dá lugar ao Instituto de Ciências Religiosas.
No dia 19 de março de 1973, é reaberto o Seminário Arquiepiscopal da Prainha, agora com o nome de Seminário Regional, em solenidade que também marcou a inauguração da Faculdade de Filosofia de Fortaleza.

A primeira foto, a mais antiga, data aproximadamente da primeira década do século que passou, quando ainda não havia urbanização em seu redor, o Seminário ainda tinha colunas e grades em seu redor bem como a fachada principal da igreja.
A segunda foto de Osmar Onofre, mostra, vista do mesmo ângulo, como está hoje o local, com asfalto nas avenidas - Avenida Monsenhor Tabosa, Avenida Dom Manuel e Avenida Leste-Oeste. A posteação, os carros, os fios, a iluminação e as sinalizações vertical e horizontal completam a diferença de época.



SEMINÁRIO - Início da Av. MONSENHOR TABOSA

O Seminário de Prainha aparece aqui em duas fotos com diferença de mais de 95 anos. O prédio foi construído para um colégio de órfãs, em 1863, mas no ano seguinte, durante a construção, foi convertido em Seminário, sendo inaugurado com o venerando Dom Luís Antônio dos Santos à frente de seu destino que para lá mudou sua residência.
No mesmo ano chegam de Paris aqueles que viriam ocupar os lugares de reitor e vice-reitor, padres Pedro Augusto Chevalier e Lourenço Enrile.
A construção do prédio do Seminário foi feita à custa de esmolas públicas e auxílio governamental de onze contos de réis. Ainda em 1864 iniciaram-se as aulas no final de novembro, graças aos esforços do padre Glicerio da Costa Lobo e Firmino da Rocha Brent.
Em 1873 teve matriculados nada menos que 159 alunos. Em 1894 o Seminário sofreu um desabamento parcial na parte interna, passando por séria reforma.

A primeira fotografia, a mais antiga, que data de 1905 traz um seminário com extensa grade entre colunas em uma rua sem pavimentação, calçadas muito estreitas com poucos combustores de iluminação pública a gás carbônico. Vários "jacarés" para descida d'água ao longo da fachada. Ao longe, após a igreja, um muro.
A segunda foto, de Osmar Onofre, nos mostra o mesmo prédio já sem a grade, mas com a parte onde existia a mesma, elevada, tendo diante da porta principal um trecho com muro.
Existe agora uma calçada, a rua está asfaltada e no lugar dos combustores a gás, postes de concreto com Iluminação a vapor de mercúrio. Nos locais onde existiam os "jacarés" de descida d'água, estão agora canos de matéria plástica (PVC), confundindo-se com as colunas ornamentais da fachada. Ao longe, após a igreja, fica a Praça do Cristo Redentor e o Teatro São José.



A Igreja da Prainha tem estilo neoclássico.


Fotos recentes do Seminário da Prainha
Clique na imagem para vê-la em tamanho maior




Fonte: Portal do Ceará, Arquivo Nirez e pesquisas diversas 

terça-feira, 21 de julho de 2009

Praça da Estação





A Antiga Estação Central de Fortaleza, foi inaugurada em 1873 pela Estrada de Ferro de Baturité. Em 1880 o prédio atual foi entregue substituindo a primitiva estação. Em 1946 passou a se chamar Professor João Felipe, um engenheiro ferroviário cearense que foi também Ministro das Relações Exteriores. Desta estação partem duas linhas de trens metropolitanos (um pela antiga linha Norte e outro pela antiga linha Sul/tronco*), antes administrados pela CBTU e agora pela Metrofor. A estação foi reformada e se encontra limpa e em bom estado de conservação e com vigilância ostensiva. A partir de maio de 2009, com a retomada das obras do Metrofor, a estação passou a atender somente os trens que saem e chegam da linha Norte (sentido Floresta). É um dos prédios de estação mais antigos do Brasil ainda de pé e em funcionamento.



Foto da Praça Castro Carreira ainda com a estátua do General Sampaio. Arquivo Assis de Lima

(No dia 24 de maio do ano de 1900, foi inaugurada no centro da praça a estátua do General Sampaio, sobre uma coluna de mármore. No dia 24/05/1966 a estátua foi retirada e levada para a Avenida Bezerra de Menezes sem seu pedestal, que foi destruído, e juntados a ela os restos mortais do homenageado. Em 1981 foi a estátua novamente deslocada, desta feita para a Avenida 13 de Maio, em frente ao 23º BC, sem que acompanhassem os seus restos mortuários. Em 1996 por iniciativa do Instituto do Ceará, tanto a estátua como os restos mortais do general foram transferidos e hoje se encontram em frente à 10ª Região Militar, na Avenida Alberto Nepomuceno. Fonte: Cronologia Ilustrada de Fortaleza)

Foto da Praça Castro Carreira ainda com a estátua do General Sampaio. Arquivo Assis de Lima


A edificação da Estação de Fortaleza da Estrada de Ferro de Baturité, projetada e construída com planta do engenheiro Henrique Foglare, no local do antigo cemitério de São Casemiro praticamente com mão-de-obra dos retirantes da seca de 1877 em terreno que pertencia à sesmaria de Jacarecanga, de procedência da família Torres que fez doação a uma sociedade de oficiais do exército para o exercício de soldados. A Confraria de São José declarou-se dona da região e mais tarde a aforou à via férrea de Baturité. A obra teve sua pedra fundamental lançada em 30 de novembro de 1873, mas somente foram iniciadas as obras em 1879, sendo, assim, inaugurada em 9 de junho de 1880, em frente ao antigo "Campo da Amélia".
Mantém-se praticamente inalterada até os dias de hoje.
O edifício desenvolvendo-se em um único pavimento, e domina completamente o espaço urbano da praça. A fachada do bloco central possui colunas sobre pedestal encimado por frontão triangular, e escadaria demarcando o acesso ao interior do edifício. As fachadas contíguas possuem fenestração com aberturas em arco pleno, arrematadas superiormente por cornijas* e platibandas*. O prolongamento da Estrada de Ferro de Baturité ao Cariri e os Açudes na Província do Ceará.


Foi concluído em 14 de setembro de 1873 o primeiro trecho entre Fortaleza e Arronches, hoje Parangaba

*HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco, ou linha Sul, da Rede de Viação Cearense surgiu com a linha da Estrada de Ferro de Baturité, aberta em seu primeiro trecho em 1872 a partir de Fortaleza e prolongada nos anos seguintes. Quando a ferrovia estava na atual Acopiara, em 1909, a linha foi juntada com a E. F. de Sobral para se criar a Rede de Viação Cearense, imediatamente arrendada à South American Railway. Em 1915, a RVC passa à administração federal. A linha chega ao seu ponto máximo em 1926, atingindo a cidade do Crato, no sul do Ceará. Em 1957 passa a ser uma das subsidiárias formadoras da RFFSA e em 1975 é absorvida operacionalmente por esta. Em 1996 é arrendada juntamente com a malha ferroviária do Nordeste à Cia. Ferroviária do Nordeste (RFN). Trens de passageiros percorreram a linha Sul supostamente até os anos 1980.


Foto de 1905


Os trens de subúrbio ligando João Felipe (nome da estação central de Fortaleza) a Vila das Flores (estação recente, logo após a velha estação de Maracanaú), pela antiga linha Sul, e a Caucaia (pela antiga linha Norte), existem pelo menos desde 1960 com esse nome e esse percurso. Depois de serem operados seguidamente pela Rede de Viação Cearense, pela RFFSA e pela CBTU, desde 2004 são operados por uma empresa do Estado, a Metrofor, que se propõe a revitalizar todas as velhas linhas e estações, com trechos de superfície, aéreos e subterrâneos. Por enquanto circulam os velhos trens puxados por uma locomotiva diesel.


A estação Central de Fortaleza, em 1922


A estação (de João Felipe) está muito bonita, bem cuidada, porém o trem que sai dali é sucata pura. É uma locomotiva GE puxando carros de subúrbio enferrujados e pixados cujas portas nem funcionam. Os percursos são pequenos (pouco mais de 20 km); o trem atravessa muitas passagens de nível e, quem mora perto da linha tem que se acostumar com o intenso buzinaço diário das locomotivas que passam muito velozes.


Fachada da estação, em 1970.



Os Caminhos da História da Ferrovia Cearense

Foi em 25 de março de 1870 que um grupo de empresários ilustres entenderam de impulsionar o desenvolvimento do nosso Estado e, assim, resolveram se reunir e criar uma ferrovia. O Pacto foi firmado entre o Senador Tomaz Pompeu de Souza Brasil, o Bacharel Gonçalo Batista Vieira (Barão de Aquiraz), o Coronel Joaguim da Cunha Freire (Barão de Ibiapaba), o negociante inglês Henrique Brocklehurst e o Engenheiro Civil José Pompeu de Albuquerque Cavalcante.
A Companhia Cearense da Vila Férrea de Baturité foi construída em 25 de julho do mesmo ano. Esta era a empresa para construir um caminho de ferro inicialmente até a Vila de Pacatuba, com um ramal para Maranguape, sendo ela hoje a conhecida Linha Tronco Sul.
Em Fortaleza, foi instalado um escritório da empresa, tento seu primeiro empregado João da Costa Weyne. Estávamos em 1971 quando tudo isso acontecera. O local escolhido para a instalação da estação central foi o antigo Campo D'Amélia, hoje a Praça Castro Carreira, e para a construção do "chalet" para o escritório e as oficinas o antigo Cemitério de São Casemiro. A inauguração aconteceu em 9 de julho de 1870, no Reinado de Dom Pedro II, tento como o diretor da Estrada o Engenheiro Amarílio de Vasconcelos.
Em 1º de julho de 1873 deu-se o assentamento dos primeiros trilhos, com a Locomotiva de Fortaleza andando sobre eles em agosto. Foi concluído em 14 de setembro de 1873 o primeiro trecho entre Fortaleza e Arronches, hoje Parangaba, sendo ele inaugurado em 29 de novembro. A primeira viagem que o trem fez sobre aquele trecho teve como tripulação o maquinista José da Rocha e Silva, foguista Henrique Pedro da Silva, chefe de trem Eloy Alves Ribeiro e guarda-freio Marcelino Leite.
A Estação de Pacatuba foi inaugurada em 9 de janeiro de 1876, mas os problemas causados pelas seca acabou prejudicando a situação financeira da Empresa e, assim, o Governo Imperial determinou ao Conselheiro João Lins Vieira Cansanção de Sinimbú, não só o resgate da ferrovia como o seu prolongamento, bem como a construção a Estrada de Ferro de Sobral, hoje a Linha Tronco Norte.

"A liturgia da partida de um trem da CBTU em João Felipe chega a ser comovente. Em primeiro lugar, uma sirena toca por três vezes. Nesse momento, a venda de passagens é interrompida, provavelmente para evitar que retardatários cheguem correndo no momento da partida do trem e que ocorra algum acidente. Alguns instantes depois, o sino toca uma vez. Depois de algum tempo, a locomotiva toca seu apito uma vez. E, pouco depois, a composição entra em marcha" (Antonio Gorni, julho de 2009). A Foto é das Plataformas da estação com trens metropolitanos de Fortaleza, em 2004. Foto de Antonio Gorni

Estação Central Professor João Felipe

Construída em estilo dórico-romano pelo engenheiro austríaco Henrique Folgare, a Estação Central Professor João Felipe teve sua pedra fundamental lançada em 30 de novembro de 1873, mas somente foram iniciadas as obras em 1879, sendo assim, inaugurada em 9 de junho de 1880.


A Estação Central é o ponto de convergência das Linhas Troco Norte e Sul, integrando, assim, a malha ferroviária. Quando era Presidente da República o Dr. José Linhares, cearense de Baturité, o nome da principal estação da antiga RVC só foi dado em 1946, em homenagem ao ilustre engenheiro ferroviário cearense, nascido em Tauá, em 23 de março de 1861.

João Felipe Pereira foi Ministro das Relações Exteriores, da Agricultura e Viação e Obras Públicas do Governo do Marechal Floriano Peixoto. Professor da Politécnica do Rio de Janeiro, João Felipe foi também diretor dos Correios e Telégrafos, Inspetor de Obras Públicas do Rio de Janeiro, Presidente do Clube de Engenharia e Prefeito do antigo Distrito Federal.

O prédio da Estação Terminal Professor João Felipe, localizado no centro de Fortaleza na Praça Castro Carreiro, é Patrimônio Histórico da União, tombado e conservado. Sua última reforma foi a seis anos, permanecendo até hoje em bom estado. Na verdade, a parte mais conservada é a fachada do prédio, que ainda contem resquícios do passado. Em seu interior, foram feitas algumas alterações, para o melhor conforto dos usuário. Passam pela estação cerca de 31 passageiros por dia, onde lá eles têm um serviço de lanchonetes, banheiros, limpeza, bilheterias, "vale idosos" (onde o idoso tem direito a passagem gratuita) e eventos culturais que acontecem todos os meses. A Estação funciona diariamente das 4:30h às 20:30h. O setor de Controle Operacional funciona 24h/dia. É considerado o "coração da ferroviária", pois é lá que são feitos os controles de operação, de circulação, de comunicação, programas de viagens, regularização e avaliação das viagens. A estação conta também com o Parque de Manobras, onde ocorre o descarregamento das cargas e vagões.Os trens comportam 256 pessoas, sendo 88 sentadas. Um dos problemas que era levado pela Companhia eram os apedrejamentos, que foram solucionados com campanhas comunitárias e a colocação de telas nas janelas, para a maior segurança dos passageiros.



*Cornija: Molduras sobrepostas que formam saliências na parte superior da parede, porta, etc

Platibandas: Mureta de alvenaria maciça ou vazada, construída no topo das paredes externas de uma edificação, contornando-a acima da cobertura, e que se destina a proteger ou camuflar o telhado e compor ornamentalmente a fachada.


Fotos antigas e imagens maravilhosas

Antigo Mercado Central de Fortaleza (década de 30)

Castelão 1971-1972

Benfica nos anos 30


Barricadas contra Accioly. 1912



Av. Leste-Oeste, década de 70




Antigo Mercado Central de Fortaleza (década de 80)




Panorama. Postal datado de 1933! à esquerda vemos a Beira-mar




Praça Capistrano de Abreu, a praça da Lagoinha



Praça General Tibúrcio (atual praça dos Leões). Foto Sales. Década de 30



Rua Barão do Rio Branco próximo ao passeio público ficava esse rico conjunto arquitetônico




Rua Senador Pompeu, pavimentação de concreto, ficus benjamim 1958




Soberbo conjunto arquitetônico da Av. Alberto Nepomuceno. Ainda existe



Trincheiras contra os Jagunços que vinham de Juazeiro para depor o presidente Franco Rabelo 1914



Visão aérea 1945
NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: