Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
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Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Raimundo Fagner



Mais jovem dos cinco filhos de José Fares Lopes, imigrante libanês, e Dona Francisca Cândido Lopes, Fagner nasceu na capital cearense, embora tenha sido registrado no município de Orós.


Foto do acervo pessoal de Raimundo Fagner. Em exibição na sede da Fundação Raimundo Fagner em Fortaleza. Arquivo Klaudia Alvarez

Foto do acervo pessoal de Raimundo Fagner. Em exibição na sede da Fundação Raimundo Fagner em Fortaleza. Arquivo Klaudia Alvarez

Foto do acervo pessoal de Raimundo Fagner. Em exibição na sede da Fundação Raimundo Fagner em Fortaleza. Arquivo Klaudia Alvarez

Raimundo Fagner Cândido Lopes nasceu em 13 de outubro de 1949 foi registrado na cidade de Orós, no interior do estado do Ceará. Foi batizado em 27 de dezembro na Igreja do Carmo em Fortaleza. Aos seis anos ganhou um concurso infantil na rádio local (Ceará Rádio Clube), cantando uma canção em homenagem ao dia das mães. Na adolescência, formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas. Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música "Nada Sou", parceria sua com Marcus Francisco.


Notícia sobre a música vencedora do Festival de 1968 - "Nada sou" de Fagner e Marcus Francisco- Arquivo de Klaudia Alvarez


Tornou-se popular no estado em 1969, após comparecer em programas televisivos de auditório na TV Ceará, e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Jorge Mello, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra, o grupo ficou conhecido como "o pessoal do Ceará". Também no ano de 1969, após ganhar o 'I Festival de Música Popular do Ceará - Aqui no Canto', Fagner saiu em excursão junto com o grupo de música e teatro do Capela Cristina (grupo de música e arte do Ceará), foram para Buenos Aires de ônibus, a viagem durou 45 dias de estrada.

Jornal Tribuna do Ceará - Uma das primeiras entrevistas de Fagner publicada em um jornal do Ceará. Coluna da jornalista Bete Dias.- Arquivo de Klaudia Alvarez

A carreira nacional deste nordestino começava de forma bastante imprevisível. Mudou-se para Brasília em 1970 para estudar arquitetura, participou do Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com "Mucuripe" (parceria com Belchior), e classificou-se em primeiro lugar. No mesmo festival, recebeu menção honrosa e prêmio de melhor intérprete com "Cavalo Ferro" (parceria com Ricardo Bezerra) e sexto lugar com a música "Manera Fru Fru, Manera" (também com Ricardo Bezerra). A partir de então, Fagner consegue despertar a atenção da imprensa do Sudeste, sendo suas canções intensamente executadas nos bares da capital do país.


Fagner de Orós a Mucuripe - Foto de Magnólia Corrêa para reportagem do Jornal de Brasilia em 17 de Novembro de 1977 - Arquivo de Klaudia Alvarez

Em 1971 gravou seu primeiro compacto simples em parceria com outro cearense, Wilson Cirino. Foi lançado pela gravadora RGE, e não fez grande sucesso. O Objetivo da gravadora era bater o sucesso de cantores como Antônio Carlos e Jocafi. Ainda em 71 foi para o Rio de Janeiro, onde Elis Regina gravou "Mucuripe", que se tornou o primeiro sucesso de Fagner como compositor e também como cantor, pois gravou a mesma música em um compacto da série Disco de Bolso, que tinha, do outro lado, Caetano Veloso interpretando "A Volta da Asa Branca". 

Matéria publicada em um jornal do RJ em 1972 - Arquivo de Klaudia Alvarez

O primeiro LP, Manera Fru Fru, Manera, veio em 1973 pela gravadora Philips, incluindo "Canteiros", um de seus maiores sucessos, música sobre poesia de Cecília Meireles


1972 - Foto publicada na revista Amiga - Arquivo de Klaudia Alvarez

1972 - Foto que ilustra uma das primeiras matérias feitas com Fagner em um jornal do RJ na época do lançamento do Disco de Bolso do Pasquim - Arquivo de Klaudia Alvarez


O disco teve participação de Bruce Henri – contra-baixista nascido em Nova Iorque e radicado no Brasil, tendo integrado a banda de Gilberto Gil, Naná Vasconcelos e Nara Leão. Apesar de tudo, o Disco vendeu apenas 5 mil cópias, e foi retirado de catálogo, e só foi relançado em 1976. 


1973 - Na época em que Fagner morou na casa de Elis Regina e Ronaldo Bôscoli, na Estrada do Joá, RJ- Arquivo de Klaudia Alvarez

Bilhete de Roberto Menescal para Fagner - Arquivo de Klaudia Alvarez


O cantor fez, também em 1973, a trilha sonora do filme "Joana, a Francesa", que o levou à França, onde teve aulas de violão flamenco e canto. De volta ao brasil, gravou no ano de 1975 seu segundo álbum de estúdio, titulado "Ave Noturna", e foi lançado pela gravadora Continental. O disco atingiu um sucesso considerável de vendas, e pela primeira vez, Fagner teve uma de suas canções na trilha sonora de uma novela, "Beco dos Beleiros", de Petrício Maia e Brandão, na novela "Ovelha Negra" da TV Tupi. Ainda pela gravadora Continental, gravou um compacto simples ao lado de Ney Matogrosso. Em seu terceiro disco, pela gravadora CBS (Sony Music), titulado apenas Raimundo Fagner, que foi um sucesso em vendas, na primeira semana foram vendidos mais de 40 mil exemplares, os arranjos bem elaborados, e a qualidade de gravação, fez do álbum um dos melhores do ano de 1976, este álbum marcava a entrada de Fagner aos repertórios românticos. Ao mesmo tempo grava músicas de sambistas, como "Sinal Fechado", de Paulinho da Viola


Show Astro Vagabundo de 76 - Arquivo Klaudia Alvarez

Outros trabalhos, como seu quarto disco, Orós de 1977, disco que teve arranjos e direção musical de Hermeto Pascoal, demonstram uma atitude mais vanguardista e menos preocupada com o sucesso comercial. Fechando a década de 1970, lançou mais dois discos: Eu Canto (1978) com outro poema de Cecília Meireles – "Motivo", musicado por Fagner e sem os créditos da poetisa; e Beleza (1979). Fagner foi considerado pelos leitores da Revista Playboy, o melhor cantor do ano de 1979, em segundo lugar ficou Roberto Carlos.


Capa da Revista Veja de 1975 - Arquivo de Klaudia Alvarez

Foto de 1978 - Arquivo de Klaudia Alvarez


Coluna de Ronaldo Bôscoli no Jornal Ultima Hora,RJ - Arquivo Klaudia Alvarez

Década de 70 - Fausto Nilo, Fagner, Abel Silva - Arquivo Klaudia Alvarez

Nos anos 80 Fagner manteve o lado nordestino, e se dividia ao mesmo tempo com o romantismo. O primeiro LP dos anos 1980 foi Eternas Ondas, que teve na parte instrumental Zé Ramalho, Dominguinhos, Naná Vasconcelos, e muitos outros. Neste mesmo disco, Fagner fez uma versão, com ajuda de Frederico Mendes, do clássico de John Lennon e Yoko Ono "Oh My Love", do álbum Imagine de 1971. Aproveitando o auge de Fagner em sua carreira, a gravadora Continental lançou o disco Juntos - Fagner e Belchior, uma compilação que continha faixas do disco Ave Noturna, o único de Fagner lançado pela Continental. A Polydor, por sua vez, recolocou para venda o disco Manera Fru Fru Manera. Em 1981, Fagner gravou o álbum Traduzir-se um grande marco em sua carreira. 
O Disco foi lançado em toda a Europa e América Latina, vendeu mais de 250 mil exemplares em pouco tempo, e recebeu disco de platina. Também em 1981, lançou um álbum em espanhol, um antigo sonho de carreira. Em 1982 lançou Sorriso Novo, que tinha como canções, poemas de Fernando PessoaFlorbela Espanca musicados por Fagner. Em 1983 gravou Palavra de Amor, que teve participação do grupo Roupa Nova, e Chico Buarque. Nos anos seguintes, gravou os discos A Mesma Pessoa e Semente, os últimos com a gravadora CBS. Ao lado da Banda BlitzGonzaguinha e outros. Fagner participou do 12º Festival Mundial da Juventude, realizado entre julho e agosto de 1985, em Moscou. Em 1986 lançou seu primeiro disco pela gravadora RCA, com o nome de Fagner-A lua do Leblon, o disco superou a marca de 300 mil cópias vendidas. 

Festival de Verão, 1982

Em 1987, Fagner lançou mais um disco: Romance no Deserto (título em português de uma canção composta e gravada por Bob Dylan no álbum Desire). Este disco superou a marca de 1 milhão de cópias vendidas, e foi lançado também nos Estados Unidos da América, importado pela BMG music/Nova Iorque; as canções "Deslizes" e "À Sombra de Um Vulcão" ficaram por mais de 700 dias entre as mais tocadas do Brasil. O último disco da década, O Quinze, décimo quinto disco da carreira de Fagner, recebeu o Prêmio Sharp de melhor álbum do ano.


Encontro histórico entre o cantor Fagner , Socrates e o tecnico Tele Santana. A seleção brasileira se apresentaría em Fortaleza e em um treino recebeu a visita do cantor cearense que fazia grande sucesso na época. O Brasil acabaría vencendo este amistoso contra o Uruguai realizado no estadio Castelão em 27.09.1980 pelo placar de 1x0. Crédito da foto

 Abril de 1987 - Em seu apartamento no Leblon - Arquivo de Klaudia Alvarez


Abril de 1987 - Em seu apartamento no Leblon - Arquivo de Klaudia Alvarez


Abril de 1987 - Em seu apartamento no Leblon - Arquivo de Klaudia Alvarez

Anos 1990

O primeiro álbum da década, Pedras Que Cantam de 1991 teve como primeira canção de trabalho "Borbulhas de Amor", que tornou-se imediatamente sucesso nacional. O disco recebeu disco de platina tripla por vender 750 mil exemplares, e as canções "Borbulhas de Amor", "Pedras Que Cantam" e "Cabecinha no Ombro" ficaram durante oito meses nos primeiros lugares nas rádios do Brasil. Fagner passou dois anos sem lançar um disco novo. Foram vinte meses de preparo até que o disco Demais fosse lançado em maio de 1993. O disco revive os principais temas da Bossa Nova, com versões de canções de Vinicius de Moraes, Tom Jobim e Dorival Caymmi. No ano seguinte lançou o disco Caboclo Sonhador, desta vez com clássicos do forró, com versões de canções de Dominguinhos, Luiz Gonzaga e vários outros. O disco não possui nenhuma canção de sua autoria. Em 1995 fixou moradia em Fortaleza, e lançou mais um álbum: Retratos. O álbum recuperou canções do fim dos anos 1970, ainda não gravadas por Fagner. O vigésimo álbum de sua carreira foi lançado em 1996 com o título de Pecado Verde. neste mesmo ano, Fagner completava 23 anos de carreira artística. O último disco da década de 1990 foi Terral, que não possuía nenhuma canção de sua autoria.

Foto de 1994

Anos 2000

Em 2001, gravou o álbum que tem o título apenas de Fagner. Tem canções em parceria com Zeca Baleiro, Fausto Nilo, Abel Silva e Cazuza. A parceria de Fagner e Zeca Baleiro rendeu uma série de shows pelo Brasil. Em 2004, pela Indie Records, Fagner lançou o álbum Donos do Brasil. O Penúltimo disco lançado por Fagner foi Fortaleza, em 2007. Posteriormente lançou "Uma canção no Rádio" em 2009.

Discografia


Estúdio

1973 - Manera Fru Fru, Manera

1975 - Ave Noturna
1976 - Raimundo Fagner
1977 - Orós
1978 - Eu Canto - Quem Viver Chorará
1979 - Beleza
1980 - Eternas Ondas
1981 - Traduzir-se
1982 - Sorriso Novo
1983 - Palavra de Amor
1984 - A Mesma Pessoa - Cartaz
1985 - Deixa Viver
1986 - Fagner - Lua do Leblon
1987 - Romance no Deserto
1989 - O Quinze
1991 - Pedras que Cantam
1993 - Demais
1994 - Caboclo Sonhador
1995 - Retrato
1996 - Pecado Verde
1996 - Bateu Saudade
1997 - Terral
1998 - Amigos e Canções
2000 - Ao vivo - Vol. I e II
2001 - Fagner
2004 - Donos do Brasil
2007 - Fortaleza
2009 - Uma Canção no Rádio


Outros

1971 - Fagner e Cirino

1972 - Cavalo Ferro (Compacto Duplo)
1975 - Fagner e Ney Matogrosso
1979 - Soro
1981 - Raimundo Fagner Canta en Español
1983 - Homenaje a Picasso
1984 - Fagner e Gonzagão I
1989 - Cartaz - Os sucessos de Fagner
1989 - Fagner e Gonzagão II - ABC do Sertão
1991 - Fagner en Español
1993 - Uma Noite Demais - Ao Vivo no Japão
2000 - Ao Vivo
2002 - Me Leve (ao vivo)
2003 - Fagner & Zeca Baleiro

Postcard lançado pela gravadora para promover disco - Arquivo de Klaudia Alvarez

Acusações de plágio

A canção "Canteiros" (do primeiro álbum de Fagner), poema de Cecília Meireles musicado por Fagner, não foi creditada à poetisa. Este incidente levou a uma briga na justiça, onde a família de Cecília conseguiu retirar de circulação seu primeiro disco. Este fato se repetiu cinco anos depois, no LP Eu Canto - Quem Viver Chorará (1978) com outro poema de Cecília - "Motivo", também musicado por Fagner sem os créditos da poetisa. Os dois discos foram relançados posteriormente sem a inclusão dessas músicas.

Curiosidade

Em janeiro de 2002, Fagner participou por 15 minutos de uma partida amistosa entre Fortaleza e Maranguape, no estádio Presidente Vargas. O Fortaleza venceu por 3x0, mas o cantor não marcou gol.

Fagner em Orós

Prêmios

IV Festival de Música Popular do Ceará – 1968

Melhor Canção – "Nada Sou" (em parceria com Marcus Francisco).
Festival de Música Jovem CEUB – 1971
Melhor Canção – "Mucuripe" (em parceria com Belchior).
Prêmio Especial do Júri (hour-concours) – "Cavalo de Fogo" (em parceria com Ricardo Bezerra).
Melhor Intérprete.
Melhor Arranjo.
Festival TV Tupi – 1979
Melhor Intérprete – "Quem Me Levará Sou Eu" (Dominguinhos / Manduka).
Prêmio Playboy de MPB – 1979
Cantor do ano.
Prêmio Sharp de Música Popular – 1990
Melhor Cantor.
Melhor álbum – O Quinze.
Melhor canção – "Amor Escondido" (Raimundo Fagner / Abel Silva).
Melhor disco regional – Gonzagão e Fagner Vol. 2.


Fonte: Wikipédia, Site Oficial, Evangê Costa


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ceará Terra da Luz - Ítalo e Renno



Imagina um lugar lindo todo colorido pintado na mais bela tela pelo criador
Imagina o meu lugar dos sonhos o meu paraíso
As cores da felicidade sorrindo pra você
Imagina meu porto seguro minha alegria
Eu agradeço todo dia eu tenho amor e paz
Daqui o mundo é tão bonito pode ter certeza
Tanta beleza, não troco por nada
Eu sou feliz demais
E o sol iluminando os corações

E o verde do teu mar que me seduz
A tua maravilha encanta, eu posso me orgulhar

Porque eu sou cearense, porque sou brasileiro

Sou apaixonado pelo meu lugar
Eu trago no peito um amor verdadeiro
Eu sou da Terra da Luz, eu sou do Ceará!




Ítalo e Renno

Quando tocava teclado na banda de Raimundo Fagner, Ítalo Almeida era sempre um dos músicos mais aplaudidos, no momento em que o grupo era apresentado. Principalmente pelo público feminino e mais jovem. Mas ele não é apenas um rosto bonito. Ítalo sempre mostrou sua personalidade forte e seu talento musical. Escolheu traçar seu próprio caminho e formou uma dupla com Renno Saraiva, inicialmente com o nome de “Forró de Dois”. Logo eles perceberam que para fugir do rótulo de “forrozeiros” era melhor trocar o nome da dupla, afinal para quem tem um repertório que vai de Luis Gonzaga à Ave Maria de Gonoud, de Ernesto Nazareth à Geraldo Azevedo, passando pelo jazz e pela citação de “causos”, o ideal era usar apenas seus nomes e assim nasceu a dupla “Ítalo e Renno”.
O grande diferencial da dupla é o diálogo constante entre os dois instrumentistas, que tiveram como primeiro instrumento o piano. Mesmo sendo muito jovens, Ítalo e Renno já mostraram que tem o seu lugar reservado na música cearense e apesar do pouco tempo de carreira, já tem na bagagem a participação em vários festivais de música pelo Brasil afora, inúmeros shows pelo Nordeste - principalmente na época do São João- e aparição no programa de Ronaldo Boldrin, “Sr. Brasil”, da TV Cultura de São Paulo. Um DVD já foi gravado no Teatro José de Alencar e o CD da dupla, que contou com as participações pra lá de especiais de Fagner e Dominguinhos. O disco tem em sua maioria composições próprias, mas também pout-pourri com canções de Fagner e Geraldo Azevedo.






terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Autoviária São Vicente de Paulo




Fundada em 27 de novembro de 1951, por Carlos de Albuquerque Lima, a Autoviária São Vicente de Paulo foi uma das maiores empresas urbanas da capital cearense, servindo os fortalezenses por mais de quatro décadas.


Carlos de Albuquerque Lima atuava no comércio de revenda de peças e acessórios como sócio da firma “A Herculano e Albuquerque”. A empresa iniciou suas atividades com uma frota de apenas 4 ônibus, que faziam a rota do bairro Nossa Senhora das Graças.



No início, obteve a concessão para explorar as linhas do Pirambu e Tirol, dois bairros de Fortaleza onde faltava de tudo, até ruas para os ônibus trafegarem. Homem de iniciativa, capaz de superar qualquer problema, esse destemido empresário passou a comprar os casebres que obstruíam as ruas, e assim foi possibilitando os locais por onde seus veículos se obrigavam a percorrer, conforme exigências da concessão.


Com a prosperidade dos negócios, a Autoviária chegou à condição de proprietária da linha Aldeota, concessão ganha legalmente, mas teve que abrir mão da importante conquista empresarial devido à concorrência desleal, segundo Carlos Albuquerque.


No fim da década de 70, a empresa compra a Viação Cruzeiro, passando assim a servir toda a área de Messejana.
Em 1979, adquire as primeiras unidades do monobloco O-364, um dos mais confortáveis e modernos veículos da época. Sua frota já somava um total de 120 veículos.


Naquele momento a Autoviária São Vicente de Paulo contava com 20 linhas servindo os bairros de Jardim Iracema, Álvaro Weyne, Barra do Ceará, Nossa Senhora das Graças, Vila Santo Antônio e toda a área de Messejana. Foi construída então a garagem da Av. Filomeno Gomes, no bairro Jacarecanga.




Durante a década de 80, adquiriu variados modelos de carrocerias, entre eles dois veículos da marca Volvo com carroceria Amélia, prefixos 121 e 122. No início da década de 90, a Autoviária adquire seus primeiros ônibus com chassis Scania F-112, carroceria Torino de 13 metros.


No seu auge, foi considerada a maior empresa de transporte e armazenagens do Ceará, transportava mais de 3 milhões de passageiros ao mês, operante em 43 linhas com cerca de 220 veículos e 2 garagens. Sua frota percorria 56 mil quilômetros todos os dias, equivalente a mais de uma volta ao mundo.
Em novembro de 1995, em meio à indecisão da Secretaria Municipal de Transporte em achar uma localização para a catraca, motoristas e sindicato insatisfeitos, realizam uma paralisação nas garagem da Autoviária, reivindicando a volta das catracas para o eixo traseiro, até então em alguns veículos o passageiro passava espremido por uma espécie de “curral”, diminuindo o espaço de embarque.


Em 1999, morre o fundador da empresa, Carlos Albuquerque. No mesmo ano, a empresa sofre uma cisão dando origem às empresas Rotasol (01) e Rota Expressa (33), que continuou sob o comando de seus descendentes. Albuquerque também foi sócio-fundador da Viação Bons Amigos, onde atuou entre 1963 e 1976.

 

Em janeiro de 2000, em homenagem ao seu fundador, a prefeitura de Fortaleza denomina uma artéria “bairro” com seu nome, Carlos Albuquerque, em Messejana, região populosa da cidade, na qual a Autoviária serviu durante tanto tempo e contribuiu para o crescimento e desenvolvimento da grande Messejana.




Crédito: Fortalbus

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Empresa: São José de Ribamar



Proprietários / Sócios

1959 a 1967
Leopoldo Nunes

1967 a 1981
Milton Camelo Santos

1967 até os dias de hoje
João Alberto Leite Barbosa
Maria do Livramento Barcelos

A primeira linha foi para o Bairro de Fátima. No período de 1967 a 1981 Milton Camelo Santos teve 04 ônibus agregados a Empresa São José de Ribamar, operando a linha Av. Treze de Maio. As linhas Aeroporto e Vila União foram adquiridas em 20/10/1985 da Empresa Muribeca (José Liberato Barroso e Raimundo de Alencar Pinto). Inscrição no Sindiônibus N° 95 com data de admissão em 11/10/1966, sindicalizado até 1990.

Linhas Urbanas: 

Aeroporto / Benfica (Fortaleza)
Aeroporto / Centro (Fortaleza)
Aguanambi 1 e 2 (Fortaleza)
Antônio Bezerra / Papicu (Fortaleza)
Av. 13 de Maio 1 e 2 (Fortaleza)
Av. Paranjana 1 (Fortaleza)
Av. Paranjana 2 (Fortaleza)
Av. Sargento Herminio (Fortaleza)
Bairro de Fátima / Centro (Fortaleza)
Campus do Pici / Unifor (Fortaleza)
Castelão / Lagoa / Parangaba (Fortaleza)
Circular 1 e 2 (Fortaleza)
Conjunto Ceará / Papicu / Montese (Fortaleza)
Parangaba / Náutico (Fortaleza)
Siqueira / Centro (Fortaleza)
Vila Simone / Centro (Fortaleza)
Vila União / Centro (Fortaleza)

   
Frota

1967 - 02 caminhões-jardineira
2001 - 65 ônibus 

Há 43 anos, o casal de empresários João Alberto Leite Barbosa e Maria do Livramento Barcelos se uniram em um empreendimento ousado para época. De marido e mulher passaram também a sócios de uma empresa que é hoje uma das melhores da capital, também uma das mais tradicionais no setor em atividade.

O envolvimento do Sr. Alberto Barbosa com o transporte iniciou bem antes, quando começou a explorar a linha de parangaba com uma camionete comprada em 1948. Anos mais tarde, João Alberto chegou a possuir 10 veículos, porém com a crise de tarifas, viu-se obrigado a vender parte da frota, ficando apenas com dois. Infelizmente, os dois veículos se encontraram num cruzamento, deixando-os destruídos. Para recomeçar, João Alberto Leite tomou emprestados três carros e continuou explorando o ponto da cidade rejeitado por todos, o Bairro de Fátima.


Empresa São José de Ribamar iniciou suas atividades no dia 3 de maio de 1967, quando os empreendedores colocaram à disposição dos moradores daquele bairro e adjacências, dois ônibus-camionetes que faziam a linha Bairro de Fátima - Centro. Anos depois, já com quatro ônibus, a empresa passou a fazer também a linha Vila Simone, depois chamada de Av. 13 de Maio. O nome do empreendimento é uma homenagem a São José de Ribamar, santo de devoção do proprietário.

Foto Cepimar

Em 1968 a Ribamar começou a operar a linha Circular de Fortaleza, em parceria com as empresas Iracema, Cialtra e Timbira. A primeira linha circular foi criada pelo Coronel Elísio Gentil de Aguiar, Secretário de Transportes na administração do Prefeito Murilo Borges, responsável pela regulamentação da Lei do Sistema de Transportes de Fortaleza. No período de 1967 a 1981 Milton Camelo Santos teve quatro ônibus agregados a São José de Ribamar, operando na linha Av. Treze de Maio.

A empresa foi pioneira quando em1983 levantou um movimento local para a proibição do fumo dentro dos coletivos. A iniciativa resultou na lei municipal 5709, de 15 de junho de 1983, que passou a proibir que os passageiros fumassem dentro de qualquer coletivo. No ano seguinte adquire o primeiro ônibus Scania K-112 com carroceria Torino e 13,2 metros de comprimento, prefixo 32.


As linhas Aeroporto e Vila União foram adquiridas em outubro de 1985 da extinta Empresa Muribeca. Em 1986 a empresa recebe um diploma pela colocação da empresa entre as maiores do País no setor de transporte. Em novembro de 1987, a São José de Ribamar ganha uma reportagem veiculada nacionalmente na revista “Veículos”, onde constam vários elogios a empresa. Mesmo atuando numa cidade que na época possuía um dos piores sistemas de transportes, a empresa era tida pelos seus usuários como padrão em Fortaleza, pelo bom serviço que sempre prestou a população.



A São José de Ribamar proporcionou a cerca de 300 alunos de uma escola pública, em março de 1993, um passeio pela cidade a bordo de quatro novos ônibus recém-chegados que seriam entregues a população do bairro Vila União, no percurso os ônibus ostentavam faixas como: “Vila União ganha mais quatro ônibus novos”, “Mais ônibus, mais conforto para Vila União”; “Usuário Merece respeito”



Outra medida pioneira tomada pela São José de Ribamar foi a implantação em 1995 do GET (Gerenciador Embarcado de Transporte) que permitiu um maior controle do número de passageiros embarcados. Com o GET as meias-passagens foram controladas, evitando fraudes e desentendimentos entre cobradores e estudantes.



No ano de 1996, a empresa São José de Ribamar também foi pioneira ao instalar em sua frota os aparelhos “Viaje Bem” e “Anjo da Guarda”. Estes aparelhos controlam a velocidade máxima e não permite que o veículo se desloque com as portas de embarque abertas. No ano seguinte, adquire o primeiro ônibus com itinerário eletrônico, o TorinoGV de prefixo 10029.


Em setembro de 2000, a linha Campus do Pici - Unifor recebe os dois primeiros ônibus equipados com ar condicionado, poltronas de veludo, piso emborrachado, vidros fumê e motor traseiro. A iniciativa partiu da necessidade de oferecer um transporte melhor e mais bem equipado aos usuários da linha, e o melhor, sem nenhuma taxa de acréscimo sobre a tarifa em vigor. No mesmo ano a empresa foi agraciada com o troféu Destaque Empresarial no Mundo dos Negócios.



Quando adquiriu o Torino de prefixo 10112 em agosto de 2001, a empresa exibiu o ônibus na Praça do Ferreira, realizando um passeio pelos principais pontos da cidade. O veículo possui suspensão a ar e dois espaços reservados para cadeira de rodas. A tradicional pintura é marca registrada da empresa, concebida ainda na década de 70, a identidade visual é facilmente reconhecida pelos usuários, que logo identificam os ônibus do Bairro de Fátima. Seus veículos circulam pelas ruas da cidade sempre limpos e bem conservados.

O crescimento da empresa ao longo dos anos é resultado da dedicação e empenho dos proprietários e filhos, fruto de toda uma vida dedicada aos transportes. Não é a toa que a São José de Ribamar é a “Empresa 10”, pois esta contribuiu para a melhoria do transporte urbano da capital cearense ao longo das últimas décadas, sempre inovando e fazendo a diferença entre os demais, traduzindo o lema que carrega em cada um dos seus ônibus: “Transportar bem é a maneira mais direta de servir ao povo”



Crédito: Fortalbus, Cepimar

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