Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



domingo, 18 de setembro de 2011

O carnaval fortalezense


Gif Carnaval




Sempre que se aproxima o período do Carnaval, os mesmos questionamentos voltam a servir de polêmica sobre o real conceito que deveria identificar a cidade de Fortaleza nos dias consagrados à folia.

A propaganda oficial para atrair turistas centra seu apelo no fato de que Fortaleza seria, nesta época, um oásis de tranquilidade, cidade ideal para quem deseja fugir da agitação carnavalesca. E as perguntas se repetem: já existiu, de fato, um Carnaval animado na cidade?  Ou nossa gente é inapelavelmente imunizada contra o vírus momino, estando fadada ao desfile em “slow-motion” dos maracatus?


Bloco Turma do Camarão - Arquivo Nirez


O carnaval de Rua em Fortaleza iniciou-se no final do Século XIX, mas foi proibido por um período, em 1905, pelo intendente Guilherme Rocha. Nos desfiles da época eram comuns pessoas fantasiadas chamadas de 'papangus' e 'dominós'. Havia também os 'caboclos', remanescentes dos indígenas de Porangaba (NIREZ, 1993, p. 3). De acordo com Nirez (1993), o carnaval de Fortaleza era mais ou menos animado, conforme a situação econômica e social da época.

Desfile do bloco Prova de fogoCronologia Ilustrada de Fortaleza - Nirez

Desfile do Bloco Prova de Fogo - Arquivo Nirez

Em tempo de revolta ou guerra, era desanimado e em tempo de paz e harmonia era muito animado. Nas décadas de 1910 e 1920, predominava o carnaval de clubes. Na década de 1930, o carnaval de rua começou a se tornar mais popular, quando blocos foram formados por músicos, comerciários e trabalhadores, denominados 'brincantes', com a orquestra na retaguarda. Na frente havia sempre um baliza, que fazia acrobacias com bastão à mão. Esses blocos tinham compositores próprios que geralmente faziam marchas especiais para o Carnaval. Mais tarde surgiram os blocos que dançavam ao som de samba. O primeiro desses blocos foi o 'Prova de Fogo', seguido da 'Escola de Samba Lauro Maia', que se transformaria, mais tarde, na 'Escola de Samba Luiz Assunção'.

O Cordão das Coca-Colas - Arquivo Nirez

O antológico o “Cordão das Coca-Colas”, que reunia a “fina flor” do machismo cearense  Arquivo Diário do Nordeste

"No meu entender, os blocos de sujos eram o carnaval fortalezense”, afirma o escritor e memorialista Marciano Lopes. “Depois que tiveram a pretensão de elitizar nosso desfile de rua, com falsas escolas de samba e maracatus sofisticados, quiseram também impor um excesso de “organização” absolutamente desnecessária. Inibiram e limitaram a apresentação dos sujos, em vez de incentivá-la. Foi uma opção pela utopia.

Desfile de 1950 - Maracatu Az de Ouro - Arquivo Nirez

Maracatu Az de Ouro em 1950 - Foto do acervo do Museu da Imagem e do Som do Ceará

O escritor e radialista Narcélio Limaverde concorda com Marciano, em seu livro “Fortaleza História e Estórias - Memórias de uma Cidade: “Nosso carnaval não se resumia somente a desfiles de blocos, escolas, cordões, maracatus e veículos motorizados (o chamado corso de automóveis). Um grupo de anônimos, os chamados sujos, papangus, como meu pai José Limaverde denominava, dava um colorido especial aos desfiles. Usavam fantasias as mais criativas, além dos tradicionais homens vestidos de mulher, com quengas de coco fingindo de seios.”. Limaverde relembra um folião que marcou presença durante vários anos, portando uma enorme barriga de grávida com uma placa e os dizeres “Meu Destino é Pecar...”. Era uma alusão ao romance que o jornal Unitário publicava em capítulos, diariamente, sob o pseudônimo de Suzana Flag. Só anos depois se soube que o verdadeiro autor era Nelson Rodrigues, famoso teatrólogo de “Vestido de Noiva”.


Carnaval do Náutico - Década de 50 - Arquivo Blanchard Girão


Côrte do Rei Momo Luizão - Arquivo Nirez

Um outro folião “grávido” trazia o cartaz de “Amar foi Minha Ruína”, título de um popular filme da atriz Gene Tierney, exibido em Fortaleza em meados da década de 40. O uso liberado do lança-perfume (cloretil), utilizado geralmente pelos rapazes para cortejar recatadas mocinhas e raramente usado como droga, contribuía bastante para o lado pitoresco da festa e o incremento da euforia local.


Carnaval do bloco do Ideal Clube - Arquivo Nirez

Pesquisadores registram que o carnaval de rua, em sua expressão mais abrangente e popular, nasceu no Rio de Janeiro com um sapateiro português chamado Zé Pereira, inspirador da célebre marchinha ainda hoje executada nos bailes, que saía às avenidas tocando seu bumbo e logo era seguido por espontâneos e excitados foliões.


Anos 50 - Desfile do bloco "Enverga mas não quebra" - Arquivo Nirez

Anteriormente, existia o “entrudo” dos tempos coloniais, quando alguns senhores permitiam aos seus escravos a realização de extrovertidos - e às vezes violentos - folguedos, uns dias antes do início da Quaresma. A elite de então se refugiava em suas casas, apavorada diante de possíveis irreverências e excessos cometidos pelos escravos bêbados.

Décadas mais tarde surgiriam as escolas de samba, assinalando cores mais fortes e cadências mais ritmadas na folia carioca. O mais sério contraponto nacional ao samba era o frevo pernambucano, marca registrada do tradicional e sempre muito concorrido carnaval do Recife.


Irapuan Lima, o inesquecível Rei Momo, ao lado de sua Rainha - Arquivo Diário do Nordeste

Na verdade, os cearenses nunca figuraram entre os mais entusiasmados brincantes do Brasil. Há quem atribua essa evidência à existência de poucos afro-brasileiros no Ceará. Para estudiosos do tema, carnaval dos bons é sinônimo de presença da raça negra, como estão aí para atestar os carnavais do Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Luís do Maranhão.


Cronologia Ilustrada de Fortaleza - Nirez

Diz Marciano Lopes: “A Escola de Samba Luiz Assunção (talentoso compositor de “Adeus, Praia de Iracema”), foi a mais exótica escola de samba do mundo. Estava mais para banda marcial do que para qualquer outra coisa, com seu impecável “pelotão” de músicos (a Escola compreendia apenas os músicos) vestidos à maneira militar, com empertigados dolmãs e vistosos quépis.”

Bloco Zombando da Lua - Arquivo Nirez

Apesar de seus limites, o carnaval de rua fortalezense teve suas peculiaridades. Uma delas eram os exuberantes carros alegóricos das prostitutas, todas elas residentes nas inúmeras “pensões alegres” então existentes no Centro da cidade. Os carros, por vezes, tentavam imitar castelos medievais, feitos de papelão e areia prateada, em um ingênuo e singularmente exótico monumento ao “kitsch”.

Eram também bastante comuns os blocos de homens travestidos de mulher. Mas convém frisar: quase todos eles respeitáveis pais de família ou rapazolas à procura de fazer rir as namoradas, pois travestis, na atual concepção da palavra, poderiam ser contados nos dedos na provinciana Fortaleza dos anos 50 e 60. Os mais populares “assumidos” que ousavam enfrentar (ganhando aplausos, diga-se de passagem) o julgamento do público eram o gigantesco e corpulento Zé Tatá (1m90 de altura), dono de uma das mais visitadas “pensões alegres” - atrás do prédio dos Correios e Telégrafos, e a saltitante Beatriz, excelente nos dotes culinários e famosa por seu cocar de luzes multicoloridas.

Foto década de 50 do baile da Marinha - Arquivo Blanchard Girão

Os blocos mais aplaudidos dos travestis “ocasionais” eram as “Baianas”, as “Meninas do Sputnik”, as “Garotas do Barulho” e o lendário “Cordão das Coca-Colas”, onde cearenses “despeitados” ironizavam as audaciosas mocinhas fortalezenses, louváveis pioneiras (hoje se reconhece) da liberação sexual na terrinha, que ousaram render-se aos encantos dos belos soldados norte-americanos sediados em nossa cidade, durante a Segunda Guerra Mundial. Muitos deles levaram suas amadas “coca-colas” ao altar e, por causa disso, hoje existem inúmeros descendentes de tradicionais famílias cearenses em grandes cidades dos EUA, sobretudo em Boston, para onde inúmeras moças da Rua Pedro I foram então levadas.

Um tanto avesso a qualquer tipo de disciplina, o folião cearense sempre pareceu optar pela ausência quase total de compromisso. Como afirmava o saudoso carnavalesco Antônio Marechal, “cearense gosta de botar uma roupa de mulher, ou bermuda e camiseta, e cair na farra de qualquer jeito”. Gosta de ir às praias e esbaldar-se a valer, sem ter de submeter-se a programações ou horários.

A falta de brilho e originalidade do carnaval fortalezense é também enfatizada pelo professor Gisafran Nazareno Mota Jucá, em seu livro “Verso e Reverso do Perfil Urbano de Fortaleza”. O autor também se refere ao caráter repressivo das autoridades, citando uma hilária nota divulgada pela então Secretaria de Negócios de Polícia e Segurança Pública do Estado do Ceará, advertindo não ser permitido “o uso de fantasias atentatórias à moral, proibindo-se a participação de grupos constituídos por indivíduos maltrapilhos à guisa de blocos e empunhando latas, fragmentos de madeira, reco-recos, espanadores e objetos outros que se possam tornar instrumentos de agressão, sendo os infratores imediatamente encaminhados à Delegacia de plantão”. Essa, sem dúvida, foi a primeira atitude preconceituosa perpetrada contra os ouriçados blocos de sujos, no entender de alguns a única fonte de animação realmente autêntica do carnaval de rua em Fortaleza.

Antigo baile de carnaval do Diários

Outro fator que contribuiu bastante para inibir os foliões locais foi a rígida censura estabelecida nos tempos da ditadura militar, quando era proibido qualquer tipo de manifestação jocosa mais ousada ou de duplo sentido. Os censores da época sempre farejavam supostas mensagens subliminares contra o regime nas mais inocentes brincadeiras e até mesmo pretensos códigos de comunicação entre “subversivos” introduzidos na massa, que utilizariam a descontração carnavalesca para desenvolver sua política marginal.

A única tradição carnavalesca genuinamente cearense, embora vagamente inspirada em seus homônimos pernambucanos, são os dolentes maracatus, com seu ritmo lento e não de todo apropriado à característica euforia do reinado de Momo. Os maracatus pernambucanos possuem ritmo bem mais apressado e agora já estão sendo copiados por alguns grupos locais, sob os veementes protestos dos preservadores das tradições cearenses.

O pré-carnaval de Fortaleza

As raízes do pré-carnaval de Fortaleza nasceram com os 
blocos carnavalescos dos anos 1970 e 1980

Amizade, paixão pela música e tradição de família são alguns motivos que levaram ao surgimento dos blocos carnavalescos de Fortaleza, hoje, vedetes do pré-carnaval de rua, festa que se fixou com força no calendário da Capital cearense. O hábito de comemorar o pré-carnaval nas ruas de Fortaleza começou pela insistência de grupos de amigos que queriam passar a festa momina em sua cidade. Costumeiramente, o destino dos fortalezenses nos dias de carnaval sempre foi as praias do litoral.

“Como todo mundo fugia da cidade no período decidimos começar a festa antes e foi assim que teve início o pré-carnaval de Rua de Fortaleza”, conta Jânio Soares, diretor do bloco Periquito da Madame, um dos mais antigos da cidade. Ele chama para si a autoria da festa urbana que durante os finais de semana de janeiro e fevereiro leva multidões entusiasmadas para as ruas.

“Começamos o pré-carnaval para criar o hábito nas pessoas de ficar em Fortaleza durante o carnaval”, conta. A cidade ainda fica esvaziada durante o feriado da folia, mas ferve em janeiro com os blocos pré-carnavalescos. No entanto, antes mesmo do Periquito da Madame estrear nas ruas, outras pessoas já se organizavam em grupos e celebravam o carnaval.

Em 1974, os moradores do então bairro Tyrol, hoje Jacarecanga, já promoviam uma festa carnavalesca de rua. “O bloco surgiu com a inauguração da Avenida Leste-Oeste, então a comunidade inventou o nome Tyroleste, conta o artesão José Nazareno Barros, mais conhecido como Deusdete, organizador do bloco Vai Tomar na Tyroleste, outro nome antigo do carnaval de rua que foi incorporado ao pré-carnaval.



O Periquito da madame nasceu no ano de 1982 quando um grupo de amigos decidiu sair brincando na Rua Senador Pompeu, no Centro. Hoje, o percurso do bloco é pelo calçadão da Praia de Iracema e a concentração acontece no Largo do Mincharia. O bom humor e a irreverência são as marcas do bloco.

Todos os anos, sai com um tema diferente inspirado em assuntos em voga. Este ano, de verde o periquito ficou marrom e adotou o sobrenome Obran, em homenagem ao presidente dos Estados Unidos, Barak Obama.

A tradição é um dos grandes atrativos do bloco, que desenvolveu laços de amizade em torno da festa.





Bloco de sujo

Do pai, Deusdete herdou o gosto pelo carnaval e, apesar dos percalços difíceis, botou o bloco na rua ao longo de todo esse tempo de forma ininterrupta, às vezes, com mais foliões, outras, com menos, mas sempre com admiradores cativos. A única explicação para a resistência de blocos tão antigos é a alegria do fortalezense. Mesmo sem apoio financeiro, muitos blocos conseguiram se sustentar e carregam um nome de peso na cena cultural.

É o caso da Turma do Mamão, bloco nascido em 1974 para desfilar no carnaval de rua de Fortaleza, como um bloco de sujo. “Hoje, desfilamos na Av. Domingos Olímpio com o samba pesado e participamos do pré com marchinhas e um pouco de samba também”, explica o coordenador do bloco, Raimundo Nonato da Silva Barros, que desde a fundação faz parte dessa turma.

Mais novo, mas não menos experiente, o bloco Que Merda é Essa! já faz parte da história da Praia de Iracema. Há 26 anos, ele surgiu quando os amigos Geraldo Junior, Tereza Mônica, Wagner Costa e Ercinho Ponce de Leon decidiriam investir alegria e irreverência na festa pré-momina.

Os amigos tinham as raízes nos blocos e cordões carnavalescos da Praia de Iracema e do carnaval de Fortaleza, dentre eles Escola de Samba Leopoldina Show e Girassol..

Com instrumentos de sopro, tocando frevo e executando marchinhas, o bloco foi conquistando um público cativo de foliões no decorrer de sua história. Segundo um dos organizadores do Que Merda é Essa!, Joaquim Bezerra Jr., o pequeno bloco cresceu e hoje arrasta até 8 mil pessoas em cada dia de desfile, tudo graças à paixão pela folia de quem faz.



Uma conclusão é unânime: o fator que influenciava de maneira marcante para a contagiante animação de antigos carnavais, inclusive nos clubes, eram as belas músicas especialmente criadas para os festejos. Bastante tocados pelas emissoras de rádio e assinados por compositores do porte de Braguinha, Mário Lago e Lamartine Babo, os sucessos mominos eram também muito divulgados pelo cinema nacional, sobretudo através das chanchadas produzidas pelo cearense Luiz Severiano Ribeiro.

As músicas carnavalescas do passado, longe de apelarem para a sexualidade chula e vulgarizada pela chamada “axé-music”, abordavam temas do cotidiano e suas letras eram sabidas de cor por toda a população brasileira. Outro importante detalhe: todas elas eram interpretadas por cantores do primeiro time do cancioneiro popular nacional, como as irmãs Linda e Dircinha Batista, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Emilinha Borba e Marlene, entre inúmeros outros.

Temas sociais, políticos e de interesse público foram maliciosamente abordados nas letras dos sambas e marchinhas. Enquanto o cantor Blecaute ironizava os marajás do serviço público em “Maria Candelária, “a alta funcionária que saltou de pára-quedas e caiu na letra O”, a escassez de moradia era satirizada em “Daqui não Saio” e Marlene retratava o sofrimento de humildes lavadeiras das favelas no antológico samba “Lata d´água”.

Fortaleza cresceu muito, os costumes mudaram, o Centro da cidade esvaziou-se e o público, que lotava a Duque de Caxias e a Senador Pompeu, fugiu para as praias dos municípios mais próximos, instituindo o chamado “carnaval de praia”. A mudança foi benéfica para servir como atração turística de cidades como Aracati e Paracuru, a despeito do constrangedor hábito do “mela-mela”, remanescente do “entrudo” dos escravos na época do Império. Muitas cidades, felizmente, já se mobilizaram para evitar esse exercício de mau gosto aliado a um injustificável disperdício de alimentos como ovos e farinha de trigo, justo no momento em que se pretende adotar para a fome uma tolerância zero.

Bônus:






Carnavá Tá Ahi - Carmem Miranda


Vamos Brincar - Carmem Miranda

Não quero saber - Pilé

Bahianinha - Sylvio Caldas
Gamella quebrada - Sylvio Caldas

Eu sou feliz - Ottilia Amorim

Nêgo Bamba - Ottilia Amorim



Gif Carnaval 

Há quem afirme que o fortalezense não precisa brincar o carnaval porque Fortaleza já é uma festa o ano inteiro.
José Augusto Lopes


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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fortaleza Esporte Clube - O LEÃO

O Stella Foot-Ball Club - Time que deu origem ao Fortaleza - Arquivo Aquelas Camisas

Fundado em 18 de outubro de 1918, por Alcides de Castro Santos¹, um dos maiores esportistas cearenses, que se apaixonou pelo futebol durante o período em que estudou no Stella Collège na França.

Fortaleza em 1923 - Arquivo Aquelas Camisas


Equipe do Fortaleza Esporte Clube do ano de 1924 - Nirez

Em 1912, o futebol volta a ser praticado em larga escala na Fortaleza da Belle Époque, que tinha a França como ponto de partida para seu processo de civilização e maior inspiradora dos valores e padrões que se difundiram na cidade, onde os filhos da aristocracia realizavam seus estudos.


Fortaleza em 1927 - Arquivo Aquelas Camisas

Em sua volta da França em 1912, o jovem Alcides Santos funda um clube chamado Fortaleza, mas logo seria extinto. Em 1918 no dia 18 de outubro, funda o Fortaleza Sporting Club (primeira denominação do clube) na rua Barão do Rio Branco. Participaram da primeira reunião: Alcides de Castro Santos (primeiro presidente), Clóvis Gaspar, Clóvis Moura, Humberto Ribeiro, Jayme Albuquerque, João Gentil, Oscar LoureiroPedro Riquet, Walter Olsen, Walter Barroso e entre outros tendo as cores do clube: o azul, branco e vermelho originado da bandeira da França.



Fortaleza Esporte Clube de 1947, raríssima imagem. Fortaleza de 1947, em Manaus, no jogo amistoso entre Fast e Fortaleza, que terminou 4 x 3 para os cearenses: Em pé: Jombrega, Rodrigues, Stenio, e Zé Sergio. Agachados: França (que jogou no Rio Negro), Pipiu, Arrupiado, Carlinhos, Piolho e Jorge. Arquivo Botões para Sempre

Em seu primeiro ano de vida, o Fortaleza sagra-se campeão de um dos torneios realizados pela extinta Liga Metropolitana Cearense, dando início à sua trajetória de títulos chegando a duas finais do Campeonato Brasileiro de Futebol Série A, uma final e um quadrangular final do Campeonato Brasileiro de Futebol Série B, conquista de dois regionais e sendo o clube detentor de vários títulos estaduais.



Escudo retrô do Fortaleza, com as iniciais "FEC". O time usou muito este distintivo na saudosa Déc. de 50 e também quando tornou-se vice-campeão brasileiro, da Taça Brasil, em 1960 - Arquivo: Botões para Sempre.


Fortaleza 1957 - Arquivo Botões para Sempre

Alcides de Castro Santos primeiramente fundou em 1912 um clube também chamado Fortaleza, que posteriormente veio a ter suas atividades encerradas. A seguir, participou da fundação do Stella Foot-Ball Club, em 1915 (Stella era o nome de um colégio suíço onde estudavam os filhos de alguns nobres representantes da alta sociedade de Fortaleza). Este clube teve estreita ligação com o Fortaleza Esporte Clube (FEC), principalmente pela presença de Alcides Santos na formação dos dois, tendo o Fortaleza sido fundado em 18/10/1918. Como grande desportista que era, também estimulou e participou da fundação de Riachuelo, Tabajara e Maranguape, todos antes de 1918. Esteve ligado ao Fortaleza EC em seus primeiros 20 anos de história.

Fortaleza, vice-campeão em 1960 - Arquivo Botões para Sempre

Em 1921, o Fortaleza foi bicampeão cearense, com um time-base formado por Peter, Moacir e Riquet; Arnaldo, Bauerfeldt e Djalma Botelho; Clovis Moura, Artur Oliveira, Humberto Ribeiro, Juracy e Clodomir. O artilheiro do certame foi Juracy, do Fortaleza, com 13 gols.

Em 1922, o FEC foi vice-campeão, mas reconquistou a hegemonia cearense em 1923, numa grande final com o América. A time-base era Peter, Moacir e Caranã; Calixto, Nonato e Turíbio; Pirão, Roque, Arthur Oliveira, Juracy e Clodomir. O artilheiro foi, pela segunda vez, Juracy, com 11 gols.

A edição de 1924 foi um passeio. Oito jogos, oito vitórias, 30 gols marcados e 11 sofridos. A campanha terminou com uma humilhante goleada no Ceará por seis gols. Juracy foi novamente artilheiro com 12 gols. Neste ano, o Fortaleza alugou para sua sede, uma sala no Edifício Majestic Palace. O time-base era Peter, Moacir e Caranã; Calixto Nonato e Turíbio; Pirão, Roque, Arthur Oliveira, Juracy e Clodomir.



"Fortaleza pode ser campeão do Brasil", na Taça Brasil de 1960, quando a equipe do "Tricolor do Pici" sagrou-se campeão do Norte/Nordeste e fez a final com o Palmeiras. O POVO -Arquivo Botões para Sempre


Fortaleza Esporte Clube, vice-campeão brasileiro, da Taça Brasil, 1960 - Arquivo Botões para Sempre

Em 1925, um campeonato equilibrado foi decidido somente no jogo extra, quando o FEC perdeu por 2 a 1. No ano seguinte, um campeonato tranqüilo, decidido duas rodadas antes do final, e marcado por diversas goleadas do Tricolor sobre todos os adversários (6 a 2 no Ceará, 6 a 1 no Maranguape, 7 a 1 no vice-campeão Guarany, 9 a 1 no Cutuba). Mais uma vez o artilheiro foi tricolor, com Antônio Oliveira marcando 11 gols. O time-base era Rolinha, Moacir e Correia (Caranã); Zezé, Nonato e Calixto; Xixico, Roque, Arthur Oliveira, Juracy e Pirão.

Mantendo a base do ano anterior, 1927 foi mais um ano tranqüilo para o Fortaleza. Humberto Ribeiro sagrou-se artilheiro com nove gols, e novamente aconteceram muitas goleadas humilhando os adversários, como 4 a 0 no Maranguape, 9 a 2 no Brasil, 7 a 3 no Guarany, 7 a 0 no América e um 8 a 0 no Ceará, esta ocorrida no histórico dia 17/07/1927, com gols de Hildebrando (3), Pirão (2), Xixico, Humberto Ribeiro e Juracy. Até hoje, esta é a maior goleada no clássico cearense. O grande adversário daquela edição foi o Fluminense, único a não perder para o Tricolor. O time-base era Rolinha, Moacir e Correia; Hildebrando, Zezé e Calixto; Xixico, Roque, Humberto Ribeiro, Juracy e Pirão.


1968 - História do Fortaleza Esporte Clube. O POVO - Arquivo Botões para Sempre

O ano de 1932 marcou a volta do Fortaleza ao certame estadual, apresentando um time de atletas mais jovens e com sede mais distante da parte central da cidade. Antigos jogadores tricolores voltaram durante o ano. O time de jovens fez bonito, ficando em terceiro lugar no campeonato.

O título de 1933 foi disputado ponto a ponto entre Fortaleza e
Ceará. O empate nos pontos proporcionou uma partida extra, que terminou em 1 a 1. A segunda partida extra apontou 2 a 1 para os tricolores (marcando Bacurim e Bila, contra Olin). O Fortaleza sofreu apenas uma derrota em todo o certame. O artilheiro foi Bila, com 12 gols. O time-base era formado por Zé Augusto, Francisquinho e Chiquinho; João César, Caboclinho e Mário; Bacurim, Nuvoia (Hildebrando), Bila, Jandir e Vicente. Naquele ano, começou a cobrança sistemática de ingressos para os jogos.

A supremacia do Fortaleza continuou em 1934. Três clubes abandonaram o campeonato após serem derrotados pelo Tricolor: o Liceu (4 a 2), o Gentilândia (6 a 2) e o Ceará (5 a 0). Além disso, o FEC jogou contra o Maguari (5 a 1), Flamengo (4 a 2 e 3 a 2), Argentino (3 a 2) e Sam Christovam (2 a 0). O América foi o grande adversário, com seu ataque de quase 100 gols (contra apenas 44 do Fortaleza). No turno, empate de 3 a 3. No returno, uma surpreendente goleada de 9 a 2 para o Fortaleza, campeão invicto. O artilheiro foi Bila, com 16 gols. O time-base era Zé Augusto, Pé Duro e Zé Felix; Correia, Joãozinho e Mário; Bila, Nuvoia, Zé D’água, Jurandir e Mozart.

Em 1935, o Fortaleza fez péssima campanha, escapando da lanterna apenas por causa da péssima campanha do Argentino.


O Fortaleza Esporte Clube no Maracanã, na final contra o Botafogo em 1968, pela Taça Brasil. O POVO - Arquivo Botões para Sempre

O campeonato de 1941 marca a inauguração do Estádio Municipal Presidente Vargas. As arquibancadas eram de madeira e uma cerca separava o público dos atletas. Mas ele tinha uma importante diferença: era o único campo gramado. Nesse ano, a ADC (Associação Desportiva Cearense) muda de nome para FCD (Federação Cearense de Desportos) por decreto presidencial. O Fortaleza, depois de campanhas ruins nos anos anteriores, chega ao vice-campeonato.

O campeonato de 1942, para o Fortaleza, só durou uma partida. Após vencer o América na estréia, um protesto lhe tirou os pontos conquistados. Como, em situação semelhante, não ocorreu a mesma providência, o Fortaleza abandonou o campeonato, sendo seguido por outros dois clubes, fazendo do mesmo um fracasso para os três restantes. O ano de 1942 marca também a única mudança de nome do Fortaleza. Numa onda nacionalista, ocasionada pela guerra, vários clubes retiraram os nomes estrangeiros dos clubes, notadamente quando faziam referência aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). O Fortaleza, apesar de ter nomes ingleses, muda de Fortaleza Sporting Club para Fortaleza Esporte Clube, como outros clubes Brasil afora também fizeram.



Fortaleza Esporte Clube 1973. Primeira partida do estádio Castelão, contra o Ceará, pela Primeira Divisão do Nacional - Arquivo Botões para Sempre

Em 1951, o Estádio Municipal (PV) foi fechado para reformas. Como alternativa, todos os jogos do campeonato foram disputados no Estádio Carlos de Alencar Pinto. A FCD ainda fez um empréstimo de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros), valor considerável, ao Ceará Sporting, para ajudá-lo no tratamento ao dito estádio. O vencedor do certame foi justamente o clube agraciado com tal benesse. O detalhe foi que tal equipe só não conseguiu derrotar um adversário: o Fortaleza, com quem empatou em 3 a 3.

Em 1952, o FEC foi terceiro lugar, numa campanha discreta, mas o artilheiro foi Moésio, filho do Coronel Mozart Gomes, com 10 gols. O Cel. Mozart foi um homem de extremado amor ao Fortaleza, e teve dois filhos que brilharam com a sagrada camisa tricolor: o já citado Moésio e seu irmão mais novo, Mozart Filho. Este é considerado por muitos desportistas, o maior craque que já jogou em clubes cearenses em todos os tempos. Uma das muitas histórias sobre o Cel. Mozart fala da renovação do zagueiro Sapenha, também personagem de muitos outros causos. Os valores recebidos pelos atletas naquela época eram muito diferentes dos de hoje. A maioria, quando não conseguia emprego público ao encerrar a carreira, ficava na miséria. Pois Sapenha resolveu que só renovaria contrato se lhe dessem uma geladeira, artigo de luxo para a época. No dia seguinte, Cel. Mozart apareceu na sede do Fortaleza com uma geladeira, usada, mas em bom estado. O problema de Sapenha estava resolvido.



Fortaleza Esporte Clube 1973. Estádio Presidente Vargas (PV) - Arquivo Botões para Sempre

Em 1968, depois de um jejum de 16 anos sem títulos, o Ferroviário toma o bicampeonato do Leão. Mas, no âmbito nacional, o Fortaleza volta a brilhar. A Taça Brasil de 1968 durou mais de um ano. Começou em 04/08/1968 e foi decidida em 04/10/1969. O Fortaleza mais uma vez não joga as primeiras fases, graças a seu nome e prestígio. Moto Club-MA, Paysandu-PA, Olímpico-AM, Piauí-PI, América-RN, Campinense-PB, CSA-AL e Bahia-BA disputam o privilégio de enfrentar o Fortaleza. Nosso adversário é o Bahia, que elimina CSA, Sergipe e Moto. O FEC perde por 1 a 0 em Salvador, mas devolve a derrota pelo mesmo placar em Fortaleza. O jogo-extra aponta nova vitória do Fortaleza, agora por 2 a 1. Nosso adversário na semifinal é o Náutico, hexacampeão pernambucano e vice-campeão brasileiro do ano anterior. O Tricolor vence por 2 a 1 em casa, mas perde também por 2 a 1 no Recife. O jogo-extra, fora de casa, parecia selar o destino leonino, mas o Tricolor de Aço vence por 1 a 0, credenciando-se mais uma vez a decidir o título máximo nacional. O adversário era o Botafogo, do Rio de Janeiro. No primeiro jogo, empate em 2 a 2, numa grande atuação do time tricolor. Na segunda partida, o Botafogo é campeão vencendo por 4 a 0 e jogando com Cao, Moreira, Chiquinho (Leônidas), Moisés e Valtencir; Carlos Roberto e Afonsinho; Rogério, Roberto, Ferreti, Paulo César. Jairzinho, contundido, não jogou a final. O Fortaleza formou com Mundinho, William, Zé Paulo, Renato e Luciano; Joãozinho e Luciano Frota; Garrinchinha, Lucinho, Erandir (Amorim), Mimi. 

Com exceção de Mundinho, Garrinchinha e Erandir, o Fortaleza dispensa todos os atletas “estrangeiros”, ou não cearenses, do elenco e vários juvenis são promovidos no ano de 1969. José Raymundo Costa, o presidente de então, chama Moésio Gomes, dos juvenis, para assumir a direção técnica. Dá tudo certo. Com apenas uma derrota, o Fortaleza vence os três turnos e é campeão arrastão. A política criticada é vencedora. O artilheiro foi Erandir com 15 gols. O time base era Mundinho (Gilberto), William, Zé Paulo, Renato e Luciano Abreu; Luciano Frota e Joãozinho; Garrinchinha, Mozart (Lucinho), Erandir e Mimi.



Fortaleza Esporte Clube 1974 - Arquivo Botões para Sempre

Em 1980, o Fortaleza começa o ano na Taça de Prata (2ª divisão brasileira). No grupo C da primeira fase, a equipe fica em segundo lugar do grupo. Na segunda fase, novamente o segundo lugar, mas só o primeiro colocado se classificava para a final (foi o Botafogo-SP). No final, o Fortaleza é o 11º colocado, entre 60 concorrentes. No cearense, campanha fraca, e nenhum turno ganho. O 3º turno poderia ter sido leonino com a vitória, por um placar mínimo, do Ceará sobre o Ferroviário. Mas o Ceará colocou um quinto amador em campo propositalmente, para perder os pontos do jogo. O Fortaleza protestou contra a manobra, mas o TJD foi conivente. O STJD não foi. A “abertura” foi punida e o Ceará perdeu a vaga na Taça de Ouro (1ª divisão brasileira) para o Fortaleza.

Naquele ano é concluído e “reinaugurado” o Estádio Castelão
, com o maior público pagante de sua história: 118.496 pagantes (Brasil e Uruguai). É daquele ano também o maior público entre clubes do campeonato cearense: 59.780 pagantes para Fortaleza e Ceará.

Caderno de Esportes de "O Povo" - 1975. Fortaleza e Ceará -Arquivo Botões para Sempre

Em 1984, o FEC fez um belo papel no Campeonato Brasileiro. Na primeira fase, o time se classificou no grupo A, vencendo Vasco da Gama e São Paulo. Para a segunda fase, a equipe caiu no grupo K, com Santos, Palmeiras e CRB. A estréia foi contra o Santos, na Vila Belmiro, num empate em 1 a 1. Depois, no estádio do Morumbi, contra o Palmeiras, uma vitória por 1 a 0. O time se classifica novamente, junto com o Santos. Na terceira fase, novamente no grupo do Vasco (vice-campeão brasileiro daquele ano), mas sem grande desempenho e sendo eliminado. Ao final, o FEC terminou com o 15º lugar num campeonato com 41 clubes. O destaque da equipe no campeonato foi o goleiro Sérgio Monte. Com grandes atuações, tornou-se líder da Bola de Ouro, prêmio conferido ao melhor atleta do campeonato. O goleiro do Vasco, Roberto Costa, teve que ‘merecer’ cinco notas 10, além de duas notas 9, nos seus últimos sete jogos, e receber um bônus de 0,2 na média final por ser finalista, para, mesmo com isto tudo, apenas empatar na média com o goleiro tricolor. Sérgio Monte acabou sem nada, porque tinha jogado algumas partidas a menos na competição. Foi uma grande injustiça. Este excelente goleiro surgiu nas categorias de base, e esteve cogitado para militar no São Paulo FC. Uma perna quebrada em um lance casual abreviou sua curta, mas marcante carreira. A saída de Ney Rebouças e seu grupo de amigos no segundo semestre torna o time fraco para o estadual, embora termine o campeonato no segundo lugar.


Fortaleza Esporte Clube 1982 - Arquivo Botões para Sempre

1990 é o ano de Pedro Diniz, Racinha e Bugrão. Ainda assim, o FEC é vice pela segunda melhor campanha, mas sem decisão de campeonato. Para o segundo semestre, o Campeonato Brasileiro, no qual o time é relegado à terceira divisão. No Grupo A, o FEC se classifica em segundo lugar (junto com o Paysandu). Nas quartas-de-final, o adversário é o América-RN, com quem o Leão empata em casa e perde po 1 a 0 fora. O Tricolor termina o certame em sétimo lugar, dentre trinta clubes.

Em 2001, o Fortaleza repetiu a boa atuação do ano anterior e mantendo a base do time, com o goleiro Maizena, o volante Daniel Frasson, o meia Bechara e o atacante Clodoaldo, conquistou o bicampeonato arrastão, novamente em cima do Ceará Sporting. Depois de ter conquistado o primeiro turno pelo Leão, o ídolo da torcida Ferdinando Teixeira saiu para a chegada do técnico Luiz Antônio Zaluar, que conseguiu manter o mesmo padrão de qualidade na equipe, inclusive mantendo o tabu, iniciado em 1999, de não perder nos Clássicos-Reis (foram 16 jogos de tabu). Enfim, o Fortaleza foi superior durante todo certame e sagrou-se campeão arrastão sem dar chances aos adversários. Venceu o Ceará na final do segundo turno por 3 a 1, com dois gols de Vinícius e outro de Clodoaldo e levou o trigésimo segundo titulo para o Parque dos Campeonatos e a décima sexta partida sem derrota para o Ceará. Clodoaldo foi o artilheiro do certame com 16 gols.

Nesse mesmo ano, o Fortaleza fez brilhante campanha na Copa do Nordeste, liderando a competição por várias rodadas, sendo eliminado na semifinal pelo time do Bahia, numa partida disputadíssima na Fonte Nova, em Salvador. Na Copa do Brasil, o Tricolor fez a melhor campanha da sua história, eliminando adversários como o Sampaio Corrêa, Bahia, Internacional, e caindo somente nas quartas-de-final, para a Ponte Preta. No Campeonato Brasileiro da Série B, a equipe oscilou e fez apenas uma campanha razoável. Com o time brigando para não ser rebaixado, a diretoria trouxe de volta Ferdinando Teixeira, que comandou uma incrível reação. Foram nove partidas sem derrota na reta final. Por apenas um ponto, o Leão não conseguiu a classificação, terminando em quinto lugar do grupo.


Na Copa do Brasil, o Fortaleza foi eliminado pelo Guarani, ainda na segunda fase da competição. Na Série C, o tão sonhado acesso foi adiado. Mesmo invicto, o Fortaleza terminou em terceiro no grupo A e foi eliminado da competição. Pelo Campeonato do Nordeste, o Tricolor fez campanha pífia e se salvou do rebaixamento na última rodada, após vitória contra o Fluminense, em Feira de Santana. O gol da vitória foi de Paulo Isidoro, de cobertura, aos 48 minutos do segundo tempo.



O Mascote

Leão, símbolo da força, determinação e da raça tricolor é o mascote do Fortaleza Esporte Clube, e quem mais contribuiu para popularizar o apelido foi o jornalista Vicente Alencar. Após a transferência da sede do Clube da Gentilândia para o Pici na década de 1960 passa a denominar de Leão do Pici, referência ao bairro onde está localizado o Parque dos Campeonatos
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Uniformes:

As cores do uniforme do Fortaleza, o vermelho, o azul e o branco, foram inspiradas nas cores da bandeira da França, país onde Alcides Santos, seu fundador estudava.


2005


2007


2008


2009


2010


¹Alcides Santos nasceu em 04/11/1889, filho do político e professor Agapito dos Santos. Estudou na Europa de onde trouxe a paixão pelo esporte bretão. Foi próspero comerciante, sendo sócio e fundador de diversas empresas cearenses, além de primeiro representante da Ford Company no Brasil. Foi fundador da Sociedade Cearense de Filatelia e Numismática. Comprou e doou ao Fortaleza o campo do Alagadiço (próximo de onde hoje é a Igreja de São Gerardo), além de construir o Campo do Prado (onde se situa a Escola Técnica Federal) e doá-lo à ADC (Associação Desportiva Cearense, fundada em 23/03/1920, sob sua liderança). Trouxe o primeiro atleta de fora do estado para jogar oficialmente em Fortaleza - Nelsindo em 1919. Além disso, foi atleta de remo do Flamengo, quando sua família morou no Rio de Janeiro, acompanhando seu pai, à época deputado federal.


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Créditos: Site oficial, Wikipédia, Botões para Sempre, Aquelas Camisas


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