segunda-feira, 21 de abril de 2014

Especial Fortaleza 288 anos - Praças da cidade (Parte III)



Limitada pela Avenida Dom Manuel e as ruas Franco Rabelo, Rufino de Alencar e 25 de Março, a praça antes de 1881, era conhecida pelo nome de Praça da Conceição, em homenagem a Nossa Senhora da Conceição da Prainha, pela igreja do Seminário
Já se chamou Praça Senador Machado, em homenagem ao Dr. Antônio José Machado, que foi membro da corte e exerceu os cargos de chefe de polícia do Ceará e deputado federal em 1861.
Chamou-se de novo Praça da Conceição e novamente Senador Machado seis meses depois. 

Recebeu a denominação de Praça do Cristo Redentor, em 1922, em razão ao monumento que abriga uma coluna com Cristo no topo, com 35 metros de altura, montada sobre uma base cúbica. Desenvolvida sobre um eixo vertical gerado por uma escada com 115 degraus. Está revestida e decorada exteriormente com elementos jônicos, frisos, cornijas, moldura e outros detalhes executados com argamassa de cal e areia. Sobre sua base se encontram um conjunto de placas de mármore onde podemos ler a lista dos nomes dos amantes desta luminosa cidade praieira, vinculados à história da cidade através deste singelo e elegante monumento.
O nome foi dado por lei em 1924.


A praça foi construída na metade do século XIX e já foi conhecida como: Praça do asilo, Praça dos Educandos, ou Praça da Escola Normal, ou ainda Praça do Colégio. Era conhecida assim devido o Colégio da Imaculada Conceição fundado em 1867.
Em 1855 o edifício já havia sido construído para abrigar órfãs e foi considerado resultado do crescimento urbano da cidade. É limitada pela Avenida Santos Dumont, ruas Coronel Ferraz, Franklin Távora e 25 de Março

O nome atual (Praça Filgueira de Melo), é em homenageado a Figueira de Melo, que ocupou os cargos de Juiz de Direito, Presidente do Maranhão, Juiz dos feito da Fazenda, Secretário do Governo de Pernambuco, Chefe de Polícia de Pernambuco e membro do tribunal da relação da mesma província, Presidente do Rio Grande do Sul, Ministro do Supremo Tribunal, Chefe de Polícia do Rio de Janeiro, Desembargador do Tribunal do Rio, Deputado geral e provincial de Pernambuco, Deputado geral do Ceará, Senador do Império pelo Ceará e tinha o foro de Fidalgo Cavaleiro da Imperial Casa, ganhou o título de Barão de Sobral.Nasceu em 1809 em Sobral/CE e morreu em 1878 por hemorragia cerebral. Em 1832 formou-se em Direito em Olinda – PE.


Em 07 de março de 1940, é inaugurada a Praça Fernandes Vieira, após remodelação e ajardinamento.
Em 1945, o Liceu do Ceará teve sua administração transferida para as proximidades da então Praça Fernandes Vieira. Ainda que, com o passar do tempo, tenha havido mudança de nome para Praça Gustavo Barroso.

No dia 31 de agosto de 1962, ocorre a inauguração do monumento à Gustavo Barroso com as presenças de Luis Sucupira, Raimundo Girão, Albano Amora e Mozart Soriano Aderaldo.

O nome que batiza a praça é em homenagem ao ex-liceísta Gustavo Barroso. Advogado, professor, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta e romancista. Nasceu em Fortaleza, em 29 de dezembro de 1888, e faleceu no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro de 1959.


Limitado pelas ruas: General Bezerril, Pedro I, Pedro Pereira e Visconde do Rio Branco. O parque tem uma área de 26.717 metros quadrados e foi iniciada a sua urbanização em 1890, quando recebeu o nome de Parque da Liberdade, referência à libertação dos escravos no Ceará.

Em 1922, recebeu o nome de Parque da Independência, em homenagem ao centenário da Independência do Brasil. Inaugura-se a estátua de um índio quebrando os grilhões no portão de entrada.

No ano de 1936, recebe o nome de Cidade da Criança, pelo notável empreendimento educacional infantil. Jardim de infância para meninos de 3 a 6 anos e Parque para educação física e Social de 7 a 14 anos.

Em 1948, na gestão do prefeito Acrísio Moreira da Rocha, volta a receber o nome de Parque da Liberdade.


Limitada pela Avenida Duque de Caxias, ruas Pedro I, Solon Pinheiro e Jaime Benévolo.

Batizada como Praça da Boa Vista, a Praça foi inaugurada em 1880. Em 1881, em homenagem a José Júlio de Albuquerque Barros, o Barão de Sobral, passou a chamar-se Praça Dr. José Julio.
Em 1886 recebe o nome de Praça do Coração de Jesus, depois da construção da igreja em frente à Lagoa do "Garrote", iniciada em 1878, construída pelo Barão de Aratanha.

Em 1890, por resolução do Conselho da Intendência Municipal, recebe a denominação de Praça da Liberdade.

"Na sexta-feira, 15 de março de 1957, um "estrondo ensurdecedor", no dizer da imprensa local, às 13 horas e 20 minutos, abalou e surpreendeu a população fortalezense". Gustavo Barroso

No ano de 1960, toma o nome oficial de Coração de Jesus.


Veja também:

Parte I

Parte II
Fontes: Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Livro Fortaleza - Praças, Parques e Monumentos de Lídia Sarmiento e José Capelo Filho e Portal do Ceará de Gildásio Sá.

Fotos: Arquivo Pessoal, Arquivo Nirez, Acervo Jornal O Povo e Arquivo Assis Lima.



domingo, 13 de abril de 2014

Especial Fortaleza 288 Anos - Amor de pesquisador



MINHA FORTALEZA

Parabéns Fortaleza Minha
Tua memória não morrerá
O pesquisador te abraçará
Nunca ficarás sozinha

                                Assis Lima

"Objetivando criar uma feitoria na Índia (Ásia), e garantir domínio português, foi organizada por Portugal uma respeitável esquadra com 13 navios e 1.500 homens, sob o comando de Pedro Álvares Cabral e que, deveria respeitar o TRATADO DE TORDESILHAS assinado entre Portugal e a Espanha. Havia limites aos territórios que a partir de então fossem descobertos pelos dois países, onde fora estabelecido uma linha imaginária em que, 370 léguas ao oeste do arquipélago de Cabo Verde ficariam com a Espanha e a leste seria de Portugal.

A Europa tomou conhecimento da existência do Brasil, quando em 2 de janeiro de 1500, o olhar pioneiro do navegador espanhol Vicente Ianez de Pinzon captou as dunas do que seria o Siará Grande, porém, devido ao tratado de 1494, a descoberta oficial devia ser dos portugueses, coisa que só aconteceria na Bahia aos 22 de abril de 1500. Pedro Álvares Cabral que, não era bom navegador, mas, era Cavaleiro da Ordem de Cristo comandava a esquadra portuguesa, que além da missão de estabelecer uma rota comercial com a Índia, ele deveria no caminho desviar-se para a direita no Oceano Atlântico, e foi quando chegou ao litoral do Novo Mundo.

A principio as novas terras não despertaram muito interesse, porém, para garantir aos portugueses a posse da terra diante da ameaça representada pela presença dos navios estrangeiros, a partir de 1530 foi resolvida a colonização do Novo Mundo, através de um Governador Geral e a criação das capitanias hereditárias, cuja do Ceará, foi entregue ao donatário Antonio Cardoso de Barros que, nem chegou a tomar posse. 

Naquele momento, a coroa portuguesa estava concentrada nas riquezas asiáticas e africanas, porém, no litoral descoberto, a presença do Pau-brasil da qual se extraia tintura para tecidos, oferecia uma das poucas possibilidades de exploração econômica para os comerciantes portugueses. Portugal logo estabeleceria o monopólio real sobre essa riqueza e, arrendou o direito de exploração a um grupo de comerciantes portugueses, liderado por Fernando de Noronha. Nasceu assim o bonito nome BRASIL, a terra mais rica do mundo.

Como pesquisador curioso, quero Através deste opúsculo revelar um erro que, se comete com a nossa história. Cristóvão Colombo (italiano de Gênova) saiu e no caminho com um maremoto não sabia mais para onde ia; quando chegou não sabia onde estava e, quando voltou não soube onde esteve. Estando na América em outubro de 1492 pensou estar na Índia. Assim os verdadeiros nativos americanos, erroneamente foram chamados de índios. 

Voltemos ao Vicente Pinzon. Tomás Pompeu Sobrinho e outros historiadores renomados afirmaram ser: “O Cabo de Santa Maria de La consolacion, o Rostro Hermoso era a Ponta Grossa ou, Jabarana no Município de Aracati. Já o historiador Francisco Adolfo de Varnhagem defende que, o local visitado pelos espanhóis era a Ponta do Macorie, nome este encontrado no mapa das capitanias hereditárias em 1574. Posteriormente a nomenclatura Macorie sofreu modificações terminando em MocoripeMucuripe
José de Alencar, o romancista diz que, essa palavra vem de Corib “Alegrar” e Mo vem do verbo Monhang, tornando o ativo passivo. Talvez Alencar referiu-se aos morros, por ter causado alegria aos navegantes. Alencar concordou com os estudos, ratificando as conclusões de Adolfo Varnhagem.

Em 1603, Pero Coelho de Souza, português natural de Açores, munido da bandeira de Capitão-mor, chegando ao Ceará, não conseguiu se instalar no Rostro Hermoso tendo em vista, os nativos oferecerem resistência. Os habitantes primitivos da provável ponta do Mucuripe, aos poucos foram sendo dominados pelos invasores e, com a imposição da cultura lusa, esse povoado foi se adaptando à civilização, porém, por amor aos morros, ao navegável riacho Maceió e a calma oferecida pelo iodado vento leste, preferiram viver isoladamente, tendo a Caça e Pesca como produtos de consumo e exportação. 


Aos 20 de janeiro de 1612, Martins Soares Moreno nas margens do Rio Siará, (Barra do Ceará), fundou o Forte São Sebastião*, mas a cidade só se expandiu com o estabelecimento da ocupação holandesa, que levou Matias Beck a construir na margem esquerda do Rio Pajeú, no monte Marajaituba (próximo a Santa Casa e Passeio Público) um Forte que, recebeu o nome de Schoonemborch, como homenagem ao holandês Governador de Pernambuco

Aos 13 de abril de 1726, por Ordem Régia foi instalada pelo Capitão-mor Manuel Francês a Vila da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção do Siará Grande e, assim começou a crescer a Loura de Sol e Branca dos Luares, embora eu concorde com o historiador Raimundo Girão que, a data seja 10 de abril de 1649, com o erguimento do Forte. Esse mais de meio século excluído, já foi motivo de polêmicas política a e religiosa, pois, a Coroa portuguesa não admitia Fortaleza ser fundada por Matias Beck, que era holandês e Protestante (Calvinista). Com a expulsão dos holandeses em 1654, no local do Forte Schoonemborch, foi construído a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, que dá nome a Cidade. 

Seja como for, é notório o engano de se comemorar a festa de Fortaleza, por um ato da Corte, e não porque a cidade nasceu. 

Hoje quando se fala na história de nossa querida Cidade, todos correm para o Forte ao lado da 10ª Região militar, para o Passeio Público, Praça do Ferreira... Falam da existência da Coluna da Hora, Velha Intendência, Abrigo Central, os Coretos, Jardins, e bancos que até eram nomeados. Tinham na Praça do Boticário quatro cafés: Do Comércio, Elegante, Iracema e o Java

É sempre lembrado no começo de cada mês de abril, o Cajueiro da Mentira
Os cines Polytheama, Majestic, Moderno, Diogo, São Luiz, o Rex, Jangada, Art.
No Bairro Farias Brito (Otávio Bonfim) tinha na Rua Teófilo Gurgel o Cine Nazaré; quando foi fechado aumentou a frequência do Cine familiar já na Praça do Bairro ao lado da Igreja Matriz. Em Parangaba tinha o Cine Tupinambá, sem esquecer o Atapu, e o de São Gerardo dentre outros. 

Os saudosistas recordam com tristeza, ao contemplar as transformações paisagísticas por conta da realidade, abominando os crimes contra a memória, que se opõem à sua geografia sentimental. 
Cadê os bondes da Tramway? Os ônibus do Oscar Pedreira instalados em 1928 desapareceram, juntamente com aVila Quinquinha e a casa do Pedro Philomeno, mansões que se situavam no inicio da Avenida Francisco Sá. Onde foram parar os ônibus elétricos da CTC que, com nove carros atendiam a demanda das Avenidas Bezerra de Menezes e João Pessoa? Por que derrubaram a Vila Itapuca na Rua Guilherme Rocha, a Fênix Caixeiral e o Edifício Guarany (Rádio Iracema) na Praça José de Alencar?

Fortaleza já foi palco de diversos acontecimentos cívicos e políticos, classificado como anarquia. Até já se vaiou o sol na Praça do Ferreira, no dia 30 de janeiro de 1942. 
É uma cidade que deixou para trás a presença de personagens populares. Ao paginarmos esta história encontramos oBembém da Garapeira, Chagas dos Carneiros”, “Manezinho do Bispo”, “José Levi”, “Pilombeta”, “Maria Rosa, a velha escrava”, “Pedro da Jumenta” e até mesmo o carisma que foi dispensado ao adestrado “Bode Iôiô”. Em um passado próximo tínhamos oPedão da Bananada”, “Feijão Sem Banha”, o “Burra Preta”, “Zé TáTá”, o “De Menor”,o “Deixa que eu Empurro” , “Bodinho Jornaleiro”, “José do Buzo”, “Coronel dos Bodes”, “O Waldo do Café”, “ O homem do facão”, “Casaca de Urubu, o cobrador”, “José de Sales, bandolinista”, “A Ferrugem”, “Maria Pavão”, “O furacão preto”, “Chico Tripa”, Zé Batata”, “O Cheiroso da Pipoca”, “O Fedorento do Picolé”, “Chapéu de Ferro”, “O Xaveta”, “O Boi sem Osso, e tantos que os anos carregaram. 
Fortaleza era o Xen-iem-iem do saudoso radialista Wilson Machado.


Fortaleza tinha de tudo, e não foi por conta do advento dos planos urbanísticos e projetos de remodelação e aformoseamento. Mesmo recebendo novas técnicas e mudanças de uso do solo, não consegue esconder a segregação, revelando-se uma cidade real com situação desigual. É luxo, é lixo. Com esse crescimento desordenado, vão surgindo áreas de risco. Em locais que outrora fora ocupados por residências estão transformados em comércio, onde, diga-se de passagem, não oferece o menor conforto. O Shopping do Camelô que, por ocupar uma área não urbanizada, recebeu como herança o nome da própria vilela: Beco da Poeira.
Todo fortalezense se orgulha pelo que ainda resta no Centro, pelas belas praias, a ponte dos Ingleses e Estoril. Cantam com orgulho seu hino, e participam civicamente dos festejos alusivos a todos 13 de abril desde 1726.
Bem que podíamos fazer um bolo maior e aumentar o número velinhas...."

Francisco de Assis Silva de Lima


Meu querido amigo e colaborador do Fortaleza Nobre, Assis Lima, é radialista Profissional Registrado e Sindicalizado, Sócio da ACI e Pesquisador.


*Interessante salientar que o nome do Forte São Sebastião não consta em nenhum documento português (Luso), apenas em documentos Neerlandeses. Ao invés disso, encontramos o "Forte do Siara". Os lusos o chamam de Forte do Siara/Seara.  Crédito: J Terto de Amorim


Especial Fortaleza 288 anos - Ontem e Hoje da cidade





Ontem a antiga Alfândega na rua da Praia (Pessoa Anta). Hoje é o Caixa Cultura.

O contraste da senhora de bermudinha e os dois guardinhas sentados num banco da Praça Almirante Saldanha.

Estamos na Praia de Iracema, ao longe a Igrejinha de São Pedro.

Rua da Praia - Hoje Avenida Pessoa Anta, homenagem a João de Andrade Pessoa Anta.

Ainda na mesma avenida

Bondinho da Prainha percorrendo a então rua da Praia, que também já se chamou rua da Alfândega.

Na Aldeota, vemos na Avenida Santos Dumont (Antiga rua do Colégio das Órfãs) a belíssima mansão da família Jucá. Foi adquirida da família em 1971 e hoje é Sede do Tribunal Regional do Trabalho do Ceará. Para quem não sabe, a casa foi inspirada na mansão que serviu como cenário para o filme "E O Vento Levou".
  

Avenida Almirante Barroso - Indo




Voltando...


Ideal Clube em sua sede do Meireles, construída entre 1940 a 1946.
  
Edifício São Pedro - Antigo Iracema Plaza Hotel, o "Copacabana Pálace" da capital cearense.


Inaugurado em 1929 na Praia Formosa. Em 1948, dá-se o lançamento da pedra fundamental da nova sede na Praia do Meireles (foto).

Curva da Avenida Alberto Nepomuceno, próximo a Sefaz.


Avenida Alberto Nepomuceno, já foi Avenida rua da Ponte e Avenida Sena Madureira.
  

Palacetes construídos por Emílio Hinko, ladeando o então Castelo do Plácido, local hoje ocupado pela Praça Luíza Távora




Ainda bem que pelo menos os palacetes resistem até hoje.


Prédio ainda conservado no cruzamento da rua Adolfo Caminha com rua Maranguape.
  


Ao lado da igreja, temos a Praça do Cristo Redentor, que na época, não passava de um areial. 

De um lado a Praça Cristo Redentor e do outro, ao invés das casas, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.


Fotos ontem: Arquivo Nirez/IBGE
Montagem: Marcelo Luna


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Especial Fortaleza 288 anos - Praças da cidade (Parte II)



Apesar de não figurar na planta da cidade em 1875, a sua demarcação é anterior a 1859. A praça foi construída sobre uma pequena lagoa (daí a nomeação de Praça da Lagoinha) depois de aterrada por haver se convertido em depósito de lixo, e em foco de doença.
Chamou-se também Coronel Teodorico (1881) em honra ao médico, Vice Presidente da Província, Deputado, Presidente da Assembléia e Coronel Comandante da Guarda Nacional.
Outro nome foi Praça 16 de novembro (1890), data da instalação do Estado do Ceará em 1889.
Comendador Teodorico (1891) - A denominação anterior ficou sem efeito. 
Foi arborizada com mongubeiras em 1923. 
Sua área foi reduzida para a construção de dois Institutos de Beneficência e Caridade.
Em 1929 foi construído um coreto, onde servia de palco para exibições da Banda da Polícia Militar.

Em 1930 se construiu um lindo jardim com Fonte luminosa (Hoje na Praça Murilo Borges). Nessa época a praça tinha o nome de Thomas Pompeu de Sousa Brasil.

A praça é uma das mais antigas e tradicionais de Fortaleza.
João Capistrano de Abreu: Intelectual destacado, cearense de Maranguape, dedicou-se intensamente ao ensino do jornalismo, da crítica literária e dos assuntos históricos.



O antigo Largo do Patrocínio era um areial, como todas as antigas praças da cidade. Foi chamada de Largo do Patrocínio até 1870, por ficar em frente a Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio, construída em 1849.
Em 1870, por proposta de um vereador, teve seu nome mudado para Praça Marquês de Herval, mas o povo continuou a tratá-la como do Patrocínio.


Em 1890 passou a ser oficialmente Praça do Patrocínio, mas em 1891 voltou a ser Marquês de Herval. No ano de 1903, houve a inauguração do Jardim Nogueira Acioly (Antigamente, cada praça de Fortaleza ao ser urbanizada, tinha dois nomes, o da praça e o do jardim. Na Praça do Ferreira tinha o jardim Sete de Setembro; a Praça Caio Prado, ou da , tinha o Jardim Pedro Borges; a Praça José Júlio (ou Coração de Jesus) tinha o jardim Bárbara de Alencar, a Praça Comendador Teodorico (ou da Lagoinha) tinha o jardim Tomás Pompeu e a nossa Marquês do Herval, tinha o Jardim Nogueira Acióli, que foi inaugurado na administração do intendente Guilherme Rocha. No dia 24 de janeiro de 1912 houve uma revolta e a consequente derrubada do Governo Acióli, quando o povo rebatiza o jardim como Franco Rabelo).
Recebeu o nome de Praça José de Alencar em 1º de maio de 1929, por ocasião do centenário de nascimento do romancista. Nesta ocasião, também foi inaugurado o conjunto escultório. Somente em 1938, foi oficialmente denominada de Praça José de Alencar.



A Praça Clóvis Beviláqua já chamou-se Visconde de Pelotas (Por volta de 1870), em virtude de decreto da Câmara dos Vereadores, numa homenagem ao herói da guerra do Paraguai, marechal José Antônio Correia da Câmara
Em 1926 recebeu o nome de Praça do Encanamento, quando se estendeu, desde o Benfica, o abastecimento d'água para a cidade, com a localização de chafarizes. 

Em 1930, na administração de Álvaro Weyne, a praça foi urbanizada no atual trecho e recebeu o nome de Praça da Bandeira, mas oficialmente só foi mudado em 1937, por decreto do então prefeito Raimundo de Alencar Araripe

Em 1943 foi construído, com projeto do desenhista Rubens Diniz, um obelisco em homenagem aos Aliados da 2ª Guerra Mundial, o "Obelisco da Vitória". A iniciativa foi de estudantes da Faculdade de Direito, que promoveram um concurso. 
Em 10 de julho de 1959, na gestão do prefeito Cordeiro Neto, seu nome foi novamente mudado, passando a chamar-se Clóvis Beviláqua. O nome de Praça da Bandeira passou para a Praça do Colégio Militar.

Quando a praça tinha o nome de Visconde de Pelotas, ia da Rua General Sampaio até a Senador Pompeu em sua largura e no comprimento ia da Rua Clarindo de Queiroz até a Rua Antônio Pompeu, atravessando a Rua Meton de Alencar. Primeiramente foram construídas as caixas d'água que ocuparam um espaço considerável do lado da Rua Antônio Pompeu. Depois veio a Faculdade de Direito que ocupou o restante da parte que ia até a Rua Meton de Alencar. Aos poucos a Faculdade foi tomando as laterais e o espaço entre ela e as caixas d'água. Depois a praça foi destruída, na administração Walter Sá Cavalcante, sendo nela feita uma caixa d'água subterrânea que a deixou sem arborização e sem função por mais de uma década.


A praça foi criada no início do século XIX, chamada de Praça da Alfândega em virtude do prédio da Alfândega  (inaugurado em 1891). Antes de o prédio ser construído, a Alfândega funcionou em prédio modesto no local onde depois seria a Praça Almirante Saldanha. Tem uma área de 5.820,00 m². Fica entre a Avenida Pessoa Anta, Rua Dragão do Mar, Almirante Tamandaré e Almirante Jaceguai.

Após 1915,  recebeu o nome de Praça Fausto Barreto, em homenagem ao Dr. Fausto Barreto, médico, Presidente do Rio Grande do Norte e Deputado pelo Ceará.

Em 1932, na gestão do Prefeito Raimundo Girão, volta ao nome original (Da Alfândega).

Na gestão do prefeito Álvaro Weyne (1935/1936), recebe o nome que tem hoje, Praça Almirante Saldanha.


No local existia apenas um grande campo onde foram concentrados, aqueles que voluntariamente se alistavam para a Guerra do Paraguai em 1864.

Depois, pelo local ficar bem próximo a Lagoa do Garrote (que se transformaria no Parque da Liberdade), antes de 1932, a Praça dos Voluntários recebeu o nome de Largo do Garrote; essa Nomenclatura deveu-se segundo os historiadores eruditos, em que nos cajueiros e demais árvores que ficavam na beira da Lagoa do Garrote, abatia-se gado provenientes de Messejana e Parangaba, para o abastecimento de carne verde para a cidade.

Nomes que recebeu a praça:

Largo do Garrote - Anterior a 1932. A Praça estendia-se até onde hoje é o Parque da Liberdade.
Largos dos Voluntários da Pátria - Homenagem aos cearenses que seguiram voluntariamente para a Guerra do Paraguai, como componentes do famoso Batalhão 26 de Voluntários da Pátria, contra o ditador Paraguaio Solano López.
Praça Voluntários - Em 1932.
Em 1941, foi remodelada e colocado um busto do Presidente da República na época, Dr. Getúlio Vargas.


Leia aqui a Parte I
Fontes: Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Livro Fortaleza - Praças, Parques e Monumentos de Lídia Sarmiento e José Capelo Filho e Portal do Ceará de Gildásio Sá.

Fotos: Arquivo Pessoal, Arquivo Nirez, Arquivo Assis Lima e Acervo Clóvis Acário Maciel