Naquele espaço retangular do terreno formado pelas ruas Guilherme Rocha, Pará, Floriano Peixoto e Major Facundo, foi construído o Abrigo Central, iniciativa do então Prefeito Acrísio Moreira da Rocha. Era um local onde se agrupavam políticos, torcedores de futebol e pessoas que ali se dirigiam para apanhar ônibus de vários bairros, e linhas que circulavam a Cidade, pela Empresa São Jorge, com destino a Praça São Sebastião (Mercado) depois Praça Paula Pessoa (Ruas Justiniano de Serpa, Dom Jerônimo) - Farias Brito, cujo local existiu o tradicional Jardim São José, mais conhecido como Jardim Japonês, da família Fujita (João Batista, Nisabro, Edmar, Francisco, Luzia e Maria José) que injustamente sofreram opressões com o "quebra-quebra" no tempo da 2ª Guerra Mundial de 1944.
Passeata anunciando o lançamento do ano - O Café Wal-Can
No Abrigo Central, se instalaram vários boxes, tendo o centro, formato de meia lua, onde foram colocadas cadeiras, especialmente para servir de engraxataria; pelo lado direito, havia um boxe para venda de selos mercantis, bilhetes da Loteria Federal, Estadual, estampilhas, os quais eram colocados para aferição pela Secretaria da Fazenda nos livros próprios (mensalmente) e outros selos para requerimentos dirigidos às repartições federais, estaduais e municipais; em seguida o boxe do Café Hawaí; Café Presidente e o Café Wal-Can( De Waltério Cavalcanti); um boxe da Livraria Alaor; casas de discos conhecida como Discolândia e os boxes portáteis do Sr. Bodinho, do Sr. Raimundo e do Sr. Holien com variadas mercadorias; no lado esquerdo da Rua Pará - O Posto de carros de aluguéis - Posto Pará da Sra. Odete Porfírio Sampaio, com luxuosos carros de passeio que eram contratados previamente para sepultamento, casamento e batizados; e o preço obedecia a uma tabela especial, estabelecido pelo Sr. Maninho Câmara.
Sr.Waltério Acompanhando de perto o trabalho de suas colaboradoras
Sr.Waltério Cavalcanti, com clientes e amigos
Ainda no hall do Abrigo - o célebre e inesquecível "Pedão da Bananada" e os famosos sanduíches , cognominados "espera-me no Céu" e "cai duro", e comprando um, o cliente tinha direito a um envelope de Sonrisal e uma vitamina "KH" na hora; existia um funcionário especialista no ramo de merendas de frutas, Sr. Musse; no final do corredor do Abrigo, o Café Hawaí; ao lado, a garapeira do Sr. Peixoto, cuja venda de guaraná (artificial), água mineral com e sem gás, groselha e limonada, era muito apreciada por todos que frequentavam o Abrigo Central.
Café Wal-Can - Rua Floriano Peixoto em 1983. Foto de Nelson Bezerra
Ainda pelo lado da Praça do Ferreira, a parada de ônibus da Empresa São Jorge - Kalil Otoch, as linhas do centro, Soares Moreno, Praça São Sebastião, Cemitério, D. Jeronimo, Justiniano de Serpa, que muito facilitava a vida dos que moravam no centro - uma realidade muito diferente dos dias de hoje, com tantas transformações que sofreu a arquitetura de nossa cidade.
As funcionárias do Café Wal-Can
Crédito: Wal-Can in Memorian/ Valtério Cavalcanti
Oi, Leila
ResponderExcluirHoje li os tres posts...os 2 do abrigo e o dos rabos de burro. Lembo-me bem, disso tudo.As mocinhas dozelas, tinham "pavor" dos rabos de burro. Quanto ao Abrigo Central, tenho saudade. Íamos muito, com a mamãe, no Pedão da Bananada.
Era diferente, da bananada caseira, não sei qual o "segredo" do Pedão...Pena, que derrubaram o abrigo, fazia parte integrante da Prç do Ferreira...é isso!
Beijos
O pior é saber que muitos dos que foram à favor do fim do "monstrengo" hoje falam com saudade do Abrigo¬¬ Sinceramente, não entendo esse desejo de destruição que alguns tem, acabam por destruir prédios de elevado valor sentimental para substituir, às vezes por nada!
ResponderExcluirDe tanto ouvir falar dessa bananada, queria ter tido o privilégio de saboreá-la rsrs Pedão foi outro que morreu de tristeza, acabaram com o Abrigo e com os sonhos de um homem...
Beijos linda
Leila, quero lembrar que existia um box que servia o xarope do guaraná com água gaseificada. Tinha o sabor natural e o de morango. Este box ficaria hoje bem em frente a entrada da Casa Bahia. Existia também o cafezinho Wal-Can nas esquina da Liberato Barroso com Floriano Peixoto.
ResponderExcluirEsse xarope devia ser uma delícia, hein Ivan? :D
ResponderExcluirQueria tanto ver imagens do box¬¬
https://www.google.com.br/search?q=bras%C3%A3o+da+familia+cavalcanti&safe=active&biw=1366&bih=643&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=OplKVce5IcWegwSu54DoBg&ved=0CC0Q7Ak
ResponderExcluirOBRIGADO AMIGA
ResponderExcluirNão precisa agradecer, amigo!
Excluirhttps://www.google.com.br/search?q=bras%C3%A3o+da+familia+cavalcanti&safe=active&biw=1366&bih=643&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=OplKVce5IcWegwSu54DoBg&ved=0CC0Q7Ak
ResponderExcluirGostaria de saber se o sr. tem alguma foto do Café Hawai, no abrigo central. Meu pai João Rodrigues de Oliveira, trabalhava lá. Carlos (escudeirobr@gmail.com)
ExcluirChorei de saudades quando vi eu com 14 anos trabalhei no café Wal_cam vizinho ao Pietro jóias.depois fui transferida para o Wal_Cam disco foi a época mais feliz da minha vida .
ResponderExcluirQuem é vc? Seria um prazer em conhecer pois sou neto do Valterio Cavalcanti e filho de Cláudia Cavalcanti. Sobrinho de Valterio Filho. Deixe seu AP aqui entrarei em Contato.
ExcluirEntão me viu tomando muito café por lá com meu pai . Frequentadores assíduos
ExcluirSua Mãe é irmã da Perpétua Cavalcanti Magalhães e da Daniela, a mais nova e que moraram na Cruz Saldanha na Parquelândia?
ResponderExcluirSim
ExcluirPerpétua foi minha primeira namorada, tinha 15 anos e ela 13 anos, foi meu primeiro amor...
ExcluirSou o Ianak Alencar, namorei a Perpétua por 10 meses, eu tinha 15 anos e ela tinha 13 anos, foi meu primeiro amor, morava perto dela na Dom Rego de Medeiros 1280 Parquelandia...
ExcluirSou o Ianak Alencar, namorei a Perpétua, tinha 15 anos e ela 13 anos...
ExcluirEu sei cantar a musiquinha do Café Wal can
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