Edificação do século XIX. Pertenceu à Câmara Municipal, passando para o Estado pela Provisão Régia de 27 de julho de 1814.
O antigo Palácio do Governo é um polígono com frentes para a rua Sena Madureira, Praça General Tibúrcio e Rua do Rosário e fundos para a rua Guilherme Rocha. A parte oriental do edifício, onde funcionava o gabinete do Presidente, é de um andar em consequência da depressão do terreno, e a parte ocidental, que é térrea, era destinada à Secretaria do Interior. O lado sul da edificação era ocupada pela residência dos Presidentes do Estado.
Postal de 1902
Em 1847, o Presidente Ignácio Correia de Vasconcellos, fez uma muralha de 384 palmos de extensão para sustentar o aterro do largo do palácio. Com essa medida, a capital teve um lugar que foi, por muito tempo, uma espécie de passeio público e que hoje é a Praça General Tibúrcio. Em 1856, foram feitos serviços nas salas da frente do edifício, a reconstrução do terraço, os jardins e aterros do quintal.
Em 1892, foram feitos novos reparos no edifício, mandando-se substituir os beirais do telhado pelas platibandas que ainda hoje permanecem.
O antigo Palácio da Luz, depois de vários usos, foi transformado em Casa de Cultura de Raimundo Cela a 1º de março de 1975.
Protegido pelo Tombo Estadual segundo a lei n° 9.109 de 30 de julho de 1968, através do decreto n° 16.237 de 30 de novembro de 1983. Tombado duas vezes através também do decreto nº 15.631 de 23 de novembro de 1992.
O Palácio da Luz foi construído com o auxilio de mão-de-obra indígena, para servir de residência ao capitão-mor Antônio de Castro Viana. Posteriormente pertenceu a Câmara Municipal e por uma Provisão Régia de 27 de julho de 1814, foi adquirida pelo Governo Imperial. Ainda na primeira metade do século XIX, a edificação passou por uma série de transformações. Em 1931, Antonio Simões Ferreira e o pedreiro Braz Quintão de Souza apresentaram uma planta para o paredão do “Largo do Palácio”.
No ano de 1839, foram realizados alguns acréscimos que levaram a edificação até a rua de baixo, atual Rua Sena Madureira. No governo do Presidente da província, Coronel Ignácio de Vasconcelos (1844/1847), foi construída uma muralha criando uma espécie de passeio público, pois ele levantou pilares na referida muralha, guarneceu-a de assentos e gradaria de ferro e colocou no centro uma escadaria para dar passagem para a "rua de baixo".
No inicio de segunda metade do século XIX, realizaram-se obras nas salas da frente do edifício, reconstruiu-se o terraço, os jardins e os aterros do quintal. Em 1892, os beirais de tornaram obsoletos sendo substituídos pela cimalha elevada. Na segunda metade do século XX parte da edificação foi destruída para a abertura da rua Guilherme rocha. Em 1975, no governo Cesar Cals, passou a abrigar a Casa de Cultura Raimundo Cela e, hoje, sedia a Academia Cearense de Letras. O antigo Palácio do Governo esta localizado entre as ruas Sena Madureira, do Rosário, Guilherme Rocha e a Praça General Tibúrcio.
O edifício foi construído de acordo com a técnica tradicional de tijolo e madeira, utilizando-se material da região. Em virtude das inúmeras alterações sofridas ao longo do tempo, não é possível defini-lo dentro de um movimento arquitetônico específico. A edificação destaca-se por seu valor histórico e por ser parte integrante do conjunto urbano que compreende a Assembléia Provincial e a Praça General Tibúrcio.
Fatos Históricos

Em 1892 foi gravemente danificado quando da deposição do presidente Clarindo de Queirós pela Escola Militar.
Em fevereiro de 1960, na gestão do governador Parsifal Barroso, metade dele foi vendido, sendo aberta uma rua dividindo-o.
Já abrigou a Biblioteca Pública, a Casa de Cultura Raimundo Cela (1975) e hoje abriga a Academia Cearense de Letras.

Foi deposto o presidente do Estado, José Clarindo de Queirós.
A estátua voltou ao seu lugar, sobre um pedestal mais elegante, em 24/05/1893.
Em 1912, quando da deposição do comendador Antônio Pinto Nogueira Acióli e conseqüente deposição do intendente coronel Guilherme César da Rocha (Guilherme Rocha), assumiu o filho de José Albano, Ildefonso Albano, que logo cuidou de prosseguir o trabalho de seu pai, desapropriando várias casas em redor da praça e formando o atual quadrilátero, obra iniciada em 1913 e terminada em 1914.
Comemoração do centenário de nascimento de Raquel de Queiroz

Os tiros de canhões derrubam a estátua do general Tibúrcio na Praça do Palácio, mas ela cai de pé.
O motivo foi que Clarindo de Queirós era aliado de Deodoro da Fonseca e o golpe dado por Floriano Peixoto determinou a deposição de todos os governadores que apoiavam Deodoro.
Assume o governo o coronel José Freire Bezerril Fontenele (General Bezerril), que passou o governo para o vice-major Benjamin Liberato Barroso (Benjamin Barroso) no dia 18 de fevereiro de 1892.




Em agradecimento falou o jornalista Daniel Carneiro Job, o "Profeta da Cova", secretário real de sua majestade.
Do local seguiram para o Palácio da Luz onde os esperava o governador Raul Barbosa e o comandante da 10ª Região Militar, general Edgardino de Azevedo Pita e o Secretário de Polícia e Segurança Pública coronel Aldenor Maia.
Da sacada do Palácio novos discursos foram proferidos.

Era pai de Walter Sá Cavalcante e Hermenegildo de Sá Cavalcante.

Presentes ao ato todo o secretariado do Governo, parlamentares, próceres políticos, jornalistas e outras pessoas gradas.

Registrando o fato, escreve L.S.
(Luís Sucupira): ‘Deixou o governo com a saúde abalada, com os bolsos vazios, com a alma amargurada, com o espírito abatido.
E os que concorreram para isso, em vez de dar-lhe ao menos uma impressão de reconhecimento pelos sacrifícios exigidos, correm pressurosos a cercar o novo ídolo, num abissinismo muito conhecido e demasiado clássico'

148 anos de história destruídos para nada, já que o intuito era dar fluxo aos carros que circulavam pela Rua Guilherme Rocha e a rua seria aberta até unir com a Avenida Santos Dumont.
Na Guilherme Rocha, há muito tempo não circulam carros.


Em 1971 foi desapropriada e passou a abrigar o Museu Histórico e Antropológicodo Ceará.


O autor destas linhas, Nirez, presenciou livros raríssimos sendo jogados ao lixo por estarem com as capas soltas.


Na ocasião o acadêmico Carlos Mauro Cabral Benevides (Mauro Benevides) usa da palavra para homenagear Luís Cavalcante Sucupira (Luís Sucupira) no seu Centenário.
A solenidade é encerrada com coquetel após recital do violinista Fred Barreto.

Créditos: Secult, http://centrodefortaleza.com.br, Portal do Ceará, Álbum de vistas do Ceará 1908, Morar em Fortaleza, Gracinha Bezerra, Academia Cearense de letras, http://www.mar.mil.br e pesquisas na internet