Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Casarão
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



Mostrando postagens com marcador Casarão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Casarão. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Postais antigos IV

Postal Casa Sloper, em 1945
Postal da Avenida do Palácio

Praça do Ferreira - Postal dos anos 30

Postal de 1968 - Cidade da Criança


Postal do Palace Hotel


Rua Sena Madureira

Raro postal da véspera de Natal, em 1920, Majestic Palace

Rua Barão do Rio Branco, antiga Rua Formosa, postal de 1925

Praça General Tibúrcio - postal de 1912 

Praça General Tibúrcio, raro postal editado em 1900


Praça General Tibúrcio, dos Leões, séc. XX


Posto Peixoto

Postal de 1918 do Solar Carvalho Mota

Postal Sobrado de Joaquim da Cunha Melo (Barão da Ibiapaba)



Postal raro, Passeio Público, 1907


Postal raro do Passeio Público

Outro postal raro do Passeio Público




quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ruas de Fortaleza - Mudanças (Rua Boris)


Foto de 1908
A antiga travessa da Praia (atual Rua Boris), perpendicular à rua da Praia (Avenida Pessoa Anta), foi, durante muito tempo, conhecida como ladeira do Solon, por residir na mesma, no prédio que vemos ao longe na foto mais antiga (um chalé com portas arqueadas), o coronel Solon, que possuía uma plantação de videiras e lá residiu por 21 anos.


Na velha foto, de cartão postal de 1910, vemos, na esquina, uma casa tipo beira-e-bica, seguida da Casa Boris, fundada em 1869, tendo como razão social a firma "Théodore Boris & Irmão" constituída de Aiphonse Boris e Théodore Boris, o primeiro chegado em 1865, de navio e o segundo pelo interior em 1867. Em 1870 a firma passou a denominar-se "Boris Frères", com a administração dos sócios Achiles Boris, Adrien Boris e Isaie Boris, tendo como sede a cidade de Paris.
Em 1878 Isaie veio morar no Ceará, chegando a vice-cônsul Francês. Quando se foi, em seu lugar ficou Achile. Graças à firma Boris Frères é que hoje temos a oportunidade de conhecer Fortaleza no início deste século, através de mais de cento e sessenta fotografias editadas em dois álbuns em 1908 sob o título de Vistas do Ceará - 1908 impresso em Nancy, França, por Imprimeries Réunies de Nancy. Infelizmente não foi identificado o fotógrafo.
Na velha foto os trilhos de trem passavam pela atual Pessoa Anta, no rumo do porto (Ponte Metálica), passando pela Alfândega.


Na segunda foto(P&B), de Osmar Onofre, já não existem os trilhos nem o calçamento, mas o asfalto; as calçadas continuam irregulares tanto na largura como na altura, embora hoje existam o meio-fio e um código de obras e posturas que determina a regularidade tanto na altura como na largura; a casa de beira-e-bica foi reformada; a casa do coronel Solon desapareceu com a construção da avenida Leste-Oeste; novas construções surgiram prosseguindo a rua; postes de concreto levam a luz e a força através dos fios; somente a Casa Boris resistiu ao tempo.
Em frente à Casa Boris hoje existe um calçadão que vai da Rua Boris até a Rua Almirante Jaceguai, que faz parte do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura. Infelizmente existe hoje uma prática de pintar-se as casas antigas com cores vivas, o que não se fazia antigamente, tornando-as hoje ridículas.
Dever-se-ia proceder a uma prospecção para descobrir a tinta primitiva e da mesma cor pintar os edifícios para dar o aspecto da época.




Crédito: Portal da História do Ceará e Nirez

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ruas de Fortaleza - Mudanças (Major Facundo)



PRAÇA DO FERREIRA - MAJOR FACUNDO

 

A primeira foto é de 1936 e pela Rua Major Facundo vemos, por trás do bonde elétrico, a Casa Almeida, o edifício Majestic que tinha um bar, a Farmácia Pasteur, os escritórios de Luiz Severiano Ribeiro, o "Polytheama", o Menescal e na esquina, A Pernambucana. Em frente, o passeio, onde ficavam estacionados os ônibus, os carros de aluguel e onde havia os bancos de duas faces entre árvores e combustores de iluminação a gás. Depois, a praça propriamente dita. 

Para os que nunca viram, o veículo que vemos à esquerda na foto é um bonde elétrico, este fazendo a linha. "Via Férrea". Todos os bondes faziam ponto na Praça do Ferreira, com algumas poucas exceções.

Existiram pontos de bondes no primeiro quarteirão da rua Liberto Barroso e também na travessa Morada Nova, por trás da Assembléia Legislativa. O quarteirão da rua Liberato Barroso onde ficavam os pontos de bondes, foi aberto após 1934. 

Os bondes tinham duas frentes, davam tanto de um lado como do outro.
No final da linha, era virada a lança, que contatava os fios, os bancos, ficando o encosto como assento e vice-versa, o motorneiro passava para a outra frente e o bonde vinha na direção inversa, sem precisar fazer manobra.


A segunda foto mostra a odiosa praça construída na gestão José Walter e data de 1986. Já não existia o Edifício Majestic, que incendiou em 1955 e foi substituído pelo Edifício Lobrás, o Edifício São Luiz com seu cinema já existiam, inaugurado em 1958, os bondes desapareceram em 1947. No fundo, os edifícios Jereissati, que abrigou o Hotel Savanah e o Sul América.



A última foto (bem mais recente), nos mostra uma praça por onde não passam veículos pela Rua Major Facundo, o "Dudas Burger" atrai com grande placa. Adiante, a loja Marisa, o cine São Luiz persiste vivendo seus últimos dias e ao fundo, o Edifício Jereissati (Savanah) e parte do Edifício Sul América.

RUA MAJOR FACUNDO PRÓXIMO À ESQUINA COM RUA SENADOR ALENCAR


A foto antiga data de aproximadamente 1915 e mostra a firma Francisco Lima seguida da "Estrela do Oriente", e a Farmácia Francesa com seu Consultório Médico. Do outro lado da rua, o velho sobrado pertencente ao Barão de Ibiapaba, que se chamava Joaquim da Cunha Freire, comerciante de grande fortuna que se entregou à política chegando à vice-presidente da província por várias vezes. Nasceu em 1827 e faleceu em 1907.




Antes da foto atual e depois da mais antiga, ali estiveram muitas firmas como a Casa Cisne, Casa Aporto, Ferragens Silva, Armazém Caxias, Banco Industrial e Comercial Sociedade Anônima - BIC, etc. Do outro lado da rua, no velho sobrado, funcionaram no térreo o Cartório Pergentino e nos altos a Pensão América.

A foto mais recente guarda uma enorme quietude, mas é que foi colhida num domingo, única maneira de se conseguir hoje em dia colher algumas fotos do centro tão conturbado de nossa cidade. Da foto anterior só existe, na atual, quatro losangos que existiam na parte superior da fachada do Consultório Médico da Farmácia Francesa. Está hoje em cima da "Casa Fátima". No lugar das antigas firmas hoje estão a Casa da Bordadeira, a Casa Fátima, algumas casas fechadas e na esquina o Restaurante e Lanchonete Alteza. Do outro lado da rua, onde foi o sobrado do Barão de Ibiapaba, um prédio novo com uma grande agência do Banco Brasileiro de Descontos - Bradesco.

No lugar do combustor, um poste de concreto; em vez do calçamento, o asfalto; em vez da canalização embutida do gás carbônico, a fiação de alta-tensão da Coelce, no lugar dos letreiros ou pequenas placas indicativas das lojas, grandes marquises com imensos letreiros e propagandas que fazem parte da poluição visual de nossa cidade. 


RUA MAJOR FACUNDO ESQUINA COM RUA SENADOR ALENCAR 


A foto antiga é do final da década de 30, quando a moda em Fortaleza exigia uso do branco, a presença do chapéu e do guarda-chuva ou guarda-sol. Estamos em plena Rua Major Facundo, esquina com Rua Senador Alencar, olhando para o lado do sertão. Em primeiríssimo plano, uma esquina de calçada com dois postes, um de ferro, da "Light" e outro da "Ceará Gás" ou seja, um combustor a gás carbônico. Nota-se que apesar da presença do combustor, já existia a iluminação elétrica, pois vemos uma lâmpada incandescente no alto do poste.

Vemos a Farmácia Francesa e logo em seguida seu Consultório Médico. Seguem-se outras lojas, o edifício J. Lopes e, à distância, o Excelsior Hotel e o Majestic Palace.

Do lado esquerdo, a presença de um automóvel europeu, parece que um Anglia ou Prefect. Mais adiante, um Citroen ou DKW'. Atravessa a rua uma faixa alternada de anúncio da Casa Nova e, mais adiante, da exportadora de Tecidos Ltda. A rua ainda era pavimentada de concreto e a arborização ainda estava crescendo. Pés de "ficus benjamin" enfeitavam ciliarmente a rua.


 
A foto intermediária, da década de 1980, mostra o Edifício J. Lopes já muito sujo, os prédios antigos já reformados, modificados ou reconstruídos. É realmente uma transição entre a foto antiga e a mais recente.



A foto mais recente mostra o mesmo trecho já bem diferente após 60 anos. O asfalto hoje cobre o concreto da pavimentação; os tapumes de alumínio ou madeira cobrem as antigas fachadas; prédios novos substituem os antigos enquanto outros antigos permanecem; a posteação hoje é de concreto-armado e a iluminação pública é à base de vapor de mercúrio.

O edifício J. Lopes continua no local, mas à distância, além do Excelsior Hotel, vemos não mais o Majestic Palace, mas o Edifício São Luiz e o Edifício "Arára" (do INPS).
Na esquina, no lugar da Farmácia Francesa, o Restaurante e Lanchonete Alteza.


RUA DO MAJOR FACUNDO 



Estamos no primeiro quarteirão da rua Major Facundo, em duas fotos que distam nada menos de 108 anos. A foto antiga é de 1893 e foi feita para a Exposição de Chicago naquele ano, a outra é atual. A casa em primeiro plano do lado esquerdo era da família dos Mississipis, assim chamados por relação com navios à época da Guerra da Secessão nos EUA, com as janelinhas quadradas do sótão e os famosos "jacarés" para descida d'água. Foi remodelada por João Sabóia Barbosa em 1927. É a única casa do lado esquerdo que ainda existe embora bastante modificada, todo o restante foi demolido. O prédio em primeiro plano do lado direito era o sobrado que abrigava o "Hotel de France" e que depois foi reformado, crescendo tanto pela rua Major Facundo como pela João Moreira, além de ganhar mais um pavimento. Lá esteve por muitos anos o "Pálace Hotel" de Efrem Gondim e hoje está a Associação Comercial do Ceará.

Na foto de 1893 as calçadas são irregulares e a rua é pavimentada de pedras toscas. Pela rua estão carroças puxadas por animais, pessoas, porcos, etc. Dos dois lados da rua, combustores de iluminação pública a gás carbônico. Distante vemos o velho sobrado do Barão de Ibiapaba, que ficava na esquina com a rua Senador Alencar e que ruiu durante um dos invernos da década de sessenta. Bem distante vemos a copa de uma grande árvore que deve ficar na praça do Ferreira, onde divisamos o oitão do sobrado do comendador Machado que foi substituído pelo Excelsior Hotel.

A fotografia mais recente traz o antigo prédio dos Mississipis todo alterado, com portas largas, restando apenas as pequenas janelas do sótão para identificar, hoje ocupado por um bar de terceira categoria e um motel; o prédio do lado direito, antes ocupado pelo Hotel de France, que tinha dois andares e foi reformado para abrigar o Palace Hotel de Efrem Gondim, hoje tem três andares e é ocupado pala Associação Comercial (pelo menos é o que nos diz o letreiro na fachada).



Ao longe, prédios novos, principalmente edifícios altos já próximos à Praça do Ferreira, como o Edifício Ventura, Edifício Oriente, Edifício Salim, Edifício J. Lopes, Edifício Banespa, Edifício Jangada, Edifício América, Edifício Jereissati (hotel Savanah), Excelsior Hotel, o São Luiz, etc. A rua Major Facundo já foi rua Nova Dei Rei, da Palma e do Major Facundo, mas chegou a ser chamada de Rua do Fogo. O asfalto substitui a antiga pavimentação a pedras apiloadas, as calçadas receberam uniformidade e os fios e postes completam a diferença de época.

 
Foto do mesmo trecho, em cores


RUA MAJOR FACUNDO - PRAÇA DO FERREIRA


Estamos no canto sudoeste da praça do Ferreira, onde a Rua Major Facundo se encontra com a Rua Pedro Borges, ou melhor, onde nasce a Rua Pedro Borges. A foto antiga data de 1931.

O primeiro prédio da direita é o da Farmácia Oswaldo Cruz que ainda hoje está no mesmo local. Em seguida vemos, na foto antiga, a "Photo Ribeiro" após, a "Óptica Moderna" e ainda o Cine Moderno (ver a marquise em forma de meia cúpula). Vemos também o bonde da linha "Via Férrea" lotado de estudantes do Liceu do Ceará, que na época ficava na praça dos Voluntários, em prédio no local hoje ocupado pelo edifício da Secretaria de Segurança. Notem que todas as pessoas presentes na foto trazem chapéu na cabeça, desde os estudantes no bonde até as crianças que trafegam pela calçada. Logo após o cine Moderno ficava "A Cristal", sorveteria.

Depois funcionaram no mesmo local alguns estabelecimentos que não mais existem, como o pega-pinto do Mundico, a Foto Salles, que hoje está na rua Barão do Rio Branco; o Armarinho Orion, as Lojas de Variedades, uma loja da Fortaleza Gás Butano, e mais recentemente tivemos ali a loja Samasa.

Na segunda foto (mais recente), vemos que permanece a farmácia Oswaldo Cruz, seguida da "Milano", uma casa de bingos e "A Esquisita". Ao longe, vemos o edifício "Arara", do INAMPS, e por trás dele, o Edifício Butano. O formato da calçada já é outro, com uma curva avançando para a praça, desde que o trânsito de carros deixou a Rua Major Facundo na praça.

O asfalto substituiu o calçamento; os trilhos e fios dos bondes já não existem; o poste de concreto está no lugar do combustor e a sinalização do trânsito se faz presente nos postes e no asfalto, além da poluição visual que impera hoje na cidade, sem falar na sonora que ali é patente, inclusive com um serviço de alto-falantes denominado "FM Centro", autorizado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza contrariando seu próprio Código de Obras e Posturas.




Fonte: Fortaleza de Ontem e de hoje e Arquivo Nirez

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho




Em 18 de Dezembro de 2002, o palacete do engenheiro e antropólogo Thomaz Pompeu Sobrinho, situado no antigo bairro Fernandes Vieira, hoje Jacarecanga, passou então a abrigar o Centro de Restauro do Ceará e a Escola de Artes e Ofícios. Mais tarde, em 15 de maio de 2006, tivera suas portas reabertas para receber 55 novos alunos que formariam a segunda turma do curso de Conservação e Restauração do Patrimônio Arquitetônico, agora com nova gestão e novos parceiros.



Quem passa pela Avenida Francisco Sá, a poucos metros da Praça do Liceu, dificilmente ignora um imponente casarão, bem restaurado, com uma reluzente fachada amarela. Um resquício da antiga nobreza do Jacarecanga, a casa de Thomaz Pompeu Sobrinho hoje abriga a Escola de Artes e Ofícios (EAO), equipamento do Governo do Estado que realiza atividades de qualificação profissional em restauração e conservação do patrimônio cultural com jovens e adultos da cidade.


Acervo Patrimônio Para Todos

O casarão data de 1929. E, após 5 anos de construção, serviu de residência à família de Thomaz Pompeu Sobrinho¹, engenheiro e antropólogo de rica e influente família no início do século XX em Fortaleza.
Construído de 1924 a 1929, o casarão é um patrimônio arquitetônico da cidade num período notadamente marcado pela influência da arquitetura européia. É um exemplar característico do Art Noveau em Fortaleza.



Ofipro

A fachada do casarão impressiona. Um portal de concreto, artigo de luxo na década de 1920, ergue-se ao fim da pequena escadaria que dá acesso ao hall de entrada. A visão é contrastante. Um olhar para fora nos deixa de cara com a Avenida Francisco Sá, com seu intenso fluxo de veículos. O barulho dos ônibus grita que estamos em uma metrópole. Quando nos voltamos para dentro do casarão, somos transportados de volta a um tempo em que o antigo bairro Fernandes Vieira, o atual Jacarecanga, abrigava a elite de uma Fortaleza ainda tranquila.





A sala possui, assim como todo o casarão, um rangente piso de madeira. As paredes são enfeitadas com delicadas pinturas. As janelas de madeira pintada de branco, o altíssimo pé-direito e uma escada em caracol que leva ao segundo andar fecham o clima bucólico na sala. Mas o contraste entre a modernidade e o passado chama a atenção de quem visita a casa. Ao lado de uma janela de 80 anos, há uma ilha digital. Computadores conectados à Internet estão à disposição da comunidade e são o principal atrativo da casa para a maior parte dos jovens que a visitam.




A casa é ladeada por jardins bem cuidados, que mostram o zelo das mais de 20 pessoas que trabalham no local.
Ainda no primeiro andar, há um refeitório com janelas que dão para o grande jardim de Thomaz Pompeu Sobrinho. A área total do terreno é de 2147,84 m².





O lindo jardim


É já quase nos fundos da casa que vemos um dos mistérios do casarão. Uma escada de concreto nos leva ao porão. A questão é: em 1929, não se fabricava cimento no Brasil. Se um portal de concreto na fachada se justifica pela beleza arquitetônica, acredita-se que a escada do porão era um símbolo de ostentação dos Pompeu. A origem da escada é incerta. A hipótese mais provável é que ela tenha vindo já pronta de Portugal em um navio.




O porão, de teto baixo e paredes caiadas, reserva uma surpresa. É possível ver a estrutura de sustentação da casa: colunas de concreto e trilhos de bonde, que faziam as vezes de vigas metálicas. O porão servia de depósito e abrigo para os agregados da família, como índios que Thomaz Pompeu Sobrinho trazia para sua casa como objetos de seus trabalhos antropológicos.




No segundo andar, ficavam os quartos da família, hoje utilizados como salas de aula e gabinetes da administração da Escola. No início do século, eram comuns as “casinhas de asseio” externas às casas. O banheiro dentro da casa, presente no segundo andar, demonstra uma inovação arquitetônica para a época. A pia de louça, vinda de Liverpool, era mais um artigo de luxo.






A varanda, de posição privilegiada na fachada, nos leva de volta à visão dos carros e ônibus da Avenida Francisco Sá. É da varanda que se tem acesso a uma espécie de torre: um quartinho que representa todo o terceiro pavimento do casarão. Infelizmente, o quarto é utilizado como depósito pela Escola e não é permitida a visitação. Por vários anos, Thomaz Pompeu Sobrinho deve ter desfrutado de sua torre com vista para o mar.



Detalhe do piso

Numa varanda lateral, funciona a Biblioteca Thomaz Pompeu Sobrinho, mais um serviço da EAO para a comunidade. O acervo da biblioteca destaca assuntos referentes ao patrimônio cultural e à arte.





A própria restauração da casa foi resultado de cursos de restauração do patrimônio arquitetônico, com especializações em Alvenaria Artística, Pintura e Carpintaria. Além dos cursos de restauração, a EAO oferece o curso Marcas da Cultura, uma formação básica para o tratamento e o trabalho em couro, e o projeto Brincar de Criança, voltado para a valorização e produção de brinquedos artesanais.





¹Thomaz Pompeu Sobrinho



Thomaz Pompeu de Sousa Brasil ou Th. Pompeu Sobrinho, intelectual brilhante, fez construir em 1929 , no bairro Jacarecanga - Fortaleza, uma edificação que lhe serviu de residência até o seu falecimento, em 9 de novembro de 1967 , aos 87 anos de idade.


Dois anos antes da morte de Thomaz Pompeu Sobrinho (1888-1967), Nertan Macedo a ele se referiu como “o homem que redescobriu o Ceará”. Não se encontraria uma referência mais justa e sensível a seu respeito. Alba Valdez aproximou-se de maneira poética, e o chamou de “o escafandro mais erudito da história do Ceará”. Valdez foi uma das poucas pessoas a destacar, em público e ainda vivo o escafandro, a importância capital deste homem, plenamente refletida em sua obra.


Fonte - EAO.org/Terra dos Casarões/http://www.viapolitica.com.br

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: