Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Ceará
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ruas e Praças de Fortaleza - Mudanças de nomes


Em seu interessante livro “História Abreviada de FORTALEZA e Crônicas sobre a Cidade Amada”(UFC-Fortaleza-1998), Mozart Soriano Aderaldo escreve:
“A pedido do então Prefeito de Fortaleza, organizei há tempos lista de antigos nomes de ruas da capital cearense"

Colocarei aqui algumas ruas da lista:

Início do século XX

Av. Pessoa Anta – parte da antiga Rua da Praia.
Av. Monsenhor Tabosa - antiga Rua do Seminário.
Rua Tenente Benévolo – Antiga Travessa da Conceição (Igreja da Prainha).
Rua Pereira Filgueiras – antiga Rua do Paço(Palácio do Bispo).
Rua Costa Barros – antiga Rua da Aurora e Rua do Sol.
Av. Santos Dumont – antiga Rua do Colégio(da Imaculada), Gustavo Sampaio e Boulevard Nogueira Acioly.
Rua Pinto Madeira – antiga Rua do Córrego (Pajeú)
e da Cavalaria (sediada no prédio, depois reformado, em que se instalou parte da Escola de Administração).

Rua Barão do Rio Branco com Dr. João Moreira

Travessa Baturité – antiga Travessa da Escadinha.
Rua Boris – antiga Rua da Praia.
Rua 25 de Março – antiga Rua do Outeiro (bairro) e do Pajeú (riacho).
Avenida Dom Manuel – antigo Boulevard da Conceição (Igreja da Prainha) e Av. D. Luís.
Rua J. da Penha – antiga Rua da Soledade.
Rua Nogueira Acioly – antiga Rua da Aldeota.
Rua Castro e Silva – antiga Travessa das Flores e Rua Manuel Bezerra.
Rua Visconde de Saboia – antiga Travessa da Cacimba(no leito do Pajeú) e parte da Rua da Assembléia.
Av. Duque de Caxias – antigo Boulevard do Livramento(em razão da igreja, antiga do Livramento e hoje do Carmo).

1920

Rua Conde d’Eu – antiga Rua dos Mercadores, de Baixo, do Riacho (Pajeú) e da Matriz(então existente no lugar da Catedral).
Rua Pedro Borges – (da Praça do Ferreira à Rua Conde d’Eu) – antiga Rua do Cajueiro.
Rua Solon Pinheiro – antiga Rua da Trindade.
Rua Floriano Peixoto (até a Praça do Ferreira) – antiga Rua das Belas, da Pitombeira e da Boa Vista.

Major Facundo - 1928

Rua Floriano Peixoto ( a partir da Praça do Ferreira) – antiga Rua da Alegria.
Rua Major Facundo ( até a Praça do Ferreira) – antiga Rua Nova Del Rei e Rua da Palma.
Rua Major Facundo ( a partir da Praça do Ferreira) – antiga Rua do Fogo (que pode sugerir luta e também sujeira ou lixo da cidade ali queimado, bem como casas de palha incendiadas).
Rua Barão do Rio Branco – antiga Rua Nova, Formosa, Dom Luís e Paes de Carvalho.
Av. Tristão Gonçalves – antiga Rua da Lagoinha, 14 de Maio e Trilho de Ferro (por ali passavam, primitivamente, os trilhos da R.V.C. em demanda de Parangaba e do interior do Estado).
Av. da Universidade – antiga Rua do Benfica e Av. Visconde de Cauípe.

Rua Floriano Peixoto

As praças e os nomes antigos:

Praça da Sé – antiga Praça do Conselho (de Vereadores), onde se achava o prédio, hoje desaparecido, em que se reunia o chamado Senado da Câmara.
Praça Cristo Redentor – antiga Praça da Conceição (em alusão à igreja da Conceição da Prainha ou do Seminário).
Praça Figueira de Melo – antiga Praça do Colégio (da Imaculada).
Praça José de Alencar – antiga Praça do Patrocínio (em referência à igreja em sua frente construída) e Marquês de Herval.
Praça da Bandeira – antiga Praça do Asilo (o prédio do atual Colégio Militar foi construído para nele funcionar um abrigo a desvalidos) e Benjamim Constant popularmente do Cristo Rei (em razão da igreja construída em sua frente na década de 1930).
Praça do Ferreira – antiga Feira Nova. Seu nome atual é justíssima homenagem ao maior dos Prefeitos da cidade, com botica (farmácia) no local do prédio onde depois se instalou a loja menor das chamadas lojas 4.400 (atual nº 566 da Rua Major Facundo). Depois passou a abrigar a loja Riachuelo.
Praça dos Mártires – antigo Largo do Paiol (de pólvora), então existente no seu canto noroeste. Ajardinado, foi o frequentadíssimo Passeio Público, de gloriosas tradições cívicas e sociais. Sua denominação oficial é homenagem aos mártires da Revolução de 1824, entre os quais avultou Padre Mororó, Azevedo Bolão, Carapinima, Ibiapina e Pessoa Anta.
Praça General Tibúrcio – antigo Largo do Palácio (do Governo).

Acabaremos esta crônica enfatizando o antigo costume de se dar o mesmo nome a uma rua e a uma travessa que se cruzavam, de que são exemplos o caso da Rua da Alegria (Floriano Peixoto, depois da Praça do Ferreira) com a Travessa da Alegria (Rua Pedro I), e o da Rua São Luis (Rodrigues Junior) com a Travessa São Luís (Franklin Távora) etc. "O historiador, para evitar equívocos, há de estar atento a esses dados”.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Palacete Guarani


PALACETE GUARANI/BANCO DOS IMPORTADORES/BEC

A primeira foto data de 1910. É o Palacete Guarani, construído e inaugurado em 20 de dezembro de 1908, funcionando nos altos a Associação Comercial do Ceará e no térreo o London Bank a partir de 1910.
Naquela esquina, ficava antes o matadouro de Fortaleza, cujo caminho para o mercado era chamado de rua das Hortas (Rua Senador Alencar). 

Depois, foi construído no local o sobrado do coronel José Eustáquio Vieira, onde residiu o comendador Luiz Ribeiro da Cunha, seu genro, até incendiar-se em 1902. O terreno foi então adquirido pelo Barão de Camocim que trouxe de Paris uma planta e fez construir o Palacete Guarani. Como o Barão de Camocim era o presidente da Associação Comercial, a mesma passou a funcionar ali, nos altos. Em 1925 o London Bank deixa o prédio e o Banco dos lmportadores passou a funcionar na parte térrea e o Clube dos Diários nos altos. Lá também esteve a Boate Guarani.

Depois o prédio foi adquirido pelo Estado que logo fez uma reforma, tirando o canto agudo da esquina, cortando com uma diagonal, fazendo nesta parte duas portas, uma térrea e outra no pavimento superior. Lá passou a funcionar a Agência Metropolitana Castelo Branco do Banco do Estado do Ceará (BEC). Ainda existe uma parte do prédio que foi alterada e esteve alugada à firma "La Fonte".
Hoje o prédio é ocupado por uma loja da BCP e está pintado de branco com os ornamentos em azul escuro e pode ser visto na foto mais nova.
Ao longo do tempo, o prédio sofreu várias alterações. A primeira delas foi a retirada do telhado de ardósia, estilo europeu para enfrentar nevascas. Outra foi o fechamento das portas laterais que se transformaram em janelas, além da já citada retirada do canto da esquina.
A evolução descrita acima pode ser vista nas três fotos que ilustram esta matéria.

Para mais informações, clique AQUI

Crédito: Fortaleza de ontem e de hoje

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Casa Bordallo


RUA FLORIANO PEIXOTO ESQUINA COM RUA SÃO PAULO

Nada menos de 80 anos separam as fotos mais antiga e a mais nova desta página. A mais antiga traz a então famosa "Casa Bordallo", da firma G. Tavares & Cia., que ficava no número 34, hoje nº 440, pela Rua Marechal Floriano Peixoto. Era um sobrado de quatro portas de frente por oito de fundos, tendo um terceiro pavimento central de três janelas. O telhado era tipo beira-e-bica, caindo as águas para a rua. Desenhos sugestivos feitos nas paredes chamavam a freguesia. A rua era calçada de pedras toscas.

Os trilhos de bonde de tração animal corriam ao longo da Rua Floriano Peixoto. Observa-se o canto da calçada da Assembléia Legislativa no canto esquerdo inferior da foto. No canto da calçada da loja, um combustor de iluminação pública a gás hydrogeno-carbonado.

Nas paredes da loja, além das figuras já citadas, enormes letreiros propagandísticos e de identificação como "Casa Bordallo" / "Cook o melhor calçado do mundo" / "únicos depositários Bordallo & Cia" / "Colossal sortimento de calçados" / "Fabricação especial", etc.

Depois o sobrado foi demolido e em seu local foi erigido um prédio onde esteve o Banco do Brasil, que vemos na Segunda foto. Vizinho, pelo lado da Rua Floriano Peixoto, ficava a Casa Veneza, dos italianos Francesco de Ângelo.

Quando o Banco do Brasil passou para o novo prédio da Praça Valdemar Falcão, em 1940, o prédio foi demolido ou reformado e construído um novo prédio que ainda hoje lá se encontra.

A terceira foto, atual, mostra o prédio que abrigou primeiramente o Banco de Crédito Comercial - BCC, já ocupado pelo Banco Brasileiro de Desconto - Bradesco.

Depois lá esteve uma firma de empréstimos e hoje está abandonado, servindo de suporte para colocação de cartazes de propaganda política. Estão presentes o asfalto, os automóveis, edifícios por trás, como o do Savanah Hotel. Nada restou do que está presente na foto antiga.


Créditos: Fortaleza de Ontem e de Hoje

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Casa do presidente do Estado


AVENIDA SANTOS DUMONT

No final da Segunda década do século passado, foi construída a casa que ilustra a foto mais antiga, era a Vila Quixadá, que ficava na Avenida Santos Dumont nº 1169, construída por Adolfo Quixadá para sua residência. Após alguns anos foi alugada ao governo estadual que a usou como residência do Presidente do Estado.
Em 1930 a casa volta às mãos da família Quixadá e nela inaugurava-se, no dia 6 de março o Ginásio São João, dirigido pelo professor César de Adolfo Campelo e que em 1943 passou a ser Colégio São João.
A Segunda foto, colhida pela objetiva da Aba Film, data de 1938 e mostra o Ginásio São João que tem em seu lado esquerdo o campo de esportes. Na avenida, calçada com paralelepípedo, vemos os trilhos dos bondes elétricos, cuja fiação está nos postes da Light and Power. Do outro lado, os postes da telefônica.
Em 1976, o colégio foi vendido para a Organização Farias Brito, mudando o nome para Farias Brito-Aldeota/1.

Depois a casa foi vendida e em seguida demolida, sendo levantado no local um novo prédio que abriga hoje um supermercado.
A foto atual mostra a loja do "Supermercado Pão de Açúcar" com seu extenso estacionamento e muitas árvores que deste ângulo dificultam a visão do novo prédio.


Créditos: Portal do Ceará e Arquivo Nirez

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ruas de Fortaleza - Mudanças (Rua São Paulo)



RUA SÃO PAULO - ANTIGA RUA DA ASSEMBLÉIA

Esta foto é do começo do século passado e enfoca, o prédio da antiga Assembléia Provincial, depois Assembléia Legislativa, construída com planta do engenheiro Adolfo Herbster. Havia uma igreja no local que foi demolida. Suas obras se iniciaram em outubro de 1856 e sua inauguração deu-se em 4 de junho de 1871. O prédio foi feito para abrigar a Assembléia Legislativa Provincial e o Liceu do Ceará, mas na ocasião da inauguração somente a Assembléia ali se instalou. Adolfo Herbster - Engenheiro arquiteto a quem Fortaleza deve serviços de urbanização, nasceu em Pernambuco em 14 de maio de 1826.

Em 1904 a parte térrea do palácio foi ocupada pela Faculdade de Direito que tinha a Biblioteca Pública a seu cargo. De lá saiu em 12 de março de 1938 para sede própria na então Praça da Bandeira, hoje Praça Clóvis Beviláqua, onde ainda se encontra.
Quando da instituição do Estado Novo, da ditadura Getúlio Vargas (1937-1945), o prédio recebeu outro uso, pois as casas legislativas foram fechadas; a parte de cima ficou com o Tribunal de Contas e a de baixo no início com a Faculdade de Direito e Biblioteca Pública, depois com o Departamento Administrativo do Ceará (1939) e o Instituto do Ceará com o Museu Antropológico (1939).
Com a volta da democracia a Assembléia Legislativa ali se reinstalou. Quando foi construído o atual prédio da Assembléia Legislativa na Avenida Desembargador Moreira (1977), o Palácio Senador Alencar - seu atual nome - ficou desocupado por algum tempo e depois foi ocupado pela Academia Cearense de Letras - ACL e hoje está abrigando o Museu do Ceará (1990).
A foto antiga mostra além do prédio da Assembléia, o canto - em primeiro plano - do prédio da "Casa Bordalo" e ao longe a Praça General Tibúrcio.
A segunda foto é de Osmar Onofre. Além do Palácio Senador Alencar, ocupado pelo Museu do Ceará, o canto do prédio hoje abandonado onde funcionou o Banco de Crédito Comercial - BCC e o Banco Brasileiro de Descontos - Bradesco, com as paredes repletas de cartazes de propaganda política. Ao longe a Praça General Tibúrcio e por trás dela o Edifício Carneiro. Carros, sinalização horizontal e vertical, asfalto, postes e fios completam o quadro atual.

Crédito: Portal do Ceará e Arquivo Nirez

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Secretaria da Cultura do Ceará - A Primeira do Brasil


Governador Plácido Castelo e o Secretário de Cultura Raimundo Girão. Na instalação da 1ª Secretaria de Cultura do Brasil

O Ceará foi o primeiro Estado a criar uma secretaria de cultura. Coube ao governador Virgílio Távora, em 1966, a iniciativa de desmembrar as atividades artísticas e culturais da Secretaria de Educação. Com a Lei nº. 8.541, de 09 de agosto de 1966, Virgílio Távora criou a Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.
Em 03 de outubro de 1966, no governo Plácido Aderaldo Castelo, Raimundo Girão é nomeado o primeiro Secretário de Cultura do Estado do Ceará. O Decreto nº. 7.628, de 05 de outubro de 1966, instituído pelo governador Plácido Aderaldo Castelo, previu a constituição do Conselho de Cultura, formado por sete membros, sendo um – seu Presidente – o Secretário de Cultura e os demais, com mandato de dois anos, representando, cada um, os seguintes setores culturais: Ciências Naturais, Ciências Sociais, Literatura, Artes Plásticas, Artes de Movimento (Cinema, Teatro e Ballet) e Música. O Conselho tomou posse em 09 de dezembro de 1966.
Conhecida também como Secult, a Secretaria da Cultura nasceu da necessidade de atender aos anseios culturais do povo cearense, propiciando maior desenvolvimento a todas as manifestações de cultura e valorizando a tradição de seu povo. Este pioneirismo na área cultural representa, em si, mais uma comprovação da tenacidade do cearense. Logo após sua criação, as realizações foram tantas que conseguiram ultrapassar as fronteiras do Ceará e ressonaram em todos os meios culturais do País. Conheça aqui os equipamentos ligados a Secretaria da Cultura do Estado.

O primeiro organograma da Secretaria de Cultura revelava suas finalidades. Foram criados o Departamento de Administração, o Departamento do Patrimônio Cultural, o Departamento de Publicações e Documentação, o Departamento de Difusão da Cultura e o Departamento de Turismo.
Integraram, ainda, a estrutura da Secretaria de Cultura, o Conselho de Cultura e a Junta de Planejamento.
Dirigido por Stênio Carvalho Lima, o Departamento de Administração era responsável pela prestação de serviços de administração geral e outros de natureza propriamente cultural. Ao Departamento do Patrimônio Cultural, sob a direção de Maria Teresa Sampaio Leite, subordinaram-se a Biblioteca Pública Menezes Pimentel, o Museu Histórico e Antropológico, o Museu São José de Ribamar, em Aquiraz, destinado ao resguardo da arte da religiosidade, e o Arquivo Público.
O Departamento do Patrimônio Cultural possuía uma divisão, a de Tombamento, incumbida da proteção ao Patrimônio Histórico Paisagístico, Artístico e Bibliográfico.
Dirigido pelo escritor e acadêmico Braga Montenegro, coube ao Departamento de Publicações e Documentação assegurar a comprovação das manifestações culturais, nas suas inúmeras modalidades – documentos, iconografia, gravações, etc. – e, igualmente, publicações como cadernos de cultura, reedições de obras valiosas e edições novas anuais. Através das páginas publicadas em revistas, tencionava-se aquilatar a produção da inteligência cearense, nos domínios do conhecimento humano.
A revista Aspectos, órgão oficial da Secult, destacou-se pelo conteúdo de seus trabalhos e sua apresentação gráfica. O Departamento de Publicações e Documentação foi responsável pela reedição de Fatos de Linguagem, de Heráclito Graça; a Obra Poética, de Antônio Sales, e uma monografia, a Macumbira, do professor M. Negreiros Bessa.
A movimentação das atividades científicas, literárias, folclóricas e artísticas ficou sob a responsabilidade do Departamento de Difusão de Cultura, dirigido, então, pelo acadêmico e professor Otacílio Colares. As atividades científicas tiveram como sede o Instituto do Ceará, ao qual a Secretaria deu grande colaboração no que se referiu à organização e catalogação da biblioteca, além da sistematização dos arquivos. Já as atividades literárias e folclóricas foram desenvolvidas na Casa Juvenal Galeno, hoje pertencente ao Estado, sempre animadas pelo dinamismo de sua diretora, a acadêmica Cândida Maria Santiago Galeno.
A Casa de Raimundo Cela, criada e corajosamente instalada pela Secretaria de Cultura, foi o centro das atividades das artes plásticas, expressando um grande e vitorioso esforço para congregar e estimular a juventude. Exposições de pintura e escultura ali foram realizadas, numa demonstração de que o Estado se preocupava desde aquela época com o desenvolvimento das artes visuais. Uma das grandes animadoras das atividades foi Heloísa Juaçaba.
Música e teatro tinham como centro o Theatro José de Alencar, sob a confiança do maestro Orlando Leite. Maior casa de espetáculo de propriedade do Estado, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o equipamento foi objeto de grande atenção por parte da Secretaria, que consignou uma grande verba orçamentária do Fundo de Desenvolvimento do Ceará para sua total recuperação.
O levantamento dos serviços ali feitos para o satisfatório funcionamento do Theatro foi feito por alunos da Escola de Arquitetura da Universidade Federal do Ceará, sob a orientação do engenheiro José Liberal de Castro. A Secretaria da Cultura trabalhou também para a difusão da cultura no interior cearense.
Sem poder contar, até então, com os elementos imprescindíveis a uma efetiva realização no plano turístico, a Secretaria da Cultura, por meio do Departamento de Turismo, elaborou o levantamento do potencial turístico cearense. João Ramos foi o organizador dos trabalhos. Completando o quadro estrutural da Secretaria, montou-se o Conselho de Cultura, constituído por nove membros de grande porte intelectual: Carlos Studart Filho, José Guimarães Duque Braga Montenegro, Antônio Girão Barroso, Manuel Albano Amora, Manuel Eduardo Pinheiro Campos, Orlando Leite, Heloísa Juaçaba e Oswaldo Riedel. O Presidente do Conselho, como membro nato, era o Secretário de Cultura.

Marcos Históricos da criação da Secult

9 de agosto de 1966 - Criação da Secretaria de Cultura do Estado Ceará, a primeira Secretaria de Cultura do Brasil - Governo Virgilio Távora.

11 de setembro de 1966 - Complementação da Lei 8.541 com a criação de dotação orçamentária pelo Governador Plácido Aderaldo Castelo.

3 de outubro de 1966 - Nomeação do primeiro Secretário da Cultura do Estado do Ceará, Raimundo Girão – Governo Plácido Aderaldo Castelo.

5 de outubro de 1966 - Criação da Lei que constitui o Conselho de Cultura da nova Secretaria - Governo Plácido Aderaldo Castelo.

9 de dezembro de 1966 - Instalação Solene da Secretaria de Cultura e Posse do Conselho de Cultura - Governo Plácido Aderaldo Castelo 3 de janeiro de 1967 - Aprovação do Regulamento do Conselho de Cultura – Secretário Raimundo Girão – Governador Plácido Aderaldo Castelo.




Fonte: secult

domingo, 4 de julho de 2010

João de Andrade Pessoa - O Pessoa Anta




Muitos de nós já passou ou pelo menos já ouviu falar da avenida Pessoa Anta, mas muitos não fazem ideia de quem foi João de Andrade Pessoa Anta. Foi pensando nisso que resolvi fazer esse post. Todos nós deveríamos ter conhecimento da importância desse grande cearense.




João de Andrade Pessoa, nasceu em Granja, no dia 23 de dezembro de 1787. Foi comerciante e pecuarista, coronel de milícias e revolucionário da Confederação do Equador. Foi fuzilado em Fortaleza no local chamado de "Campo da Pólvora" (antiga Praça dos Mártires) junto com Padre Mororó, local que hoje é chamado de Passeio público.



Foto de 1915

João de Andrade Pessoa Anta nasceu na Vila, hoje cidade de Granja, em 23 de dezembro de 1787. Seus pais eram Thomaz Antônio Pessoa de Andrade, português insular, e D. Francisca Maria de Jesus.

Era, por demais conhecida, a propriedade do velho comerciante, mas, por uma circunstância imperiosa desviara uma certa quantia, o equivalente a uma partida de gado. Certo de que poderia saldar o débito antes da chegada, do Corregedor Geral, a quem teria de prestar contas dos haveres pertencentes à sua tutelada (O Capitão-mór Thomaz Antônio Pessoa, português natural de Ribaçal, era tutor da menor Raimunda Ferreira Veras, dona de regular fortuna, constituída de prédios, na vila de Granja e de fazendas de gado, no município.), fez, com esse dinheiro, certos pagamentos de sua casa de negócio.
Aconteceu, porém, que não lhe foi possível equilibrar as finanças como esperava, e correndo o risco de ser descoberto o flagrante atestado de sua falta, o que certamente abalaria a sua reconhecida honorabilidade, procurou uma medida salvadora. Fez o casamento da menina com seu filho Júlio de Andrade Pessoa.
A moça era filha natural de um rico português com uma escrava. Aquele, ao morrer, procurou o patrício para tutor da filha que muito estimava e a quem havia legado sua fortuna. Entre passar pela suprema vergonha de ser apontado como desonesto e casar o filho com uma mestiça, preferiu este recurso muito embora fossem abalados os arraigados preconceitos de família.
João de Andrade Pessoa Anta entrou na posse de regular fortuna, tornando-se dentro em pouco, o homem mais influente do lugar, quer no comércio, quer na política, cujo prestígio transpôs as fronteiras do Estado.
Quando o comandante lusitano Fidié (João José da Cunha Fidié, fiel comandante das tropas portuguesas sediadas na capital do Piauí), que não aderira á independência da nação, partiu de Oeiras (então capital do Piauí) para dominar Parnaíba e o Ceará, Pessoa Anta, que já a este tempo era capitão-mor, organizou uma expedição e foi ao encontro do aventureiro invasor. Ajudado nessa arrojada empresa por ricos fazendeiros desta e daquela província, infligiu completa derrota a Fidié. Esse feito lhe valeu os mais rasgados elogios por parte de D. Pedro I, como também a nomeação ao posto de Coronel de Milícias e a Comenda do Oficialato da Ordem do Cruzeiro.
Dois anos depois, Andrade aderia ao malogrado movimento republicano conhecido por Confederação do Equador.
Em 26 de Agosto de 1824 foi proclamada a República do Equador e aclamado, no Ceará, presidente o Tenente-Coronel Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, servindo de secretário o Pe. Gonçalo Inácio de Albuquerque e Melo Mororó.
João de Andrade Pessoa Anta quando recebeu essa notícia manifestou-se inteiramente solidário com o movimento de libertação nacional e dispondo, na câmara, da maioria dos vereadores, convocou imediatamente uma reunião. Foi lavrada uma ata e assinada pelas seguintes pessoas: Manuel Joaquim da Paz, advogado; Pe. José da Costa Barros, vigário da freguesia e irmão de Costa Barros – o presidente deposto pelos republicanos; Francisco de Paula Pessoa; Frei Alexandre da Purificação; Francisco Rodrigues Chaves, João Porfírio da Mota; Plácido Fontenele, Inácio José Rodrigues Pessoa; Elias Ferreira de Abreu, José Raimundo Pessoa, Inácio de Barcelos, Joaquim de Andrade Pessoa, José Eusébio de Carvalho, Joaquim da Costa Sampaio, Juiz Ordinário; Antônio Inácio de Almeida Bravo, português; Antônio Zeferino Caju de Granja e Francisco de Paula Ferreira Chaves, tabelião público.
Em um verdadeiro entusiasmo os republicanos percorreram as ruas da vila aclamado os novos líderes. Dirigiram-se ao local do pelourinho, fazendo-o em pedaços. O sargento-mor, sabendo que entre os manifestantes se encontrava o seu filho Joaquim da Costa Sampaio, desistiu da denúncia que pretendia fazer, caso o pelourinho fosse restaurado. Houve acordo entre os insurretos e no dia seguinte mandaram reconstruir o aparelho de suplício.


Foto de 1913

Francisco de Paula Pessoa, futuro senador do Império, vindo à Sobral, soube que havia malogrado o movimento republicano, cuja notícia se apressou em transmitir ao irmão, em Granja, Coronel João de Andrade Pessoa Anta. (Anta, foi o nome de guerra que recebeu quando aderiu ao movimento). Então, a debandada foi geral, diante do fracasso irremediável. O próprio Pessoa Anta, em 24 de Outubro, teve a infelicidade de aceitar uma retratação e jurar fidelidade ao Imperador. Os seus adversários políticos, porém, trabalharam à socapa, e, viam-se frustradas as esperanças de salvação do patriota.
Em Janeiro de 1825, Conrado Jacob Niemeyer enviou uma tropa de linha para Granja a fim de capturar Pessoa Anta, cuja casa uma noite foi cercada, tendo ele conseguido escapar. Marcos Antônio Brício, português, adversário ferrenho, soube tirar partido do angustioso transe por que passava a família de Andrade Pessôa. Não podendo prender o chefe, que se interrara no sertão, encarcerou os irmãos e parentes. Deste, José Raimundo Pessoa, Antônio de Andrade Pessoa, Joaquim de Andrade Pessoa, Inácio José Rodrigues Pessoa, o Capitão Manuel Inácio Pessoa, o Tenente Coronel Joaquim Inácio Pessoa, o Capitão Manoel Inácio de Almeida Fortuna, Domingos Anselmo de Sousa Castro, Antônio Brício dos Santos, o Tenente Coronel João Pereira, Jacinto e Manuel Antonio de Almeida. A vila viveu dias inquietantes. Desordens, violências, espancamentos, tudo isso. Marcos Antônio Brício praticou para exercer cruéis vinganças políticas.
Frei Alexandre da Purificação conseguiu fugir para Belém. Foi preso na capital paraense e recambiado para Fortaleza, onde foi julgado e condenado à pena última.
Paula Pessoa abjurou a república e prestou juramento de fidelidade ao Imperador e transferiu-se para Sobral, onde se estabeleceu e se casou. Pessoa Anta se refugiou em uma fazenda em Ubatuba e em 15 de Janeiro dirigiu uma súplica ao governador das armas da província, alegando que no tempo do governo de Tristão foi obrigado a cumprir algumas ordens e mandados e que deixava de mandar os documentos por ter queimados todos para deles não haver mais lembranças. Não obteve resultado.
Tendo revelado o seu esconderijo, resolveu mudar-se para a fazenda Jaguarapí, perto de Parazinho, e daí para Angica(*) de onde, em 4 de Fevereiro, dirigiu nova súplica, esta ao Governador do Rio Grande do Norte, o seu conterrâneo, Manuel do Nascimento de Castro e Silva. Alegava que tinha sido coagido a obedecer ao governo de Tristão. Terminou dizendo o seguinte: "Esta ocasião, Excelentíssimo Senhor, de me aproveitar de tantos oferecimentos que V. Excelência me tem feito e guardei-os para agora, na certeza de ser valido".
Não encontrando portador seguro, decidiu ele mesmo trazer a carta para esta capital, e aqui chegando procurou ocultar-se no sítio Urubu, de propriedade de seu amigo de confiança, o Pe. Antônio de Castro e Silva. Aí, formulou, talvez por inspiração do padre, uma petição à Imperatriz. Não se esqueceu de argumentar em sua defesa, que Tristão infelicitou a província inteira do Ceará, quando fui por ele obrigado a fazer alguns escritos à província do Piauí. Quanto lhe custou defender a vida! Não respeitou si quer a memória do grande herói que tombou bravamente em luta pelo ideal. Esta petição tem a data de 12 de fevereiro.
A 25 de março, o presidente da província mandou cumprir o aviso para a captura de todos os rebeldes condenados pela célebre Comissão Militar. Quando Pessoa Anta teve notícia da sentença, tratou de regressar à sua terra. Ocultou-se numa fazenda próxima de Granja. De seu esconderijo observou a passagem de um de seus escravos, de nome Francisco Cobra, a quem rogou que fosse imediatamente á procura de comida, pois estava faminto. O escravo, muito ao contrário, foi bater à porta do perseguidor de seu amo e revelou o local onde ele se encontrava. O lugar ficou conhecido por Riacho da Traição.
O infeliz granjense foi conduzido sob o peso das algemas para Sobral e daí para Fortaleza, sendo recolhido à prisão. Não havia defendido. A Comissão seguiu às pressas. Desejava logo que se levasse a efeito a execução, pois havia probabilidade de perdão da parte do Imperador. O perdão veio e, dizem, chegou em tempo, mas ficou oculto em palácio. A 28 de abril lhe foi dada a conhecer a sentença de morte e marcada para ás 9 horas da manhã do dia 30, a execução, de Pessoa Anta e do Padre Mororó. Perdidas todas as esperanças, mandou vir, neste mesmo dia um advogado, Manoel Antonio da Rocha Lima e ditou seu testamento(**).
Os parentes não apareceram, nem mesmo apresentaram um lenitivo ao condenado. Ninguém queria se comprometer, com medo da severidade da Comissão Militar. Só uma pessoa dele se compadecia: era a esposa do advogado Manuel Antonio. Amiga íntima da mulher de Conrado Jacob. Dizem que acertou a entrega de grossa quantia em ouro e prata, correspondente ao peso do condenado, para a interposição de um embargo de sentença. O prazo era exíguo para que viesse, a passo de animal, de Granja, a preciosa carga. Contudo, a tentativa foi feita. A pobre vítima recorreu ao irmão rico e bem instalado, em Sobral. Houve pouco interesse. O portador alegou cansaço das alimárias. Paula Pessoa não escapou à maledicência. Falaram mal a seu respeito. Chamaram-lhe de negligente e desleal. Deve ter sido desarrazoada esta campanha, pois que, o eminente político sobralense era de uma probidade exemplar. Era possível que ele não quisesse se comprometer.


Foto de 1910

Fortaleza, 30 de abril de 1825 - Pessoa Anta é fuzilado. Ele deixou quatro filhos, 1 – Francisca Pessoa de Sampaio, que se casou com Alexandre Sampaio e constituiu família em Angico; 2 – Maria de Andrade Pessoa, que foi casada com Antonio Bernardino Chaves, deixando grande descendência na cidade de Camocim; 3 – Ana de Andrade Pessoa, casada com Domingos Portela, residiu na Ibiapaba deixando enorme família; 4 – Tomaz Rodolfo de Andrade Pessoa, que residiu em Riacho, onde hoje vive um neto de igual nome.
Deixou também alguns filhos naturais. Em Granja existem alguns membros da família Elesbão, descendentes do menino Elesbão, recomendado em seu testamento. Mencionou igualmente outros rebentos, que foram contemplados em partes iguais. Pessoa Anta possuía diversas fazendas no município, e, ao que parece, em cada uma delas trabalhava patrioticamente pelo engrandecimento da população.
O testamento que é longo e minucioso revela não só a lisura, a correção, a honestidade, como também o alto espírito de compreensão e conduta para com os membros de sua família e amigos.
Pessoa Anta foi aos mínimos detalhes, não se esquecendo, nem mesmo, de ordenar aos seus testamenteiros que "Vendam meus escravos José e Francisco Cobra, para que os meus herdeiros não os possuam porque foram os infames acusadores que me entregarão a prisão e não sejam traidores aos meus ternos e cordiais filhos".
Foi objeto de censura e estranheza a covardia que ele revelou no curso de sua defesa, não se pejando em atacar esse grande herói que foi Tristão Gonçalves, morto no campo da luta, em defesa do seu ideal. Pessoa Anta, ao contrário, desmereceu inteiramente do conceito que gostava, pois era proverbial a sua coragem, o seu destemor. Diante do perigo não teve força para enfrentar galhardamente a morte, como tantos outros que nunca fraquejaram e marcharam impávidos ao encontro da morte!
Rezam as crônicas, que ao receber a primeira carga, ainda teve força para se erguer, tendo nesse momento, um soldado feito novo disparo, o tiro de misericórdia. O herói estava morto ao lado do seu bravo companheiro Mororó.


Foto de 1907

Sobre Pessoa Anta escreveu o Barão de Studart:

" A seus esforços e poderoso concurso mallogrou-se a tentativa de Fidié para apoderar-se da villa de Parnahyba, que se declarara pela Independencia. Esses e outros importantes serviços á causa publica valeram a João de Andrade a nomeação de Coronel de milicias e o Officialato do Cruzeiro.

(...)Opposicionista a Pedro José da Costa Barros e adheso ás idéas da Republica do Equador, (...) foi por denuncia e traição dos seus escravos José e Francisco entregue a Conrado de Niemeyer, e, depois de condemnado pela celere Commissão Militar, foi espingardeado ao lado do P.e Gonçalo Mororó a 30 de Abril de 1825."



A essa execução se referem dois interessantes documentos publicados às pags. 37 e 38 do livro a história do Ceará, vol. 2.º

Nestes termos é concebida a despedida de Pessoa Anta à sua familia e aos amigos.




"Manos, patricios e amigos, envio a todos perpetua saudade muito especialmente a meus filhos, masculinos e femininos.

Oratorio, 28 de Abril de 1825.

Hoje, pelas 3 horas da tarde foi-me intimada minha sentença de morte! Prasa a Deus que fosse por Deus assim destinado, como meu verdadeiro Author.

Peço a todos que não se magôem por minha morte por não ser ella motivada por crime que mereça execração publica e sim por opinião que segui; e se tiverem noticia que em o cadafalso mostrei alguma fraquesa, não deve ser reparada, porque o homem não pode resistir aos effeitos da natureza.

Peço a todos incessantemente que roguem a Deus por minha alma nas suas orações diarias, porque meus rogos talvez não sejam capazes de obter.

O Supremo Dictador da natureza vos dê melhor sorte, que eu saudoso vos deixo. Não sou mais extenso porque já me vae faltando o tempo para os negocios d'alma.

Sou o mais amante dos patricios, e á minha nação amarei ainda na sepultura.

Adeus meus charos filhos até o dia tremendo - João de Andrade Pessoa Anta ".



Saiba Mais- João de Andrade Pessoa, adotou o Nome de guerra ANTA quando participou do conflito pela expulsão dos portugueses logo após a Proclamação da Independência.


(*)Angica - Era uma fazenda à margem de uma lagoa, em cujo local foi edificada, em 1881, uma estação da Estrada de Ferro de Sobral. Em 1911, o então vigário da freguezia, Pe. Vicente Martins, lançou a pedra fundamental da capela, num local distante 1 quilômetro da citada estação, onde existia apenas duas casinholas. Em 1916 a Igreja foi inaugurada e o lugarejo tomou o nome de Martinópolis. Hoje a vila conta com grande número de casas bem construídas e paróquia. Tem escolas e um instituto de ensino primário particular. Espera ser em breve, a sede de um novo município.

(**)Os atos de inventário de Pessoa Anta, feito em Granja pelo tabelião Manuel Gregório da Paz Fortuna, pai do Cel. Inácio de Almeida Fortuna, chefe político daquela cidade do norte do Estado e que veio a morrer em Janeiro de 1939, com 97 anos de idade, contêm o testamento, que foi publicado numa modesta brochura editada em 1928, "Almanack do' Município de Granja".


Fonte: Episódios da vida de Pessôa Anta
Por Batista Fontenele (em 1948, no Almanaque do Ceará) e pesquisas na internet

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