Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Cine Majestic
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Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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sábado, 11 de agosto de 2012

Severiano Ribeiro: o início de sua vitoriosa trajetória comercial



No dia sete de setembro de 1921, era inaugurado na Praça do Ferreira, o mais novo cinema de Fortaleza, o Cine Moderno¹, pertencente à Empresa Luiz Severiano Ribeiro. A década de 1920 iniciava com mais uma sala de exibição cinematográfica e o que aparentemente poderia ser apenas mais uma inauguração, era, na verdade, a “consolidação” de uma nova etapa do cinema na capital cearense.

Neste decênio, a figura de Severiano Ribeiro se “consolida” como a do mais importante proprietário de salas de exibição cinematográfica em Fortaleza e único distribuidor cinematográfico local. A cidade passava a conviver com uma nova realidade no que concerne à presença das salas de cinema.

Do final do século XIX até o início do século XX, a cidade de Fortaleza convivia com a presença de exibidores ambulantes que rodavam pelo país com seus aparelhos de projeção cinematográfica. A primeira sala fixa seria inaugurada em 26 de agosto de 1908 pelo italiano Vitor DiMaio na Praça do Ferreira. Era o Teatro Art – Nouveau, também denominado Cinematógrafo Art-Nouveau, Cine DiMaio e, no ano seguinte, Cinematografo Cearense. O italiano Vitor DiMaio era um pioneiro na exibição cinematográfica
no Brasil. De 1908 até 1920, a atividade de exibição cinematográfica, na capital cearense, era realizada por diferentes exibidores que concorriam entre si. No decênio de 1920, este cenário modifica-se a partir da atuação de Severiano Ribeiro que, paulatinamente, havia minado seus principais concorrentes, tornando-se nesta década o principal exibidor cinematográfico local. Desde 1915, Luiz Severiano Ribeiro tem seu nome ligado ao ramo das exibições cinematográficas. No entanto, antes de sua inserção na área de exibição cinematográfica em Fortaleza, ele já era um importante comerciante local. 

Baturité, cidade natal de Severiano Ribeiro - Arquivo Nirez

Nascido em Baturité, cidade serrana do Ceará, no dia 3 de junho de 1885, era filho do médico Luiz Severiano Ribeiro, que integrou os serviços médicos na Guerra do Paraguai e de Maria Felícia Caracas Ribeiro.
Quando tinha por volta de dezenove anos de idade, ele se muda para Fortaleza. Em 1910, então com 26 anos de idade, casa-se com Alba Morais, com quem teve cinco filhos: Luiz Severiano Ribeiro Júnior, que seria o sucessor do pai nos negócios, Germana Ribeiro de Lamare, Lais Ribeiro Pinto, Iolanda Ribeiro Portela e Vera Severiano Ribeiro de Sóllis.
Quando Luiz Severiano Ribeiro vem residir em Fortaleza, ele depara-se com uma cidade que estava passando por transformações no âmbito comercial e econômico, iniciadas no final do século XIX:

A produção algodoeira cearense, intensificada a partir da década de 60 do século 
passado (XIX) e que tinha na Capital o principal centro coletor e distribuidor do 
produto, provocou um acúmulo de capital em Fortaleza, proporcionando a 
emergência de novos atores sociais de poder econômico na cidade.  
Estes novos grupos sociais emergentes eram formados por elementos ligados ao 
setor comercial, fortalecidos pelo crescimento dos negócios de importação e exportação, e por um amplo contingente de profissionais liberais, constituído de 
bacharéis, médicos, engenheiros, jornalistas, literatos, entre outros, provenientes 
das academias de ensino superior espalhadas pelo Brasil e até pelo exterior. Os 
profissionais egressos desses cursos comungavam dos ideais de “progresso, 
civilização e modernidade”, que grassavam pelos grandes centros europeus e 
que tinham ressonância, também, na capital cearense, sobretudo no final do 
século passado e primeiras décadas do século XX. (
SOUZA, Simone de et alii. A gestão da cidade: uma história político – administrativa. Fortaleza: Fundação cultural de Fortaleza,1994, p.26)

Neste período de transformações na virada de século do XIX para o XX, Fortaleza passa a ter um considerável crescimento industrial, como bem destaca o historiador Geraldo Nobre:
 
Em 1895, a capital cearense, ainda modesta, com população de menos de 50 mil habitantes, apresentava um parque industrial que, para as condições da época, se podia considerar apreciável. 
Eram os estabelecimentos mais importantes as fabricas de fiação e tecelagem de Pompeu & Irmãos, pioneira no ramo, e a de Holanda e Gurjão, ambas na rua Santa Isabel. No interior do Estado já se encontravam em funcionamento, produzindo fios e tecidos, a Popular Aracatiense e a Sobralense, respectivamente em Aracati e Sobral
Outro ramo de atividades industriais, que apresentava certo desenvolvimento na capital cearense, era o de bebidas, notadamente de vinho de caju, produzido pelas fábricas de Januário Jefferson de Araújo, Mamede & Irmão, Antero Teófilo, Joaquim Teófilo Rabelo e Rodolfo Teófilo
Para atender ao consumo diário da população, existiam, estabelecidas somente na capital, as moageiras de Roberto Ferreira Sampaio e Januário Irineuabastecidas de matéria-prima pelos cafeicultores da serra de Baturité, cuja decadência já se acentuara. 
Iniciara-se o aproveitamento das oleaginosas, por iniciativa de Alfredo Salgado, que representava uma tradição no comércio cearense fortalezense, e de Bernardino Proença, um dos principais empreendedores da época, estabelecido na cidade de Baturité. 
A fabricação de sabão contava em Fortaleza com dois estabelecimentos, os de P.A. Mota & Cia. e Bernardo Ferreira da Cruz, existindo outro, de  João Gomes de Matos, no Crato, e mais o de Clementino de Oliveira & Cia., em Pacatuba
O ramo de fundição concorria, em 1895, para as atividades de transformação, na capital cearense, com a fundição a vapor que montada, em 1868, pelos ingleses Spear e Marsden, fora transacionada em dezembro de 1891 com José Cândido Freire, que confiara a direção a Raimundo Soares Freire, antigo e experimentado mestre de estabelecimento. A oficina da Estrada de Ferro de Baturité igualmente fazia trabalhos da espécie, atendendo aos interessados.

Além destes empreendimentos locais, houve uma presença marcante de firmas estrangeiras que, no início de 1870, possuíam 40% dos estabelecimentos comerciais então existentes. A presença delas na capital cearense dinamizou o crescimento comercial de Fortaleza, destacando-se as casas exportadoras, dentre elas “A Exportadora Cearense”, a “Gradvhol & Filhos”, a “Boris Frères & Cia”, sendo esta última, uma das mais importantes e com grande prestigio junto aos poderes públicos. Entre outras colaborações com o Estado, consta que os Boris receberam dos governos cearenses as seguintes incumbências: presidência da comissão organizadora da mostra de produtos alencarinos na Exposição Internacional de Chicago (1892-1893), intermediação de diversos empréstimos contraídos junto a bancos europeus, agenciamento, na Escócia, de acordos para a compra de equipamentos metálicos para as obras do porto (1891) e do Theatro José de Alencar (1910). Além do mais, segundo o historiador Raimundo Girão, por mais 
de uma vez a Fazenda do Estado teve de recorrer a empréstimos financeiros da firma (operações de financiamento era uma atividade dos Boris, dela se servindo fazendeiros, pecuaristas, lojistas e usineiros) para cobrir déficits momentâneos dos cofres públicos.

A firma Boris Frères foi criada no ano de 1868 e possuía sede em Paris. Além da atividade comercial de exportação e importação, era detentora de fazendas agropecuárias, projetos de estrada de ferro, navegação e finanças, empréstimos feitos inclusive ao poder público. A figura de Luiz Severiano Ribeiro, surge neste período de crescimento comercial e investimentos estrangeiros na capital cearense.  
O perfil comercial de Luiz Severiano Ribeiro não era o mesmo dos grandes comerciantes da cidade, pois seu campo de atuação era bem diferente. Suas atividades comerciais não eram ligadas às indústrias nem às firmas importadoras / exportadoras. No entanto, este crescimento urbano e a formação de camadas médias favoreciam a inserção de suas atividades comerciais.

Majestic Palace do livro "Royal Briar - A Fortaleza dos anos 40", de Marciano Lopes.

A primeira oportunidade comercial foi sua sociedade com Antônio da Justa Menescal, em 1912, proprietário da Livraria Menescal. Em 1915, com recursos próprios, instala a Livraria Ribeiro, localizada à rua Major Facundo, nº 92, chegando a criar uma subsidiária de sua firma em Recife. Por essa época, diversifica seus negócios com o arrendamento ou criação de estabelecimentos diversos, como hotéis, dentre os quais o Majestic Palace e o Hotel de França, sucessor do velho Hotel De France, criado no século passado pelo francês Louis Dragaud; uma fábrica de gelo – à rua santa Isabel, 220; o Café Riche e a barbearia Maison Riche, ambos na Praça do Ferreira; o salão de bilhar no Majestic Palace; e outras iniciativas comerciais. Nessa linha de expansão é que se volta para o cinema. 
Provavelmente as livrarias atenderiam a demanda de uma elite cultural com formação em academias de ensino superior do Brasil e do exterior. Eram profissionais liberais, médicos, jornalistas, bacharéis e literatos que compunham uma elite letrada na cidade.  

A efervescência cultural na cidade era algo surgido no final do século XIX e que persistia no início do século XX. Os espaços de sociabilidade eram pontos de encontro e troca de idéias desses intelectuais, não se limitando a meros locais de lazer: As praças, as livrarias, as confeitarias, as bodegas, os salões das barbearias, os cafés constituem-se em lugares sociais de troca de informações, experiências, atualização do léxico político e onde as camaradagens vão definindo formas de intervenção na paisagem social. Não se veja esses espaços apenas como pontos de encontro ou de convívio fugaz.

Os hotéis e as outras atividades comerciais de Severiano Ribeiro se relacionam ao crescimento comercial da cidade, à circulação de dinheiro e à presença de um público consumidor novo. Seus empreendimentos visavam atender a estes consumidores.  
Em termos de rendimento, tais atividades comerciais talvez não fossem tão lucrativas se comparadas com as firmas exportadoras e importadoras. Certo é  que, quando ele entra na atividade cinematográfica, concentra neste setor seus empreendimentos. Cabe ressaltar que a exploração comercial de salas de cinema era um tipo de capital novo que passava à circular na cidade. O que teria motivado Luiz Severiano Ribeiro a ter entrado na atividade cinematográfica e investido nesta área? Seria o fato do cinema ser um capital novo ou teria outro motivo a mais? Ao que parece, ele não somente apostava na “novidade” que o cinema significava no início do século XX, mas sobretudo nas mudanças que ocorriam nas práticas de exibição cinematográfica que visavam atender um novo público agora elitizado. A construção de salas luxuosas e a feitura fílmica pautada em novos parâmetros estéticos 
são exemplos de mudanças que estavam ocorrendo nas práticas de exibição cinematográfica.²

No segundo decênio do século XX, Severiano Ribeiro atuava no ramo de livraria e papelaria, além das salas de cinema que seriam seu grande empreendimento comercial. Encontramos informações referentes a atuação comercial de Luiz Severiano Ribeiro na capital cearense, mediante um mapeamento feito ao longo dos anos de 1920: 

"Luiz Severiano Ribeiro
Livraria, e Papelaria –  Empreza de cinemas
Praça do Ferreira, 196. A 200 – “Livraria Ribeiro
Endereço Telegráphico – RIBEIRO
Caixa Postal – 37
Capital – 150:000$000
Data 1º de Abril 1921

ATIVIDADE COMERCIAL: Livraria e Papelaria Ribeiro 
LOCALIZAÇÃO: Rua Major Facundo, n. 154"
Hotel Majestic Palace, de Ribeiro & Cia 
Majestic Palace – Theatro – cinema
Moderno – cinema 
Polytheama – cinema
Todos localizados na Praça do Ferreira
Fábrica de Gelo - Rua Santa Isabel, 220

A atividade comercial de Severiano Ribeiro ficava concentrada na Praça do Ferreira e ruas próximas. Além da papelaria e livraria Ribeiro, havia ainda o Hotel Majestic Palace em cujo prédio também estava instalado o Cine-Theatro Majestic Palace (a sala de exibição ficava no térreo, sendo os andares superiores do prédio destinados à moradia). Na Praça do Ferreira também estavam localizados o Cine Modernoinaugurado em 1921, e o Cine Polytheama, adquirido em 1922, por Severiano Ribeiro. Todos os cinemas situados nesta praça na década de 1920 eram de propriedade dele. Já a fábrica de gelo ficava localizada à 
rua Santa Isabel (atualmente rua Princesa Isabel) no centro de Fortaleza. Luiz Severiano Ribeiro expandia seu poderio econômico à partir da Praça do Ferreira, principal logradouro da cidade.

¹O Cine Moderno foi uma das salas de exibição cinematográfica mais importantes de Fortaleza  
permanecendo em funcionamento até o ano de 1968. 

²A primeira sala de cinema pertencente a Severiano  Ribeiro foi o Cine Riche, inaugurado em 1915, quando ele possuía trinta anos de idade. 


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Fonte: Nas telas da cidade: salas de cinema e vida urbana 
na Fortaleza dos anos de 1920 - Márcio Inácio da Silva  e Arquivo Nirez

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Cine Majestic Palace



O Cine Majestic em 1918- Acervo de Roberta Freitas

Em 14 de julho de 1917 inaugura-se o Cine Theatro Majestic Palace, o mais luxuoso salão da época, construído pelo capitalista Plácido de Carvalho em imponente prédio, com a destinação para um futuro cinema a ser explorado pela firma Ribeiro & Cia., uma associação de Luiz Severiano Ribeiro com o capitalista Alfredo Salgado. É o terceiro cinema, após o Polytheama e o Riche, da Empresa Ribeiro. O palco foi inaugurado, a 14 de julho, com o histórico espetáculo da transformista italiana Fátima Miris, que marcou uma época na cidade. 

Fátima Miris - Foto do livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez

A transformista Fátima Miris - Acervo Marymiley


A tela teve sua inauguração no dia 27 de julho, com o filme italiano " L'Amica " (Amica; 1916, 1.212 metros, Cines, de Roma, diretor Enrico Guazzoni, com Leda Gys, Amleto Novelli, Augusto Mastripieri, Nella Montagna e Augusto Porrioli). Foi aparelhado para cinema sonoro, pelo sistema Vitaphone, a 28 de abril de 1932, e lançou o Movietone, a 3 de maio de 1932. 


Cine Majestic em 1939 - Acervo de Roberta Freitas

As cadeiras do belo cinema vieram da Áustria


Um dos mais queridos cinemas da história da cidade foi vítima de dois incêndios: o primeiro, a 4 de abril de 1955, destruiu o edifício Majestic Palace, na Praça do Ferreira, sob o qual existia o amplo hall e sala de espera do cinema. O Cinema sobreviveu e passou a ter entrada pelos fundos (rua Barão do Rio Branco), até que o segundo incêndio, iniciado às 2 horas da madrugada do dia 1º de janeiro de1968, destruiu por completo o belíssimo salão cinematográfico. 


Este incêndio destruiu completamente o Edifício Majestic e as Lojas Brasileiras na Praça do Ferreira em 1955 Arquivo Aba Film

Arquivo Nirez

 
Incêndio do Majestic em 04/04/1955. Em 1966 outro incêndio coloca um ponto final no cine Majestic.


Arquivo Aba Filma

Anos 50, após o incêndio do prédio do Majestic

Matéria publicada no Jornal O Povo em 06 de abril de 1955

Foto do  Jornal O Povo de 06 de abril de 1955

Foto do  Jornal O Povo de 06 de abril de 1955

Fatos Históricos


Gravura da Praça do Ferreira com o Cine Majestic 

  •  14 de julho de 1917 - Marca a inauguração do Cine Teatro Majestic Palace (Cine Majestic), sendo o dia 14, do palco, com a apresentação da transformista italiana Fátima Miris e dia 20 do cinema, com a película "L`Amica". Cinema e teatro construído pelo comerciante Plácido de Carvalho na segunda década do Século XX. O cinema sonoro só chegou no Majestic no dia 23/04/1932, com o filme Anjos do InfernoNo dia 04/04/1955 irrompe um incêndio no edifício Majestic fechando provisoriamente o cinema, que passou a ter sua entrada pela Rua Barão do Rio Branco. Em 01/01/1968 outro incêndio fecha o Cine Majestic, desta vez para sempre, pois destruiu a sala de projeção. O Cine Majestic tinha uma sala de projeção que também era um teatro, toda em ferro como o Teatro José de AlencarTinha 650 cadeiras no térreo, nos dois andares onde ficavam os camarotes e na geral. No local do Edifício Majestic foi levantado o Edifício Lobrás.

 
Início do século XX, Praça do Ferreira, com o imponente prédio do Cine Majestic - Arquivo O Povo

  •  04 de dezembro de 1924 - Continua a exibir-se no Majestic o aplaudido ‘Trio Marta Govinden’, de que fazem parte o cançonetista Henrique Reis e o artista Márcio Reis, premiado nos Estados Unidos como perfeito imitador de Charles Chaplin (Carlito).

 
Foto de 1934

  •  10 de maio de 1924 - Apresenta-se em Fortaleza, no palco do Cine Teatro Majestic, o grupo Os Carolinos, formado pelos atores Sílvio Lage, Ada Egas e Rosita, a Portuguesa. Apresentaram burletas, canções e duetos sertanejos. 


O Majestic nos anos 20 ou 30- Arquivo Diário do Nordeste

  •  23 de fevereiro de 1926 - Estréiam, no Cine Teatro Majestic, os cançonetistas Os Geraldos, formado por Geraldo Magalhães e Nina TeixeiraGravaram muitos discos na famosa Casa Edson, de Fred Figner.


Postal  de 1917 - Detalhe para o Majestic

  •  18 de agosto de 1928 - No palco do ‘Majestic’ o boxeur Pantera Negra (José Cândido da Silva) vence o profissional português Tavares Crespo.


Raro postal de 1920

  •  28 de maio de 1932 - Começam no ‘Majestic’ as ‘Sessões das Moças’, que se realizarão sempre às 15 horas e 30 minutos dos sábados e ao preço de 1$600 o ingresso.




  •  10 de novembro de 1932 - O ‘Cine Majestic’ institui as ‘‘sessões passa-tempo", das 12 horas e 10 minutos às 12 e 45, especialmente destinadas aos comerciários, que agora dispõem de duas horas para o almoço.

 
Bondinho próximo ao Majestic

  •  02 de janeiro de 1933 - Transita por Fortaleza o ator, compositor e cantor brasileiro morando em Hollywood, Raul Roulien, sendo realizado um festival em sua homenagem no Cine-Teatro Majestic.

 


 
Prédio do Cine Majestic na rua Major Facundo. Foto de 1918 - Arquivo Nirez

  •  02 de abril de 1936 - No palco do ‘Majestic’, em Fortaleza, luta de jiu-jitsu entre o cearense Rosalvo Prata e o carioca Ricardo Nibon.O juiz deu a peleja como empatada.

Foto da década de 30

  •  05 de outubro de 1937 - Em Fortaleza a cantora Sílvia Melo (Silvinha Melo), exclusiva dos discos RCA Victor, que se apresenta no palco do Cine-Teatro Majestic, acompanhada pela pianista cearense Carmen CarvalhedoApresentou-se também ao microfone da Ceará Rádio Clube - PRE-9.

 
Arquivo Memória do Cinema

  •  04 de abril de 1955 - Irrompe grande incêndio na Praça do Ferreira, no tradicional Edifício do Cine Majestic, da Empresa Luís Severiano Ribeiro, atingindo também as Lojas Brasileiras de Preços Limitados, $4.400, que ficava no nº 560. O cinema tinha entrada pela Barão do Rio Branco nº 1067/71. A ação dos bombeiros foi decisiva para isolamento dos prédios vizinhos.

 

  •  31 de dezembro de 1967 - Incêndio no Cine Majestic, da Empresa Luís Severiano Ribeiro, na Rua Barão do Rio Branco nº1071, desta feita no salão de projeção, aniquilando de uma vez com o tradicional cinema, fundado em 14/07/1917. O Corpo de Bombeiros não conseguiu chegar a tempo de salvar a sala de projeção.

 Curiosidades:

  • Um dos mais queridos cinemas da história da cidade foi vítima de dois incêndios: o primeiro, a 4 de abril de 1955, destruiu o edifício Majestic-Palace, na Praça do Ferreira, sob o qual existia o amplo hall e sala de espera do cinema. O Cinema sobreviveu e passou a ter entrada pelos fundos (rua Barão do Rio Branco), até que o segundo incêndio, iniciado às 2 horas da madrugada do dia 1º de janeiro de1968, destruiu por completo o belíssimo salão cinematográfico.

  • O compositor Humberto Teixeira aos 13 anos, depois de ter editado sua composição Miss Hermengarda, tocava flauta na orquestra que musicava os filmes mudos no Cine Majestic .


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Fontes: Memoria do cinema, Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez, Revista do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) - 1954 


NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: