Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Clube dos diários
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



Mostrando postagens com marcador Clube dos diários. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Clube dos diários. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Casa Johnson - Avenida Beira-Mar



Foto rara da Casa JOHNSON, a única casa projetada por Oscar Niemeyer no Ceará. Foto de 1976 - Edgar Gadelha. Créditos M Williams 


Casa Johnson, Fortaleza, Ceará
Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1942.

Um dos excelentes produtos do Brasil tão rico, é a fina cera de carnaúba, originária principalmente do Ceará, a cinco graus abaixo do Equador. Um industrial norte-americano especialista em produtos de cera, Herbert Johnson, construiu esta interessante casa para residência quando de suas visitas periódicas ao Brasil. A casa aproveita todas as vantagens da brisa marinha que tempera o sol quente de Fortaleza. As salas de estar abrem-se para uma grande varanda, protegida por venezianas.


Planta da casa. Acervo Brazil Builds

Planta da casa. Acervo Brazil Builds

Acervo do amigo Sérgio Roberto 

Herbert Johnson escolhia seus arquitetos admiravelmente. A casa dele em Racine, no Estado de Wisconsin, Estados Unidos, foi projetada pelo famosos arquiteto Frank Lloyd Wright.

Foto de 1976. Créditos M Williams 

A belíssima Casa Johnson na Avenida Beira-Mar em 1976. Créditos M Williams 

NIEMEYER NA BEIRA MAR


Crédito: Maurício Cals


O Clube dos Diários e a AABB, foram demolidos e a casa Johnson, apesar de bem modificada, encontra-se parcialmente preservada, ainda bem!  Foto de 1976

O imóvel que depois foi ocupado pelo Hotel Mareiro, na Beira Mar, já foi um dia a residência da Família Johnson, dona da Johnson Wax Works*. A companhia explorava carnaúba para a extração da cera. Aqui se instalaram na Fazenda Raposa, em Maracanaú. Não deu certo, passaram a fazenda à UFC.

Anos 70

Fotos da Casa Johnson em 1976 - Créditos M Williams 
















Mas e a casa? Poucos sabem, mas foi uma criação de Oscar Niemeyer. O arquiteto Romeu Duarte (UFC) comenta: “Era uma casa típica da primeira fase do Niemeyer: prismática, levantada sobre pilotis e com uma rampa interna que interligava todos os três níveis. Havia também uma piscina no térreo, estreita e extensa. Implantada sobre uma elevação do terreno, postava-se sobranceira sobre o mar”.

O tempo passou, intervenções houve e, a exemplo de outros projetos originais, se perdeu.
A casa não foi totalmente demolida, foi descaracterizada depois de sucessivas reformas.

O imóvel ocupado pelo Hotel Mareiro

O Hotel Mareiro


*Grupo Johnson


Herbert Johnson, de Wisconsin, EUA, presidente da empresa S.C. Johnson, fabricante das Ceras Johnson e de outros produtos de limpeza, veio ao Ceará em 1935 para pesquisar as potencialidades da carnaúba. A cera produzida à partir dessa palmeira nativa era o principal item para os produtos fabricados pela S.C. Johnson, e Herbert Johnson quis conhecer o potencial de cultivo da carnaubeira a fim de assegurar uma fonte de recursos renováveis e manejáveis. 
Depois de conhecer de perto o cultivo da árvore, a fim de assegurar uma fonte de recursos renováveis e manejáveis, o empresário decidiu instalar uma unidade no Ceará. Graças à carnaúba, a Ceras Johnson virou uma potência que atua em mais de 20 países e fatura bilhões de dólares anualmente. Falecido em 1978, o empresário foi sucedido pelo filho Samuel Johnson, hoje à frente da organização.

Logo após Herbert Johnson ter herdado o negócio da família, bateu à porta a Grande Depressão de 1929. Querendo garantir o fornecimento de cera de palmeira de carnaúba, crucial para os negócios da firma SC Johnson, Herbert decide visitar o país da sua origem, no Brasil. Confrontado com a duração da viagem usando os meios tradicionais da época (cerca de um ano), depressa encontrou no avião a alternativa, e o Sikorsky S-38 foi o escolhido. O anfíbio bimotor foi o primeiro sucesso comercial de Sikorsky, um verdadeiro iate aéreo, de excelente autonomia, conforto e fiabilidade, que tinha uma qualidade importante relativamente à concorrência: mantinha a altitude voando com apenas um motor. Capaz de levantar e aterrar em quase todo o lado era a ferramenta ideal para o trabalho. Johnson sai dos EUA em Setembro de 1935 com mais 5 homens, numa verdadeira expedição comercial e científica de dois meses pelo Brasil. O avião original foi mais tarde vendido à Shell, perdendo-se ao largo da Indonésia.
Foram precisos três anos e meio para a Born Again Restorations construir a réplica do Spirit of Carnaúba. Buzz conseguiu localizar dois suportes de fuselagem traseiros e a parte central da asa superior num armazém em Burbank. Vários planos foram também obtidos dos arquivos da Sikorsky e de outras proveniências, culminando numa das mais belas ressurreições no mundo da aviação antiga. Vestido de negro, vermelho e amarelo, com os seus dois motores Pratt & Whitney de 450 cavalos a rodarem em sincronia, um S-38 voou outra vez dos EUA ao Brasil, transformando novamente a vida da família Johnson.

Spirit of Carnaúba exposto no Hall Fortaleza - D' Neto

Hoje o Spirit of Carnaúba está exposto no Hall Fortaleza, na sede da empresa S.C. Johnson no Wisconsin.

Ricardo Reis

Créditos: Brazil Builds, Jornal O Povo e Ricardo Reis

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O Passeio Público e os Clubes na Fortaleza antiga


Passeio Público em 1900

O Passeio Público, inaugurado em 1880, era um dos lugares mais frequentados pela população de Fortaleza. Anteriormente este local era denominado de Praça dos Martíres em virtude da execução de alguns participantes da Confederação do Equador ter ocorrido em tal praça. Ao ser remodelada, esta área de lazer tornou-se um ponto de referência urbana na cidade. 

Lindo Passeio Público do Álbum Vista do Ceará 1908

Localizado no perímetro central e com ampla vista para o mar, o Passeio Público tornou-se de pronto a principal área de lazer e sociabilidade, até que despontassem outras tentadoras opções a partir do século XX, como o Theatro José de Alencar (1910) e os cines Majestic e Moderno.

No decorrer do segundo decênio do século XX, tal logradouro ainda era “cultuado” como importante espaço de sociabilidade. Sua divisão espacial em três avenidas especificava o lugar social dos seus usuários. 

 
 Passeio Público - Caio Prado - Arquivo Nirez

De acordo com o memorialista Otacilio de Azevedo, o Passeio Público era uma ampla praça dividida em três partes iguais. A primeira era a Caio Prado, onde fervilhava a fina sociedade local; a parte do meio era a chamada Carapinima, destinada ao pessoal da classe media e onde a Banda da Polícia Militar executava operetas e valsas vienenses. A terceira era a avenida Padre Mororó, frequentada pela ralé – as mulheres da vida, os rufiões e os operários pobres. 

Passeio Público - Caio Prado

Ao descrever o Passeio Público, Otacilio de Azevedo especifica os frequentadores correspondentes a cada avenida (ou alameda). Nesta divisão identificamos uma cidade marcada por um desenvolvimento urbano, e ao mesmo tempo pelo aumento de pobreza, o que leva a elite a buscar elementos de diferenciação e separação dos demais grupos sociais. 

 Álbum de Vistas do Ceará 1908

Álbum de Vistas do Ceará 1908

Os locais de passeio e lazer, as moradias fora do centro em bairros como Jacarecanga, são exemplos desta diferenciação social da elite fortalezense.
No que concerne à divisão do “Passeio Público”, a descrição feita correntemente nos escritos 
memorialisticos é desta perfeita separação entre os grupos sociais que frequentavam a praça, cada qual a ocupar uma de suas avenidas.
No entanto, tal “espontaneidade” é questionada pela historiografia mais recente em trabalhos como o de Antonio Luiz Macêdo:

"Defender a idéia do Passeio Público como amostra da harmonia social reinante em Fortaleza na virada do século XIX abriga certos riscos de ordem política. O primeiro consiste na afirmação de hierarquias, transformando a sociedade num simples mosaico dividido em superiores e inferiores. Em segundo lugar, a sugestão de que todos os frequentadores aceitavam a separação em três planos mascara os conflitos sociais, perpetuando a imagem conservadora do povo brasileiro como entidade pacífica, submissa e obediente. Por fim, insistir nessa divisão espacial rígida e espontânea é desconhecer a multiplicidade dos usos dos
lugares, continuamente recriados na vivência diária dos habitantes. Com seu apego a uma visão idílica do Passeio Público, a crônica histórica de Fortaleza se alinha a uma concepção elitista e preconceituosa em relação às camadas populares. Cabe indagar se a segregação espacial correspondia a uma prática aceita por consenso e sem qualquer traço de conflito, como tradicionalmente se quer insinuar."

Álbum de Vistas do Ceará 1908

Para o historiador Carlos Eduardo Vasconcelos Nogueira, tal divisão seria mais uma expectativa dos intelectuais, pautadas em uma visão elitista, do modo como o povo deveria se comportar, do que uma descrição do cotidiano no “Passeio Público”:

"Talvez essa distribuição nunca tenha funcionado do modo como foi descrita. Pois a memória de uma apartação espontânea dos grupos sociais que frequentavam o Passeio Público tinha raízes em uma alegoria constituída no domínio da escrita. E esta (como a memória) simplifica, idealiza. Não recebe passivamente os objetos de uma realidade exterior, mas os fabrica, a partir de procedimentos específicos e de um espaço próprio: a página em branco. Nessa perspectiva, a alegoria dizia menos sobre o povo que sobre as expectativas de intelectuais do modo como este devia portar-se. Não descrevia a realidade, mas a harmonizava, criando um mundo utópico, desprovido de conflitos e ambiguidades. "

Na década de 1930, o Passeio Público já não possuía o mesmo status de outrora, ao passo que já no decênio anterior começava a perder sua funcionalidade para outros espaços de sociabilidade como o cinema.
Em meio às contínuas mudanças na paisagem da cidade, o Passeio Público parecia conservar algo que escapava ao mundo moderno e sua lógica racional. Em função do sentimento de ruptura ocasionado pela mutação da cidade, afigurava-se em elo com o pretérito, restituía uma continuidade, assegurada mediante sua preservação enquanto suporte físico da memória. Guardava, em sua existência subtraída da atualidade, algo que faltava aos novos equipamentos, cinemas e novos jardins, perdidos em sua praticidade de lugar de encontro e
vitrine de ostentação de riqueza. Achava-se o lugar nesse cruzamento de tempos. Era vivido de outra maneira, pois em parte havia perdido sua funcionalidade; adquiria estatuto de objeto antigo, que existe tão somente para significar o tempo.

Outro espaço de lazer das elites eram os clubes, estes foram criados ainda no final do século XIX, passando a ter uma maior relevância no início do século XX, em especial na década de 1920. Os clubes em Fortaleza, foram criados por grupos específicos que se afirmavam economicamente e assim como no Passeio Público, buscavam espaços de lazer exclusivos.

No entanto, ao contrário do Passeio Público que era ao ar livre e frequentado por diversas classes sociais, os clubes eram espaços fechados de sociabilidade exclusiva das elites. Para se ter acesso aos clubes, “...era preciso ser sócio e pertencer ao grupo estabelecido. Nesse sentido, os clubes representavam as profissões e oficios que compunha a elite em ascensão, principalmente os comerciantes”.

Jantar de intelectuais, provavelmente no Clube dos Diários - Acervo Carlos Juaçaba

Funcionários da Ceará Rádio Clube, reunidos no Clube Maguary, em comemoração ao aniversário da rádio

De acordo com Diocleciana Paula da Silva, no início da década de 1920 havia poucos clubes, no entanto, a quantidade era suficiente para atender ao abonado público frequentador. Ao longo daquela década, os profissionais liberais, os industriais e os comerciantes foram fundando seus próprios locais de diversão com acesso restrito e definido pelo poderio econômico e pelo pertencimento a um grupo: 

"Em Fortaleza, ao longo dos tempos, conviveram inúmeras dessas agremiações. Com efeito, pode ser arrolada uma grande quantidade de nomes que compunham o vasto conjunto de clubes sociais que desfrutaram (alguns ainda desfrutam), no passado, de poder e prestígio, em maior ou menor escala, consoante os grupos que congregavam. Havia os clubes de natureza classista, esportiva, ou de colônias de cidades interioranas, assim como existiam os ditos “suburbanos”. Mas são, sobretudo, os clubes chamados “elegantes” que estão presentes nos jornais, com maior frequência, ocupando espaço com convites, convocações de reuniões e matérias referentes a toda espécie de eventos que lá aconteciam: bailes, desfiles, jantares, recepções, aniversários, acontecimentos comemorativos, homenagens, etc. Eram esses “clubes dos ricos” extremamente “fechados”, tendo o seu ingresso vedado aos não sócios. Os critérios para a associação também eram rigorosos, sendo a aprovação de nomes candidatos motivo de deliberação de diretoria."

Reunião da Academia Cearense de Letras no Clube Iracema em 1922

Uma das primeiras agremiações criadas em Fortaleza foi o Clube Cearense¹, inaugurado em 1867. Tal agremiação, era composta por políticos e comerciantes nacionais e estrangeiros, sobretudo os de procedência inglesa, francesa e portuguesa, que eram ligados às atividades de importação e exportação. O Clube Cearense era uma instituição elitista de acesso restrito não permitindo a presença de outros membros que não fossem de seu quadro social.

Desfile Miss Ceará em 1956 no Náutico Atlético Cearense

A postura discriminatória existente no Clube Cearense, estimulou a criação de uma outra agremiação, o Club Iracema, com sede na Praça do FerreiraSua fundação ocorreu em 1884, “... por moços do commercio e funcionários da alfândega desta capital, com o fim de combater o exclusivismo reinante em o antigo club Cearense, que vangloriando-se de aristocratas, não admittia no seu seio aquelles elementos das, hoje em dia, tão acatados, entre seus pares.” (Revista Ba-ta-clan, 8 de julho de 1926)

 
Clube dos Diários

Mesmo sendo hostilizados pela aristocracia, os grandes comerciantes cresciam economicamente, no início do século XX, tornando-se um forte grupo. Apesar de ter sido criado como forma de se opor ao exclusivismo” do Clube Cearense, o Club Iracema era um local de acesso restrito, ao passo que seus sócios eram compostos basicamente por grupos ligados ao comércio e a alfândega. Os outros clubes que surgiram foram: o Clube dos Diários, em 19 de março de 1913; o Maguari Esporte Clube, surgido em 1924, era uma agremiação inicialmente relacionada à prática do futebol tendo inclusive disputado o campeonato cearense. Posteriormente, na década de 1940, direcionou suas atividades exclusivamente para o setor social. 

O Náutico ainda na praia Formosa (1929 - Arquivo Nirez) e no luxuoso prédio da Praia do Meireles

No ano de 1924, é fundada mais uma agremiação o Country Club que veio a ser inaugurado para congregar, sobretudo, os integrantes da colônia inglesa que residiam na capital cearense. Ao final da década de 1920, foi inaugurado mais um clube, era o Náutico Atlético Cearense fundado por jovens ligados a setores do comercio. Localizado inicialmente na Praia Formosa, tal agremiação na década de 1940 foi transferida para o bairro do Meireles onde um novo e luxuoso prédio foi erguido. 
Nas décadas seguintes, outras agremiações surgiram na capital cearense demostrando que o lazer privado em clubes não se limitou aos primeiros decênios  do século XX.

Leia também:


¹Inicialmente este clube ficou localizado na Rua Senador Pompeu e posteriormente, em 1872, 
transferiu-se para um prédio no Passeio Público. Este clube desapareceu no final do século XIX. 

x_3b98da9d
Fonte: Nas telas da cidade: salas de cinema e vida urbana 
na Fortaleza dos anos de 1920 - Márcio Inácio da Silva  e Arquivo Nirez

quinta-feira, 29 de março de 2012

Clube dos Diários - Fatos Históricos



Frente e parte do oitão da sede do Club - Álbum Fortaleza 1931

 18 de março de 1913 - Fundado o Clube dos Diários, nascido de uma dissidência do Clube Iracema, e que se instalou no dia 23, no Palácio Guarani, no mesmo local antes ocupado pela Associação Comercial do Ceará.
Depois juntou-se ao Clube Iracema, denominando-se Clube Diários-Iracema.




O Clube em 1913 

O Jardim suspenso - Álbum Fortaleza 1931

 28 de outubro de 1914 - Assassinado, na porta do Clube dos Diários, por Xisto Bivar, caixeiro da Livraria e Papelaria Cearense, o jovem José de Mendonça Nogueira, professor do Instituto de Humanidades do Professor Joaquim da Costa Nogueira, de quem era filho. O assassino foi absolvido no 3º julgamento.

07 de outubro de 1916 - Surge em Fortaleza, a exemplo do que vinha ocorrendo no Rio de Janeiro, a Hora Literária, com reuniões realizadas no Clube dos Diários.



O salão de bailes - Álbum Fortaleza 1931

 15 de junho de 1919 - Fundado, no Clube dos Diários, no Palácio Guarani, o Guarany Foot-ball Club, de Fortaleza, do qual faziam parte Antônio Pinheiro, José Vidal da Silva, Raimundo Cearense, Mozart Pinheiro, Francisco Gomes, Raimundo Girão (futuro historiador), Júlio Craveiro, Moacir Sampaio, Eurico Costa Sousa e Mário Cavalcante.



O salão de bilhar - Álbum Fortaleza 1931

 21 de abril de 1928 - Às 15h30min, no salão nobre do Clube dos Diários, realiza-se a coroação da Rainha dos Estudantes Cearenses, senhorita Maria Helena Martins, que recebe o cetro e coroa da rainha anterior, senhorita Suzana de Alencar Guimarães.
Eleita em concurso promovido pelo jornal A Esquerda, era aluna do Liceu do Ceará e filha do Capitão dos Portos, João Cândido Martins Filho e D. Suzana Martins.




Dr. Levino de Carvalho - Presidente - Álbum Fortaleza 1931

 09 de março de 1930 - Início, no Clube dos Diários, do Primeiro Campeonato Cearense de Xadrez, organizado por Gilberto Câmara que, a 24 de dezembro de 1929, criara no ‘Correio do Ceará’ a primeira secção enxadrística da imprensa fortalezense.



Salão da Diretoria - Álbum Fortaleza 1931

 20 de agosto de 1934 - Às 20 horas, no Clube dos Diários, realiza-se o grande banquete das classes conservadoras ao Embaixador José Américo. O oferecimento foi feito pelo advogado Dr. Francisco Sabóia, e o Interventor Carneiro de Mendonça ergueu o brinde de honra ao Presidente Getúlio Vargas.



Salão de xadrez - Álbum Fortaleza 1931

 11 de maio de 1936 - Eleita primeira Rainha da Imprensa, a senhorita Hildegarda Paracampos Barreto (Hildegarda Barreto), nas quermesses realizadas no Teatro José de Alencar.
Foi coroada no dia 30, juntamente com as princesas Dayse Salgado Flores e Heliete Studart da Fonseca, em festa no Clube dos Diários.
Para a festa da coroação foi composta uma valsa pelo poeta Pierre Luz e o maestro Francisco Soares.

07 de agosto de 1937 - No Clube dos Diários, realiza-se a coroação da Rainha da Imprensa, senhorinha Margarida Holanda, que é saudada pelo Dr. Perboyre e Silva.



Salão de música - Álbum Fortaleza 1931

 28 de maio de 1938 - O Clube dos Diários, em Fortaleza, comemora o 25° aniversário de sua fundação.


 14 de novembro de 1944 - O Clube dos Diários realiza o seu tradicional Baile da República. A meia-noite faz-se ouvir o orador oficial, Cel. Dracon Barreto.

 05 de agosto de 1946 - João Luciano da Mota Carneiro (Luciano Carneiro) vence, o Torneio Vitamínico de Xadrez, no Clube dos Diários.
Depois foi jornalista e hoje é nome de avenida em Fortaleza.


 25 de julho de 1951 - Encerra-se em Fortaleza o XIX Campeonato Brasileiro de Xadrez, o primeiro a ser realizado no Ceará, às 20h, no Clube dos Diários, sagrando-se Campeão Brasileiro o universitário mineiro Eugênio German.
O vice campeonato coube a Luís Gentil.
A promoção foi da Federação Cearense de Xadrez, presidida pelo jornalista (Gilberto Câmara).



 1956 - A sede é transferida para a Beira-Mar

 03 de dezembro de 1960 - Morre, em Fortaleza, num banho de piscina no Clube dos Diários, Francisco Adjafre de Sousa (Chico Adjafre), aos 38 anos de idade.
Era cearense de Cascavel.



Varanda do chá - Álbum Fortaleza 1931

 03 de outubro de 1971 - Numa promoção da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Ceará, a srta. Maryane Vasconcelos Bastos é eleita, no Clube dos Diários, Miss Objetiva do Ceará de 1971.


Matinê do Clube dos Diários. Na foto de 1913, vemos o grupo das meninas.
Acervo Nilson Cruz

Matinê infantil realizada no Clube dos Diários. Agora o Grupo dos meninos em 1913.
Acervo Nilson Cruz

 31 de outubro de 2002 - O Clube dos Diários lança a pedra fundamental de sua nova sede, nas Dunas da Praia do Futuro.
A nova sede deverá estar concluída em março de 2003, com inauguração programada para o mês seguinte.
Dezenas de sócios do Clube e membros da diretoria estiveram presentes no canteiro de obras da nova sede, onde foi descerrada placa comemorativa do início da construção.
Em homenagem ao Brasil e ao Estado, três mudas, de pau-brasil, carnaúba e cajueiro, foram plantadas no local.
Falou o presidente executivo do Clube dos Diários, Antônio Enéas Filho, dizendo que o clube vai ser diferente, atuando para tornar-se auto-sustentável.


Clube dos Diários em 1913. Acervo Nilson Cruz

 30 de junho de 2003 - O Clube dos Diários encerra oficialmente suas atividades na sede da Avenida Beira Mar.
A despedida acontece durante a realização de uma festa junina.
Em agosto, o Clube passará a funcionar no bairro Dunas, no entorno das Faculdades Nordeste - Fanor.
Segundo o superintendente do Clube dos Diários, Jackson Wildson dos Santos, a área total da nova sede terá cerca de 20 mil metros quadrados e seus frequentadores poderão usufruir de salão de festas, restaurante climatizado, sauna, quatro piscinas (uma das quais semi-olímpica), academia de ginástica, alojamentos, centro médico, sala de vídeo, salão de jogos, auditório, quatro quadras poliesportivas e três de tênis, além de um campo de futebol society.





Fonte: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez e Revista do Instituto do Ceará 
(Histórico, Geográfico e Antropológico)

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: