Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Das antigas
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vídeo - A Fortaleza de 1963



Crédito: Mário Fox Log
Agradecimento especial a Patrícia Borges

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Vídeo - Mucuripe dos anos 50




Agradecimento especial a Jeize Andrade !

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

5 Anos - Fortaleza Nobre em Festa


Nosso querido Fortaleza Nobre está em festa, são 5 anos procurando resgatar a Fortaleza de outrora, matando saudades do aroma do Café Wal Can, ouvindo o barulho do bonde Outeiro percorrendo os trilhos do tempo, e nos trazendo Ilustres Cearenses para nos contar suas reminiscências e nos transportar para a Belle Époque de nossa cidade. Nela, ainda é possível observar o bode Ioiô entrar para a história. O caprino era mesmo afeito a vadiagens e logo seguiu sua sina de andarilho, descobrindo o trajeto que lhe daria a alcunha de "ioiô". O bode aprendeu a partir da Praia de Iracema e seguir para a Praça do Ferreira, realizando o mesmo percurso diariamente. 

 Ainda se podia admirar a beleza da Praia Formosa, antes de virar "propriedade particular" e sumir de nossas vistas...

Assistimos de camarote os valentes pescadores JerônimoManuel OlímpioTatá e Manuel Pretosaírem do Ceará com destino ao Rio de Janeiro (na época a capital da República - distante 1.500 milhas náuticas (mais de 2.700 km), navegando na jangada “São Pedro”), sem cartas, sem bússolas e munidos apenas de seu conhecimento prático e coragem, para reivindicar junto ao Governo de Getúlio Vargas, melhores condições para a comunidade de pescadores de sua região, tentando fazer com que sua profissão fosse reconhecida.  Vimos esse acontecimento virar Filme pelas mãos do brilhante Orson Welles.
Antigamente, cada praça de Fortaleza, ao ser urbanizada, tinha dois nomes, o da praça e o do jardim, isso mesmo, cada praça da Capital Alencarina tinha um lindo jardim... 

É tão bom passear na Fortaleza antiga, conhecer nossas raízes, se orgulhar de nosso povo... Eu amo!  Com a criação do Fortaleza Nobre, descobri muitos amantes da nossa terrinha, e hoje, juntos, vamos recontando essas histórias e fazendo com que elas cheguem até os mais novos, que despertem neles esse mesmo amor, essa mesma vontade de fazer diferente, de não deixar que destruam ainda mais o que ainda nos resta!

Nesses cinco anos, recebi inúmeros e-mails e comentários de professores que passaram a usar o blog em salas de aula, para ensinar sobre a Fortaleza antiga para seus alunos. Também e-mails de estudantes que pedem ajuda para trabalhos e tarefas escolares, isso não tem preço, fico feliz demais em saber que o Fortaleza Nobre está cumprindo o seu papel, o de divulgar nossa história! 
O blog também já foi Tema de Monografias e tudo, muito legal mesmo! :) 

Sem falar do reconhecimento por parte de jornais e de outros blogueiros (Fortaleza 13, Gente de Mídia do jornalista Nonato Albuquerque, Rã de Bananeira, Mundinho Mágico da Vevé...) que sabem o quão complicado é, colocar uma postagem no "ar". rsrs

Para fechar esses 5 anos com chave de ouro, só mesmo fechando uma parceria com um conceituado jornal, certo? Pois bem, fechamos (falo sempre no plural, porque o Fortaleza Nobre é de todos nós!) uma incrível parceria com o Tribuna do Ceará
o melhor em notícias e entretenimento no Estado do Ceará.

Ah, e não posso esquecer dos amigos da blogosfera que sempre estão divulgando o nosso Fortaleza Nobre!




Enfim, e a você, que segue, divulga e colabora com o Fortaleza Nobre, meu muito
 

Algumas Estatísticas desses 5 anos:

Postagens mais lidas

Tiririca - Um vitorioso! - 17814


Chico Anysio - O Show - 7607


Estádio Presidente Vargas - 6953

°°°Fotos Antigas°°° - 5199


Praia do Futuro - 5056







Históricos de Visualizações: 1.599.408



Brasil 1495226
Estados Unidos81352
Portugal31341
Alemanha24628
França6699
Rússia3868
Itália3825
Canadá2952
Espanha1766
Reino Unido1700



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O Cajueiro da Coragem


Por volta do ano de 1797, no tempo do Brasil - Colônia, o Ceará era governado pelo oficial da Marinha Portuguesa Luiz da Mota Féo e Torres*. Fortaleza era ainda uma pequena aldeia, muito embora tivesse o status de capital do Estado.



Havia nas proximidades da atual Praça do Ferreira, um frondoso cajueiro, a cuja sombra um certo Fagundes talhava a carne, que vendia à população. Na época, o local onde hoje se encontra a Praça do Ferreira, havia uma vila de casas, conhecida por Beco do Cotovelo, de cuja extremidade partiam três ruelas  (Ruas Pedro BorgesMajor Facundo Liberato Barroso) e na saída de uma delas, estava o cajueiro.

Fagundes morava numa casinha em frente e fazia da sombra do cajueiro, seu açougue

Certa vez, passando a cavalo por baixo da árvore o Governador Feo e Tôrres, um galho baixo arrancou-lhe o chapéu, que caiu no chão.  
Feo e Tôrres chamou Fagundes, que estava por perto descansando, e mandou que lhe apanhasse o objeto caído. Fagundes não se moveu do lugar. O Governador repetia a ordem e o outro, ainda, não deu um passo, nem se alterou. Não gostava de ser mandado, muito menos quando o pedido não era feito com educação.


Feo e Tôrres, indignado por esta desobediência, avançou para Fagundes e disse-lhe que pretendia apenas cortar o galho baixo, mas que agora, mandaria derrubar a árvore toda. E seguiu para o Palácio.

Do palácio, na Rua Conde d’Eu, partiu a ordem de deitar abaixo o cajueiro. 
No dia seguinte vieram os homens do Governador armados de machados para cumprir a ordem recebida.
Fagundes protestou e à frente dos seus magarefes armados de facas, não deixou que os soldados executassem a ordem e expulsou-os.
Voltaram acompanhados de soldados. Já o Fagundes lançara pela pacata vila o brado da revolta. Auxiliado por açougueiros, fiandeiros, merceeiros, carapinas, ferreiros e até por pescadores, todos armados de pistolas e bacamartes, levantou trincheiras na encruzilhada de três ruas, e abriu fogo contra a tropa, que recuou.


Daí o nome das três ruas perpetuando o episódio: Rua do Cajueiro (Pedro Borges), Rua das Trincheiras (Liberato Barroso) e Rua do Fogo (Major Facundo)
Após o ocorrido, o governador desistiu de derrubar a árvore, Fagundes ficou triunfante e o cajueiro no seu lugar.

A questão do cajueiro não foi uma simples briga de galos, mas um acontecimento retumbante, quase uma revolução. Deve ter sido um conflito sério e grande, bastante para passar à História e à crônica.


Livro Fortaleza Velha de 
João Nogueira



*Luiz da Motta Féo e Torres e seu governo no Ceará

Resolvida a muitas vezes impetrada a exoneração do governador Coutinho de Montaury, houve por bem a Metrópole mandar a governar a Capitania do Ceará, o cadete e moço fidalgo Luiz da Motta Féo e Torres.
A Carta Régia de sua nomeação data de 12 de janeiro de 1789.



Caso curioso: 

Partindo ele do Reino, aportou à colonia a 14 de novembro e com as formalidades prescritas foi empossado ao cargo a 9 do mesmo mês.
Teve por secretário José de Faria, o mesmo que servira com seu antecessor.
Como militar que era, e pelo muito atraso e desarranjo que encontrou nesse ramo de serviço, foi das primeiras ocupações do novo governador a de fazer construir em frente do aquartelamento um pequeno reduto de madeira, em que trabalhou a tropa terraplenando o terreno, reduto que ficou guarnecido com peças e alguns reparos vindos de Pernambuco.
O que havia limitava-se a algumas peças quase desmontadas e incapazes de servir, colocadas sobre um monte de areia sem mais estacada ou coisa que o valha, e tudo isso condecorado com o título pomposo de forte. rsrsrs
A tropa compunha-se então de um bando de maltrapilhos, que de longa data não conheciam outro fardamento senão a camisa e ceroulas, figurando mais de mendigos do que de soldados e portanto provocando a compaixão dos nacionais e o escárnio de algum estrangeiro, que por acaso aportava e percorria a colonia.



Revista Instituto do Ceará de 1890



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Enterros na Fortaleza antiga - Os Gatos Pingados



Na Fortaleza antiga, os enterros eram verdadeiras procissões, que se estendiam, algumas vezes, por mais de um dos nossos quarteirões.

Abria o préstito uma cruz negra de cuja peanha pendia uma saia, que era um pano de veludo preto com franjas douradas, afetando a forma desta peça de vestuário.
As irmandades marchavam em longas filas, solene e silenciosamente. Precedido pelo cura da , vinha o féretro, levado por quatro empregados da misericórdia, vestidos de preto, com cartolas de oleado reluzente, casacas e calças debruadas.
O caixão repousava sobre duas travessas cujas pontas descansavam sobre largas correias, que os condutores traziam a tiracolo.
Eram estes os Gatos Pingados, pobres homens ridicularizados, que aliás, prestavam um grande e penível serviço a mortos e vivos, pois não lhe custava pequeno esforço percorrer dois ou mais quilômetros em marcha lenta, carregando peso, vestidos como iam e sob um sol de fogo.

Pelos anos de 1880, cobria-se o féretro com largo pano preto com franja e cruz douradas ao centro, pendendo de cada canto um cordão com borlas, nos quais seguravam as pessoas mais chegadas ao morto, assim a modo de quem, realmente, o conduzisse ao Dormitório.

Vestidos de rigoroso luto, parentes e amigos acompanhavam, descobertos; e se as posses ou a posição social do morto o permitiam, uma banda de música acompanhava o funeral, o qual, ao aproximar-se da , era recebido com sinais dobrados ou singelos, conforme as circunstâncias. 
Até a Catedral, todos iam descobertos; mas daí para o Cemitério, todos se cobriam, porque já estava encomendado o corpo.
Era, em verdade, um sacrifício ir um homem, da matriz ao Cemitério, vestido de preto, sol das quatro horas pela frente, sobre um péssimo calçamento.
Após o percurso de 1300 metros, que portanto se estende a rua das Flores, ali se chegava esbaforido, mas de tal caminhada ninguém se queixava, dados os sentimentos que a todos animavam.



Cemitério São João Batista na década de 30 - Arquivo do Blog

Antônio Bezerra dizia que a rua das Flores deveria ter um nome que lembrasse o batismo e a sepultura ou o Alfa e o Ômega da vida. 

A sociedade fria e cruel, exigia das família enlutadas as mais ruidosas mostras de dor à saída dos enterros, e, mais de uma vez, nesses momentos angustiosos, espíritos fracos desgovernaram, fizeram exclamações inconvenientes ou deixaram vir a lume segredos de família.
Já se vai compreendendo que tais gritarias são mais uma convenção do que a expressão dum verdadeiro sentir; e é por isto que se tem visto aqui mais de uma família despedir-se do seu morto, guardando o silêncio que fala, que exprime melhor que toda palavra a grandeza e a nobreza da verdadeira dor.


As visitas de pêsames eram uma tortura, especialmente para as viúvas que, em exposição nas suas salas, tinham que repetir, miudamente, aos visitantes, as peripécias da doença e sofrimentos últimos do seu morto. 
Felizmente, este torturante costume, este sacrifício das viúvas, vai caindo em desuso. 

Naquele tempo, os enterros eram solenes e a pé. A frente do cortejo, a cruz alçada e o padre paramentado. O caixão do falecido era carregado por amigos, parentes ou pelos “gatos pingados”( homens contratados para levar o defunto ao cemitério). Vestiam-se com casacas compridas e negras, uma fita amarela a tiracolo, calças com listas vermelhas, cartolas altas de oleado, de abas enroladas.
O esquife era equilibrado sobre duas tábuas, em cujas pontas haviam aldravas seguras pelas mãos enluvadas dos Gatos-Pingados, e transportado num ritmo cadenciado, subindo e descendo, num caminhar lento e silencioso.

Somente homens, todos de preto, acompanhavam o féretro. Como já dito, se o defunto era pessoa importante, o cortejo terminava com uma banda de música tocando peças fúnebres.

Durante um mês, a família só saía de casa para assistir as missas, de sétimo e trigésimo dia. Só escrevia cartas tarjadas de preto e usava luto fechado: os homens, camisa e terno pretos, as mulheres vestido comprido totalmente negro, a cabeça coberta por um véu. Os viúvos usavam luto fechado pelo resto da vida.


Na Fortaleza antiga, quando o morto não tinha muito prestígio ou não era bem quisto, poucas pessoas seguiam o cortejo, e algumas vezes, apenas os quatro "gatos pingados", assim quem morava nos arredores do Cemitério de São João Batista, corria para assistir o enterro e comentar depois.

Até hoje ouvimos a expressão "gatos pingados".
-"Não deu quase ninguém, só alguns gatos pingados!"


Fontes: Fortaleza Velha de João Nogueira, Otacílio de Azevedo (Fortaleza Descalça) e História Abreviada de Fortaleza e Crônicas sobre a cidade amada de Mozart Soriano Aderaldo.


sábado, 1 de fevereiro de 2014

Propagandas Antigas - Reclames


Reclames que circularam em Fortaleza

Rossbach Brazil Coy - Propaganda de 1929

Vinho de Agrião - Reclame publicado em 1930 no almanaque do Ceará

Reclame da Usina Ceará, publicado no Almanaque do Ceará, de 1930.

Propaganda de suco de fruta - Reclame estampado no Almanaque do Ceará em 1961

Reclame de Ferro Globina - Publicado no Almanaque do Ceará de 1930

Sapataria Cyrino - Propaganda publicada no Almanaque do Ceará de 1906

Reclame da famosa loja "A Pernambucana", publicado na revista Valor de 1939

Propaganda do peito de vaca da Fábrica Fortaleza - Publicado no Almanaque do Ceará

Propaganda da Pasta Russa publicada no Almanaque do Ceará de 1920

Papelaria Gadelha - Propaganda publicada no Almanaque do Ceará em 1924

Propaganda de 1906 da Padaria das duas nações publicada no Almanaque do Ceará

Propaganda de musculação de 1920 - Almanaque do Ceará

Propaganda de 1909 da Casa Villar -Almanaque do Ceará

Propaganda de 1930 - Máquina de costura - Almanaque do Ceará

Propaganda da máquina de escrever Remington - Publicada na revista Valor de 1939

Propaganda de Máquina de costura publicada no Almanaque do Ceará -1909

Reclame de 1924 da Light - Almanaque do Ceará

Propaganda de 1924 publicada no Almanaque do Ceará

Propaganda do Leite Moça publicado no Almanaque do Ceará -1930

Reclame de 1924- Almanaque do Ceará

Reclame de 1930 - Almanaque do Ce

Reclame de 1924 - Almanaque do Ceará

Farinha Láctea Nestlé - 1930

Propaganda de farinha de trigo - 1924

Propaganda de 1961

Reclame de 1948

Reclame do famoso Café Java  - Almanaque do Ceará 1920

Propaganda de 1930

Propaganda de móveis - 1924

Reclame de 1902

Propaganda Casa Americana - 1924

Propaganda de 1929

Reclame de 1929

Reclame de 1929

Propaganda de uma das farmácias mais tradicionais de Fortaleza - 1924

Reclame de 1929

Propaganda de 1929 do Lloyd Brasileiro

Propaganda de 1929

Reclame de J. Lopes & Cia - 1929

Propaganda de 1929

Banco Frota e Gentil numa propaganda de 1929

Propaganda de fogão - 1929

Companhia Rovel - Reclame de 1929

Casa Parente-Almanaque do Ceará, de 1924. Uma das mais tradicionais lojas de Fortaleza, funcionou até bem pouco, tendo sua matriz na Rua Guilherme Rocha, esquina com a rua Barão do Rio Branco

Boris Frère - propaganda de 1929

Bco dos Importadores - 1929

A Equitativa - 1929

Propaganda de 1929

Reclame de 1929

Propaganda de 1929

Propaganda de 1929


Crédito: Almanaque do Ceará e Blog Ceará Terra do Sol


NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: