Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Fortaleza
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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quinta-feira, 6 de março de 2014

Paizinha - O melhor e mais badalado Stúdio de beleza do Jacarecanga


Quem acompanha o blog, sabe o quanto eu gosto e me identifico com o Jacarecanga, já fiz várias postagens que abordam o bairro. Eu saí de lá, mas o Jacarecanga não saiu de mim! rs
Sem dúvida o bairro guarda parte da história da cidade e como uma apaixonada pela Fortaleza antiga, caminhar pelas ruas do bairro é viajar no tempo e admirar a beleza arquitetônica de casarões, sobrados, bangalôs e chácaras antigas... 

Na Avenida Francisco Sá, 1771, ao lado da Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho, fica a Paizinha Stúdio de Beleza, um conceituado salão fundado em 16 de setembro do ano 2000.
Já conhece? Não? Pois precisa conhecer!

Tudo de bom em um só lugar, este é a Paizinha Studio de Beleza! 
A começar pela localização, no coração do Jacarecanga, numa belíssima casa muito bem preservada à Avenida Francisco Sá, 1771
(Clique nas imagens para ampliar)

A Paizinha tem uma equipe de profissionais e oferece o que há de mais moderno e atual em tendências e técnicas para manter nossos cabelos, rosto e unhas sempre saudáveis e bonitos. E é justamente o que queremos, encontrar tudo num só lugar, certo? E o melhor, tudo isso num ambiente super confortável e aconchegante!


Área climatizada para atendimento de cabelo e unha. Zona WIFI.
(Clique nas imagens para ampliar)


São tantas opções que fica difícil falar tudo que eles oferecem, e o melhor, o atendimento é VIP, lá você realmente se sente uma rainha (ou rei)!
Cabelos: Corte, escova, penteados, coloração, balaiagem, reflexos, luzes, mechas, escova progressiva, hidratação, alinhamento de fio, cauterização, permanente, alisamento e relaxamento. Tudo que precisamos! rsrs

Corporal: Massagem relaxante, Drenagem linfática, Massagem modeladora e turbinada, Banho de lua (Composto por: Banho mineral; Descoloração dos pêlos; Banho com sabonete de rosas; Esfoliação corporal com mel; Calmante para pele com beterraba e aveia; Hidratação de morango; Hidratação de chocolate; Banho com óleo de amêndoas...).

Facial: Limpeza de pele e Peeling, Micropigmentação de sobrancelhas e Maquiagem.


Depilação Feminina e masculina e Depilação intima artística.

Manicure e Pedicure: Unhas decoradas; Unhas de porcelana; Unhas postiças; Unhas caviar (super na moda, já quero!!!); SPA das mãos; SPA dos pés; Unhas Metalizadas Fio de ouro, etc.
(Clique na imagem para ampliar)

Ah, e para quem vai casar, lá na Paizinha tem o Dia da Noiva, tudo bem pensado para deixar as noivas tranquilas e relaxadas para o grande dia. Cada detalhe foi preparado com muito carinho!


Suite da noiva - Para um dia de noiva INESQUECÍVEL
(Clique nas imagens para ampliar)


Então é isso, vão conhecer e depois me contem o que acharam, ok?




Pensou em tradição, pensou em Paizinha!








quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Cine Theatro Polytheama - 1911 - Parte II



Outra investida da firma Rola & Irmão foi a conquista da distribuição exclusiva das produtoras americanas mais importantes, na época, e que gradualmente entravam no mercado brasileiro. A respeito diz o “Jornal da Tarde", em 25 de março de 1912:

POLYTHEAMA

A Empreza Hola & Irmão contratou com a firma Angelino Staurile & Ca., do Rio de Janeiro, as belíssimas fitas das fabricas americanas Vitagraph e Biograph, tornando-se a única recebedora neste Estado. Escusado é encarecer esta notícia visto que aquelas duas fábricas são sobejamente conhecidas por suas fitas de imenso valor artístico. Damos parabens ao público.


A programação, apesar da noticia, prossegue sendo notadamente de filmes franceses e italianos, com destaque para a vigorosa produção dinamarquesa que era então detentora de prestígio mundial. Um clássico do cinema francês, foi exibido pelo Polytheama, no dia 14 de julho de 1912, comemorando a Queda da Bastilha: “Assassinato do Duque de Guise"
(L 'Assassinat du Duc de Guise; 1908, 300 metros, primeira produção da Le Film d'Art, de Paris. Direção de André Calmettes, com assistência de Charles Le Bargy e argumento de Henri Lavedan. Interpretação pelo elenco da Comédie Française: Charles Le Bargy, Albert Lambert, Gabrielle Robinne, Berlhe Bovy, Rol/a-Norman e Dieudonné). Película tão importante que
para o genial cineasta americano David Wark Griffith esta foi sua melhor lembrança do cinema: “Este para mim foi uma revelação completa, um filme maravilhoso”.



Em 1913, há um retrocesso para o cinema exibidor de Fortaleza, enquanto perdurou a tentativa de se constituir um “trust” com o Polytheama, Rio Branco e Cassino Cearense, três dos quatro cinemas então existentes, de fora apenas o Cinema Di Maio. Nossos melhores cinemas, passavam a fazer parte de uma firma constituída sob a denominação de Empresa Cinematographica Cearensecom escritório à rua Barão do Rio Branco,98-A, figurando o empresário José Rola como gerente, responsável portanto pela operacionalização do sistema.

A imprensa mantinha o trust sob crítica constante, e destacava como alvo

de suas reclamações o Polytheama.
O Jornal “Unitár¡o" (27.3.1913), diz :

POLYTHEAMA

Já quasi ninguem mais se quer aventurar a entrar no outrora tão florescente
cinema-theatro, pois é um espantalho terroroso, a charanga que o sr. Gerente da “Empreza Cinematographica” poz alli.
Antigamente custava a entrada 500 reis, tendo o espectador a deliciar os seus tympanos, uma magnifica orchestra. Hoje, paga-se 600 reis, e ainda por cima, o gerente arruma no público com sua desafinada confusão musical, que dá dor de cabeça e opila o fígado.
A concurrencia vae rareando dia a dia, e si o sr. Rola não tomar tento, vae à
vela.


No dia seguinte, o “Unitário” volta à critica:

POLYTHEAMA

Pouco a pouco se vão descobrindo os propositos reservados que anteviamos
quando se fomou o trust cinematographico nesta capital. Os cinemas Rio Branco e Cassino estão quasi de portas fechadas, sem orchestra, sem luz e sem frequentadores. No Polytheama, cabeça do syndicato, e segundo nossas previsões, o unico que sobreviveria dos tres, a orchestra está disposta á La volonté do seu secretário, que resiste às reclamações de todo o público frequentador, em conservar alli uma sallada musical ou musica de Sant'Anna que faz mal aos nervos, e vae provocando o abandono dessa, outróra tão procurada casa de diversões.
E, si o trust conseguisse assambarcar também o DiMaio, então já estaríamos nas suas garras irremediavelmente: preço ao talante, musica e programmas à vontade.
Esperamos que o gerente da “Empreza Cinematographica” tome novo rumo sinão irá a matroca.

 O Jornal de 06 de outubro de 1916

Em maio de 1913, 0 “Unitário” (6.5.1913), protestava mais uma vez contra o
trust:

POLYTHEAMA 

A “Empreza Cinematographica Cearense” tem faltado ao compromisso
perante o publico. Ultimamente, as fitas de valor teem sido exhibidas para mais de cinco vezes, no Polytheama, deixando assim este cinema de projectar, todos os dias, novos films, como prometteu a “Empreza” em sua fundação.
Domingo passado assistimos, nessa casa de diversões, a prática de outro abuso que há tempo verberámos - a venda de lotação excessiva, a qual muito incommóda e prejudica os espectadores.
Quanto aos programmas, salvo quando faz parte delles, esporadicamente
alguma fita de arte, nada teem agradado nestes ultimos tempos, em que, com a formação do trust, deixou de haver competencia entre os cinemas para a exhibição das producções melhores da cinematographia modema.

Não se tem maiores detalhes dos acertos comerciais entre os empresários
cearenses, nessa primeira tentativa de eliminar a concorrência no setor de exibição cinematográfica. Percebe-se que o pioneiro Victor DiMaio resistiu a 
qualquer apelo para sua adesão, permanecendo o único exibidor independente. Outro fato visível é que José Rola, que capitaneava o trust,logo que decreta o seu final, em agosto de 1913, dinamiza o seu Polytheama para uma nova consolidação.

O fim do trust, noticia tão reclamada e esperada pelo público, é trazida pela "Folha do Povo" (24.8.1913) numa nota sobre o Polytheama:

POLYTHEAMA

Este bom centro de diversões, acaba de desligar-se da Empreza Cinematographica, assumindo a sua direção novamente o sr. José Rola.
O seu diretor está exercendo toda sua atividade para que o Polytheama venha a ser a primeira casa do genero: para isso recebeu ultimamente grande número de "films" de arte e está reformando os salões do edifício.

O sr. Rola inaugurou novamente as sessões infantis, para a petizada endiabrada que gosta do Bigodinho, Robinet, Cri Cri e outros comicos e disse-nos que sejam também proveitosas para o desenvolvimento intelectual dos mesmos.

Aqui pois, fica registrado a nota sobre o Polytheama.
Os preços de entradas continuam os mesmos.

Praça do Ferreira em 1934. Vemos ao lado do Majestic, o Cine Polytheama. Arquivo Nirez

No dia 28 de agosto de 1913, como cinema independente, o Polytheama exibia na sua Soirée Blanche, o filme “Cadáver Vivo" (II Cadavere Vivente), um drama da vida real, produção de 1913, da Savoia Film, de Turim, em 4 longas partes, 621 soberbos quadros cinematográficos, 1.500 metros. O romance de Leon Tolstoi era levado a tela, sob a direção de Nino Oxilia e Oreste Mentasti, com interpretação de Dillo Lombardi, Maria Jacobini, Lívia 
Martino, Arturo Garzes e Alberto Nepoti.



'O Jornal' de 1916

O sistema distribuidor de filmes, no Brasil, envolvia agora novos processos e
capitais de maior vulto. A Companhia Cinematographica Brasileira, com sede à rua Brigadeiro Tobias, 52, São Paulo, e capital de 4.000.000$000 (quatro milhões de réis), chegava à Fortaleza, em 1913, fazendo contratos para lançamento simultâneo de grandes filmes em todos os nossos cinemas: no Cinema Rio Branco“Quo Vad¡s?" (Quo Vadis?; Cines, 1913, 225m, de Enrico Guazzoni);e nos cinemas Polytheama e Júlio Pinto, “Branco contra Negro” (Bianco contro Negro; Pasquali, 1913, de Enrico Guazzoni, 3.000 metros, 150 quadros e 5 atos). O anúncio desse filme dizia: “Romance completamente popular de aventuras rocambolescas, fazendo o principal papel o renomado actor Alberto Capozzi. Este grandioso drama que enthusiasma até ao delírio diversas nações, foi pela fábrica Pasquali, de Turim, reproduzido e posto em scena com toda a arte que hoje offerece a cinematographia moderna".

A estratégia mercadológica das sessões especiais, com denominações em francês, a gosto da época, faz com que o Polytheama lance, na quarta-feira, 16 de abril de 1913, a “Soirée Blanche", sendo o filme inaugural "Rapariga sem Pátria” (Pigen unden Faeder/and; Monopol Film, de Copenhague, 1.035 metros), dirigido por Urban Gad. a história de uma cigana, com a célebre atriz dinamarquesa Asta Nie/sen e Max Wogritsch.

Transcorria o ano de 1914, tendo o Polytheama a mesma posição de bem
sucedido lançador de filmes europeus. Em janeiro, fato incomum, desaparecem filmes que se encontravam guardados no cinema.

As fitas "Os Cossacos”, “Entre Pinos e Rodi", “Sonho de Acesso" e “Suécia Pitoresca", talvez tenham sido levados por algum cinemeiro doente. 




Na programação do ano, espetáculos compostos por filmes e sessões liricas. No mês de maio, destacavam-se no palco os duetistas liricos DeMare e Beneck, e comenta o Unitário": "O Polytheama tem levado à tela esplendidos films naturais e artísticos das melhores fábricas do Velho Mundo, resenvando para as segundas sessões as audições lyricas”. O cinema era anunciado, então, como cassino familiar e tinha uma orquestra de sete exímios professores, destacando-se os maestros Vilalta, piano; Armando Lameira, violino; e Luiz Ancettidiretor de arquivo.

No ano seguinte, o Polytheama ganhava ainda maior destaque, após passar por reformas. Anúncio publicado no “Diário do Estado" (28.1 .1915) ressalta a qualidade do cinema:

CINEMA POLYTHEAMA THEATRO

Praça do Ferreira, 12
Empreza: ROLA, IRMAOS 7 CIA.
End. Teleg.: Polytheama, Ceará.
PRIMEIRA CASA DE DIVERSÕES DO ESTADO

Frequentado pelo que há de mais seleto em nossa sociedade e incontestàvelmente a que oferece melhor conforto.

GRANDE SALÃO DE ESPERA COM ORCHESTRA COMPLETA
de 8 professores sob a regência do Professor Armando Lamera.


O mesmo jornal, “Diário do Estado”, na edição de 26 de janeiro de 1915, 
publicava:

ATENÇÃO

Sábado, 30 de janeiro de 1915
Deslumbrante e suntuosa festa
Para solenizar a inauguração dos
importantes melhoramentos do 

CINEMA-THEATRO POLYTHEAMA.

3 sessões, às 6, 7 e 8 horas.
Salão de espera vasto e profusamente
iluminado, com uma harmoniosa orchestra.

Distribuição de mimosos brindes às crianças na
Matinée Infantil - às 6 horas da tarde.
Verdadeiro sucesso no Ceará.


Em 1916, a habilidade e decisão do jovem e emergente empresário Luiz Severiano Ribeiro, coloca-o à frente dos veteranos exibidores (José Rola, Henrique Mesiano, Raul Walker), com a firma Ribeiro & Cia. Era estabelecido um novo “trust” no circuito exibidor de Fortaleza, pelo qual os dirigentes decidiram pela manutenção de alguns cinemas e fechamento de outros, cujos proprietários receberiam como compensação parte dos lucros. A cidade contava então com cinco cinemas. De início, em janeiro, foram fechados o Amerikan Kinema, o Riche e o Cassino Cearensecujos dirigentes passaram a receber, os dois primeiros, 19% cada, e o último, 14% dos lucros que fossem gerados nos dois cinemas remanescentes e conservados em funcionamento por força do acordo: Polytheama e Rio Branco e, em seu lugar, reabrir o Riche.

Há protestos pelo retrocesso que se constituía a redução no número de cinemas.
Protestos maiores são veiculados pelo Correio do Ceará”, em sua edição de 30 de maio de 1916, condenando a nova programação de filmes italianos “imorais":

POLYTHEAMA

Esta casa de diversões tem infelizmente descido muito no conceito do público, devido às exhibições indignas de fitas altamente immoraes e que muito desabonam o critério dos seus proprietários.

Secundamos o brado dos nossos collegas do “Diário do Estado” que ainda hontem manifestaram o desagrado da família de Fortaleza, ante o procedimento daquella casa, que se está transformando numa escola de perversão social.

Lastimaram os nossos collegas que os directores daquelles cinemas, ao envez
de passarem em seu écran fitas innocentes, instructivas e agradaveis, exhibam os grosseiros productos immoraes e reprovaveis, das fabricas italianas.

São muito justas as reclamações do "Diário do Estado”, as quaes sinceramente applaudimos.

Ainda ante-hontem, a fita exhibida no "Polytheama” escandalizou o publico inteiro de Fortaleza.

Grave culpa cabe aos directores daquella casa. Numa sessão tão frequentada como a “soirée chic” de um domingo, quando as principaes familias se reunem ali para assistirem uma fita em torno da qual se fizeram largos reclamos não era admissível que se fizessem passar pela tela scenas degradantes de uma refinada baixeza.




Isto toma, de facto, proporções de um menosprezo à dignidade das famílias desta capital.

A fita “Dívida de Sangue” pode ser levada nos grandes centros; mas, somente em cinemas frequentados pela gente que não tem classificação moral.

Apresental-a às famílias distinctas de nossa catholica Fortaleza é um attestado triste de pouco caso que se tem para com os sentimentos de nossa sociedade.

O facto desgostou profundamente os frequentadores daquella casa.

Fazemos um sincero appello aos directores do “Polytheama” para que ora em diante não mais consintam na exhibição de fitas indecentes. Esperamos que as nossas palavras sejam attendidas, para que não tenhamos a tristeza de novamente reclamar contra coisas desta ordem.


O objeto das criticas eram os filmes ItalianosDívida de Sangue" (Debito di
Sangue; Sabaudo Film de Milão, 1915, 1500 metros, dirigido por Mario Roncoroni) e "A Confissão da Meia Noite" (Mezzanotte; Milano-Film, 1915, 780 metros, argumento e direção de Augusto Genina, com Mercedes Brignone, Livio Pavanelli, Ugo Gracci, Luigi Serventi, Rambaldo de Goudron e Franz Sala).


A pressão da imprensa curvou a firma Ribeiro & Cia., e o Correio do Ceará(6.6.16), festejava uma nova fase para o Polytheama:

POLYTHEAMA - Esta casa de diversões, que attendendo á reclamação justa que fizemos, suspendeu a exhibição de films offensivos à moral, espera pelo primeiro paquete a chegar do sul, uma remessa de fitas afim de serem passadas no écran. Por este motivo, os emprezarios promoverão, em homenagem a nova phase por que o Polytheama vae passar, uma festa popular, tocando por esta ocasião uma banda marcial para esse fim contractada.

A reabertura do Polytheama, sob a direção de Luiz Severiano Ribeiro. trouxe também de volta o cinema Riche, quando a 10 de junho, apresentaram simultâneamente a película italiana, com a grande estrela Francesca Bertini, “Assumta Spina” (Assunta Spina; Caesar Film, de Roma, 1915, 1690 metros, baseado na peça de Salvatore Di Giacomo, dirigido por Gustavo Serena), tendo no elenco Gustavo SerenaCarlo Benetti, Alberto Albertini, Antonio Crucchi, Amelia Cipriani e Albano Collo.
Era a estréia de Serena na Caesar Filmcomo seu primeiro ator e diretor artístico, percebendo 24.000 liras por ano, mais 300 por cenarização ou direção de fitas.


(Grafia da época) 


Continua... 
Parte I
Fonte:  Livro Fortaleza e a Era do Cinema de Ary Bezerra Leite 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cine Theatro Polytheama - 1911



A Praça do Ferreira, centro da vida social e comercial, passa a ter um cinema que se tornou memorável, o Cine-Theatro Polytheama, cuja inauguração ocorre a 2 de junho de 1911. Localizado à praça, no prédio nº 12, no mesmo local em que quarenta e sete anos mais tarde seria inaugurado o luxuoso Cine São Luiz, sua criação deu-se ao esforço dos irmãos José e Joaquim de Oliveira Rola, associados sob a denominação Empresa Rola & Irmãos. O Polytheama, que teve uma longa vida, sobrevivendo à era do cinema sonoro, mesmo permanecendo como cinema mudo, foi em seus seis primeiros anos o principal cinema da cidade, oferecendo maiores e  amplas instalações que seus concorrentes programando filmes de qualidade.


José de Oliveira Rola

Sua inauguração foi precedida por viva expectativa, refletindo-se na imprensa diária as minuciosas providências de seus proprietários. A República”, de 25 de janeiro de 1911, publicava o anúncio:

POLYTHEAMA Cinema e Theatro
Em Construção.

Aceitam-se reclames para as paredes do salão de espetáculos. Preços módicos.
Tratar-se com José Rola. No El Contado.
Rua Municipal, nº 8.

Novamente em “A República”, a 26 de fevereiro de 1911, noticia-se o futuro cinema e teatro, que surpreende com uma pré-inauguração com espetáculo de teatro e música:

POLYTHEAMA

Uma nova casa de diversões vai ser aberta ao público cearense.
Localizado à Praça do Ferreira, por conseguinte num dos melhores pontos da capital, o “Polytheama", da empresa Rola & Irmão, está sendo instalado com o maior gosto e esmero, de molde a corresponder, plenamente, aos fins a que se destina.
Nos três dias de carnaval, à noite, serão realizadas, por sessões, variados espetáculos no  “Cinema-Theatro”.
Tomarão parte na representação alguns artistas da Companhia Francisco Santos, entre os quais Vieira XavierJoaquim Castro, João Carvalho, Narciso Costa, Francisco Brito e Eulina Barreto.
Amanhã serão levadas à cena as seguintes peças: nas sessões de 7 e 9 horas a engraçada comédia de Eduardo Garrido, “Os 30 botões” e na de 8 a comédia “Uma Tourada”.
Serão cantados também o “Fadinho Brasileiro” e a 
Caninha Verde”.



Durante os espetáculos executará escolhidos trechos de música uma esplendida orquestra sob a regência do maestro Smido.
Chamamos a atenção dos leitores 
para o anúncio que a empresa Rola & Irmão faz inserir, hoje, na seção competente.




O Polytheama seria de fato inaugurado, meses antes de sua primeira exibição cinematográfica, agora apenas como espaço teatral. O seu salão era aberto para breve temporada do grupo cênico de Francisco Santos, de 26 a 28 de fevereiro, no período das festas carnavaIescas. O anúncio da Empreza, publicado em “A República, de 25 de fevereiro de 1911, diz:

POLYTHEAMA
Cinema Theatro
12 - Praça do Ferreira - 12


Para festejar o Carnaval de 1911, a Empreza Rola & Irmão, e de acordo com o Empresário Francisco Santos, resolveu realizar espetáculos no novo Theatro, nos dias 26, 27 e 28, divididos em 3 sessões diárias.



Jornal do Ceará de agosto de 1911

Domingo, 26 de fevereiro, Domingo
Grande e variadas sessões
Rir! Rir! Rir!


1ª Sessão (às 7 da noite)A representação da hilariante comédia de
Eduardo Garrido
OS 30 BOTÕES

Desempenhada pelos artistas d. Eulina Barreto, João Carvalho e Narciso Costa.
5 números de música
A célebre Caninha Verde e o Fadinho Brasileiro.


2ª Sessão - às 8 horas
A representação da chistosa comédia
UMA TOURADA

Personagens:
Maurício aficcionado de touros - Vieira Xavier
Arthur, seu filho - Mariano Carvalho
Padre Pimenta - Joaquim Castro
Marcela, “velha beata" - Francisca Britto


3ª e última sessão às 9 horas
Os 30 Botões

Abrilhantará o espetáculo uma excelente 
orquestra sob a regência do distinto maestro Luiz Smido.

PREÇOS

Cadeiras na platéia - 1$000
Idem nas varandas - 1$500
Segunda e terça-feira espetáculos com programas novos.

AVISO

O Salão será franqueado ao ilustrado público depois da 2a. sessão.
0 serviço de Botequim está a cargo da acreditada 
Maison Art-Nouveau.

Depois desse breve período de funcionamento, como teatro, o Polytheama ficaria fechado para as obras complementares. Foram meses de expectativa, voltando o assunto aos jornais apenas em junho, em noticias como a que recolhemos de 'A República' de 12 de junho de 1911:

POLYTHEAMA
Dentro de muitos breves dias a digna e esforçada Empresa Rola & Irmão franqueará ao público desta Capital um estabelecimento de diversões familiares, com um bar de primeira ordem.

Está sendo montado, por profissional competente, um motor potentíssimo para iluminação elétrica do vasto prédio onde está o Polytheama, e acionamento de um grande frigorífico e do aparelho cinematográfico.
Oportunamente daremos uma noticia completa sobre o importante estabelecimento.


Jornal do Ceará de 1911

Dar-se-ia então a inauguração formal do Polytheama, do palco no sábado, 1º de julho de 1911, e do cinema - no domingo, dia 2, numa antecipação do que era previsto para a segunda-feira. Noticia a respeito, em “A República” (30.6.11), diz:

POLYTHEAMA 

Conforme noticiamos, a Companhia Remini inaugurará amanhã essa casa de diversões, com a representação da 
Princesa dos Dollars”, a deliciosa opereta que tanto agradou a nossa platéia.

Domingo, realizar-se-á outro espetáculo da Remini no Polytheama, onde de segunda-feira em diante, começa a funcionar o cinema.

Já chegaram esplendidas fitas e novo sortimento é esperado pelo “S. Paulo", bem como uma troupe de variedades, que 5ª feira, deverá estrear-se.



Jornal do Ceará de 1911

Fortaleza passava a possuir quatro cinemas, e o novo salão tinha tudo para competir com o Rio Branco, Cinema Júlio Pinto e Cinema DiMaio. A abertura do novo cinema, é assim noticiada:

POLYTHEAMA - Ontem começou a funcionar o cinema dessa conceituada casa de diversões, sendo exibidas cinco esplêndidas fitas. Para hoje foi organizado novo programa, de que constam belas fitas da Cines, Biograph e Pathé Frères.

(A República de 03.7.1911)

São filmes da fase inicial do Polytheama: 

Fedra (Phedra), da Pathé Frères, de Paris; Vingança da Morta (La Vendetta di una Morta; Comério L., de Milão, 1908, 130 metros; já exibido no Rio Branco, em novembro de 1910), Nella di Loredano (Nella de'Loredano; Saffi-Comerio, de Milão, 1909, 198 m, fita histórica dirigida por Giuseppe De Liguoro);
Verdadeira Caridade (Simply Charity), Biograph Company, 1910, 993 pés, de D.VV. Griffith, fotografia de Billy Bitzer e Arthur Marvin, com Mary Pickford, VV. Christie Miller, Georg Nichols, Edwin August, Kate Bruce, Charles West, Claire McDowell e William J. Butler; O Carnaval do Rio de Janeiro em 1911, “magnífica fita natural”, Empresa Serrador, fotografia A. Botelho; O Taberneiro Joe ('Ostler Joe), Biograph Company, 1908, 877 pés, estória curta de James Brown Potter, cenário D.VV. Griffith, fotografia Billy Bitzer, direção Wallace McCutcheon, com D. VV. Griffith e Eddie Dillon (já exibido no Júlio Pinto, em outubro de 1910), Max Procura uma Noiva (Max Cherche une Fiancée), Pathé Frères, 1910, com Max Linder; Antonio Foscarini (Antonio Foscarini), Film D'Arte Italiana, de Roma, 1910, 240 m, drama histórico; Mademoiselle de Sombreuil -ou- Um Episódio da Revolução Francesa (Mademoiselle de Sombreuil), Gaumont, 1910, 210 m, fita dramática histórica; Bigodinho e seus Filhos (Rigadin et ses Fils), Pathé, 1911, cômica com Prince-Rigadin; O Fugitivo (The Fugitive), Biograph, 1911, 996 pés, de Griffith, fotografia de Bitzer, com Edwin August, Lucy Cotton, Joe Graybill, Owen Moore, Kate Bruce, Eddie Dillon e Dorothy West, já exibido no Di Maio, a 7.5.11; A Vingança (La Vengeance), Pathé, 1909, 105 m, dramática; Nero (Nerone), Societá Anonima Ambrosio, de Turim, 1909, 338m, de Luigi Maggi e Arturo Ambrosio, com Lydia de Roberti e Alberto Capozzi, já exibido no Cassino Cearense a 16.2.10 e no Rio Branco, em 15.1.11; Campeão de Box (Champion de Box), Pathé, 1910, comédia de Max Linder, já exibida no Rio Branco, a 4.12.10; Amigos da Infância (Amici d'Infanzia), Cines, de Roma, 1910, 188 m, dramática; Mater Dolorosa (Mater Dolorosa), Société Française des Films et Cinématògraphes Eclair, 1910, 200 m, cenário René Marquis, fotografia Ravet, diretor Emile Chautard, com Dupont-dell" Apuxarra -ou- II Tuxani), Cines, 1911, 302 m, de Mario Caserini, com Amleto Novelli e Gianna Terribili-Gonzalez; Novidade na Vila (Novità in Paese), Cines, 1911, 234 m, drama; Noite de Serão (Out of the Night), Thomas A. Edison Inc., 1910, 950 m, adaptação de Rex Beach, direção de Edwin S. Porter; Tontolini Aprende a dançar (TontoIini impara a Ballare), Cines, 1911, 175m, com GuilIaume; Atraso Postal (Ritardo PostaIe), Itala Film, de Turim, 1911, 131 m, cômica; Cidade de VIadikavraz (La Città di Vladikancas), Ambrosio, 1911, natural, de Giovanni Vitrotti; Prisioneiro do Cáucaso (Kavkazski Plennik -ou- Prigioniero deI Caucaso), Societá Anonima Ambrosio, de Turim/timan-Rejngardt, de Moscou, 1911, 306 m, drama filmado na Russsia por Giovanni Vitrotti; e muitos outros, de procedência dos estúdios italianos, franceses e americanos.


Jornal do Ceará de 10 de novembro de 1911

Os anos que se seguiram foram de renovado êxito. Em fevereiro de 1912, há uma temporada do Sr. José Casajuarana, que combinava filmes e fonógrafo. A respeito
dele, são as notícias seguintes:

POLYTHEAMA. Visitou-nos hoje o estimavel cavalheiro Sr. José Casajuarana, que deve estar hoje mesmo, no Polytheama. Os aparelhos de que se serve o Sr. Casajuarana costituem as invenções mais modernas da Casa Gaumont, de Paris.Com o Sr. Casajuarana trabalham os jovens dansarinos Isabel e Maria Jerenzaniti.


(A República de 12.2.12)


Jornal 'O Jornal' de 6 de outubro de 1916

POLYTHEAMA. Assistimos mais uma vez, hontem, com prazer a uma das sessões do Polytheama, que esteve, como quase sempre, admirável. O phonágrapho do Sr. José Casajuarana tem cantado lindas peças, de combinação com bonitas creações da Casa Gaumont, é digno de ser ouvido pelos habitués de bom gosto.

(A República de 16.1.12)


(Grafia da época) 



Fonte:  Livro Fortaleza e a Era do Cinema de Ary Bezerra Leite 
Jornais antigos: Biblioteca Nacional

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Fortaleza no século XX - A moda e os anúncios

Para analisar a moda em Fortaleza durante as primeiras décadas do século XX, precisamos primeiramente entender que foi durante o século XIX, que ocorreu na Europa o progresso da indústria têxtil, ocasionando a queda do mercado de roupas usadas e abrindo espaço para o desenvolvimento do mercado de roupas prontas e para o surgimento de grandes magazines. 
Anúncio da Revista Bataclan de 1923

Todas essas transformações que aconteciam na Europa logo ganharam proporções maiores e acabaram sendo refletidas em outros países, aqui no Brasil não foi diferente. A França e a Inglaterra foram ícones da moda no século XIX, devido às suas conquistas econômico-militares e ao poder que exercia em muitas das nações do mundo. 
A Europa do século XIX delegou à moda muitas transformações, notadamente nas mulheres. Assim, esse período foi marcado pelo antagonismo criado em relação à indumentária, onde os trajes masculinos ganharam um despojamento, enquanto as vestimentas femininas migraram de uma simplicidade para uma ornamentação – utilizando rendas, bordados e fitas; tornando-se mais sofisticadas. Mas não eram apenas as tendências europeias que chegavam a nosso país, muitos produtos estrangeiros começaram a ser comercializados com uma frequência maior. Com essas mudanças ocorrendo, a importância dada à moda agora era outra. 

Durante o século XIX a moda chegou a se tornar um tema bastante relevante no meio social, ganhando até um espaço significativo nas mídias da época que eram compostas pelos jornais, os periódicos e pelas revistas. Toda a divulgação que ela obteve no século XIX, gerou no Brasil a construção de novos hábitos, pois as mulheres passaram a buscar por informações com maior frequência, queriam estar a par do que era utilizado na Europa. Assim, essas publicações que falavam sobre moda logo ganharam destaque no país, revistas específicas são lançadas destinadas para tratar somente desse assunto, ainda foram criados os guias e os manuais de moda. 
Foi no ano de 1808, com a chegada da Corte portuguesa em nosso país, que inúmeras mudanças foram realizadas, em especial no modo de vestir e nos hábitos. Os brasileiros nesta época, principalmente os cariocas, tentavam reproduzir a corte e a moda parisiense, ultrapassando as barreiras do clima para viver o glamour estimulado pelo imaginário europeu. Ainda havia outro aspecto trazido pela moda, um aspecto que caracteriza a própria modernidade não só daquela época, pois, perdura até hoje: a uniformidade. Tal fato foi também bastante percebido na sociedade fortalezense. Examinando as imagens da época dos anos de 1920 e 1930, constatamos um estilo comum na indumentária – roupas, chapéus, sapatos e afins; também no corte dos cabelos, na maquiagem, dentre outros; tudo isso ocasionado pelas influências europeias.

A moda era tratada com frequência dentro das revistas que circulavam na capital cearense, mas não podemos deixar de mencionar que alguns fascículos abordavam-na superficialmente, apenas através de alguns anúncios que divulgavam os produtos que existiam nas lojas ou a chegada de novas mercadorias a cidade. O espaço destinado a tratar a moda de forma mais minuciosa estava reservado para os jornais de moda, os manuais de etiqueta e de civilidade. Os jornais e manuais apresentavam esse tema para as mulheres como algo indispensável, reforçando os atributos naturais e distinguindo essas damas como parte da boa sociedade por serem dotadas de elegância e bom-tom. Já a moda para os homens era abordada na busca de divulgar o perfil masculino correto e elegante que podia ser encontrado naqueles dotados de sobriedade e simplicidade. Esses jornais e manuais apresentavam ainda os modelos de roupas adequados para cada ocasião, a diferenciação entre os trajes usados por mulheres casadas e solteiras, dentre outras definições. Já os manuais de civilidade serviam para indicar as bases corretas de um bom vestuário, não fazendo relação com a moda, mas sim com os aspectos como a idade, o clima, o estado civil, a estação do ano e outros. Esses manuais ditavam os itens certos que deviam ser usados pela população.
Anúncio para o público masculino na Revista Ceará Illustrado de 18/08/1925

Analisando as edições das revistas A Jandaia, Bataclan e Ceará Ilustrado, foram encontradas poucas notas tratando a moda de maneira aprofundada. Algumas vezes as mulheres e a moda surgiam retratadas em poemas, ocasião essa bastante comum dentro das revistas, mas esses versos na maioria das vezes abordavam temas variados, traziam textos literários e também textos que se referiam a assuntos da época como as figuras ilustres, os clubes, dentre outros. Inúmeros eram os anúncios que ilustravam os fascículos das revistas da capital cearense durante o início do século XX. Dando continuidade à moda, podemos afirmar que os anúncios referentes a ela apareciam quase que de uma maneira generalizada. Era muito comum abrir uma revista naquela época e se deparar com uma publicidade bastante característica daquele período que detalhava diversos itens que estavam disponíveis nas lojas, as conhecidas Casas de Moda; às vezes, até mesmo os valores de determinados produtos eram divulgados e ainda o endereço onde se encontravam esses estabelecimentos. 
Anúncio da Revista A Jandaia de 24 de maio de 1925

Anúncio da Revista Bataclan de 1923

Vale ressaltar que os anúncios de moda nem sempre eram direcionados apenas para as mulheres, o público masculino também ganhou um espaço reservado nessas publicações, onde os estabelecimentos e os produtos utilizados por eles eram divulgados dentro das revistas. Existiam ainda as lojas mistas especializadas nas vendas de artigos masculinos e femininos. Analisando os anúncios percebemos que algumas delas vendiam produtos mais refinados, direcionados para as classes mais abastadas como aquelas que ofereciam tecidos caros, sapatos, chapéus, dentre outros e havia também aquelas mais populares que possuíam um estoque diferenciado, oferecendo desde miudezas até brinquedos, artigos religiosos e afins. 
Anúncio da Revista A Jandaia de 12 de julho de 1925

Além dos artigos de moda outros produtos também ilustravam esses anúncios, como cigarros, automóveis, medicamentos, bebidas, vitrolas e produtos de beleza. As revistas A Jandaia, Bataclan e Ceará Ilustrado possuíam um formato muito parecido ao publicar esses produtos, algumas vezes esses anúncios ganhavam ilustrações representadas por pessoas influentes da época que faziam o uso de um artigo em especial, mas vale ressaltar o fato de ser pouco utilizada naquele período a presença de um garoto propaganda. O mais usado era geralmente imagens em formato de caricaturas de pessoas ou até mesmo a imagem do próprio produto que ilustravam esses anúncios.

Por meio dos arquivos dessas propagandas foi possível entender como funcionava o comércio da capital alencarina, por quais estabelecimentos ele era composto, quais os produtos que circulavam aqui, como era a forma de anunciar e de vender esses artigos. Tudo isso estava diretamente ligado ao processo de modernização que ocorria nesse período com a chegada do
século XX e com as influências trazidas da Europa, o que caracterizou uma alteração nos hábitos da sociedade fortalezense que buscava através das suas relações comerciais e sociais, atingir um mesmo nível de outras capitais da época, já então modernizadas.



Maria Darlyele Gadelha de Castro 
(Graduanda em Design de Moda)

Imagens: Revista Bataclan,
Revista Ceará Illustrado e
Revista A Jandaia


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