Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Gentilândia
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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terça-feira, 13 de março de 2012

A Vila Gentil II


Igreja Nossa Senhora dos Remédios na época da
Vila Gentil.

A presença da Igreja dos Remédios, foi uma das recordações queridas para nós e penso que para contemporâneos. A dedicação dos padres Lazaristas holandeses para com os paroquianos foi memorável. Atendiam aos fieis a qualquer hora do dia ou da noite que necessitassem de seus préstimos religiosos. As missas dominicais, dos dias santos e diárias, eram lembradas aos fieis pelo dobrar dos sinos, o Ângelus sempre nos levava a reflexão. O relógio, doado pelo coronel Gentil, batia os quartos, meia hora e as horas; ecoando para bem longe, estava sempre lembrando a Igreja. As aulas de catecismo ministradas por zelosas catequistas supervisionadas pelos padres era um reforço à fé católica. Havia, também, nos fundos da Igreja, o Salão São Vicente de Paulo onde ocorriam reuniões de várias natureza e a realização de aulas de alfabetização para adultos, geralmente ministradas por confrades da Sociedade de São Vicente de Paulo, os vicentinos, como eram chamados.
Foi marcante a participação histórica dela na vida social do bairro, como polo centralizador de pessoas das mais diferentes classes socioeconômicas, que tinham ali um lugar em comum. Por ser uma grande Vila, constituída por casas de aluguel com qualificações e preços diferentes,
vivendo num mesmo ambiente, formou-se nela uma verdadeira comunidade, no sentido exato do termo. Habitaram ali: profissionais liberais, comerciantes, comerciários, bancários, militares, funcionários públicos. Muitos foram temporários, outros permaneceram até a extinção da Imobiliária José Gentil, quando puderam comprá-las a prestação.

Além das missas que agregavam os moradores, pondo em contato direto uns com os outros, havia as novenas, principalmente as do mês de maio, dedicadas a Nossa Senhora, que atraiam grande número de fiéis do Benfica e de outros locais. Não era apenas o zelo religioso, era também o divertimento, principalmente para os jovens que iam ali para flertar, paquerar, somente que isso era um ato mais sentimental e casto. Os valores morais e éticos eram outros. Inesquecíveis foram as quermesses e os leilões organizados para angariar dinheiro para a realização de obras beneficentes da paróquia.

Os leilões eram uma vez ou outra realizados no pátio da Igreja, com doações de pessoas mais generosas. E pasmem, iam para leilão um frango ou peru assado, às vezes acompanhado com uma garrafa de vinho; um bolo confeitado, meia dúzia de garrafas de cerveja ou outros objetos de mais valor. Os arrematadores pagavam preços muitas vezes mais altos do que o valor real das prendas, a título de ajudar a renda do leilão ou para mostrar destaque financeiro. As quermesses duravam uma semana ou mais e tinham a mesma finalidade dos leilões. Algumas delas foram realizadas na rua Padre Francisco Pinto, ao lado da Casa das Missões, e o Dispensário dos Pobres, entre a avenida Visconde de Cauipe e a rua Carapinima, fechada ao tráfego de veículos que por sinal era muito pequeno, por não ser passagem de ônibus.
Outro local, coberto de mangueiras, onde se realizaram quermesses foi um terreno grande que havia entre a casa do senhor Joahannes Maehlmann, alemão de nascimento, gerente das Casas Pernambucanas, localizada na esquina da rua Padre Francisco Pinto e aquele onde existiu a mansão do senhor João Gentil depois Escola Doméstica, Ginásio Americano e Ginásio Nossa Senhora das Graças. Aquele cidadão possuía dois filhos: o Joahannes (filho), conhecido também por Rany, e sua irmã Aída, considerada uma das moças mais bonitas da Gentilândia.
O Rany afirmou que seu pai pagava Cr$ 400,00 de aluguel.


Mansão do Senhor João Gentil, posteriormente: Escola Doméstica, Ginásio
Americano e Ginásio Nossa Senhora das Graças. Foto tirada do alto da Igreja Nossa Senhora dos Remédios (Arquivo Nirez).

Atualmente todo aquele local está ocupado pelos blocos administrativos da Universidade Federal do Ceará. Alias, naquela época existiam apenas esses imóveis na avenida Visconde de Cauipe, confrontando com a Igreja dos Remédios e a Casa das Missões. No quarteirão que lhe seguia existia o terreno da mansão do coronel Gentil e mais duas casas de luxo que ele mandou construir para os filhos. O tradicional bairro do Prado estava localizado onde se encontrava o citado hipódromo e campo de futebol, e arredores. Logo após a construção do Estádio Presidente Vargas, no começo da década de 1940, aquela área ficou dividida pela rua Paulino Nogueira; ficando uma parte ocupada por aquela praça de esportes, e a outra desocupada. Nela funcionou por pouco tempo, durante a Segunda Guerra Mundial, o Serviço Nacional de Trabalhadores para a Amazônia (SENTA) onde ficavam em rudes telheiros os chamados soldados da borracha, esperando embarque para o Amazonas onde deveriam extrair borracha dos seringais como esforço de guerra. É um assunto pouco conhecido de nossa história. Aqueles operários ficaram ao findar a guerra completamente abandonados pelo poder público, entregues a própria sorte.

Vista aérea, mais recente, onde se localizava o Hipódromo e campo do Prado.
(Arquivo Nirez).

Maquete do projeto de construção do estádio Presidente Vargas na gestão do
Prefeito Raimundo Alencar Araripe. (1936 - 1945). - Arquivo Pedro Alberto de Oliveira Silva

Detalhe do estádio Presidente Vargas. Arquibancada de cimento armado,
lugar especial, vendo-se ao alto à esquerda, cabine da imprensa. (Arquivo Nirez).

Nessa época, os bondes do Prado tinham seu final de linha na esquina da rua 13 de Maio com Marechal Deodoro. Em maio de 1947 o serviço de bondes elétricos foi desativado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza. Quando foi prefeito, (1936-1945), Raimundo de Alencar Araripe possuía um passe para andar gratuitamente nos bondes. Após a extinção do SENTA, abarracavam temporariamente naquele lugar os circos que vinham a Fortaleza apresentar seus espetáculos. Lembramos de dois deles o Nerino e o Garcia. O primeiro apresentava o trabalho de palhaços, demonstrava espetáculos de acrobacia e peças de teatro; dentre essas haviam duas de muito gosto dos espectadores: Sempre no meu coração. 
A cabana do pai Tomás. A participação do palhaço Piculino era muito apreciada. Um amigo nosso, residente na Travessa Sobral, foi apelidado com esse nome, o que muito lhe desagradava. O segundo, o Garcia, era muito maior e mais rico, pois apresentava além do peculiar, muitos animais selvagens domesticados, tais como leões, elefantes, zebras e outros. Posteriormente foram construídos naquele local estabelecimentos educacionais profissionalizantes do governo federal, sendo o último o Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET). O Prado praticamente havia desaparecido.

Passe Livre” para o prefeito municipal de Fortaleza usar os bondes da Light.
Arquivo Pedro Alberto de Oliveira Silva


Empresário empreendedor, como já foi dito, o coronel Gentil vislumbrou no mercado imobiliário (década de 1930) uma boa oportunidade de aplicar parte de sua fortuna. Fortaleza era uma cidade relativamente pequena, crescendo, porém pobre. O trabalho assalariado pequeno preponderava na maioria da população, constituída por funcionários públicos, comerciários, e outras atividades de pequena ou média renda. 
O poder aquisitivo de grande parte dela considerava a posse de uma casa própria como um desejo difícil de ser realizado. Não havia crédito fácil, apesar dos juros serem relativamente baixos. As pessoas consideradas ricas ou de posses possuíam suas residências e imobilizavam parte de seu capital em casas para alugar. 
A Imobiliária José Gentil S/A surgiu nessa conjuntura. Na Vila Gentil a maioria das residências era padronizada variando de tamanho e acabamento conforme o preço do aluguel, apresentando os seguintes tipos: as conjugadas, as livres de um dos lados, e aquelas fora do padrão das demais. As primeiras foram construídas a partir de 1931, exatamente na avenida Visconde de Cauipe na primeira metade do primeiro quarteirão, situadas entre as ruas Adolfo Herbster e Padre Francisco Pinto. Eram conjugadas com um recuo de bom tamanho onde foram plantados fícus-benjamim para fazer sombra, pois eram do lado do sol. Eram simples e não tinham forros, mas possuiam o teto muito alto, dentro dos padrões 
de outras mais antigas localizadas na mesma avenida próximo ao Grupo Escolar Rodolfo Teófilo, onde atualmente funciona a Faculdade de Economia da UFC. Numa delas morou nosso amigo José Silvio de Oliveira Freitas, colega no Ginásio 7 de Setembro, com seu irmão Pedro, filhos do Sr. Altino de Freitas, proprietário de uma bomba de gasolina localizada na Praça Clóvis Beviláqua, e na última, esquina com a rua Adolfo Herbster, residiu o advogado Lauro Vale. Na frente delas terminava a linha do bonde e ficava o ponto final dos ônibus do Benfica, pertencentes à Empresa São José, passando depois para a Empresa Severino



Ônibus da Empresa Severino que servia à Gentilândia -1945 (Arquivo Nirez).


As demais não eram uniformes e ficavam em frente ao Dispensário dos Pobres e o convento das Irmãs de Caridade. O Cine Benfica ficava no meio desse quarteirão.


Cine Benfica - 1926. Arquivo O Povo



A Vila Gentil I

Crédito: Revista do Instituto do Ceará - 2010 
A Gentilândia e o bairro do Benfica de 
Pedro Alberto de oliveira Silva 
(Sócio efetivo do Instituto do Ceará)

segunda-feira, 12 de março de 2012

A Vila Gentil


O presente artigo é um testemunho de quem nasceu e viveu a adolescência na Gentilândia, quando era Vila Gentil, em uma época que merece não ser esquecida. Há uma curiosidade muito natural das pessoas em conhecer o passado, pois o tempo está apagando tudo. Lembranças são acontecimentos e fatos que foram guardados em nossa memória.
Infelizmente ficam irremediavelmente perdidas se não tiverem sido relembradas por escrito. Geralmente as recordações carregam emoções.

Poderemos também dizer que há emoções que traduzidas em palavras, perdem grande parte de seu encanto.
Cada época e bairro de uma cidade têm uma história que lhe caracteriza e dá existência. O ambiente, as casas e, principalmente, as pessoas se inter-relacionando em uma teia socioeconômica característica. Aqueles que nela viveram são os únicos que sentiram o pulsar pleno de seu dia a dia.

É difícil descrever, objetivamente, o que foi a Vila Gentil conciliando os métodos narrativo, descritivo e interpretativo nos limites de um artigo, tal o número de informações que podem ser trabalhadas de forma coerente para o entendimento de quem está interessado. Lembramos que ela existiu há mais de setenta anos e seus contemporâneos remanescentes possuem mais de sessenta.

Fortaleza em 1930 possuía uma população estimada de 117.000 habitantes, em 1940, 180.000, em 1950, 270.000, em 1960 já contava 515.000. O cotidiano de seus moradores possuía um estado de espírito todo especial, calmo, tranquilo e pacífico, muito diferente da realidade existente na Fortaleza de hoje com mais de dois milhões (2.000.000) de habitantes, embrutecida pelo seu tamanho, pela quantidade e variedade de sua população, oriunda dos mais variados locais do Ceará, convivendo um contexto socioeconômico caótico. Reconstituir detalhes da história de um bairro, mesmo sendo de uma cidade relativamente pequena do meado do século XX como Fortaleza, em comparação a metrópole atual, não é tarefa fácil. No caso específico do Benfica e da Gentilândia, são poucos os testemunhos pessoais de seus contemporâneos, pois quase todos já morreram. A maioria das casas foi demolida ou descaracterizada e mudados alguns nomes de ruas tradicionais. Tudo concorreu para não ser preservada sua história. Com a extinção da Vila Gentil, consequência da liquidação do Imobiliário José Gentil S/A e do Banco Frota Gentil, a Gentilândia daquele tempo
desapareceu, atualmente essa designação é apenas uma tradição.

O bairro do Benfica é um dos mais antigos e tradicionais de Fortaleza e surgiu em um trecho da então chamada Estrada de Arronches, depois avenida Visconde de Cauipe e, atualmente, Avenida da Universidade; em um percurso pouco menor de dois quilômetros. Sobre o Visconde de Cauipe (Severiano Ribeiro da Cunha), o Barão de Studart escreveu no seu Dicionário biobibliográfico cearense, em 1915, que foi “o maior filantropo que o Ceará produziu. Seu nome batiza um dos mais lindos e opulentos boulevards da cidade”. No começo do século passado era um lugar onde existiam muitas casas, chácaras e árvores, o que lhe dava excelentes condições de morada. 


Avenida Visconde de Cauipe esquina com rua 13 de Maio, onde dobrava o bonde do prado, em frente a mansão do Sr. José Gentil.
No detalhe: homem sentado no jumento.

Mais exatamente, situava-se entre as ruas Antônio Pompeu (próximo a Faculdade de Direito da UFC e ao lado das Caixas d’Água) e a rua Padre Cícero, já no bairro do Jardim América. Para outros, seu limite seria a rua Adolpho Herbster, onde terminavam os trilhos do “bonde” da linha Benfica, e o calçamento de granito, em formato de paralelepípedos.

Nesse local existia a “mercearia de primeira ordem ”do senhor Rabelo. Atualmente localiza-se um “motel”. A partir dali, até Parangaba (antigamente Arronches), hoje um bairro, a estrada era de “concreto” com o nome de avenida João Pessoa. Pelo nascente, fazia limites com as ruas Senador Pompeu e avenida dos Expedicionários, e pelo poente, com as ruas Tristão Gonçalves e Carapinima. Essa localização já era estabelecida pela Prefeitura de Fortaleza.


 
Trecho da avenida Visconde de Cauipe pouco antes da Igreja dos Remédios, onde pode-se ver lampiões, vendedores ambulantes (boleiro, padeiro e outros. (Arquivo Nirez).

A Gentilândia, como parte dele, localizava-se entre a avenida da Universidade (antigamente avenida Visconde de Cauipe), ao norte, a rua Marechal Deodoro, ao sul; a rua 13 de Maio (depois avenida), ao nascente; e rua Adolfo Herbster, ao poente. Era formada em seu interior pelas ruas: Paulino Nogueira e Padre Francisco Pinto, ambas começando na avenida Visconde de Cauipe e terminando na Rua Marechal Deodoro, ao lado do Estádio Presidente Vargas. Paralela à Avenida Visconde de Cauipe existiam a rua São José do Tatuape (atualmente); Rodolfo Teófilo (atualmente rua Waldery Uchôa) entre a avenida Treze de Maio e Adolfo Herbster, e as ruas internas: Nossa Senhora dos Remédios, entre a avenida Treze de Maio e rua Padre Francisco Pinto; Nossa Senhora de Lourdes (atualmente rua Costa Sousa), Rua Santo Antônio, entre a avenida Treze do Maio e rua Paulino Nogueira; Travessa Sobral (atualmente rua Redenção) entre Padre Francisco Pinto e Adolfo Herbster; e as chamadas vilas sem saída, ditas particulares: Vila Santa Cecília, Vila Santa Rita, Vila Santa Luzia, todas começando na rua Paulino Nogueira, e finalmente a Vila Santana, começando na rua Padre Francisco Pinto; iniciando-se nesta, existia ainda, a rua Júlio César, indo até a rua Adolfo Herbster. Logo depois dessas ruas começava uma grande área coberta de capim onde se encontrava a Lagoa do Tauape, alimentada pelo riacho do mesmo nome procedente das bandas do bairro do Parangabuçu e outros menores que se formavam na época do inverno. As Vilas Santa Rita e Santa Luzia foram demolidas pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e ocupados seus espaços pelo terreno da Reitoria e uma agência do Banco do Brasil

Final da avenida Visconde de Cauipe, m da linha dos bondes do benca e ponto dos ônibus do benfica. (Arquivo Nirez).

A Vila Gentil (Gentilândia) foi um lugar bem definido e privilegiado do Benfica. Basta dizer que as únicas grandes praças desse bairro, ainda existentes, estão localizadas ali. Talvez tenha sido o mais arborizado de Fortaleza. Árvores cobriam grande parte de sua área, principalmente com mangueiras. Poucas, quase centenárias, ainda sobrevivem. Esse lugar tão especial para quem lá morou, existiu nas décadas de 1930, 1940, desaparecendo no decênio seguinte, quando suas casas começaram a ser vendidas pela Imobiliária José Gentil S/A, preferencialmente aos seus moradores, e para a Universidade Federal do Ceará.



 
Mansão do coronel Gentil, atualmente Reitoria da Universidade Federal do Ceará. (Arquivo Nirez)

Seu fundador, José Gentil Alves de Carvalho, nasceu em Sobral, em 1866, e faleceu em Poços de Caldas, Minas Gerais, em 1941. Com a esposa D. Maria Amélia da Silva Frota (D. Melinha) teve quinze filhos: três homens, um dos quais, José da Frota Gentil era padre jesuíta, e doze mulheres; seis seguiram a vida religiosa e Francisca (D. Chiquita Gentil) ficou solteira. Os sete casados deram-lhe 69 netos. Seus descendentes tomaram GENTIL como sobrenome. Durante sua existência de 74 anos exerceu atividades como comerciante, empresário e banqueiro. 

O coronel Gentil foi um empresário empreendedor e em certos aspectos original. É certo que construiu casas para alugar, porém não se esqueceu de fazê-las da melhor maneira para fruição de seus moradores. Todas possuíam água encanada, esgoto e outros serviços básicos de qualidade funcionando. Para isso havia uma administração central chefiada pelo senhor José Vitorino de Menezes, na rua Padre Francisco Pinto, que dispunha de uma equipe de operários especializados para realizar os serviços relacionados com a manutenção e serventia das casas. Tudo gratuito e rápido.

Na praça principal da Gentilândia existia um pilar de alvenaria, pouco mais de dois metros, com um formato especial (a parte superior era oval) com os dizeres: PARQUE DA GENTILÂNDIA, em letras maiores, e PARA USO E GOZO DOS MORADORES, pintado de branco sobre fundo vermelho de uma placa de ágata. Já naquele tempo, suas letras serviam de alvo para alguns “vândalos” atirarem com “baladeiras”. Vale recordar que aquele local era sombreado com mangueiras.

Aquele empresário era um cidadão com forte convicção católica. A maioria das ruas tinha nomes de santos, e sete dos seus quinze filhos seguiram a vida religiosa. Destacamos que a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios foi elevada a paróquia, em 1934, e concluída em 1936, sendo que em grande parte, foi obra da família Gentil que tinha lugares cativos nos primeiros bancos do templo. Os beneficiários daquele privilégio pagavam uma mensalidade. Como já afirmamos a Vila Gentil era um pequeno bairro do Benfica, portanto inter-relacionado com ele. 

Eram pontos de referência: o Colégio Santa Cecília, só para moças, na esquina com a rua Treze de Maio (naquela época rua), a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios com a Casa das Missões, vizinha a ela, morada dos padres Lazaristas holandeses que davam assistência religiosa a paróquia, o Dispensário dos Pobres dirigido pelas Irmãs de Caridade ou filhas de São Vicente de Paulo, todos localizados na avenida Visconde de Cauipe; o Prado, também chamado bairro, antes hipódromo e campo de futebol, localizado na rua Marechal Deodoro. Gozando desse status porque era o fim da linha do bonde do Prado. A Lagoa do Tauape, apesar de não estar vizinho a Gentilândia, era considerada uma parte dela porque as ruas transversais terminavam no capinzal que se estendia até a avenida João Pessoa. Era um belo postal do bairro, ou mesmo de Fortaleza, principalmente porque era emoldurada por um lindo bambuzal que a franqueava pelo lado do Marechal Deodoro. Foi aterrada por volta de 1955, sendo atualmente a chamada avenida do Canal. Dizia-se que as “muriçocas” que infestavam o local provinham dela.


Continua...


Crédito: Revista do Instituto do Ceará - 2010 
A Gentilândia e o bairro do Benfica de 
Pedro Alberto de oliveira Silva 
(Sócio efetivo do Instituto do Ceará)

sábado, 12 de junho de 2010

Estádio Presidente Vargas - O P.V.


Presidente Vargas - Anos 40

Falarei hoje sobre o Estádio Presidente Vargas, mais conhecido como PV.
O estádio sedia principalmente os jogos do Fortaleza, Ceará e Ferroviário.
Está localizado na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 1187.
O estádio Presidente Vargas foi construído no ano de 1941 com instalações "super modernas" para a época. O P.V. era murado, tinha arquibancadas de madeira, cerca (também de madeira) separando o campo das torcidas e, a grande maravilha, um gramado (até então todos os campos na cidade de fortaleza ao invés de gramado tinham barro batido que era molhado antes das partidas). O estádio foi inaugurado oficialmente em 14 de setembro de 1941, mas a primeira partida ocorreu uma semana depois, em 21 de setembro com o jogo Ferroviário 1 x 0 Tramways-PE, sendo o primeiro tento do estádio marcado pelo jogador coral Chinês, aos 20 minutos do primeiro tempo.


Primeiro gol do Estádio Presidente Vargas, feito por Chinês - Acervo Airton Fontenele

Hasteamento da bandeira no antigo PV - Acervo Airton Fontenele

O maior público já registrado foi de 38.515 pagantes, no jogo Ferroviário 1 x 1 Ceará, no dia 7 de maio de 1989, mas há registros de um público de 41.099 pagantes no jogo Ceará 0x1 Corinthians pelo Campeonato Brasileiro de 1971 porém não há confirmação de que esse tenha sido o público oficial.

Ceará e Ferroviário - Anos 60 no P.V.

Atualmente, devido à reformas no estádio e às normas de segurança mais rígidas, a capacidade do PV foi reduzida para 22.000 espectadores.
De setembro a novembro de 2005, o PV ficou interditado para a realização de uma série de melhorias. Os precários degraus de acesso às arquibancadas foram demolidos e substituídos por rampas. Houve também a reforma dos vestiários e dos banheiros, além da adequação do sistema de prevenção de incêndio às normas do corpo de bombeiros. Atualmente o PV está interditado para reformas em virtude da segurança do estádio que de acordo com o Ministério Público está comprometida estruturalmente, a previsão de reabertura é para esse ano (2010).
O PV teve suas arquibancadas em cimento na década de 60. Para 2014, o estádio servirá para treinos para a Copa. Atualmente passa por reforma, padrão FIFA, 20 mil lugares assentados.

Foto de 1972

Requalificação do PV estabelece padrão de segurança e conforto

O lançamento do edital para a reforma do estádio Presidente Vargas (PV) é mais uma etapa no processo de requalificação daquela praça esportiva pautado por um princípio básico: o respeito à vida dos torcedores. Foi em nome da segurança que a Prefeitura fechou o PV e há 19 meses tem trabalhado para elaborar o melhor projeto para que o PV volte a receber jogos não só do Campeonato Cearense, mas também de torneios nacionais como a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Após a reforma, o estádio também estará adequado a servir de apoio, como campo de treinamento, para a Copa do Mundo de 2014. O tempo despendido com os estudos para avaliar o estágio de degradação será compensado na execução da obra, porque o projeto de reforma, que inclui a recuperação e reforço das estruturas e a modernização das instalações, está estruturado para agilizar ao máximo o trabalho da construtora que vier a vencer a licitação. Desta forma, a reforma que foi iniciada em janeiro de 2010 cumprirá o prazo estipulado de oito meses e resultará numa obra de qualidade, uma marca da Gestão Fortaleza Bela. E Fortaleza vai receber um novo PV, com capacidade para 20 mil pessoas, que atende às normas de segurança em dois aspectos principais. O primeiro é a resistência da estrutura de concreto às vibrações causadas pelo público. As fundações serão recuperadas e reforçadas. O segundo diz respeito aos fluxos de acesso e evacuação adequados. Serão eliminadas as escadarias, que darão lugar a rampas. O conforto de quem frequentar o estádio também estará garantido. Novos banheiros, bares e assentos individualizados são algumas das características do novo PV. E uma novidade de alto valor simbólico. O espaço dos bares e sanitários será construído como uma espécie de rua, ficando aberto ao público em dias normais como espaço de lazer e garantindo uma interação ainda maior da comunidade do entorno com o PV.


Estádio Municipal Presidente Getúlio Vargas em 1957- Ceará 0 x 1 Gentilândia, quando este sagrou-se campeão. Fonte Livro: História do Campeonato Cearense de Futebol - Nirez de Azevedo.

PV anos 60 desfile do grupo de árbitros


Postal dos anos 80 do Presidente Vargas

Tradição e modernidade convivem no novo estádio

Um novo PV, mas que vai preservar duas marcas registradas do estádio. O pórtico de entrada e as torres de iluminação permanecem. A entrada da rua Marechal Deodoro com sua fachada em art-déco é um patrimônio arquitetônico do Bairro Benfica e a sua preservação foi uma determinação da prefeita Luizianne Lins desde o começo das discussões sobre a reformulação do PV. No projeto de modernização, três entradas serão acrescentadas ao estádio dentro da proposta de maior acessibilidade à área interna. Os estudos sobre a conservação do estádio apontaram que as torres funcionam bem e não há motivos para substituí-las. No restante do PV a marca será a modernidade. Não apenas visual. Instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias serão completamente novas, partindo do zero. Assim como as cabines de imprensa. Para a instalação dos assentos individuais e numerados, os degraus das arquibancadas serão alargados acrescentando a elas quatro degraus, que garantem uma maior aproximação do campo e, consequentemente, uma melhor visibilidade. Além disso, dois trechos do estádio serão cobertos. Com as alterações, o PV estará totalmente adequado ao Estatuto do Torcedor e ainda poderá receber outros tipos de eventos, além do futebol, dentro da perspectiva atual de que os estádios transformem-se em arenas multiuso.


Programação de investimentos de Fortaleza para Copa recebe aval da FIFA

O parecer é da própria Fifa: Fortaleza é a capital que apresenta o melhor plano de investimento entre as 12 cidades brasileiras selecionadas para sediar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O trabalho em conjunto das equipes da Prefeitura e do Governo Estadual resultou numa Programação Sistêmica de Investimentos para a Copa que engloba projetos já em curso, a exemplo do Transfor (municipal) e o Metrofor (estadual), e novos empreendimentos, como a reforma do Castelão (estadual), a duplicação do aeroporto internacional Pinto Martins (federal) e a ampliação das avenidas do entorno do Castelão (municipal). Esses projetos demonstram a integração entre as políticas públicas municipal e estadual. Para a Fifa, além da qualidade das praças esportivas, a mobilidade urbana tem um peso considerável na análise dos projetos. Sua principal exigência é que os deslocamentos urbanos sejam feitos de maneira ágil e segura. Os projetos do Transfor e do Metrofor atendem a essa demanda. Além dos Estádios e do Transporte e Logística, a Programação Sistêmica de Fortaleza divide-se em outros quatro eixos Meio-Ambiente e Saneamento Básico, Segurança, Saúde, Energia e Telecomunicações, e Turismo.

Fachada preservada e tombada como antigamente



Treinos para a copa de 2014


Projeto novo estágio Presidente Vargas padrão FIFA - Que servira para treinamentos e amistosos de seleções Fonte: Prefeitura de Fortaleza


O charme que só o PV tem - Por Geraldo Accioly (Titular da Coordenadoria de Projetos Especiais, Relações Institucionais e Internacionais (Cooperi) e Controlador Geral do Município de Fortaleza.)

As arquibancadas e o gramado do Presidente Vargas contam uma história de gols e golaços. Vitórias dramáticas e goleadas históricas. Rivalidades figadais e camaradagem. Cânticos de vitória e choros de derrota. As arquibancadas e o gramado do PV contam a história dos últimos 68 anos do futebol cearense. Ceará, Fortaleza e Ferroviário são personagens fundamentais do estádio fundado em 1941. Mas outros clubes também se destacaram em campo, inclusive nacionais, como Flamengo, Botafogo, São Paulo e Palmeiras. Até o Rei Pelé jogou no PV. Menino ainda, mas já campeão mundial, o craque do Santos disputou um amistoso contra o Fortaleza em 1959, que acabou 2 x 2.

1968 - Marta Brayde, rainha do futebol do CE, entregando ao rei Pelé um buquê de flores antes do jogo entre Santos e Ferroviário

E os demais times cearenses também contabilizam suas conquistas. Inclusive, um clube nascido no próprio Bairro Benfica que abriga o PV, o Gentilândia Atlético Clube. Fundado em 1934, portanto antes mesmo da inauguração do estádio, o Gentilândia triunfou no campeonato de 1956. Infelizmente, na década seguinte o clube foi desfeito. Aliás, muito do carisma do PV vem da sua relação com o Benfica. Quem anda pelo entorno do estádio sente a presença do futebol nas calçadas, casas e estabelecimentos comerciais. É uma bandeira do Ceará pendurada numa varanda, um escudo do Fortaleza pintado numa fachada ou um torcedor solitário passando vestido com a camisa do seu time de coração, cearense ou nacional. Com certeza, todos fortalezenses estão com saudade do sábado ou domingo à tarde no PV, não apenas os moradores do Benfica. Em 2010, eles vão matar essa saudade. E o que é melhor: vão ganhar um estádio moderno e seguro, mas com o charme que só o PV tem será preservado.

Gentilândia clube 1957, no PV

Curiosidades:

O Campo do Prado perdeu importância a partir de 1941, com o surgimento do Presidente Vargas. "As arquibancadas do campo, na época de madeira, foram levadas para o PV"

Uma vila olímpica no prado

Depois de quase 90 anos de sua fundação, o Campo do Prado, primeiro estádio do futebol cearense, deixará de existir. A área será um parque olímpico. Até o momento, nenhuma homenagem ou menção de despedida foi programada.
O primeiro estádio de futebol do Ceará está prestes a sair de cena de forma silenciosa. A um passo de ter seus últimos metros de grama e de arquibancada retirados para a construção de um moderno parque olímpico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), o Campo do Prado não terá nem uma homenagem de despedida. O curioso é que o portão de entrada da obra fica a poucos metros da sede da Federação Cearense de Futebol (FCF) - no bairro Gentilândia, em Fortaleza, que não planeja nenhuma menção ou homenagem para o local que já foi a praça esportiva onde foram realizadas as primeiras competições oficiais do Estado. "Não nos programamos para nenhum tipo de homenagem ao estádio, embora a gente lamente muito e reconheça a importância história do Prado para o nosso esporte", admite o presidente da FCF, Mauro Carmélio. Um desfecho que nada se compara aos tempos de glamour do estádio, construído em 1913 e que foi palco dos jogos do Campeonato Cearense entre as décadas de 1910 e 1940. Desde então, o Campo do Prado, chamado assim porque recebia também corridas de cavalo, nunca mais foi o mesmo. Primeiro porque nessa época perdeu espaço para o recém-construído Presidente Vargas (PV). Logo em seguida, o terreno do estádio foi incorporado pela então Escola Técnica Federal do Ceará, que depois virou Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). Na década de 1970, para atender à expansão da instituição de ensino, o Campo do Prado teve suas dimensões reduzidas para 85x42 metros e para se ter uma ideia, um campo de jogos internacionais varia entre 110x75 metros e 100x64 metros. Em 2009, quando o Cefet ascendeu a Instituto, cresceu o sonho de ampliar ainda mais a estrutura esportiva da instituição, com a liberação de R$ 1,8 milhão pelo Governo Federal. Depois de licitada, a obra do Centro Poliesportivo do Instituto começou há pouco mais de um mês. "Eu jamais cederia a área que um dia foi o Campo do Prado, que foi tão importante para nosso futebol, se não houvesse um consenso entre alunos e professores do Instituto. Fizemos uma consulta e todos estão empolgados, pois poderemos sonhar com grandes conquistas e muitos novos atletas formados", comenta o coordenador de esportes do IFCE, Cléber Lopes.

E mais, o projeto de construção do Centro Poliesportivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), que ocupa hoje a área que um dia foi o Campo do Prado, é ousado. Uma parte do terreno será usada para construção de um campo society (para cinco jogadores de linha), uma quadra indoor (para esportes coletivos), um ginásio coberto, uma piscina de hidroginástica e uma pista de atletismo. A outra área servirá para surgimento de um prédio com sala de musculação, fisioterapia, clubes de xadrez, sala de judô, laboratórios e salas para aulas teóricas e práticas de educação física. A previsão é de que as obras estejam prontas até setembro.


Em 1913 foi construído o primeiro estadio do CE, o Campo do Prado. 

Lembranças dos bons tempos

Quem jogou ou viu jogos no antigo Campo do Prado um dia nunca esquece. O historiador Airton Fontenele, 83, conta que presenciou grandes jogos e cenas inusitadas no estádio. Ele revive uma das histórias: "O Bahia veio fazer uma temporada aqui em Fortaleza e pegou o Ceará. O primeiro tempo foi 4 a 0 para o Bahia. No intervalo, descobriram que, no meio da torcida, todo de paletô, estava o goleiro Pintado, que foi ídolo do time e veio visitar a família aqui. Convenceram o homem a ir para o jogo. Ele trocou de roupa e foi mesmo. Fechou o gol no segundo tempo e saiu de campo nos braços dos torcedores, aclamado". O ex-jogador Zé Cândido Silveira, 88, garante que viveu um jogo inesquecível no Campo do Prado. "A primeira partida do Campeonato Cearense de 1940 foi Ferroviário e Penarol, meu time na época. Para surpresa de todos, nós vencemos por 4 a 3. Ninguém acreditou, porque o Ferrim era imbatível, um time espetacular", conta ele, que no Prado jogou ainda pelo Maguary e São João.

Prado em tarde de jogo entre Ceará e Maguary, em 05 de junho de 1927




crédito: Acervo do filme Historia Viva do Futebol Cearense 
(publicado no jornal Diário do Nordeste), 
O Povo, Nirez, Ercio Flavio, Pedrinho Simões, revista Manchete, 
Wikipédia, Edimar Bento e pesquisas na internet


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Gentilândia - As Confrarias

A Gentilândia, desde há muito, é palco para reuniões de amigos e confraternizações em geral. Abaixo alguns exemplos das reuniões regulares que os amigos 'instituiram' ao longo dos anos, instituindo verdadeiras Confrarias.

Os participantes da Confraria Amigos da Gentilândia se reúnem todos os sábados durante o dia, a partir das 10:00h para conversar sobre suas vidas e dos amigos.

Geralmente, as conversas viabilizam contatos com outros amigos afastados e o número de participantes da confraria vai aumentando.

O local de encontro era na calçada do imóvel vizinho ao antigo bar do Beto Brasil, a rua Padre Francisco Pinto, 133. Mas, por conta da morte da árvore que fornecia sombra aos confrades, o grupo passou a se reunir no Bar Padre Cícero, 128, do outro lado da rua.
Arquivo CEPIMAR, 2006.



A Confraria - Turma do Cristiano - se reúne todo o primeiro sábado de cada mês na residência de Cristiano na rua Padre Francisco Pinto, 76. Formada por pessoas que moravam na Gentilândia nos anos de 1960 e 1970.

A folia tem hora pra começar, sempre às 17:00h, mas não tem hora para acabar.
Arquivo Elmo Júnior, 2006.



Os Curiós & Curiós são velhos amigos que se encontram diariamente na rua Santo Antonio ao lado da residência do senhor Joaquim Nogueira.

Além da amizade, eles são criadores e admiradores do pássaro curió.
Arquivo Elmo Júnior, 2006.

A turma do Chaguinha se reúne de 2ª a 6ª, entre 10:00h até no máximo 15:00h.
Geralmente são os clientes mais antigos, muitos deles, residem em outros bairros, mas, um jeito de matar a saudade é vez por outra comparecer ao bar.
Arquivo Elmo Júnior, 2006.

Fim

Veja também:

Fonte: FOH



quinta-feira, 22 de abril de 2010

Gentilândia - As mulheres



As mulheres da Gentilândia obtiveram destaque em suas ações na sociedade. Algumas por sua beleza, outras por seu pioneirismo.
Emília Correia Lima com a faixa de Miss Brasil, 1955.
Arquivo MIS-SECULT-CE.



Recepção do casamento de Emília Correia Lima, 1956. Arquivo Fernando Leitão.



O Povo. 27/08/ 2006



A primeira mulher a dirigir um veículo em Fortaleza - Anita da Frota Gentil - filha do Cel. José Gentil. Arquivo Marciano Lopes.


Dagmar Moreira Leitão residiu na rua Paulino Nogueira, 100, na Gentilândia. Fundou em 1971 o Instituto Moreira de Souza, uma escola para pessoas especiais.
Arquivo Dagmar Moreira Leitão, 1996.




Amélia Gentil iniciou a comercialização de jóias na Gentilândia e, posteriormente, foi para o centro, onde abriu a famosa Joalheria Pérola.
Arquivo Isabel Aguiar, 1956.


Ana Coelho de Paula (Dona Nana), Sobralense, nascida em 1887, veio morar na Gentilândia em 1938 e, em 1940 tornou-se a primeira mulher no Ceará a trabalhar como corretora em seguros na Companhia de Seguros Sul América. É avó de Elmo Vasconcelos, Gentilandino, Professor da UECE, Presidente da Sociedade Cearense de Geografia e História e membro do Instituto do Ceará.
Arquivo Elmo Júnior, 1952.




Fonte: FOH



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Gentilândia - Personalidades


Aqui estão retratados alguns momentos dos homens ilustres que, de alguma forma, enriqueceram a história da Gentilândia.

Presidente Getúlio Vargas, quando aqui esteve em Fortaleza, em 18 de setembro de 1933, hospedou-se no palacete do Sr. João Gentil, em frente à Igreja Nossa Senhora dos Remédios.

Em 16 de outubro de 1940 visitou o posto de piscicultura na Gentilândia.



Rodolpho Von Ihering – Considerado o fundador da Piscicultura no Brasil, quando esteve em Fortaleza, residiu na Gentilândia na Rua Rodolfo Teófilo, 192, em frente ao Posto de Piscicultura do INFOCS.

Nesta foto da esquerda para a direita em pé: Rodolpho Von Ihering, Mário Viana Dias, Luis Canale, Valdemar França. Sentados: Pedro de Azevedo e Herman Lent, na residência do Chefe do Posto da Psicultura, 1932.
Arquivo Nirez.



Demócrito Rocha, Fundador do Jornal O POVO, residiu no bairro da Gentilândia na rua Rodolfo Teófilo (Atual Valdery Uchoa) em frente à Praça José Gentil.



Antonio Martins Filho foi fundador e primeiro Reitor da Universidade Federal do Ceará. Ao escolher o palacete do Cel. José Gentil e adjacências para a instalação da Universidade, transformou a Gentilândia em espaço de educação e cultura.
Arquivo MAUC-UFC.






Fonte: Fortaleza de Ontem e de Hoje/Portal do Ceará



NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: