Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Homenagem
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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domingo, 14 de abril de 2013

Fortaleza 287 anos - Uma senhora irrequieta, elegante, com seus atavios e encantos






“Minha jangada de vela,
que ventos queres levar?
De dia, ventos da terra,
De noite, ventos do mar.” Juvenal Galeno

Duzentos e oitenta e sete anos passados, Fortaleza distanciou-se de suas origens, já não parece lembrar a sua identidade ancestral. Mas ganhou roupa nova, nem sempre de bom gosto, convenhamos, talhada às pressas, apertando no cóis e curta nas barras, segundo o impulso do momento, da imposição da moda, fiel ao espírito de “progresso” que animou os valentes empreendedores de passagem e os autóctones.

 Não terá sido diferente com outras cidades brasileiras, cravadas ao longo do litoral. O passado parece ser para os filhos desta terra um peso de cujo incômodo nos devíamos desfazer.

Destruímos, diligentemente, o que havia de mais significativo de seu acervo material. Continuamos, com aplicação, a apagar os vestígios de suas origens  graças ao “bota-abaixo” incansável dos gestores públicos, inspirado nos interesses privados, e à ignorância que aqui fez morada, e ao desamor inculto, quase vergonha mal dissimulada, pelo pobre patrimônio acumulado, encorajados por uma reverência suspeita pelo futuro. Fomos, nós cearenses, no passado, um povo desinteressado pelas coisas de nossa própria cultura, avesso à informação e aos conhecimentos. Não por gosto, mas, certamente, pelas circunstâncias em que o povo cearense viveu, mergulhado na pobreza e na

 indigência da educação. Sob a proteção das oligarquias que, sob mil faces, perduram entre nós, vestidas por uma roupagem moderna e urbana.

Capitania sem “capitão-mor”

Não se há de esquecer que, dentre as Capitanias, anunciadas hereditárias, empreendimento público-privado inaugurado pelos colonizadores, a do Ceará foi a única que jamais conheceu o seu titular “arrendatário”, tendo vivido na dependência umbilical de Pernambuco. Para o bem ou para o mal, surgimos “terceirizados”, e aqui ficamos esquecidos, até mesmo quando alguns homens inspirados desenharam o “polígono das secas”, dentro de cujas fronteiras tantos pereceram e tantos sobreviveram, tocados pela sorte e pela riqueza.

Foram poucos os ladrilhadores

Com o passar do tempo o vilarejo elevado sobre as dunas foi crescendo como pôde, ganhando o interior das terras ribeirinhas, indo em direção norte e descendo para o sul. De vila à cidade, foi-se expandindo, sem que um projeto bem concebido lhe orientasse os passos e a conquista de espaços vazios. Do tempo quando se fez conhecer a intuição generosa do boticário Ferreira aos nossos dias, poucas tentativas sérias merecem registro. Entre elas, os planos urbanísticos desenvolvidos por Silva Paulet e Adolfo Herbster, os pioneiros, e Saboia Ribeiro e Hélio Modesto, a partir da década de 1950. De lá para cá, a cidade criou tentáculos, labirintos e artérias, ao ritmo de seus espasmos desordenados de crescimento. Predominou, na maior parte dos casos, a força do crescimento imobiliário. 

A destruição das obras mais representativas fez-se lentamente, em alguns casos, céleres, sempre que os interesses financeiros imprimem velocidade às obras e desideratos humanos.

O “bota-abaixo” para atrair o “futuro”

A “limpeza modernizante” começou em torno dos anos 40, com a cumplicidade dos entes públicos, senão a sua iniciativa, e a admiração ingênua dos fortalezenses, fascinados com as obras de desmonte das “velharias”. A cidade contraiu construções horrendas, modismos modernosos improvisados ao sabor das exigências de proprietários “nouveaux riches”, burgueses em ascensão  aspirantes por “status” e pela respeitabilidade da riqueza notada e ostensiva. Essas criações indecorosas, do ponto de vista arquitetônico, foram trabalhadas nas pranchetas de engenheiros civis, bons de cálculos e ruins de aprumo vitruviano.

Não havia, por esse tempo, arquitetura como atividade ou profissão, era tida como uma ocupação pouco masculina que incutia suspeitas entre os homens de tradição conservadora e viril. Havia quem confundisse o arquiteto com 

os maneirismos dos decoradores. Com o advento da UFC e de sua Escola de Arquitetura, surgiram os primeiros profissionais, formados em casa, e, com eles, projetos inovadores que, de um certo modo, salvaram o perfil de Fortaleza, com linhas modernas e cores tropicais.

 Não sem que os horizontes não viessem a ser extirpados da paisagem, enquadrados entre construções de concreto que subiram, fechando a beleza da terra, deixando à vista, apenas, o azul claro dos céus cearenses…

As derradeiras lembranças da Fortaleza anterior aos anos 1930 foram erradicadas, graças ao trabalho e ao empenho de prefeitos e vereadores, artesãos do “novo” que nem a cidade, tampouco nós merecíamos. 

O prédio da Intendência Municipal, só para dar um pálido exemplo da capacidade destruidora de nossos edis, foi posto abaixo e em seu lugar levantado o que se chamou deAbrigo Central, concepção trágica, monumento ao mau gosto e à desocupação transformada em folclore. Essa obra, uma réplica de mau gusto do Tabuleiro da Baiana, do Rio de Janeiro, resistiu a todas as tentativas de demolição, de braços com a ignorância de nossos políticos e dos burgueses que foram erguendo os seus palacetes nos bairros tradicionais e em novas trilhas de expansão. Arrancaram-se os trilhos dos bondes e tiraram-nos de circulação, transformando em lenha os vagões de madeira de outros tempos. Alguns, muito poucos, escaparam, recolhidos a coleções que já não existem mais.

 O Palácio do Plácido, que chegou a ser considerado como possibilidade de lá instalar-se a reitoria da UFC, em 1954, foi demolido durante a noite: seus proprietários pretendendo furtar-se à proibição imposta pela prefeitura, fizeram um mutirão e o puseram abaixo em poucas horas.



O sequestro do passado ignorado

Monumentos e bens públicos, obras de arte de praças e pequenas localidades, desapareceram. Poucos se salvaram da desídia official, da ignorância dos seus gestores.
A fonte da Praça da Lagoinha foi salva pela Universidade Federal do Ceará e pelo Banco do Nordeste do Brasil, graças ao então prefeito Lúcio Alcântara e a pertinácia de Zuleide Martins de Menezes. O bebedouro de Mondubim, obra em metal importada da França (cuja tradição de bons forjadores é ainda hoje lembrada), desapareceu e poucos sabem onde possa encontrar-se. Havia replicas em outros pontos e bairros da cidade. As que escaparam à apreensão por particulares, foram fundidas a que se deu melhor aproveitamento. A estrutura dos mercados reduziu-se à que hoje acolhe vasto público, frequentadores de restaurantes, bares e casas de comida, na Praça dos Pinhões. Integraram-se á vida da cidade e milagrosamente sobreviveram aos cuidados da edilidade. Os outros não são mais vistos a olho nu.

Mais tempo houvesse e interesse de quem lê estas linhas desafinadas justificasse o esforço, poderíamos continuar nesses registros incômodos.

Matias Beck versus Soares Moreno, batalha a céu aberto



Lustosa da Costa empenhou-se por apaziguar a guerra que se estabeleceu entre os defensores de Matias Beck e Soares Moreno, como fundadores de Fortaleza. Historiadores e sodalícios da mais alta estirpe entraram em conflito aberto, uma verdadeira “jihad”, para nomear o fundador de Fortaleza. Dado a importância do embate Lustosa sugeriu, certa feita, que a cidade fosse dividida em Fortaleza Ocidental e Fortaleza Oriental, tendo como fronteira natural o riacho Pajeú, de saudosa memória, cada uma delas com o seu fundador.

 Não houve vencedores nem perdedores. Tornamo-nos uma cidade ecumenical, tendo um lusitano e um flamengo como fundadores “ad perpetuam rei memoria”.
Ismael Pordeus e Raimundo Girão terçaram armas e pesquisas, documentos e velhos papéis de arquivos, mesmo os que jaziam nas arcas do Além-mar para provar a precedência de seus heróis na fundação da cidade de Fortaleza. Até hoje essa disputa separa historiadores e os indispõem entre si.

Por esse tempo, quando os estudiosos porfiavam pela aceitação de suas teorias fundadoras, o professor Antônio Martins Filho, reitor da UFC, ao tempo, houve por bem fazer da Universidade terreno neutro entre os contendores. Floriano Teixeira foi contratado para pintar os retratos de Matias Beck e Martins Soares Moreno, não necessariamente nesta ordem. Pretendia, assim, Martins Filho fixar, cientificamente, a isenção da UFC em face da beligerância crescente entre as hostes beckistas e martinianas. Os quadros, dois óleos que ainda hoje devem estar por lá, foram afixados na antecâmara do gabinete do reitor, lugar de honra merecida por tão eminentes navegadores e funcionários. Comissão formada pelo Instituto do Ceará, Histórico e Geográfico deslocou-se ao Benfica para realizar verificação in loco do gesto pacificador do reitor.

Duas Fortalezas, uma de costas para a outra

Coexistem, hoje, duas cidades, uma de costas para a outra. Da Praça do Ferreira para o norte, é a pobreza das cidades miseráveis, mal servida, em processo de desagregação, por onde circula e mora uma população numerosa e desassistida e carente. Da Avenida Dom Manuel para o Sul, é outra cidade, com ares metropolitanos que se expandiu, entretanto, sem projetos urbanos, sem praças, atopetada de prédios cujo gabarito foge ao desejável, segundo os modernos padrões de qualidade de vida. As praças foram leiloadas, áreas verdes, com muitas árvores, cajueiros e mangueiras, vendidas para incorporações lucrativas, Antropotecas gigantescas que sobem para mais de 20 andares, fecham os horizontes e param o sopro dos ventos.

 A cidade foi, assim, emparedada, tornou-se um contra-forte erguido contra o mar-oceano, os verdes mares que banha as brancas terras, como diria Alencar.

A persistência do “xadrez”

Das cidades da região, Fortaleza caracteriza-se pelo arruado em xadrez. Traçado equilibrado, como se fosse um grande “puzzle”, com peças encaixadas. O centro urbano original era assim, é assim. O crescimento para o poente, em destino ao Alagadiço e ao seu vasto entorno conservou o mesmo traçado hígido; o que se deu para o nascente, na direção do Outeiro e, depois, da Aldeota guardou o quadriculado que aprisiona, hoje, o fluxo do tráfego e torna o transporte de superfície desafio para os urbanistas e padecimentos para os habitantes da cidade. O modelo que, se esperava, fosse abandonado sob a pressão da conquista de novos espaços e da sua urbanização, sobreviveu às circunstâncias e ao exemplo de outras cidades. Não temos uma cidade planejada, como Brasília ou Belo Horizonte, nascidas em prancheta de urbanistas. Mas é como se Fortaleza tivesse tido a mesma criação inspiradora…

Quarteirões pequenos, cruzamentos próximos, ruas estreitas, calçadas reduzidas e mal calçadas. As grandes vias surgiram, por imposição da realidade, mas são recentes. E servem aos fluxos com demanda de bairros periféricos, muitos deles já abraçados pelos tentáculos da cidade grande.

Por força dos impedimentos criados por uma urbanização “reprodutiva” da teia enxadrezada original, produziu-se entre nós uma cultura particular, com o surgimento do “centauro fortalezense”, o bípede transformado em carro, cabeça, tronco e rodas. Como não há calçadas, as pessoas não andam, salvo nos lugares onde praticam disciplinadamente o seu “cooper”. De modo geral, deixam suas moradas sobre rodas e estacionam em frente do destino. A insegurança que agora se abateu sobre os fortalezenses aprimoram a arte da direção auto-motiva. Não se há de saber o que é pior, se um cruzamento com semáforo ou se liberado à gana dos condutores de suas carruagens do ano.

Um “Manual do Usuário de Fortaleza”


Apesar de tudo, é uma cidade gostosa, alegre e ensolarada, que o sol não foi ainda removido por decreto municipal. É verdade que o trânsito tornou-se um inferno, os transportes coletivos viraram um aparelho de tortura. 

Mas é a nossa cidade.

Falta aos seus diletos habitantes um Manual do Usuário de Fortaleza, com regras pertinentes que nos mostrem como viver, conviver e sobreviver nesta cidade gentil e bela à beira mar plantada.




Texto de Paulo Elpídio de Menezes Neto

sábado, 10 de novembro de 2012

Selo Versatile Blogger


Oi amigos!

Hoje recebi o selo Versatile Blogger do amigo Marcelo Bonavides, do maravilhoso blog Estrelas que nunca se apagam. Fiquei muito feliz do blog ter sido escolhido no meio de tantos blogs legais! Valeu!  


Agora que fui agraciada com esse selinho, preciso dizer 7 coisas sobre mim e claro, presentear outros blogueiros.

1 - Bom, no ano que eu nasci (1978) deu-se a inauguração da nova Catedral de Fortaleza, tendo o padre Tito Guedes à frente de suas obras e como Arcebispo Metropolitano Dom Aloísio Lorscheider
É um templo neo-gótico, inspirado na catedral de Colônia, com capacidade para abrigar 5.000 pessoas.


Acervo de José Garcia Martinez. Foto dos anos 70

Um pouco de história:

Em 20 de abril de 1701, a Câmara da Vila de São José de Ribamar resolve mudar a vila do lugar junto a Fortaleza para a barra do Rio Ceará.
A primeira vila do Ceará foi Aquiraz.
A Ordem Régia de 16 de fevereiro de 1699 resolvia sobre a construção de uma igreja que foi a primeira capela-mor da Matriz de Fortaleza (Catedral), cuja construção foi autorizada por Ordem Régia de 12 de fevereiro de 1746.
A igreja foi terminada por volta de 1795, mas em 1820 foi demolida e em seu lugar levantada uma outra que foi inaugurada após 34 anos, em 1854.
A Ordem Régia de 16/02/1699 resolvia sobre a construção da primeira capela-mor de Fortaleza cuja construção foi autorizada em 12 de fevereiro de 1746 por outra Ordem Régia.
A construção foi iniciada em 21 de outubro de 1753 e terminada em 1795, mas em 1820 a capela-mor foi vistoriada pelo mestre carpinteiro Francisco José da Silva, o mestre pedreiro Braz Quentão e o administrador das obras da Vila, Antônio Simões Ferreira de Faria, em virtude de rachaduras surgidas no arco, ficando resolvida sua demolição para construção de uma outra.
As peças sagradas foram transferidas para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário que só retornaram no dia do benzimento da nova matriz no dia dois de abril de 1854 era a igreja de São José, que serviu de Catedral quando houve o desmembramento da Diocese de Pernambuco e foi criada a do Ceará.

Postal raro da inauguração da Catedral em 1978

Em 1938 novamente sob a alegação de que estava para cair, foi esta também demolida e a pedra fundamental da atual Catedral foi lançada em 15/08/1939 à época do arcebispado de Dom Manuel da Silva Gomes, que chegou a viajar a sua terra natal, Bahia, para não deixar derrubar uma igreja, mas nossa ele demoliu sem pena, destruindo a "contemplação do cruzeiro de frei Serafim de Catania, onde os fiéis aprendiam simbolicamente os episódios da paixão e ao pé do qual toda a gente rezava comovida as ladainhas de Nossa Senhora, em maio, o responso das almas, em novembro.
Não se concebe a destruição de uma obra dessa natureza", disse Gustavo Barroso.
Sua construção demorou mais do que o esperado, pois logo veio a Segunda Guerra Mundial, o castigo das grandes secas, a descrença do povo devido à demora, até que no dia 22/12/1978 inaugurou-se. (Fonte: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez)

2 - Ainda bebê, fomos morar (meus pais, meu irmão mais velho e eu) na Água Fria. Lembro que o Shopping Iguatemi ainda estava sendo construído e assim que foi inaugurado, toda tarde mamãe nos levava para passear no novo shopping. Lá, tive o prazer de ficar pertinho da Turma do Didi, do Daniel Azulay, Turma da Mônica (a do Maurício de Souza)... E teve um dia q fomos assistir a um desfile e meu irmão pegou na mão de uma modelo loirinha q só anos depois, fui saber que se tratava da então modelo Maria das Graças (Xuxa).

Eu completando 1 aninho nos braços de mamãe. Meu pai ao lado e meu irmão em pé na cadeira.

Nessa época, a Água Fria tinha algumas casas de conjunto e muito mato. rsrs 

Um pouco de história:

Construção do Iguatemi no final da década de 70 - Arquivo do amigo Assis de Lima

Em 02 de abril de 1982, o Shopping Center Iguatemi é o segundo a ser inaugurado no Ceará, sendo um dos maiores do Brasil, com 110 mil m2, 130 lojas, e estacionamento para 2.500 veículos, com endereço na Avenida Washington Soares nº 85, na Água Fria.
Propriedade do empresário Tasso Ribeiro Jereissati (Tasso Jereissati).
Depois foi ampliado.  (Fonte: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez)

3 - Em 1983 nos mudamos para a Avenida Filomeno Gomes, no Jacarecanga. Fomos morar bem em frente a Praça Gustavo Barroso (do Liceu), ao lado do casarão de Meton Gadelha. Quando saímos da Água Fria, minha única irmã já havia nascido, ela é dois anos mais nova que eu. No novo endereço, nasceu o loirinho lá de casa, meu irmão Marcel. :)

Lilian, eu e o Marcos Jr na área de casa. Tenho muitas saudades dessa época!

Todos os domingos, nossa tia nos levava para a Praia do Futuro. Na foto, meu irmão Marcel, a Lilian (de óculos), a tia Gláucia e eu.

Ainda no Jacarecanga, nasceu meu outro irmão, Márcio. 

Agora me lembrei de um fato curioso, antes de demolirem o casarão do Meton Gadelha, ele havia sido ocupado por índios. Sempre que eu passava em frente ao casarão, ficava admirando aquele povo, achava tudo muito estranho, eles tinham furos nos lábios, no nariz... Até que um dia, minha tia resolveu entrar no casarão e adivinhem quem ela levou a tiracolo? Euzinha! rsrsr Os índios foram super legais com a gente e eu fiquei triste quando de um dia pro outro, expulsaram os índios e começaram a demolir meu casarão de infância. :( Eu amava brincar no enorme quintal que havia, era uma verdadeira floresta para nós, as crianças.

Um pouco de história:

Em 08 de dezembro de 1930, o empresário Meton de Alencar Gadelha (Meton Gadelha) inaugura sua casa, na Avenida Filomeno Gomes, na Praça Gustavo Barroso (do Liceu).

Quando o casarão estava sendo demolido na década de 80. Essa casa laranja na parte inferior à esquerda da foto, era onde eu morava. Arquivo Nirez

4 Quando eu tinha 9 anos, fomos morar no Meireles, numa casa própria. Na época, meu pai trabalhava na J. Macêdo e eu simplesmente amava as festas que haviam lá, eu ficava o ano todo esperando o grande dia! rsrs

Eu e meus irmãos em uma dessas festas.

Eu amava quando chegava os domingos e meu saudoso pai nos levava a um restaurante cercado por enormes vidraças. Nós (eu e meus irmãos), ficávamos horas e horas observando aquele marzão  que até esquecíamos de comer... Eu lembro muito do meu pai chamar aquele lugar de Cirandinha. A comida era deliciosa!

Restaurante Cirandinha - Arquivo Nirez

Em 1993, nasceu o caçula lá de casa e foi uma grande alegria, pois anos antes, mamãe havia perdido uma menininha com apenas 3 dias de vida e foi uma tristeza muito grande para todos nós! O Mattheus trouxe de volta a felicidade para nosso lar!

Mattheus no calçadão da Beira-Mar


5 - Em 1995, conheci meu futuro marido, o nome dele é Reginaldo e eu posso dizer de boca cheia, tirei a sorte grande! Nos casamos em 1998 e lá se vão 14 anos de muitas felicidades, muito amor e inúmeras realizações!

6 - No dia 25 de dezembro de 1999, fui mamãe pela primeira vez e logo em dose dupla! Deus me abençoou com duas meninas lindas, Letícia e Lívia.

Meus maiores tesouros

Minha base, minha família!

7 - Nove anos depois, fui mamãe novamente! Minha caçula hoje está com 4 aninhos, se chama Lara. Assim como meus pais, formei minha família e seguindo o exemplo deles, nossa base é o amor e a união! Sou muito feliz e só tenho a agradecer a Deus por tudo de maravilhoso que ele já me deu! :)

Os amigos blogueiros que também merecem e muito, receber esse selo, são: 

Totonho Laprovitera - Blog do Laprovitera
Raymundo Netto - Almanacultura
Fred Guilhon - Blog do Guilhon e Planeta Fusca
Lindalva - Ilha da Lindalva

Abraços 0/


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

1 Ano de Fan Page



Hoje a Fan Page do Fortaleza Nobre, completa um aninho!


Obrigada amigos!
Para curtir o blog no Facebook, basta clicar na imagem da Fan Page.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Hoje é dia de festa!


1- Antiga Praça 31 de Março, na Praia do Futuro - Arquivo Jane Bandeira
2- Antiga Praça do Ferreira - Arquivo Jane Bandeira
3- Antigo Aeroporto Pinto Martins - Arquivo Jane Bandeira
4- Bairro de Jacarecanga - Em primeiro plano a Escola de Aprendizes - Arquivo Jane Bandeira
5- Casa na Av. Bezerra de Menezes (Esta casa com essa escadaria, era a última casa da Avenida Bezerra de Menezes. Depois dela, havia no muro uma placa de pedra com o mapa do Ceará, as estradas e a indicação dos quilômetros. A seguir vinha BR-220, ainda estreita, de piçarra, com uma longa ladeira para iniciar. Ficava antes do Colégio Santa Isabel.) Arquivo Nirez


6- Casa do Barão de Camocim (Geminiano Maia) na rua General Sampaio - Arquivo Nirez
7- Cruzamento da Avenida Barão de Studart com a Rua Deputado Moreira da Rocha - Arquivo Nirez
8- Casa de José Valdevino de Carvalho - Arquivo Nirez
9- O Cine Fortaleza
10- A catedral inacabada na década de 60 - Arquivo Carlos Juaçaba
11- Centro Ideal - Arquivo Nirez
12- Firma Conrado Cabral S/A- Arquivo Nirez
13- Duque de Caxias no cruzamento com a Floriano Peixoto - Arquivo Nirez 
14- O Cine Moderno - Arquivo Nirez
15- Cine São Luiz em construção, 1940 - Arquivo Roberta Freitas
16- Avenida Filomeno Gomes - Arquivo Nirez
17- Rua Nogueira Acioli, entre Santos Dumont e Costa Barros- Arquivo Nirez


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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Uma linda surpresa!



"Quando olho para o sol esteja onde eu estiver lembro de Fortaleza...E navegando nas ondas um dia qualquer esbarrei e me maravilhei com um nobre canto nauta que retrata na sua inteireza a história da minha terrinha... que felicidade... e a blogueira que idealizou este cantinho o faz dia a dia com uma maestria e desvelo merecedora de todos os aplausos... seu nome LEILA NOBRE."



Esse lindo presente recebi hoje de minha querida amiga
     do blog Ilha da Lindalva.

Amei!!!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Fortaleza - Nobre e saudosista



Estou muito feliz, hoje recebi uma linda homenagem do site Fortaleza13:


"Não existe cidadão fortalezense que não se encha de orgulho com sua beleza ao contemplar seu passado através de fotos, seja com o olhar curioso dos que ainda não eram nascidos na época ou com o coração saudosista dos que viveram para fazer e contar sua história. Foi movida por essa paixão que a técnica de contabilidade e blogueira Leila Nobre criou o blog Fortaleza Nobre, um verdadeiro registro histórico do passado de nossa cidade. Mais do que um hobby ou uma declaração de amor à Fortaleza, este espaço se mostra, sem dúvida, uma prestação de serviço a todos que compartilham do mesmo sentimento de admiração pela cidade."

Eles colocaram fotos do blog também. :)

Para visitar o site, clique AQUI



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quinta-feira, 14 de abril de 2011

O blog no Gente de Mídia




Amigos, estou muito feliz!!!
Não acreditei quando vi que o Nonato Albuquerque (vocês não fazem idéia do quanto sou admiradora do brilhante trabalho que ele faz), falou do blog no seu 'Gente de Mídia' que honra a minha!!!  Fiquei muito feliz e imensamente lisonjeada!



quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Blog no O Povo

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Hoje em homenagem aos 285 anos de Fortaleza, o jornal OPovo fez um caderno especial sobre a relação do Fortalezense com Fortaleza, a matéria ficou MARAVILHOSA. Fui entrevistada pela Yanna Guimarães, e claro, o nosso FORTALEZA NOBRE foi citado! \O/
Você ainda não leu? Corre pras bancas!!!

Colocarei aqui a reportagem da Yanna, mas tem muito, muito mais nesse caderno Especial.
















































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Para encerrar, deixo esse vídeo do querido Waldonys (que tbm está na matéria especial) com a linda música que ele fez para Fortaleza:

A mais Bela




Crédito: Jornal OPovo, You Tube


segunda-feira, 29 de março de 2010

Agradecimento


Hoje eu gostaria de agradecer as gentis palavras da Rãnzinha (Valéria) que carinhosamente homenageou esse humilde blog :) e me deixou muito lisonjeada!!! "Nos finais de semana, durante aqueles momentos de tédio total, fuçar na internet pode ser uma boa maneira de encontrar coisas bastante legais, outras nem tanto, pra poder passar o tempo...Foi isso que aconteceu neste sábado de noite...Há blogs muito interessantes por aí, feitos por cearenses que se dedicam..e que mostram coisas bacanas do nosso Estado... Bem, o achado desta vez foi o blog Fortaleza Nobre, feito por Leila Nobre (amei o trocadilho do sobrenome fazendo referência também à cidade). Enfim, Leila capricha nas pesquisas e nas fotos mostrando nossa cidade e alguns pontos importantes de Fortaleza há alguns anos. Mas ela ganhou realmente meu status de fã do blog ao postar sobre o colégio Marista (Ow colega, esse me pegou pelo cora)..rs...Estudei no Marista Cearense entre 1996 e 2000 (e foi a época mais fantástica da minha adolescência)...Em breve vai ter um post aqui contanto todos os "causos" desse período...rsrsrs O blog Fortaleza Nobre está aí, para todos os interessados de plantão... vale a pena conferir..ele sempre está atualizado, com novidades... Há muita coisa interessante...Se você tem curiosidade de ver como era o bairro do Meireles ou Aldeota...a Praça do Ferreira...ou as ruas mais importantes do centro em mil novecentos e bolinha...e muitas outras coisas BACANAS acesse: http://fortalezanobre.blogspot.com/ APROVADO!!!! "

Dei um print no post:


Eu só posso dizer muito, muito, muito obrigada pelas palavras!!!

Ah, queria ter agradecido pessoalmente(no próprio blog da Rãzinha) mas infelizmente não tem como comentar por lá rsrsrs

Para conhecer o blog da Rãzinha, basta clicar AQUI

Ou digitar http://www.radebananeira.blogspot.com/ no seu navegador.


NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: