Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Igreja da Sé
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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terça-feira, 20 de julho de 2010

Antiga Sé - Igreja de São José


A Ordem Régia de 16 de fevereiro de 1699 resolvia sobre a construção de uma igreja, que foi a primeira capela-mor da Matriz de Fortaleza, cuja construção foi autorizada por Ordem Régia de 12/2/1746.

A igreja foi terminada por volta de 1795, mas em 1821, foi demolida e em seu lugar levantada uma outra que foi inaugurada após 34 anos, em 1854 e é a que vemos na foto mais antiga que data de 1938.

Foi dia de festa em Fortaleza, em 2 de abril de 1854, quando foi inaugurada a Igreja de São José, que ainda não estava completamente pronta.

O primeiro bispo do Ceará foi Dom Luís Antônio dos Santos. Sua posse se deu no dia 29 de setembro de 1861, passando a antiga Matriz a Catedral.

Em 11 de setembro de 1938, ano da foto mais antiga, realiza-se a última missa na Catedral Metropolitana de Fortaleza (Igreja de São José), sendo transferida a imagem de São José para a Igreja do Rosário, para ser dado início a sua demolição que foi registrada em filme de 9.5mm (Pathé Baby) por Rubens de Azevedo, para a Sociedade dos Amadores de Cinema, mas as imagens perderam-se no tempo.

No dia 15 de agosto de 1939, é lançada a pedra fundamental da Catedral Metropolitana de Fortaleza (Igreja da Sé), a atual, que também levou mais de 40 anos para ser construída, no mesmo local da que fora demolida, cerimônia oficiada pelo Arcebispo Metropolitano Dom Manoel da Silva Gomes.
Na foto mais antiga, que data de 1938, colhida pela objetiva da Aba Film, vemos além da Igreja e da estátua de D. Pedro II, um bonde elétrico, combustores a gás, do lado direito casas que não mais existem e ao fundo, parte do Palácio do Bispo, hoje Paço Municipal.

A segunda foto, do fotógrafo Osmar Onofre, mostra a Catedral atual, a estátua de D. Pedro II e algumas árvores. A praça estava em obras, pois houve a implosão do Fórum Clóvis Beviláqua e a Praça Caio Prado ganhou aquele terreno, passando a ter espaço muito maior. A última foto já foi tirada após a reconstrução da praça.

Crédito:Portal da História do Ceará

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Praça Caio Prado - A Praça da Sé


A praça em 1913. Acervo Nilson Cruz

Praça Caio Prado - Postal de 1915

A primeira das praças





Desde a primeira vez que se desenhou uma planta da antiga Vila de Fortaleza, já aparecia o espaço livre em frente à Igreja de São José. Desta forma aquele areal foi o primeiro espaço público que depois viria a se transformar numa praça.

Catedral antiga que foi demolida em 1938 bem em frente à praça

Hoje a Praça da Sé é tomada diariamente por vendedores ambulantes da área de confecções. Poucas árvores debelam o sol causticante que banha a cidade. A praça tem uma estátua do imperador Dom Pedro II e no local que estava o Fórum Clóvis Beviláqua foi colocada uma fonte metálica em forma de cones que nunca funcionou.


Cartão Postal, circulado em 1917 - Monumento a D. Pedro II na 
Praça Caio Prado

Em volta desta recente intervenção o mato está alto depois das chuvas que caíram este ano. O espelho d´água está com água suja e pode servir de foco de reprodução de insetos. O aspecto é desagradável, mas os comerciantes em volta parecem não se incomodar com aquilo.


Antiga Sé (Catedral) de Fortaleza no dia 11/09/1938 foi rezada a última missa e em seguida ela foi demolida. 

A Praça da Sé está localizada em frente à Catedral Metropolitana de Fortaleza, que substitui a antiga Sé, demolida em 1938 para a construção da nova igreja, concluída apenas em 1972. A nova catedral é a sede da Paróquia de São José e a igreja foi projetada por George Henri Mounier. As torres da atual catedral têm 75 metros de altura, impondo-se majestosamente sobre o Centro da cidade. Por segurança, a igreja está cercada por grades de ferro.

O padre Serafim Leite descreveu a praça em 1726 na planta da Vila de Fortaleza desenhada pelo capitão-mor Manuel Francês, que enviou o documento para Lisboa naquele mesmo ano. Vale lembrar que à época o Brasil era colônia de Portugal.

Antiga Sé vista da Praça Caio Prado

Ainda naquele século XVIII o logradouro era conhecido como a Praça do Conselho. O ano era 1726 e ali estava instalada a Casa da Câmara do Pelourinho. A forca usada para os condenados no Brasil colonial ficava em frente à Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. Aquele era o coração administrativo da vila que viria a se tornar capital do Ceará.

Passam-se os anos e em 1854 vai ter início a construção da primeira Sé. Em estilo colonial ela tinha um cruzeiro com o Cristo e as ferramentas do flagelo.


Monumento a D. Pedro II em foto de 1925 - Arquivo Nirez

No século XIX, mais precisamente em 1854 a antiga Praça do Conselho passa a chamar-se Praça do Largo da Matriz. Em 1861, o novo nome será Praça da Sé, depois que a igreja matriz passou a ser a Sé cearense. A denominação vai durar por todo o Império. Em 1889 a denominação passa a ser Praça Caio Prado, em homenagem a Antonio da Silva Prado. Esse paulista foi presidente do Ceará nos anos de 1888 e 1889 e morreu no exercício do cargo, recebendo a honraria depois do falecimento.



A Praça da Sé se localiza entre as ruas General Bezerril, Doutor João Moreira, Castro e Silva, Rufino de Alencar, General Bezerril e Alberto Nepomuceno. Como rua eixo da cidade, na esquina da rua Castro e Silva com Alberto Nepomuceno a rua passa chamar-se Conde D´Eu, o príncipe consorte da princesa Isabel.

Entre os anos 1889 e 1890, por seis meses a Praça Caio Prado volta a chamar-se da Sé, retornando a Caio Prado. Em 1903 uma nova troca de nome, o presidente do Ceará homenageado agora será Pedro Borges. Ele era médico do exército, foi senador da república, deputado federal e presidente do Ceará de 1900 a 1904. A denominação oficial vai durar até 1932, quando volta a ser Praça da Sé, o que permanece até hoje.


Efígie da imperatriz D. Teresa Cristina

A Praça da Sé tem uma imponente estátua de Dom Pedro II, vestindo o uniforme de gala dos oficiais da Marinha, o imperador traz uma espada à esquerda. A estátua foi uma criação do artista Auguste Maillard, e ela foi fundida em bronze, em Paris, por H. Gonot. O monumento com pedestal medem 4,80m. Na base da estátua existem duas placas de bronze com altos-relevos representando dois momentos históricos. Na primeira face, está a reprodução da assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel. Na segunda, uma cena de batalha do Campo Grande, acontecida no dia 16 de abril de 1869. O quilombo de Campo Grande é considerado pelos historiadores, maior que o de Palmares, e os negros resistiram bravamente aos ataques das forças imperiais.

A estátua de D. Pedro II, preparada no ano anterior, foi inaugurada em 1913, por iniciativa da Associação dos Jornalistas Cearenses. Na parte posterior do pedestal da estátua havia a efígie da imperatriz, Dona Tereza Cristina e uma placa. Ambas desapareceram. Não há informações sobre onde as placas foram parar. Tereza Cristina era princesa italiana e contam historiadores que ela ficou tão transtornada com o exílio após a proclamação da república, que morreu poucos dias depois de chegar a Paris.


A estátua de D. Pedro necessita de limpeza urgente e o pedestal foi pichado pelos vândalos de plantão. Os borrões mancham o escudo imperial sob D. Pedro e o texto em baixo-relevo informando os dados históricos do monumento.


Na Praça da Sé há ainda três bancas de revistas e no local, turistas fotografam a catedral e o monumento, apesar das condições. O patrimônio precisa de cuidados urgentes.



Fonte: Diário do Nordeste e pesquisa de internet

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Catedral Metropolitana de Fortaleza

Catedral Metropolitana de Fortaleza é um monumento histórico. Em estilo gótico romano ou gótico moderado, a Catedral foi inaugurada em 1978, depois de ter passado quase quarenta anos para ser construída. Ela ocupa atualmente grande parte da Praça Pedro II (Caio Prado), no centro de Fortaleza, tendo capacidade para cinco mil pessoas.

Catedral da Sé antiga. Foi demolida em 1938, para a construção da atual Catedral.



O Templo destaca-se pela sua imponência arquitetônica e a beleza dos vitrais. No dia 11 de setembro de 1938, a antiga Sé, construída em 1854, foi demolida. As razões da demolição eram convincentes: uma forte rachadura nas bases da construção pelo lado do mar; levou os engenheiros da década de 30, a darem o grito de perigo. 
Nesta época Dom Manuel da Silva Gomes era o Arcebispo de Fortaleza

Igreja da Sé foi inaugurada em 22 de Dezembro de 1978. Foto Jornal O Povo

No dia 15 de agosto de 1939, foi plantada a pedra fundamental, início simbólico da edificação desejada. O projeto é de autoria do engenheiro francês George Mounier. O Vigário da época era Monsenhor Luis de Carvalho Rocha. A Catedral provisória passou a ser a Igreja do Rosário. Aos 22 de dezembro de 1978, sua Eminência, Cardeal Dom Aloísio Lorscheider, inaugurou a nova Catedral. Durante o período da construção muitos se empenharam: Arcebispos, bispo, clero, governantes, empresários e o povo em geral, que deram a sua parcela de contribuição.


Jornal Âncora de 1949, lembrando ao povo sobre a necessidade da contribuição para a construção da catedral.
 
Catedral de Fortaleza antes da reconstrução da atual Igreja da Sé


 Igreja da Sé em 1914


Foram formadas várias comissões com o objetivo de angariar fundos como foi o caso da Papeleta Amarela, transferida depois para a Santa Casa de Misericórdia. Por quase 30 anos destacou-se o trabalho silencioso do inesquecível Pe. Tito Guedes Cavalcante (in memorian). O trabalho dele foi marcado pela humildade e abnegação não querendo para si publicidade e nem glória, mas, somente servir a Deus e a Igreja na dedicação a todos sem distinção. À esquerda da nave central temos a Capela de São José, padroeiro do Estado do Ceará e da Catedral de Fortaleza. À direita temos a Capela dedicada a Nossa Senhora da Assunção, Excelsa Padroeira de Fortaleza. À esquerda do presbitério da Catedral encontra-se a Capela do Santíssimo Sacramento, onde os fieis e visitantes são convidados a parar um pouco e orar, em reconhecimento da presença viva de Jesus na Eucaristia.


Catedral em construção - Nirez

Construção da Catedral década de 70. José Garcia Martinez

Catedral em construção

Ainda sem as torres em 1967  - Acervo George Cintra

Foto de 1980

No centro do presbitério encontra-se o altar-mor trazido de Verona – Itália, presente de um amigo de Dom Delgado, ex-Arcebispo de Fortaleza. Como é comum, as grandes catedrais possuem criptas. A de Fortaleza também possui sua cripta. A princípio era subsolo-aterro. Ela é a única que desde a sua inauguração em 1962, consagrou seu espaço à juventude. 


A Cripta dos adolescentes, como foi denominada por D. Antônio de Almeida Lustosa, Arcebispo da época. Assim homenageia em seis altares, santos que morreram na adolescência: Tarciso, Domingos Sávio, Pancrácio, Luzia, Inês e Goretti. No altar central da Cripta está a imagem de Jesus adolescente, de braços abertos, expressando o acolhimento à todos os que visitam esta Igreja. Encontramos ainda a capela do Cristo Ressuscitado onde estão sepultados bispos e padres.  

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