Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Mercado de Ferro
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



Mostrando postagens com marcador Mercado de Ferro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mercado de Ferro. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mercado Central de Fortaleza - 200 anos de história - parte II



O ANTIGO MERCADO DA FARINHA
CENTRO DE REFERENCIA DO PROFESSOR
ANTIGO MERCADO CENTRAL - 1994/1996
PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA
RESTAURAÇÃO E REABILITAÇÃO DO ANTIGO MERCADO CENTRAL




“Na sessão de 15 de junho de 1809, a câmara municipal acordou por determinação do Governador Barba Alardo publicar e afixar editais para se fazer um Mercado Público dentro do pátio e estacada dos paços do conselho (casa n. 42 da Rua Sena Madureira)”.
Este mercado, mais conhecido como Mercado da Farinha, que já não existe, era destinado a venda de cereais complementando o serviço de abastecimento da cidade de Fortaleza, já que o Mercado de Ferro se destinava única e exclusivamente a venda de produtos frescos e foi desmontado em 1938. O atual edifício do Antigo Mercado Central foi concluído e inaugurado em 22 de setembro de 1932, provocando com isso a posterior retirada do Mercado de Ferro da vizinhança, concentrando-se todo o serviço de abastecimento de grande parte da cidade nele.
O edifício, com acessos por três ruas distintas, Conde D’Eu, General Bezerril e Travessa Crato, tem características Art-Déco bastante despojadas e simples, tão em moda e próprias da época. É composto basicamente por um pavilhão com estrutura de pilares de concreto e coberta executadas com elegantes tesouras metálicas feitas com trilhos de bondes. Originalmente foi coberto com telhas de barro planas do tipo de Marselha, sendo substituídas posteriormente por telhas de fibrocimento.
São poucas as alterações propostas pelo novo projeto de reabilitação arquitetônica para o edifício como tal, já que elas se produziram fundamentalmente no seu novo uso, abrigar o Centro de Referência do Professor.
Fazem parte do programa deste Centro, a Biblioteca Virtual Moreira Campos¹, a Galeria Antônio Bandeira², a sala de referência do Município, áreas para café, de lazer passivo, teatro aberto, jardins e outros.
O Centro de Referência do Professor foi projetado tendo como foco central a restauração e reabilitação do edifício do Antigo Mercado Central.

A ideia nasce como uma grande praça coberta com 3.500,00 m² de área, onde os equipamentos, como a Biblioteca Virtual Moreira Campos, a Galeria Antônio Bandeira, o Teatro, os jardins e outros estariam distribuídos dentro da mesma.

Foram mantidos todos os elementos construtivos que o caracterizam, com realce para a estrutura metálica da coberta que esta executada com tesouras que utilizam trilhos de bonde. A preocupação maior recai sobre a nova inserção física no edifício que é o mezanino. Este abrigará na parte térrea a Galeria e na parte superior a Biblioteca. Foi projetado e executado também em estrutura metálica. Sua robustez marca a presença do novo dentro do edifício antigo, respeitando o projeto original.


¹MOREIRA CAMPOS (José Maria)
Nasceu em 1914, em Senador Pompeu, Ceará. Infância nômade por causa das atividades iniciais do seu pai, funcionário da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas. Formado em Direito, 1946, licenciou-se mais tarde em Letras Neolatinas e teve longa carreira de professor. Faleceu em 1995. Sua estreia com Vidas Marginais, em 1947, pelas Edições Clã, aproxima-o de Graciliano Ramos pela frase seca e pela força da expressão. O contista adquirirá voz própria a partir de Portas Fechadas, 1957. Publicou ainda estes volumes de contos: As Vozes do morto, 1963, O Puxador de Terço, 1969, Contos Escolhidos, 1971 (a terceira edição, pela Antares, coube a Hélio Pólvora, 1978), Os Doze Parafusos, 1978, e A Grande Mosca no Copo de Leite, 1985. Seu conto O conto O Preso, que está traduzido em hebraico e alemão, foi extraído da Obra Completa: Contos, de Moreira Campos, pela Editora Maltese, 1996.

²ANTÔNIO BANDEIRA

(Fortaleza, CE, 1922 - Paris, 1967), Pintor, autodidata. Começou a desenhar no Colégio Cearense dos Irmãos Maristas, em Fortaleza. Participa do movimento artístico local, inclusive da fundação no início da década de (1940) do Centro Cultural Cearense. Participou do Salão de Abril, Fortaleza obtendo medalha de ouro (1942) e do Salão Paulista de Belas-artes, medalha de bronze (1943). Realiza individual na seção carioca do Instituto dos Arquitetos do Brasil. aonde recebeu bolsa-de-estudos do governo francês. Em Paris frequenta a Escola Superior de Belas-artes e Académie de La Grande Chaumere (1946 a 1950).Em 1949, com os pintores Wols e Camille Bruyen, fundou o grupo Banbryols ("Ban" de Bandeira, Bry de Bryen e Ols de Wols). Retornou ao Brasil, expondo individualmente no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1951 e 1953. Participou de várias exposições individuais e coletivas no Brasil e Exterior, destacando-se: Bienais de São Paulo (1951, 1953, 1955, 1959), Salão Nacional de Arte Moderna no Rio de Janeiro (1951, 1953); Bienais de Veneza, (1952, 1954, 1960, 1964), Museu de Arte Moderna da Bahia, (1960); Galeria Bonino em São Paulo (1962).
GALERIA ANTÔNIO BANDEIRA

A Galeria Antônio Bandeira se encontra sob o mezanino no centro da grande praça coberta que é o Centro de Referência do Professor.

São duas salas, uma destinada a exposições temporárias com 320 m² e outra de menor tamanho, com 91 m², para exposições de maior permanência. Ambas completamente equipadas e climatizadas.

Portanto a Galeria do Centro de Referência, com um total de 411 m², é sem dúvidas um dos maiores espaços para exposições da cidade de Fortaleza.
A gestão tanto da Galeria como das atividades culturais do Centro, estarão sob a responsabilidade da Fundação de Cultura, Esporte e Turismo da Prefeitura Municipal de Fortaleza - FUNCET.

BIBLIOTECA VIRTUAL MOREIRA CAMPOS

A Biblioteca Virtual é um programa inédito no Brasil. Para atender aos estudantes e ao público em geral e estará conectada a rede internacional de computadores.

Dentro do Centro de Referência ela está localizada no mezanino em uma área de 632 m², com 145 terminais conectado a um provedor próprio da Prefeitura.

A previsão de atendimento é de 123.000 usuários, com horário em três turnos.

Está dividida nos seguintes setores:
•Sala de Pesquisa e Estudos em Grupo,
•Sala de Pesquisa e Estudos Individuais,
•Sala de Aula,
•Sala de Professores e
•Sala de Informações da Prefeitura Municipal de Fortaleza.
A gestão do Centro e da Biblioteca Virtual será da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social - SMDS.

O PROJETO DE REABILITAÇÃO DO ENTORNO

A Prefeitura Municipal de Fortaleza, empenhada na recuperação do Centro Antigo da cidade elaborou projeto de reabilitação do entorno do Centro de Referência do Professor (Antigo Mercado Central - 1932). Está composto de 23 edificações, todas do início do século, que junto com o Antigo Mercado compõem e integram o conjunto de maneira harmoniosa na escala do contexto urbano.

Para a elaboração do projeto foram levados em conta, todo um conjunto de informações histórica, iconográficas e arqueológicas, bem como um fator importante: a compatibilização com os interesses dos usuários e proprietários.



O PROJETO DE REABILITAÇÃO DO ENTORNO
Rua General Bezerril

TRAVESSA DO CRATO

CONDE D’EU
Obras de recuperação feitas no setor 2 da Rua General Bezerril


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Aerolândia


A pracinha da Aerolândia é o ponto de encontro dos moradores do bairro. A BR-116 é uma das grandes referências do bairro, assim como a avenida Raul Barbosa.
Fácil de encontrar. Difícil em Fortaleza quem não saiba onde fica a Aerolândia. O nome é uma referência à proximidade com a base áerea. Esta é a terra do ar. Surgiu exatamente por conta da construção da base.


Os primeiros moradores foram pedreiros, carpinteiros e serventes que foram trabalhar na obra, na década de 1930. Nesta época, a região era chamada de Campo de Aviação. Até hoje o bairro tem muitos moradores que trabalharam na base. O engenheiro, Hélvecio Veiga, foi sargento. “As pessoas começaram a se instalar aqui em meados de 1936. Como a base aérea era aqui, criaram o nome Aerolândia”, conta ele.


Exatamente por esse motivo, quase todas as ruas do bairro tem algum tipo de patente. “Isso é em virtude de militares da Força Aérea Brasileira que estiveram aqui. Muitos participaram inclusive da Segunda Guerra Mundial”, conta o militar.

O bairro conta com várias vias de acesso, sendo a mais importante delas a rodovia federal BR-116. É considerado por muitos moradores bem localizado. 

Pelas ruas do bairro, casas simples e moradores que mantem velhos hábitos. Como o de comprar água da carroça que passa todos os dias pela manhã. Mesmo depois que chegou a água encanada na década de 1960.


Há 50 anos, a Aerolândia reunia o comércio da região. Era local de compras para os que moravam do outro lado do rio, no Luciano Cavalcante e nas Salinas. E por ser vizinho ao rio Cocó, o bairro sempre sofreu com inundações. Algumas continuam na memória dos mais antigos. A dona-de-casa, Angelita dos Santos fala de uma história que aconteceu em 1962. “Houve uma enchente em que um galo ficou em cima de uma casa. Ele cantava, cantava, para ver se conseguia sair de lá”, lembra Angelita.


Angelita é muito amiga de Maria Luiza Oliveira, que há 40 anos vive na Aerolandia. Ela chegou quando o bairro foi loteado e ocupado. “Não tinha rua. Não. Eram casas aqui e acolá. Era cheio de buraco”, conta ela.


O maior desenvolvimento da Aerolandia foi na década de 80, com a BR-116 e a construção da Raul Barbosa à margem do rio Cocó.


"Como toda localidade, a Aerolândia é cheia de histórias pitorescas, engraçadas e humanas. Tem seus personagens próprios que animaram e ainda animam o dia-a-dia da região, engrandecendo-a sobremaneira", enfatiza Francisco Caminha.


Igreja Nossa Senhora do Sagrado Coração foi construída em 1954. Tornou-se paróquia 16 anos depois, em 1970

Foi na década de 1930 que iniciaram as obras de construção da Base Aérea de Fortaleza, quando pedreiros, carpinteiros e serventes da obra ocuparam a região, que era chamada de Campo de Aviação.


Em seguida, muitos militares da Força Aérea Brasileira chegaram ao local pela proximidade com a Base Área. Não é por acaso que a maioria das ruas do bairro carrega consigo uma homenagem aos militares que moraram no local, como as ruas Capitão Aragão, Tenente Maia e Capitão Vasconcelos.


"Quando meu avô chegou aqui, tudo era um matagal", contou o funcionário público Marcel Régis Moreira da Costa. Seu avô, o militar Plácido Moreira da Costa, tornou-se morador da Aerolândia na década de 1940. "Ele já faleceu, mas minha avó mora até hoje na mesma casa, na Rua Capitão Clóvis Maia. Vivi os meus 28 anos aqui, casei-me e continuo morando aqui. Gosto muito", afirmou ele.


Mas os avanços da Cidade trouxeram para o bairro uma mancha em sua história: a violência. Limitado, em parte, pelo Canal do Lagamar e pelo cruzamento das avenidas Raul Barbosa e Murillo Borges, o bairro vive momentos de insegurança. Mas, segundo Marcel, nos últimos anos, as coisas melhoraram um pouco. "A chegada do Ronda do Quarteirão amenizou a violência e deu uma sensação de segurança maior nas ruas".


Até hoje, o bairro ainda guarda alguns costumes do passado. Apesar da violência, muitos ainda têm o hábito de conversar nas calçadas até mais tarde com os vizinhos. Outra prática antiga dos moradores é a de comprar água de poço da carroça, que passa pelas ruas todos os dias pela manhã.


Lazer


A pracinha do bairro e a quadra de esportes, localizada ao lado do Mercado da Aerolândia, ainda são os principais locais de lazer dos moradores. A antiga moradora Eunice Uchoa, 69 anos, frequenta a praça até três vezes por semana para aulas de ginástica dadas pelo professor Maninho, pelo programa Academia na Comunidade, da Prefeitura. "É direcionado para os idosos, mas vai gente de todas as idades", disse Eunice.


O pátio da Igreja Nossa Senhora do Sagrado Coração, inaugurada em 1954, é ponto de encontro de jovens após as missas. Seja para assistir às celebrações ou não, o templo, localizado na Rua Capitão Uruguai, é muito frequentado pelos moradores. Foi lá que Marcondes Tenório conheceu a esposa, uns 20 anos atrás, quando costumava ir até a calçada da igreja para saber onde seria a "tertúlia" do fim de semana. "Tinha festa quase todos os sábados e domingos na casa de algum morador. Hoje, isso não existe mais. Mas eu conheci minha esposa na igreja mesmo. Nós nos casamos lá depois", acrescentou.


Há dois meses, um novo espaço de lazer foi inaugurado na região. Mesmo que já não seja dentro dos limites do bairro, o espaço construído com a urbanização do rio Cocó, na Avenida Raul Barbosa, é muito frequentado pelos moradores da Aerolândia. Basta atravessar a avenida para aproveitar a área, que conta com pista de skate, ilhas de descanso para coopistas, bancos, campo de futebol e playground. "Muitos jovens estão frequentando o lugar. De manhã, já tem muita gente fazendo caminhada. Tenho a intenção de começar a caminhar lá também", disse Marcondes.


Localização


Tanto para Marcel, que mora há 28 anos na Aerolândia, como para Marcondes, que mora lá há 30, o que há de melhor no bairro é a localização. "A Aerolândia é um bairro muito bem localizado. É só chegar na BR-116 que dá para ir a qualquer ponto da cidade de ônibus", contou Marcel. Segundo informações dos itinerários das linhas de ônibus de Fortaleza, disponíveis no site da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), 29 linhas passam pela BR-116. Além disso, uma passarela construída sobre a praça do bairro facilita a passagem dos pedestres.


Referência histórica


Construído na década de 1940 (Na Praça Paula Pessoa - São Sebastião), o Mercado da Aerolândia é coberto por uma estrutura de ferro fundido, importada da França, remanescente do Mercado da Carne. Esse antigo mercado, construído em 1896 na área central da Cidade, foi desmontado, e a estrutura de cobertura, considerada de extremo valor histórico para o Município, foi dividida e deu origem aos mercados da Aerolândia e dos Pinhões. Na época, os 50 boxes do Mercado da Aerolândia vendiam frutas, legumes e verduras, além de cortes de carne, peixes frescos e miudezas em geral. O local, que tinha seus boxes disputados pelos permissionários, possui apenas três boxes funcionando nos dias de hoje.


Importante: O Mercado de Ferro foi desmontado em 1937 sendo dividido em duas partes indo uma para a Praça Paula Pessoa (São Sebastião) e a outra metade para a Aldeota, na Praça Visconde de Pelotas (Pinhões).
A parte da Praça São Sebastião foi desmontada em 1968 e levada para a Aerolândia onde ainda se encontra.

A foto de aproximadamente 1942 a 1944 da Praça Paula Pessoa, é da época da inauguração do Mercado São Sebastião (A parte que depois foi para a Aerolândia). 

Estamos na Clarindo de Queiroz olhando na direção da Padre Ibiapina. o mercado São Sebastião, à época, feito de ferro, fazia pouco tempo que havia sido inaugurado e estava justamente à esquerdo por trás do fotógrafo.  Arquivo Nirez



Mercado tombado sofre com abandono


Com mais de 70 anos de existência, o Mercado da Aerolândia foi tombado como patrimônio histórico pela Prefeitura de Fortaleza em 2008. Mas, de lá para cá, o restauro necessário do local ainda não foi feito. Moradores ouvem falar de um projeto de transformá-lo num espaço cultural e de pequenos negócios, mas não há prazos e nada de concreto.

A foto mostra o mercadinho do bairro da Aerolândia, em 31/07/1970. Nesta data, este era o único mercado com todos os boxes ocupados. Seus concorrentes, as feiras livres e os mercantis ficavam distantes. Arquivo O Povo


Apesar de ser um prédio tombado, a situação real do mercado é bem vergonhosa. O telhado do prédio já nem existe mais em alguns pontos. Os banheiros funcionam precariamente, e a manutenção da estrutura dos boxes, quase todos fechados, é praticamente inexistente.


O local não tem vigia, embora esteja localizado numa área considerada perigosa. Apenas três permissionários "teimam" em trabalhar no local, entre eles, a vendedora Alda Ferreira Moura, de 84 anos. Ela lembra que lá se vendia de tudo, numa época em que não existiam as grandes redes de supermercado e o local era o destino principal dos moradores quando queriam comprar frutas, verduras, carnes e peixes.


Desestímulo


"Era difícil conseguir um boxe aqui antigamente. Tinha lista de espera. A uma hora dessas, há 25 anos, tinha muita gente por aqui comprando. Agora, está assim. Às vezes, eu me pergunto por que ainda venho trabalhar aqui", afirmou. Apesar de desestimulada, Alda ainda tem esperanças de ver o mercado restaurado e com mais movimento. Ainda restam alguns clientes da época em que instalou a sua pequena mercearia no local. "Continuo não só por necessidade, porque o lucro é muito pequeno. É por gostar de trabalhar mesmo", disse Alda.


O funcionário público Marcel Régis Moreira da Costa também era frequentador do mercado, quando era pequeno. "É muito triste ver o mercado assim. Eu vinha muito aqui quando era moleque. Existe um projeto de transformá-lo num centro cultural, mas ele nunca saiu do papel". Segundo ele, uma feira bem movimentada é realizada todas as quintas-feiras, ao redor do antigo mercado. "A feira surgiu para suprir a ausência dele (do mercado)", explicou.


Segundo a Secretaria Executiva Regional (SER) VI, um projeto para a realização de obras de restauro em toda a estrutura do mercado foi desenvolvido. Após o levantamento dos custos, a Regional deve buscar os recursos necessários para a execução. Pela assessoria de imprensa, a SER VI afirmou, ainda, que o Distrito de Meio Ambiente realiza serviços de limpeza nas áreas internas e externas do mercado diariamente.



Estrutura de ferro do Mercado da Aerolândia e telhado estão comprometidos 


O Mercado da Aerolândia, cuja construção remonta ao fim do século XIX, é um retrato vivo do descaso das autoridades para com o patrimônio histórico e arquitetônico da Cidade. Abandonado, o local parece uma sucata, já que sua estrutura é de ferro, além de ter sofrido descaracterização na sua concepção original, devido à interferência dos permissionários. Apesar de questionado, por não garantir preservação e conservação de um bem, a Prefeitura Municipal de Fortaleza lança mão ao mecanismo do tombamento.


Mercado enfrenta descaracterização

Tombar é diferente de preservar. O tombamento é um ato que basta uma assinatura no papel, não importando a situação em que se encontre o imóvel, como é o caso do Mercado da Aerolândia, cujas características originais já foram alteradas. A Prefeitura prevê um projeto de restauração, que significa, muitas vezes, recompor camadas que não existem mais, sendo reinventadas.

Algumas partes do telhado foram levadas pelo vento, assim como faltam pedaços de ferro na sua estrutura. “Mandei emplacar (forrar com alvenaria) o meu box”, acrescenta Francisco de Assis Barbosa, confirmando a intervenção feita no imóvel. Faltam partes do piso original. 


Crédito: CETV, Diário do Nordeste, Cronologia Ilustrada de Fortaleza do Nirez e pesquisas na internet

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Patrimônios Tombados


Teatro José de Alencar - Tombado em 1964


Sobrado Dr. José Lourenço - Tombado em 2004

Praça General Tibúrcio - Tombada em 1991 (Foto do século XX)


Solar Carvalho Mota (Foto de 1918) - Tombado em 1983

(Postal raro de 1910) Mercado da Aerolândia - Tombado em 2005



Escola Normal (Postal por volta de 1900, Escola Normal; o teatro J. de Alencar ainda nao existia) - Tombada em 1995


Igreja do Rosário (Postal Igreja do Rosário, antiguíssima) - Tombada em 1983

Em 1892, na revolta contra o governo, uma bala de canhão de 11 kilos utilizada no bombardeio do Palácio da Luz foi arremessada contra a porta principal e arrebentou o púlpito, 2 balaustres da mesa de comunhão e a parede que dar para o corredor esquerdo, depois destruiu o altar de Nossa Senhora das Dores, outra bala dessas desmontou o General Tibúrcio de seu pedestal.



Estação Central (Postal de 1926 - Estação Ferroviária João Felipe) - Tombada em 1983



Parque da Liberdade (Cidade da Criança) - Postal de 1905 - Tombada em 1991



Passeio Público, postal da Belle Epoque - Tombado em 1965


Palácio do Bispo - Tombado em 2005



Palacete Ceará - Tombado em 1983



Mercado dos Pinhões - Tombado em 2005



Lord Hotel - Tombado em 2005


Escola Jesus Maria José - Tombada em 2005


Cinema São Luiz - Tombado em 1991


Casa do Português - Vila Santo Antônio de José Maria Cardoso - Tombado em 2005



Casa José de Alencar - Tombada em 1964


Banco Frota & Gentil, (postal de 1925) - Tombado em 1995



Assembléia Provincial (Atual Museu do Ceará), postal de 1930 - Tombado em 1973

Lista de prédios tombados em Fortaleza :

Antiga Escola Normal- Tombamento- 1995
Localização: Rua Liberato Barroso, nº 525, Centro
Depois de várias tentativas para a instalação no Ceará de uma Escola Normal que cuidasse do preparo dos professores, foi lançada a pedra fundamental do edifício em 2 de outubro de 1881. A escola foi inaugurada em 1884. O edifício sediou a Escola Normal até 1923, quando foi ocupada pelo Grupo Escolar Norte da Cidade. O aspecto da edificação foi provavelmente "modernizado" nessa época, quando teve sua coberta modificada, implantando-se uma platibanda no lugar da antiga coberta à vista. Em 1947 e 1954, o prédio serviu de sede para o Instituto Médico do Ceará e depois para a Faculdade de Odontologia da UFC. Desde 1987, sedia a 4ª Superintendência do Iphan.

Antiga Cadeia Pública- Tombamento- 1982
Localização: Rua General Sampaio, s/n - Centro
A antiga cadeia pública, hoje Centro de Turismo, foi projetada e construída a partir de 1850 pelo engenheiro Manuel Caetano Gouveia, levando cerca de 16 anos para ter suas obras definitivamente concluídas (1866). Em arquitetura neoclássica a edificação caracteriza-se pela clareza construtiva e simplicidade de suas formas.

Assembléia Provincial do Ceará- Tombamento- 1973
Endereço: Rua São Paulo, s/n, entre a Praça dos Leões e a Rua Floriano Peixoto - Centro
Atualmente sede do Museu do Ceará, de propriedade do Governo do Estado, o prédio da antiga Assembléia Provincial foi tombado por iniciativa do arquiteto Liberal de Castro, que solicitou o tombamento junto à antiga Sfhan, atual Iphan. É Liberal que aponta o provável autor do projeto do prédio, em estilo neoclássico: o arquiteto e engenheiro Adolfo Hebster. Paralisada por muitos anos, a obra do prédio foi concluída em 1871. Além da Assembléia, o prédio já abrigou a Faculdade de Direito, a Biblioteca Pública, o Tribunal Regional Eleitoral, o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras.

Banco Frota e Gentil- Tombamento-1995
Localização: R. Floriano Peixoto, nº 326, Centro
O edifício foi construído em 1925. Abrigou, inicialmente, a firma Frota & Gentil. Em 1931, transformou-se em Banco Frota & Gentil, funcionando até a década de 60. Posteriormente sediou uma filial do Banco Mercantil de São Paulo, o Comind. Insere-se no contexto do ecletismo arquitetônico.

Bar do Avião- Tombamento- 2005
Localização: Rua 15 de novembro, n° 9, Parangaba
Localizado nas proximidades do acesso ao antigo campo de pouso do Pici e o acesso a Base Aérea de Fortaleza, foi inaugurado em 1949 por Antonio de Paula Lemos. Atualmente funciona uma borracharia.

Capela de Santa Teresinha - Tombamento-1986
Localização: Av. Leste-Oeste
A edificação está situada no bairro popular do Arraial Moura Brasil, assim chamado antes da abertura da Avenida Leste-Oeste. A igreja foi preservada da demolição e posteriormente tombada após um intenso movimento popular local. Teve sua construção iniciada em 1926 pela iniciativa dos pescadores e moradores. Foi inaugurada em 1928. Tem características arquitetônicas singelas e bastante despojadas. Sua importância entretanto, deriva da marcante conotação popular.

Casa da Câmara da Villa de Arroches - Tombamento- Desconheço

Casa natal de José de Alencar- Tombamento- 1964
Endereço: Av Washington Soares, s/n, Alagadiço Novo
A casa onde nasceu o romancista José de Alencar está situada no sítio Alagadiço Novo, nos arredores da antiga vila - hoje bairro - de Messejana. A pequena casa em tijolos ficava junto à Casa Grande, hoje inexistente, e à casa de engenho, cujas ruínas ainda persistem.

Casa Rachel de Queiroz - Tombamento-2005
Localização: Rua Antônio Ivo, n° 290 - Jóquei Clube
O imóvel tem importância simbólica por ter sido a casa em que Rachel de Queiroz e família viveu por algum tempo, em Fortaleza. O prédio, apesar de degradado, exibe ainda suas feições primitivas, expressas na colunata que demarca varanda lateral, na coberta inclinada em telhas de cerâmica, do tipo marselha e nos vão decorados por ombreiras e bandeiras. À frente do lote, um conjunto de velhos benjamins.

Cine Messejana- Tombamento-2006

Cinema São Luiz- Tombamento-1991
Localização - Rua Major Facundo, n° 500 (Praça do Ferreira) - Centro
A construção teve início em 1939 e conclusão em 1958. O hall para a platéia e para o balcão com suas escadarias tem o piso e o revestimento em mármore de Carrara e três grandes lustres de cristal da Tchecoslováquia na parte inferior e cinco menores, na sala que leva ao balcão. Apresenta elementos "Art Decó" tardios, bem como elementos neoclássicos. A sessão inaugural, muito concorrida, aconteceu às 21 horas do dia 26 de março de 1958. Último dos cinemas a persistir funcionando no Centro, entrou no século XXI com ameaças de fechar as portas por insuficiência de público. Em 2005 foi transformado no Centro Cultural Sesc / Luiz Severiano Ribeiro)

Coleção arqueológica do Museu da Escola Normal Justiniano de Serpa-Tombamento-1941

Colégio Dorotéias - Tombamento-2005
Localização: Av. Visconde do Rio Branco, n° 2078 - Joaquim Távora
Localizado no antigo Boulevard, hoje Avenida Visconde do Rio Branco, foi construído no período de 1924 a 1929, no qual se instalou o Colégio Sagrado Coração, das irmãs dorotéias. A Capela foi inaugurada em 1940.

Sede do Departamento Nacional de combate à Seca (Palacete Carvalho Mota)- Tombamento-1983
Endereço: Rua Pedro Pereira, 683, esquina com rua General Sampaio - Centro
Construída provavelmente no início do século XX, a edificação foi residência do vice-presidente do Estado, coronel Antônio Frederico Carvalho Mota. Em 1915 foi adquirida pela Inspetoria de Obras Contra Seca (Ifocs), posteriormente Dnocs. A construção mantém a variedade estilística do ecletismo arquitetônico. Atualmente está em restauro pelo Iphan.

Edifício São Pedro- Tombamento- 2005
Localização: rua Ararius, n° 9 - Praia de Iracema
Ali funcionou o Hotel Iracema Plaza com a entrada no lado norte, dando para a praia e no lado oeste, entrada para os apartamentos. Foi inaugurado na década de 1950, e ficou inacabado (o último andar) durante algum tempo.

Escola de Música Luís Assunção- Tombamento- 2005
Localização: rua Solon Pinheiro, n° 60 - Centro
Construção da primeira metade do século XX. Edificação de pavimento único geminado na quadra. Há, atualmente, um projeto de restauração em análise pela Prefeitura de Fortaleza.

Escola Jesus Maria José - Tombamento- 2005
Localização: Av. Santos Dummont, s/n - Centro
Em 1902 foi lançada a pedra inicial para a construção da escola destinada aos meninos pobres, sendo inaugurada em 1905 e dirigida por irmãs de caridades. Depois funcionou no prédio o Cine Paroquial e a Rádio Assumpção. Encontra-se em péssimo estado de conservação, com risco iminente de desabamento. Está em processo de estudos para desapropriação pelo Município.

Estação João Felipe- Tombamento- 1983
Localização: Rua Dr. João Moreira - Centro
Edificação de fins do século XIX (1872 - 1880), com características neoclássicas bem definidas. Construída em grande parte com mão-de-obra dos trabalhadores da seca que afetou o Ceará no período de 1877-1879. Foi aberta ao público em 1880. Sua construção fez parte de um conjunto de medidas no sentido de incorporar esta região do nordeste brasileiro ao mercado capitalista mundial, possibilitando o escoamento de mercadoria do interior para exportação pelo porto da capital.

Estação Ferroviária da Parangaba- Tombamento- Desconheço

Estoril- Tombamento- 1986
Localização: Praia de Iracema
Construído de 1915 a 1920, pelo coronel Guimarães Porto para sua família, recebeu o nome de Vila Morena em homenagem a sua esposa. Em 1945 foi sede de um cassino para soldados americanos da Segunda Guerra Mundial. Depois passou a ser um bar freqüentado pela boemia e intelectuais cearenses.

Farol do Mucuripe- Tombamento- 1983
Localização: Av. Vicente de Castro, s/n, Mucuripe.
O velho Farol do Mucuripe teve sua planta aproada em 1829 e foi edificado no período de 1840/1846. Foi vitimado por um incêndio em 1846, passa por reformas em 1872, e em 1957 foi desativado por ter se tornado obsoleto. Foi recuperado em 1981/82, com projeto da Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria de Cultura e Desporto do Estado.

Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção - Tombamento- 2008

Galpões da RFFSA- Tombamento- 2004
Localização: Extensão do Conjunto da Estação João Felipe, na rua Dr. João Moreira, Centro
Localizados ao lado da Estação João Felipe, os galpões foram construídos em estilo Neoclássico, em 1924, para receber e armazenar as mercadorias vindas do interior pela estrada de ferro, que ligava a capital a Pacatuba. O terreno onde estes edifícios foram erguidos é o mesmo onde situavam-se os antigos cemitérios de São Casimiro e dos Ingleses, que encontravam-se em processo de desativação desde 1872.

Ideal Club - Tombamento- 2005
Localização: av. Monsenhor Tabosa, n° 1331 - Meireles
A atual sede, inicialmente "filial " da sede principal localizada nas Damas, foi construída no período de 1940 a 1946. Assim como o Náutico, além da função de sociabilidade e lazer, tem sido espaço para a realização de eventos culturais como exposições de arte, eventos literários, etc. A arquitetura da sede do clube possui característica do "Estilo Missões", uma vertente da arquitetura Neocolonial.

Igreja Nossa Senhora do Rosário- Tombamento- 1983
Localização: Praça General Tibúrcio - Centro
Prédio mais antigo em pé na cidade. Construída inicialmente em taipa e palha no segundo quartel do século XVIII, teve a capela-mor construída em pedra e cal em 1755, seguindo-se então os trabalhos até sua conclusão. Foi a Matriz de Fortaleza de 1821 a 1854. Sofreu reparos para sua conservação em 1855 e 1872, tendo dessa forma alguns elementos descaracterizados.

Igreja do Senhor do Bom Jesus dos Aflitos- Tombamento- 2006

Intendência Municipal da Villa de Porangaba- Tombamento- Desconheço

Lord Hotel- Tombamento- 2005
Localização: Rua Liberato Barroso, n° 555 - Centro
A edificação foi construída em 1956 com arquitetura avançada para a sua época. Recebeu importantes artistas e personalidades, e teve seu auge na década de 60 e 70. O proprietário original do edifício foi Pedro Philomeno Gomes, que o arrendou a um casal de suíços até 1959 e em 1992 foi fechado e transformado em residência-hotel. Um dos mais representativos edifícios da arquitetura moderna cearense.

Mercado da Aerolândia- Tombamento- 2005
Localização: BR-116, n° 5431, Aerolândia
Trata-se de um módulo do antigo Mercado da Carne. A idéia da construção do Mercado Público para Fortaleza foi iniciada em 1873, com uma tecnologia nova, a construção em ferro. O Mercado da Carne foi inaugurado em 1897, na gestão de Guilherme Rocha. Foi transferido em 38 do Centro da cidade para o local onde hoje está o Mercado São Sebastião, onde permaneceu até 1968, sendo transferido nessa ocasião para o atual local.

Mercado dos Pinhões- Tombamento- 2005
Localização: Praça Marquês de Pelotas - Aldeota
Corresponde a mais um módulo do antigo Mercado da Carne (ver tópico anterior). Foi restaurado com restaurado com recursos provenientes de um convênio entre a Empresa Brasileira de Turismo - Embratur, a Prefeitura Municipal de Fortaleza sob a responsabilidade da secretaria Regional II com as obras concluídas em dezembro de 1998.

Náutico Atlético Cearense- Tombamento- 2005
Localização: av. Abolição, n° 2727 - Meireles
O clube foi criado em 1929, e funcionou primeiro como uma guarita na Praia Formosa. Somente no início da década de 1950, com projeto de Emílio Hinko, é que foi construído o atual imóvel, considerado como a maior referência na Beira-mar. Exerceu múltiplas funções como clube - eventos sociais, restaurante, centro de convenções, cinema, pólo esportivo, galeria de exposições, palco de espetáculos, eventos políticos, etc.

Palacete Ceará- Tombamento- 1983
Localização: Rua Guilherme Rocha, n° 48 - Centro
Uma das obras mais representativas das primeiras décadas do século XX (1920), período em que ocorre grande transformação na aparência arquitetônica da cidade. A edificação era de propriedade do Sr. José Gentil Alves de Carvalho.Constava originalmente de amplos salões corridos, contíguos à escada de acesso, nos quais funcionavam, no térreo, um restaurante, e nos andares superiores, o Clube Iracema, núcleo de encontro do mundo elegante da cidade de então. Depois de várias funções, foi adquirido pela Caixa Econômica Federal em 1945. Vitimado por incêndio em 1982, teve seu interior totalmente destruído, conservando, no entanto, as fachadas em bom estado, justificando dessa forma sua recuperação.

Palácio da Luz- Tombamento-1983
Localização: Rua Sena Madureira - Centro
Edificação do século XIX. Funcionou ali o antigo Palácio do Governo. Em 1847, o presidente Ignácio Correia de Vasconcellos fez uma muralha de 384 palmos de extensão para sustentar o aterro do largo do palácio. Com essa medida, a capital teve um lugar que foi, por muito tempo, uma espécie de passeio público e que hoje é a Praça General Tibúrcio. Passou por reformas em 1856 e 1892, mandando-se substituir os beirais do telhado pelas platibandas que ainda hoje permanecem. O antigo Palácio da Luz, depois de vários usos, foi transformado em Casa de Cultura de Raimundo Cela a 1º de março de 1975.

Palácio do Bispo - Tombamento- 2005
Localização: Centro.
Pertenceu inicialmente a Antônio Francisco da Silva (sargento-mor), descendente da família Albano, depois foi adquirida pela Família Mendes Guimarães, que a transformou em chácara passando em 1892 para o Bispado do Ceará. Em 1973, a Prefeitura de Fortaleza adquire o imóvel e nele instala sua sede. Hoje funcionam alguns setores da Prefeitura.

Parque da Liberdade (Cidade da Criança)- Tombamento- 1991
Localização: Quadrilátero limitado pelas Ruas, General Bizerril, Pedro I, Pedro Pereira e Avenida Visconde do Rio Branco.
Logradouro construído em 1890, cujo nome faz alusão à abolição da escravatura. Na segunda administração do intendente Ildefonso Albano (1923-1924), o parque passou por remodelação e a antiga Lagoa do Garrote, que no século XIX servia de repasto e descanso para os comboios de animais vindos do interior em direção à capital, ganhou discreta amurada, assumindo as feições de um pequeno lago artificial. Em 1936, uma escola passou a funcionar no parque e seu nome mudou para Cidade da Criança.

Passeio Público (Praça dos Mártires)- Tombamento- 1964
Endereço: Rua Dr. João Moreira, s/n, Centro
Antiga Praça dos Mártires, pois lá foram fuzilados alguns líderes da Confederação do Equador em 1824, tornou-se Passeio Público a partir de uma reforma datada de 1877. Dos três planos interligados por escadarias, restou apenas um, que aloja um coreto e estátuas de figuras mitológicas compradas em 1881. Foi oficialmente inaugurado em 5 de junho de 1880.

Ponte dos Ingleses- Tombamento- 1986
Localização: Praia de Iracema
A construção foi iniciada em 1923, pela empresa inglesa Nestor Grifts, para ser o Porto de Fortaleza, substituindo a antiga Ponte Metálica, entretanto nunca funcionou como Porto; hoje funciona como um dos principais pontos turísticos da capital.

Praça General Tibúrcio- Tombamento- 1991
Localização: Rua General Bezerril, Rua São Paulo, Rua Sena Madureira - Centro.
A praça apresenta desenho de geometria regular, característica do período neoclássico, sendo sua construção datada de 1887. A pavimentação é em cimentado com coloração natural e coloração avermelhada nos quadros centrais da praça, circundada com um gradil de ferro ao longo da rua General Bezerril e dos prédios da Igreja do Rosário e Palácio da Luz. Pelos lados das ruas Sena Madureira e São Paulo, existe guarda-corpo em concreto aparente, assente em pequenos pilares. No centro da praça, ergue-se o monumento do General Tibúrcio, de 1888, e na confluência das ruas São Paulo e Sena Madureira, monumentos com leões. Era conhecida originalmente como Pátio do Palácio.

Prédio do IMPARH- Tombamento- 2005
Localização: av. João Pessoa, n° 5.609 - Damas
Foi residência do Dr. Manuel Sátiro, Deputado Constituinte Estadual. Foi adquirida em 1973 pela Prefeitura Municipal de Fortaleza. Funcionou a Funefor (Fundação Educacional de Fortaleza), posteriormente a Fundesp (Fundação Desenvolvimento Pessoal), e hoje o Imparh (Instituto Municipal de Pesquisa Administração e Recursos Humanos).

Prédio do Português- Tombamento- 2005
Localização: av. João Pessoa, n° 5094 - Damas
Foi batizado pelo Antonio Cardoso, que o construiu em 1950, como vivenda Santo Antônio, mas sempre foi chamado, pelos nomes de Prédio do Português ou Prédio do Cardoso. Depois da morte do proprietário, nele funcionou a ANCAR, posteriormente a Emater/CE, órgãos do governo de apoio técnico a agricultura, e também uma boate. Atualmente está abandonado, em litígio (espólio).

Santa Casa de Misericórdia- Tombamento- 2005
Localização: Rua Barão do Rio Branco, n° 20 - Centro
A construção foi iniciada em 1847 e concluída em 1857. Inicialmente foi projetada para ter apenas um pavimento e era chamada de Hospital de Caridade. Em 1961, volta a ser inaugurada, agora como Santa Casa de Misericórdia. Já no século passado (1915), passa do controle do Estado para o arcebispo de Fortaleza. O edifício é reformado nos primeiros anos do séc. XX, sendo-lhe agregado mais um andar e as fachadas com características neoclássicas. Em 2000, suas fachadas foram restauradas pelo Governo do Estado. O projeto recuperou as cores originais do edifício antigo.

Secretaria da Fazenda- Tombamento- 1982
Av. Alberto Nepomuceno, Centro
Construído pela necessidade do governo em se equipar com seus próprios prédios administrativos, teve sua pedra fundamental lançada aos 8 de julho de 1924 e foi inaugurado aos 27 de novembro de 1927. É um exemplar da arquitetura eclética.

Sobrado do Doutor José Lourenço- Tombamento- 2004
Localização: Rua Major Facundo - Centro
De propriedade do médico e deputado José Lourenço de Castro e Silva, nascido no Aracati em 1805, o sobrado foi construído em meados do século XIX, no lado par do quarteirão da rua da Palma (Major Facundo), entre as atuais ruas Castro e Silva e Senador Alencar. Após a morte do médico em 1874, a família alugou o sobrado ao Tribunal de Relação de Fortaleza. Também funcionou no sobrado a Fênix Caixeiral (Raimundo Girão) e a Prefeitura Municipal de Fortaleza. O edifício apresenta linguagem neoclássica e trata-se de um dos sobrados mais altos da cidade antiga, composto de três pavimentos.

Sociedade União Cearense- Tombamento- 1995
Localização: Rua Dr. João Moreira, nº 143, Centro.
A edificação foi construída no final do século XIX e inicialmente funcionou como o Hotel do Norte, sediando depois Sociedade União Cearense. Entre 1895 e 1935, serviu de sede para a Repartição dos Correios. Posteriormente foi adquirido pela "The Ceará Tramway Light & Power Co. Ltda", companhia inglesa que explorou a energia elétrica e o serviço de bonde da cidade. Propriedade da Coelce até o início do século XXI, o prédio foi adquirido pela Fiec e, por meio da Lei Rouanet, está sendo reformado para abrigar a sede do IAB-CE, da Orquestra Sinfônica e o Museu da Indústria.

Solar Fernandes Vieira- Tombamento- 1995
Localização: Rua Senador Pompeu, nº 648, Centro
Foi construído no 3º quartel do século XIX para a residência do deputado Miguel Fernandes Vieira (1819-1879). Adquirido em 1883 pelo Governo Imperial para sediar a Tesouraria da Fazenda, o edifício passou por diversas reformas e ampliações quando sediou instituições públicas, dentre as quais a Receita Federal. Patrimônio da União, cedido pelo Contrato de Sessão e Uso do Governo Estadual, atualmente o edifício é ocupado pelo Arquivo Público.

Teatro José de Alencar- Tombamento- 1987
Endereço: Praça José de Alencar, s/n, Centro
As obras do teatro começaram em 1908 a inauguração se deu em 1910. O bloco de entrada tem características da arquitetura eclética,. O projeto da platéia e erguido em estrutura metálica trazida da Escócia. Foi considerado Monumento Nacional em 1964. Passou por diversos processos de restauração de pequena ou grande amplitude. Nas palavras do arquiteto Liberal de Castro, "o Teatro José de Alencar não apenas se constitui o mais importante conjunto arquitetônico da capital mas um dos mais notáveis do país".

Teatro São José- Tombamento- 1988
Localização: Rua Rufino de Alencar, 323
Foi criado em 1914 como alternativa de lazer cultural para trabalhadores que não tinham acesso fácil ao luxuoso Theatro José de Alencar. Num terreno baldio ao lado da Igreja da Prainha, o padre alemão Guilherme Wassen, identificado com o movimento dos trabalhadores cristãos, deu início à obra com a ajuda voluntária de operários. Em 1915 o Teatro São José passou a funcionar onde está até hoje. Na última intervenção sofrida no teatro em 1994, as cadeiras de madeira da platéia foram substituídas por assentos de plástico.




O que é um Tombamento ?
Tombamento é o reconhecimento de um bem material , de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e/ou simbólico para uma comunidade , protegendo-o de descaracterização ou de destruição através da aplicação de legislação específica. Finalizado o processo de Tombamento, o bem é inscrito no Livro de Tombo .
O que é um Livro de Tombo ?
É um livro onde se registram os bens que foram distinguidos como de valor excepcional para o Estado do Ceará, quer por seu valor histórico , artístico , paisagístico ou simbólico . No Livro de Tombo devem constar informações a respeito do bem, como um pequeno histórico, assim como sua descrição e propriedade .
Quem pode solicitar?
Qualquer cidadão pode solicitar que um bem seja reconhecido como de valor excepcional , através da abertura de um processo de Tombamento.
A quem se dirigir para abertura de um processo de tombamento?
A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará , através de sua Coordenadoria de Patrimônio Cultural é responsável por receber e encaminhar ao COEPA- Conselho Estadual de Preservação Cultural do Estado do Ceará as solicitações de tombamento de bens situados no Estado do Ceará . Se o bem for julgado de interesse vinculado ao município , deverá ser contatada a Prefeitura Municipal onde se localiza o bem, e no caso de interesse Federal , deverá ser contatado o IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional .
Quando se pode solicitar um tombamento?
Quando o bem em questão for julgado de relevante interesse cultural para o Estado do Ceará , e especialmente quando por algum motivo se julgar que o bem sofre qualquer tipo de ameaça .
Como se procede um tombamento?
Um processo de tombamento é aberto através de uma solicitação formal encaminhada à SECULT por pessoa jurídica ou pessoa física , e identificada por um número de protocolo .
O processo deverá atender aos itens exigidos para abertura de processo. Após a abertura do processo , ele tramita inicialmente para a COPAHC - Coordenadoria de Patrimônio Cultural , para avaliar sua procedência e atendimento aos requisitos exigidos. O proprietário é convidado a se pronunciar a respeito da solicitação, podendo ou não discordar do pedido. Após esta análise, é encaminhado ao COEPA - Conselho Estadual de Preservação Cultural do Estado do Ceará para avaliação e parecer deliberativo. O parecer então é encaminhado para a Secretário de Cultura, para que possa ser enviado para avaliação pelo governador, que então homologa ou questiona o Tombamento. Ao longo de todo o processo poderá haver questionamento por qualquer das partes. Se homologado pelo Governador, o proprietário é então informado de que o bem constará no Livro do Tombo e enviado para publicação no
Diário Oficia.
Quais os itens exigidos para abertura de um processo de tombamento ?
Eis a relação mínima de dados requeridos para abertura de um processo de solicitação de inscrição de bens culturais materiais nos Livros de Tombo da SECULT.
Os dados, transcritos na ficha respectiva, devem constituir um estudo conciso mas circunstanciado do bem cultural material em exame, contendo informações sobre:
Histórico do bem cultural material (origem, forma original e eventuais alterações).
Implantação física do bem cultural material (urbana, rural, relação de vizinhança).
Estudo tipológico do bem cultural material (obra isolada ou formando conjunto), com descrição da arquitetura do imóvel, acompanhada de dados essenciais – características formais, espaços, usos, funções, sistemas construtivos, materiais de edificação, estado de conservação.
Relação eventual de bens móveis pertinentes ao bem cultural material ou outros bens nele integrados.
Documentação gráfica (mapas, levantamentos, desenhos técnicos).
Documentação iconográfica (desenhos, fotografias, filmes).
Referências testemunhais (escritas, fotografadas, filmadas, verbais gravadas).
Referências bibliográficas.
Justificativa do tombamento solicitado.
Recomendações e diretrizes específicas.
Por que Tombar ?
Porque alguns bens detém um inestimável valor, e devem por isso ser distinguidos por sua inscrição no chamado Livro do Tombo, o que visa. protegê-los de eventuais destruições ou descaracterização, uma vez que a Lei de tombamento aplica medidas punitivas para quem desrespeitá-la .
A partir de quando um bem é protegido pela lei do Tombamento ?
A partir do momento em que é aberto o processo de tombamento, segundo a lei, o bem passa a ser considerado Tombado provisoriamente até que se complete todo o processo, que confirma ou não o tombamento. Durante todo este tempo o bem está protegido pela lei e sujeito às sanções ou penalidades pelo seu descumprimento
Qual a lei estadual que instituiu a figura do Tombamento ?
A lei que criou o Tombamento estadual foi a lei nº 9 109 de 30 de julho de 1968 . Atualmente esta lei foi revista e complementada, agora figurando sob o nº . 13 465 de 05 de maio de 2004 .
Um imóvel tombado pode mudar de uso?
Sim, desde que o novo uso não agrida de forma violenta o imóvel tombado, o mesmo poderá mudar de uso . Mas é aconselhável que seja feita anteriormente uma consulta ao órgão responsável, no caso estadual a SECULT, para as orientações de praxe .
Um imóvel tombado pode ser reformado?
Sim, desde que a proposta de reforma seja avaliada e aprovada pela SECULT, não descaracterizando nem mutilando o bem tombado.
Um bem tombado pode ser alugado ou vendido?
Sim, desde que isto não signifique destruição ou modificação no bem. Ele deverá continuar sendo preservado.
O que é “ entorno” de bem tombado?
É a vizinhança imediata ou definida por poligonal específica em volta ao bem tombado. Esta área visa preservar a ambiência do bem e impedir que novos elementos obstruam ou impeçam sua visibilidade.

Fonte: Secult e pesquisas pela internet

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: