Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Parque da Liberdade
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cidade da Criança - Escola Alba Frota


A Escola Alba Frota foi a primeira iniciativa de educação infantil do Estado do Ceará. Criada em 1938 sob o nome Cidade da Criança, localizava-se no antigo Parque da 
Independência, no centro da cidade de Fortaleza, e tinha como objetivo oferecer educação às crianças de 3 a 6 anos.
Em 1996, mudou-se para a Praça da Câmara dos Lojistas (Parque Pajeú).

Prédio da escolinha

Este estabelecimento está subordinado administrativamente à Secretaria Municipal de Educação e Assistência Social (SEDAS), órgão da Prefeitura Municipal de Fortaleza, e à Secretaria Regional II, instância administrativa da Prefeitura. Oferece apenas educação infantil, funcionando em dois turnos: manhã e tarde.


Desfile da escolinha Alba Frota, no Parque das Crianças. Na foto, o jornalista PC Norões e a prima Elaine -Arquivo do Blog do Laprovitera


Os alunos são oriundos de diferentes bairros da cidade, mesmo distantes da escola. Segundo relatos de mãe e da diretora, os pais preferem trazer os filhos para uma instituição que consideram de qualidade porque as crianças aprendem a ler rapidamente. A escola aceita, inclusive, crianças com Necessidades Educacionais Especiais.


Escolinha Alba Frota, no Parque das Crianças em 1938 - Assis Lima



Arquivo Nirez

Com relação à parte administrativa, a escola segue uma legislação interna e a orientação da 
Secretaria Regional II e da SEDAS. Tem autonomia para desenvolver ações de arrecadação de recursos financeiros, podendo empregá-los de acordo com a real necessidade do momento. Do ponto de vista jurídico, quando a escola tem alguma dúvida quanto à tomada de decisão, consulta a Assessoria Jurídica da própria Regional. 
A escola goza de maior autonomia no campo pedagógico, porque é a única que oferece educação infantil, no bairro onde se localiza. Pela sua especificidade, ela tem autonomia de adaptar o conteúdo sugerido pela Secretaria Regional ou pela SEDAS, inclusive podendo acrescentar outros conteúdos. Os professores, portanto, possuem  autonomia para desenvolver o processo ensino aprendizagem. 


Quadrinha das crianças no Parque da Liberdade - Blanchard Girão


A maior parte dos não-docentes da Escola Alba Frota está constituída por mulheres.
Elas ocupam os cargos de maior hierarquia na escola: direção, supervisão e orientação, secretaria  e biblioteca. Os homens apresentam formação de nível médio e ocupam cargos de serviços gerais e outros.

Fazendo parte da história da educação cearense, a Escola Alba Frota destaca-se como uma escola pública de educação infantil que, reconhecidamente, oferece um ensino de qualidade.


A militante do PSOL Noélia Brito (à dir.) ao lado de sua irmã Norminha nos áureos tempos da Escolinha Alba Frota - Como a fardinha era bonita!


"Foi nessa tradicional escola da Prefeitura de Fortaleza que eu aprendi a ler e a escrever. Foi lá que cursei o que, na minha época chamavam de Jardim I, Jardim II e Alfabetização, quando fui apresentada à "Cartilha da Talita" e depois eu me formei "Doutora do ABC", com direito a diplominha e tudo...
...Que lugar maravilhoso existiu ali um dia nos meus tempos de criança, quando, durante o recreio podíamos, inclusive, passear em meio a plantas, obras de arte e num zoológico e isso tudo numa escola municipal..."  
Noélia Brito (Militante do PSOL )





Alunos da Escolinha Alba Frota em 1961/62 - Acervo Sônia Lúcia Machado


No dia 28 de janeiro de 1938, foi criada, dentro do Parque da Independência, a Cidade da Criança, escola de ensino pré-primário sob direção da professora Zilda Martins Rodrigues.
Instalou-se no dia 26 de maio.



Cidade da Criança em 1968. Acervo William Beuttenmuller
Hoje tem o nome de Escola Infantil Alba Frota e está no Parque Pajeú. 

O povo confunde as denominações, misturando o parque e a escola, chamando-o, erradamente de "Parque das Crianças". 


O fundador da escolinha Cidade da Criança, foi o Dr. Raimundo Alencar Araripe, que foi Prefeito de Fortaleza no período de 1936 a 1945.
Preocupado com a problemática educacional, o Dr. Raimundo Alencar Araripe criou o Serviço de Educação Infantil, baseado no Decreto/Lei nº 367, de 28/01/1938, com a seguinte organização didática:

Ensino pré-primário, jardim de infância de 3 a 6 anos, turno da manhã.
Parque de recreio para criança de 7 a 14 anos, no turno da tarde, com atividades variadas.




 

Raimundo de Alencar Araripe, Getúlio Vargas e a professora Zilda Martins Rodrigues no Parque da Independência, onde funcionava a Cidade da Criança.

Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez


Getúlio Vargas entre o interventor Menezes Pimentel e a professora Alba Frota. A esquerda, de paletó branco, está o prefeito Raimundo de Alencar Araripe. Ano 1940
Em 10 de outubro de 1967, de acordo com o Decreto/Lei nº 2962, surge uma nova denominação: Escola Alba Frota, por sugestão da escritora cearense Raquel de Queiroz.

Sala de aula da então Cidade da Criança (CC). Acervo pessoal de Shirley Cruz

Aluninho Nonato Pontes da
escolinha Alba Frota em foto de 1953.
Ao fundo vemos o Teatro José de Alencar.
Acervo Ana Lídia
A EMEIF Alba Frota atualmente realiza atendimento às crianças na faixa etária de 3 a 6 anos de idade, busca cumprir duas funções indispensáveis: o cuidar e o educar, complementando a ação da família e da comunidade. Lembramos que cuidar aqui não se relaciona somente em cuidados com a higiene física, mas também ao importante papel na disseminação de informações que levem família e sociedade a melhor compreender e atender à criança pequena.
Sendo assim, a EMEIF Alba Frota considera a infância como um período de suma importância para o desenvolvimento infantil sendo prioridade para este período, a interação da criança com crianças da mesma idade, de idades diferentes, com adultos, com outras crianças e o meio em geral.




Acervo pessoal Jackson Marley

Fachada da Escola no Parque Pajeú - Fique de Olho


A professora Alba Frota

Alba de Mesquita Frota nasceu em 17 de setembro de 1906, no Sítio Maraponga, em Parangaba, filha de Otávio Menescal da Frota e Maria de Mesquita Frota.

Estudou, desde o curso primário, no Colégio Imaculada Conceição, de onde saiu professora em 27 de novembro de 1925, fazendo parte da primeira turma de diplomadas, depois da equiparação daquele educandário à Escola Normal pedro II, do Rio de Janeiro.

Foi professora da Cidade da Criança e mais tarde nomeada diretora em substituição à D. Zilda Martins Rodrigues.


Blog da Escola


Dedicou-se, então, exclusivamente e com maior amor àquela escola que hoje tem seu nome.

Alba Frota foi professora, jornalista, cronista, poetisa, secretária executiva da UFC, Membro da Casa Juvenal Galeno, e figura de relevo da intelectualidade cearense. 


Biblioteca da Escolinha Alba Frota (recém inaugurada) - Fique de Olho



Arquivo Blog Fique de Olho


Em 18 de julho de 1967, morre em desastre aeronáutico, em Fortaleza, juntamente com o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que na véspera tinha vindo ao nosso Estado pela primeira vez depois que havia deixado a Presidência da República. O ex-presidente, que fora de trólei a Quixadá, retornava de avião, quando ocorre o choque deste com um avião da FAB antes de sua aterrissagem nesta capital.
Perecem também os companheiros de viagem, o irmão do marechal Castelo Branco, Cândido, o major Manuel Nepomuceno de Assis e o piloto Celso Tinoco, que sobrevive por algumas horas após o acidente.
Escapa o filho do piloto Emílio Celso, que é hospitalizado.


Quinze dias após o acidente, a escritora Raquel de Queiroz escreveu uma crônica, expressando toda sua dor pela perda da grande amiga:


Raquel e Alba
Acervo Rachel de Queiroz/IMS
ALBINHA 

Nesta grande desgraça, para o Brasil e para os seus amigos, que foi a morte do presidente Castelo Branco, sofri uma dor a mais, uma dor bem funda: entre os passageiros do fatal avião estava Alba Frota, a amiga de infância, de mocidade e já agora de velhice, a companheira de colégio desde o primeiro ao último normal, a colaboradora, a presença querida e fiel: só uma palavra pode dizer o que Alba foi para mim: a irmã.

Alma mais gentil jamais Deus pôs neste mundo. Tinha o instinto da amizade, o dom precioso da lealdade e da fidelidade. Nunca faltou a um amigo, aliás, creio que nunca faltou a ninguém - amigo, conhecido ou até inimigo. Inimigo não dela, mas de algum de nós, que ela cultivava escondido da gente, até que o transformava em amigo também.

Ah, Albinha, que posso dizer a você, nesta hora? Mas sei que lhe devo este testemunho, o que faço ainda chorando. Mas você estranharia a falta de palavras escritas de jornal, comemorando a partida. Quantas vezes não me advertiu - "Você está devendo uma crônica a fulano que morreu" - até me telegrafava, exigindo. Sem ser ela própria uma escritora, tinha por toda expressão literária uma devoção quase religiosa. Eu lhe dizia brincando que papel impresso era para ela como palha benta - e era verdade. Mormente papel impresso com texto de um dos seus inúmeros amigos escritores. E sem ser uma criadora, como disse, fez mais pelas letras e pelas artes de que muita gente de nome celebrado. O apoio que dava aos artistas pobres, obscuros, na fase difícil do assalto à fama. Quanto pintor que hoje tem nome, não lhe deve os primeiros estímulos, as palavras de confiança, a apresentação a um patrono, a venda de um quadro em hora de aperto. Quanto escritor ou poeta, em crise de desânimo, não voltou mais otimista à sua tarefa, depois de uma boa conversa, de um cafezinho, de uma discussão com a "Albinha".

A velha casa da Aldeota, que os amigos chamavam brincando a "Mansão da donzela", era um refúgio para muita alma perdida, para muito coração atormentado. Era um pequeno museu - paredes, armários, vitrinas e prateleiras transbordando de quadros, esculturas, santos, peças folclóricas, objetos antigos, bricabraque, que acumulara ao longo da vida - presentes de artistas amigos, lembranças de viagem. Que era outra paixão dela, viajar. Hoje não sei se terei coragem de entrar mais naquela casa, ver tudo aquilo tão marcado por ela - e o papelório, o meu papelório todo, de que ela se fizera depositária, e colecionava e defendia com feroz cuidado!

Quando chegou aqui em casa, no grupo de amigos, foi uma alegria, uma surpresa. De longe, antes de descer do carro, já gritava coisas atrapalhadas, enquanto a gente corria para a abraçar. Passou a última noite de vida - inaugurando um quarto novo onde não dormira ninguém. Eu vim acomodá-la, dei-lhe cigarro e cinzeiro, ajeitei a luz, exigi que pusesse um cobertor, ameaçando-a com o frio da madrugada.

Acordei ouvindo a sua voz na sala - madrugadora e alvoroçada, como era sempre quando tinha que viajar. Enquanto lhe servia o café ainda insisti em que não fosse de avião, seguisse para Fortaleza no trole motor, que voltava vazio. Ela riu, disse que não, que no avião chegaria mais depressa.

Chegou mais depressa, sim, Albinha. Chegou mais depressa no céu, em que você acreditava com fé humilde. Afinal, lá mesmo é que é o seu lugar.


Fonte: Correio do Ceará


Arquivo Blog Fique de Olho



Crédito: Blog da Escola, Fique de Olho, Levantamento do custo-aluno-ano em escolas de educação básica que oferecem condições para oferta de um ensino de qualidade - UECE, Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez, Revista do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) - 1986 e 2010

sábado, 28 de maio de 2011

Parque da Liberdade - A Cidade da Criança


Postal colorido à mão de 1930

A libertação dos escravos no Ceará aconteceu no ano de 1884, quatro anos antes de a Princesa Isabel assinar a Lei Áurea acabando com a escravidão no Brasil. O evento prévio cearense foi o mote para a denominação de vários monumentos e locais públicos como a Cidade da Criança.
Foto de 1906 - Arquivo Assis Lima

O lugar, frequentado por adultos e crianças no Centro de Fortaleza, tem uma área de 26.717 metros quadrados e foi iniciada a sua urbanização em 1890 quando recebeu o nome de Parque da Liberdade, referência à libertação dos escravos no Ceará.

Foto do Arquivo de Blanchard Girão - Crianças dançando Quadrilha no Parque

A inauguração oficial só vai acontecer em 1902, quando o muro que cerca a área e as primeiras construções foram concluídas.

O local teve a denominação de Parque da Liberdade até o ano de 1922, quando em homenagem ao centenário da independência do Brasil, passa a chamar-se Parque da Independência. O novo nome vai permanecer por apenas 14 anos, quando em 1936 recebe o epíteto de Cidade da Criança. Como marco da mudança denominativa, é colocada ali uma estátua de duas crianças, um menino e uma menina, fundida em bronze em Milão, na Itália.

Foto de 1937

Em 1948 o local volta a ser chamado de Parque da Liberdade.

Naquele logradouro está instalada hoje a Funci* - Fundação da Criança e da Família Cidadã, órgão da Prefeitura Municipal de Fortaleza. O trabalho da fundação é direcionado a menores abandonados, carentes, espancados e violentados, assim como às famílias deles. Um trabalho sócio-educativo que se estende por toda a cidade.

A Cidade da Criança está aberta diariamente para visitação pública.

Postal de 1945

Ainda em 1890 é construído ali um castelete, como está grafado na placa de bronze em forma de escudo: ´Ano de 1890, construído pelo engenheiro militar Romualdo de Carvalho Barros e seu auxiliar Isaac Amaral, sendo governador do Estado o coronel Luiz Antônio Ferraz.´ Há uma segunda placa de bronze na construção que repete o mesmo texto da placa em forma de escudo.



No meio do parque há uma ilha, e numa placa de bronze é contada a história do local: ´a princípio natural, era recoberta de salsas e plantas exóticas. A água da lagoa era corrente e vinha do Tauape, passando por uma porta d´água rumo ao Pajeú, na Rua do Sol (hoje Costa Barros), dali atingindo o Atlântico (Otacílio de Azevedo, in Fortaleza Descalça, 2ª edição, tiragem especial). No centro da ilha foi construído o Templo do Amor, onde se vê a estátua do Deus Cupido, trazendo nos ombros a alfava de flechas, em 1940 foi erguido um suntuosos restaurante no que era a diretoria da escola. Daí partiam os barcos para passeio, nesta época havia espaços ao ar livre para corridas de bicicletas, patins e corridas de tamancos e jegues. Em 1951 foi criado pela primeira vez o mini zoo

Postal Lagoa do Garrote de 1905 - Assis Lima

Sobre um dos portais do parque, o que fica em frente à praça da Igreja do Coração de Jesus, foi erguida a estátua de um índio, quando do retorno à denominação de Parque da Liberdade. No portal há uma placa que explica: ´O índio representa a liberdade, com os braços abertos, quebrando os grilhões que lhe acorrentavam os pulsos. Esta escultura foi obra do pintor e escultor Euclides Fonseca, que esteve no Ceará realizando uma exposição de pintura na cultura artística em 1925. A estátua é de cimento pintado imitando bronze (Otacílio de Azevedo, in Fortaleza Descalça, 2ª edição, tiragem especial)´.



A Cidade da Criança teve sua inauguração formal em 1902, no governo do coronel Luiz Antônio Ferraz, com o nome de Parque da Liberdade. Em 1922 no Governo de Justiniano de Serpa, o prefeito Ildefonso Albano, em comemoração ao primeiro centenário da independência, fez mudanças no muro que circunda o parque deixando-o em estilo colonial e transportou para ali as grades do Passeio Público. Foram colocadas então quatro portas circulares com telhado e beira-bico nos quatro cantos do logradouro.


Em 1938 sofreu outras reformas, recebendo o nome de Cidade da Criança através do Decreto N° 187, de 28 de janeiro de 1938, mesmo ano, quando o prefeito Raimundo Araripe criou o serviço de educação infantil, mantido pela municipalidade de Fortaleza, que funcionou naquele local.



1906 - Arquivo Assis Lima

Hoje a escolinha e o mini zoológico que funcionaram por algumas décadas já não existem. Os edifícios estão ocupados pelos funcionários públicos e a área externa é usada para passeio e lazer dos fortalezenses, apesar das condições de limpeza não serem as melhores e haver reclamação de populares sobre a falta de policiais no local.






Em plena manhã de sol, casais aproveitam a sombra das árvores nos bancos em volta do lago para namorar, pais e mães passeiam com filhos e dão comida aos patos e gansos espalhados pela grama e no lago.


1937 - Arquivo Assis Lima

O lago está com o espelho d´água muito baixo e muitas garrafas pet e copos descartáveis dão um aspecto muito desagradável. Ali é necessária uma limpeza urgente.

Na ilha do amor a estátua do Cupido está completamente pichada, muitas pessoas foram lá e sujaram a escultura escrevendo seus nomes com tinta óleo branca. A estátua também precisa de restauração, assim como a do índio sobre o portal de entrada.

Foto de Patricia Martins

Muitos mendigos usam o local para dormir e os transeuntes reclamam que eles sujam o parque. A segurança é outra reclamação de quem passa pela Cidade da Criança.

Fatos Históricos:

  • 13 de Maio de 1890 - Entregue ao público um novo logradouro, ou seja, a urbanização da Lagoa do Garrote, sob a orientação do engenheiro Romualdo de Carvalho Barros e seu auxiliar Isac Correia do Amaral (Isac Amaral), na administração estadual do coronel Luís Antônio Ferraz.
    Recebia águas de alguns riachos, inclusive do que vinha da lagoa existente na atual Praça da Lagoinha (oficialmente é Praça Capistrano de Abreu) e sangrava para o riacho Pajeú.
    Foi chamada de Parque da Liberdade, em homenagem à abolição da escravatura e depois Parque da Independência, em 1922, no Centenário da Independência do Brasil, quando recebeu em sua entrada principal a grande estátua do índio, representando o Brasil quebrando os grilhões que o prendiam a Portugal.
    Foi na administração municipal de Ildefonso Albano.
    Depois, em 1937, ali se instalou a Cidade da Criança, dirigida pela professora Zilda Martins Rodrigues e, recentemente, a escola mudou-se para a praça que fica no riacho Pajeú, na Rua 25 de Março.
    Memoráveis festas ali já aconteceram, como a Festa da Imprensa, promovida pela Associação Cearense de Imprensa - ACI, feiras industriais e comerciais, parques de diversões, etc.
    O povo confunde as denominações, misturando o parque e a escola, chamando-o, erradamente de "Parque das Crianças".
Arquivo Assis Lima

  • 07 de Setembro de 1922 - Dia do Centenário da Independência do Brasil, no governo de Justiniano de Serpa, o Parque da Liberdade ganhou o nome de Parque da Independência, ocasião em que ganhou também a estátua do índio quebrando os grilhões, ou seja, o Brasil libertando-se de Portugal, em cima do portão principal, sendo reinaugurado.
    No local da estátua havia uma outra, de Apolo, que fora presenteada ao Ceará pelo Estado do Pará em 1890.
  • 05 de Julho de 1927 - A Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF inicia a plantação de árvores em redor do Parque da Independência (depois Parque da Liberdade).
  • 19 de Março de 1929 - Roubado, à noite, o automóvel do médico.
    Eliezer Studart da Fonseca, que logo é encontrado abalroado em um banco no Parque da Liberdade.
    O ladrão, o primeiro no gênero, em Fortaleza, foi Milton Sombra de Melo (Pirulito) que apenas queria dar uma volta de carro.
    Foi perdoado.
  • 15 de Outubro de 1940 - Procedente do Norte, chega mais uma vez em Fortaleza, o presidente Getúlio Dorneles Vargas (Getúlio Vargas) que às 19 horas profere discurso na Praça General Tibúrcio e às 21 horas participa de banquete no Ideal Clube.
    No dia seguinte visita a Cidade da Criança no Parque da Liberdade e o Posto de Piscicultura, no Tauape (hoje Gentilândia) e às 10h toma o avião com destino à Paraíba.

A visita do então presidente Getúlio Vargas ao Parque da Liberdade. Ao seu lado, a professora Alba frota e o prefeito Raimundo de Alencar Araripe - Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez


*Hoje funciona a  Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da PMF.  A FUNCI agora faz parte dela. 

Fontes: Diário do Nordeste/Portal do Ceará

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