Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Theatro José de Alencar
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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Teatro José de Alencar II


No final do século passado o quarteirão da Rua Liberato Barroso entre a Rua General Sampaio e a Rua 24 de Maio no lado sul da antiga Praça Marquês de Herval (atual Praça José de Alencar) era ocupado por apenas duas instituições, o Batalhão de Segurança (Polícia Militar) e a Escola Normal Pedro II. Em 1908 parte do prédio do Batalhão de Segurança foi cedido pelo Governo Estadual para a construção do Teatro José de Alencar.

A construção foi confiada ao Capitão Engenheiro Bernardo José de Mello, iniciando-se no dia 6 de junho de 1908. A inauguração oficial do Teatro José de Alencar, foi no dia 17 de junho de 1910, com a execução de hinos pela Banda Sinfônica do Batalhão de Segurança, sob a regência dos maestros Luigi Maria Smido e Henrique Jorge Ferreira Lopes, logo após discurso proferido por Júlio César da Fonseca, que recebeu o presidente, comendador Antônio Pinto Nogueira Acioly. A parte metálica, no estilo art-nouveau, foi importada da Inglaterra, fabricada por Walter Max Farlene & Co., de Glasgow. As pinturas internas foram feitas por J. Paula Barros e R. Ramos.

A foto mais antiga (a primeira) data de 1931 e mostra o teatro bem conservado e com as características da época em seu redor, como as famosas "melindrosas" os automóveis conversíveis da época, o combustor a gás carbônico, enfim, uma atmosfera aconchegante.


A foto mais recente nos traz o mesmo teatro, após longa reforma feita pelo Governo Estadual através da Secretaria de Cultura e Desporto. As janelas que tinham sido alteradas em outras reformas voltaram à condição original. Na foto antiga os vizinhos do teatro eram a Escola Aprendizes Artífices, no antigo prédio do Batalhão de Segurança de um lado e, do outro, a Grupo Norte da Cidade, no prédio já reformado da antiga Escola Normal Pedro II. Na foto mais recente, o vizinho da direita já não existe, pois o jardim pertence ao próprio teatro e o vizinho da esquerda já é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.


O teatro e o Centro de Saúde ao lado

Leia mais aqui

Fonte: Portal da história do Ceará/Nirez

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Theatro José de Alencar



Postal raro dos anos 30 

O Theatro José de Alencar é um dos maiores símbolos da cultura cearense. Até o nome “theatro”, com “h” mesmo, preserva a grafia de outrora. A estrutura é um espetáculo tão grandioso quanto às apresentações que têm o privilégio de entrar em cartaz no José de Alencar, batizado em homenagem a um dos maiores escritores do Ceará, autor dos romances Iracema, Cinco Minutos, A Viuvinha, Senhora, entre outros. A construção começou em 6 de outubro de 1908, quando a estrutura metálica importada da Escócia já se apresentava exposta em praça pública depois de cruzar o Oceano Atlântico. A inauguração aconteceu somente em 17 de junho de 1910, com direito a show pirotécnico e apresentações culturais.
O primeiro espetáculo teatral foi apresentado no dia 23 de setembro de 1910, pela Companhia Dramática Lucile Perez, com a peça “O Dote”, de Artur Azevedo.
O público lotou e aplaudiu.



A história do Theatro José de Alencar começa em 1896 quando o então presidente da Província - Bezerril Fontenele - fincava a sua pedra fundamental no centro da Praça do Patrocínio (posteriormente Praça Marquês do Herval e hoje Praça José de Alencar).





O teatro na década de 40 - Arquivo Assis de Lima

No entanto, só em 1908 no governo de Nogueira Acióli, tiveram início os trabalhos de construção, obediente à planta elaborada pelo engenheiro militar Capitão Bernardo José de Melo, devidamente autorizado pela Assembleia Estadual por força da Lei n. 768, de 20 de agosto de 1904. A obra teria estrutura metálica, com fachada em estilos art nouveau e coríntio, segundo os preceitos dos chamados "teatros-jardins".


Ontem


Hoje


Inicialmente, o José de Alencar foi projetado para ser um teatro jardim, mas somente em 1975, 65 anos após a inauguração, em uma das reformas pelas quais passou o equipamento, o jardim foi construído. A estrutura possui duas fachadas: a primeira em estilo eclético, mas com predominância do neoclássico, e a outra em art-nouveau, que chama atenção pelos belos vitrais coloridos. No interior, pinturas indescritíveis são as principais atrizes dessa peça arquitetônica. Na boca de cena, acima das cortinas, estão pintados personagens de José de Alencar. Outros dois prédios em anexo fazem parte da estrutura do Theatro José de Alencar.

Em 1987, o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).




O corpo da sala de espetáculos é todo de aço e ferro fundido, com três pavimentos além do térreo, onde ficam a plateia, as frisas, camarotes e torrinhas, tendo ainda cadeiras austríacas de palhinha, balcão e elegantes escadarias. A execução da estrutura de ferro coube à empresa Walter-MacFarlanes & Co. e Saracen Foudrín, de Glasgow, Escócia.





Quando foi inaugurado oficialmente no dia 17 de Junho de 1910, a banda sinfônica do Batalhão de Segurança, regida pelos maestros Luigi Maria Smido e Henrique Jorge fez o espetáculo musical. Na praça, rodas de fogo, morteiros, foguetes e girândolas num milagre pirotécnico, abrilhantavam a festa.



















Curiosidades e dados históricos:


Fachada

Na parte superior, a face alegre de Baco, deus grego do vinho e inventor do teatro
ladeado por duas musas.
No andar superior, salão nobre ou foyer, dois anjinhos (Cupido e Psiqué), no frontal da porta principal, representando a união do corpo e da alma.

Em seu interior encontram-se pinturas raras dos seguintes artistas:
  •     Ramos Cotoco, cearense (1871-1916) pintou os nomes das obras de José de Alencar sobre as grades das frisas e as figuras femininas no teto da sala de espetáculos.
  •     Jacinto Matos, (1882-1947) pernambucano, pintou os florões no forro da sala de espetáculos.
  •     Paula Barros, artista natural do Pará pintou os retratos de Carlos Gomes e de José de Alencar além da representação das três artes – pintura, música e drama – na cúpula oval da sala de espetáculos.
  •     Rodolfo Amoedo, carioca, (1857-1941) pintou a moldura circular, acima do Pano de Boca.    Rodolfo Amoedo foi aluno de Victor Meireles e professor de Portinari.
  •     João Vicente pintou as imitações de mármore nas paredes da Boca de Cena.
  •     Gustavo Barroso, cearense (1888-1959) escritor e historiador auxiliou o arquiteto mineiro Herculano Ramos na pintura do 1º Pano de Boca, representando o encontro de Iracema com o Guerreiro Branco.

Os Teatros Anteriores ao Teatro José de Alencar
  •     Teatro da Concórdia ou da Ópera.

Construído na década de 30 do Século XIX.
Funcionou onde é hoje o Palacete Iracema, na esquina da Rua General Bezerril com Guilherme Rocha.
Em 1842, mudou-se para a Rua Barão do Rio Branco atuais N° 1080 e 1084, funcionando durante 46 anos, até 1876.
  •     Teatro São José.

Inaugurado em março de 1876 funcionou na Rua Senador Pompeu, atuais N° 931 e 937.
  •     Teatro das Variedades.

De propriedade do empresário João do Carmo, inaugurado em 21 de janeiro de 1877, na Rua Senador Pompeu com Dr. João Moreira (Sudoeste), não tinha cobertura e os espectadores tinham que levar cadeiras.
  •     Teatro São Luiz.

Propriedade de Joaquim Feijó, no mesmo local do Variedades – 1880 a 1886.
Frequentado por camadas sociais mais exigentes, nele se apresentavam grupos de outros Estados do Brasil, recebendo inclusive a visita do maestro Carlos Gomes.
  •     Clube de Diversos Artistas.

Fundado por volta de 1897, idealizado por Papi Júnior.
Compunha-se de um corpo orquestral (destacando-se o maestro Henrique Jorge) e um corpo cênico.
Localizava-se na Rua Barão do Rio Branco, sede do Reform Club, depois encampado pelo Clube lracema.
Existiram outros Teatros, só estes foram selecionados como introdução ao José de Alencar.


O primeiro projeto do Teatro José de Alencar, foi de lssac Amaral e Roberto GO Bleasby e deveria ser construído sobre os alicerces de uma obra que seria um mercado no centro da Praça a qual havia sido abandonada.
As obras do teatro chegaram a ser iniciadas e depois paralisadas por falta de verbas e insuficiência nas fundações.
Em 1896 o Presidente rescindiu o contrato da construção e submeteu a obra a exame, sendo a mesma condenada.
Resolveu, o Presidente, mandar construir a versão atual no local onde Adolfo Herbster havia projetado o teatro Santa Tereza em 1864, área que estava servindo de pátio para os cavalos do Batalhão de Segurança, cujo quartel ocupava a área utilizada pelos Jardins do Teatro.
A versão atual foi edificada, sob a direção do Engenheiro Militar Capitão Bernardo José de Melo.

Dados Históricos

  •     1894

Lançamento da Pedra fundamental, pelo Presidente do Estado Coronel Bezerril Fontinele no Centro da Praça.
  •     6 de junho de 1908

Inicio das Obras

Direção da Obra

Raimundo Borges Filho, oficial do Exército Comandante do Batalhão de Segurança do Estado e genro do Presidente do Estado, Nogueira Acióli.

Execução da Obra

Walter Mac Farlanes & Co. e Serrancen Fondri, de Glascow, Escócia.

Inauguração

17 de junho de 1910, com um Concerto apresentado pela Banda de Música do Batalhão de Segurança sob a regência dos Maestros Henrique Jorge e Luigi Maria Smido.

Principais Reformas

    1918

Introduzidas as instalações elétricas e agregadas duas escadas internas, semelhantes às já existentes (fundidas no Ceará).

    1938

Passa por restauração, orientada pelo engenheiro José Barros Maia.

    1957

As cadeiras de palhinha (estilo austríaco), são substituídas por poltronas estofadas.

    1974

Recomposição da estrutura metálica, das cadeiras de palhinha e construído o jardim lateral, com projeto do arquiteto Burle Marx, na área anteriormente ocupada pelo centro de saúde, demolido em 1973.

    1989/91


Recomposição do jardim e instalação de espaço cênico ao ar livre para apresentação de espetáculos.
Como parte desta reforma foi construído do lado oposto ao jardim um prédio anexo, com dependências administrativas.
No anexo funcionam um auditório para 100 pessoas, a Galeria de Artes Ramos Cotoco, biblioteca especializada, bar e cozinha industrial.
No pátio um palco ao ar livre onde são apresentados espetáculos produzidos pelo teatro.

 Fontes:  http://www.guiace.com.br/ http://www.skyscrapercity.com
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