Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : igreja
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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sábado, 11 de setembro de 2010

Bairro de Fátima - Antigo Redenção


Este é um bairro, antes de tudo, acolhedor!



Pracinha da igreja de Fátima

O bairro foi fundado no dia 03 de Setembro de 1956 com o nome oficial de “Redenção” que acabou ganhando o apelido de “13 de maio”, nome da avenida principal. Uma homenagem a abolição da escravatura. Estamos falando da década de 1930.

Hoje a Avenida 13 de maio se tornou uma das dez mais movimentadas da capital. Pergentino Ferreira era o dono do terreno onde foi construída a igreja símbolo do bairro. A paróquia foi inaugurada em 1955. Um ano depois o nome “Bairro de Fátima” foi oficializado pela Prefeitura.

A imagem que fica próxima ao altar, é o bem mais precioso da igreja. Foi esculpida em madeira, pelo mesmo artista que fez a Santa Peregrina, o lusitano Guilherme Ferreira Thedim. A religiosidade ainda é a maior referência do bairro.

Hoje, Fátima tem 26 mil moradores.



Praça vendo-se a igreja

No bairro fica a rodoviária da capital e duas avenidas importantes que cortam a cidade. A 13 de maio liga o Pici a Washinton Soares e a Aguanambi, que liga a praia ao sertão.

Um bairro que cresceu, ganhou uma rotatória, um viaduto, muitos prédios e continua no coração dos moradores antigos.



Panorâmica do bairro

27 hectares são ocupados com o quartel do 23º Batalhão de Caçadores Marechal Castelo Branco, mas pode chamar de 23 BC mesmo.

Foi também no passado, em 1954, que o bairro ganhou a Igreja de Fátima, como forma de relembrar a passagem da imagem peregrina no início da década de 1950.

Os vitrais lembram templos europeus.


Tanta beleza e tradição fazem da igreja uma das mais procuradas para a realização de casamentos e batizados. 
A religiosidade dos moradores do bairro também está na imagem: a estátua de Nossa Senhora de Fátima, com quase 15 metros de altura, foi inaugurada ano passado como um presente aos fiéis.

Tem sempre alguém passando e reverenciando o monumento.



Construção da Igreja de N.S. de Fátima em 1955 - Arquivo Nirez

Década de 50


Igreja de Fátima - Suas formas foram inspiradas em duas mãos justapostas em oração

A estátua é a maior em homenagem à Santa erguida no mundo. Quem segue pela avenida 13 de Maio, uma das 10 mais movimentadas da Capital, se encanta com as 13 praças que existem no bairro.

Fátima, com 26 mil moradores, também é o ponto de partida e chegada para quem chega a Fortaleza de ônibus no Terminal Rodoviário Engenheiro João Tomé. Quem não mora nesse bairro, bem que gostaria.



Ruas internas

Muitas praças fazem parte da infraestrutura do bairro
Diferente de outros bairros, este tem muitas praças a disposição dos moradores. Uma curiosidade: a informação é de que o bairro de Fátima possui 13 praças. O bairro pode ter muitas, se comparado a outros. Mas de que adianta tanta área de lazer, se elas não são conservadas?



A praça Argentina Castelo Branco é concorrida pelos coopistas. Há três anos seu José caminha na praça todos os dias, mas reclama da falta de manutenção.

Basta olhar rapidamente para ver que ela está abandonada. Calçada com piso danificado, pedras soltas que ficam no meio do caminho. Em um trecho a calçada está tomada por materiais de construção, o que virou motivo de queixa dos frequentadores da praça.



Casa na Avenida 13 de Maio

Segundo um funcionário da obra, o incômodo é causado porque eles estão fazendo um reparo no piso que foi quebrado quando os novos postes de iluminação foram instalados.

Outro sinal de má conservação está nas quadras de esporte. Traves enferrujadas e alambrados arrancados. Ao redor delas não existe nenhuma proteção. Moradores lamentam a falta de espaço de lazer para crianças e diz ainda que tem medo que elas brinquem na praça. Entre os banquinhos é difícil achar um que esteja inteiro. Alguns estão até caindo. Todos esses problemas revoltam quem mora na redondeza há mais de 40 anos.



Avenida 13 de Maio

As reclamações não param por aí

Os frequentes assaltos na região ainda são uma das principais queixas dos moradores e comerciantes. Com medo da violência eles investem em segurança. A maioria das casas está protegida por grades e cercas elétricas.



Algumas casas possuem fachadas bem diferentes


No dia 12 de maio do ano passado, o CETV mostrou um outro problema: a insatisfação de alguns moradores da comunidade Maravilha em ter que deixar as casas para ocupar os prédios do conjunto habitacional, construído pela prefeitura. Enquanto uns resistiam a troca, outros reclamavam por não ter sido contemplado. No ano passado, 140 pessoas tinham sido transferidas. Hoje, esse número mais que dobrou. 342 moradores ganharam novas habitações. Também foi mostrado que as famílias reclamavam da sujeira do canal que passa pelo local. Depois de quase um ano, foi verificado que a área foi urbanizada, mas o problema do canal ainda existe.



A maior bronca continua sendo a comunidade Maravilha. Segundo a Habitafor, das 606 famílias beneficiadas com novas moradias pelo projeto, 342 já receberam o apartamento. A fundação disse ainda que já foi inaugurado o complexo esportivo e as outras casas já estão em construção. Também estão em andamento a limpeza e a urbanização de parte do canal do Tauape.

Sobre a segurança no bairro, o capitão da Polícia Militar, Carlos Araújo, comandante em exercício da quinta companhia, disse que existe um carro do Ronda do Quarteirão para o bairro. Além de duas motos e uma viatura da quinta companhia. Mas, segundo o capitão Carlos, não existe projeto para aumentar o número de policiais.




E quando eu disse 'diferente' eu não exagerei rsrs


De acordo com a assessoria de imprensa da Regional IV, a prefeitura já tem um projeto de reforma de 12 praças de Fortaleza, que vai ter inicio ainda neste semestre. A praça Argentina Castelo Branco não está incluída neste projeto. A assessoria disse ainda que a reforma desta praça será realizada logo que o próximo projeto de reforma for aprovado.


Rodoviária - Anos 90

A Rodoviária de Fortaleza, oficialmente chamada de Terminal Rodoviário Engenheiro João Thomé é administrada pela empresa Socicam.

A Rodoviária de Fortaleza foi construída no ano de 1973 e embora seja um prédio modesto, é bem organizado e possui fácil acesso. Na rodoviária passam por dia 8.000 passageiros. Tem 35 empresas e aproximadamente 200 linhas de ônibus diárias.


Rei dos Negros

Folclórico. Não há adjetivo melhor para falar desse simpático senhor de 66 anos que se orgulha de ser um dos mais antigos moradores do bairro de Fátima. Entre suas criações de gesso e cimento, Maurício Gomes de Oliveira, começou sua vida ajudando o pai a plantar batatas na terra de um certo coronel. Hoje, o local da plantação foi substituído pela Igreja de Fátima. Olhando profundamente para a rotatória da avenida Aguanambi, onde vende desde cogumelos até imensas santas para jardins, Maurício lembra que chegou àquele local bem antes até das próprias ruas e avenidas. Eventos históricos para a comunidade de Fátima, como a visita da imagem de Nossa Senhora de Fátima à Fortaleza, em 1951, e a construção da Igreja de Fátima, quatro anos depois, são lembranças pessoais para ele. Mas Maurício gosta mesmo é de lembrar tudo o que fez e diz fazer na vida. Orgulha-se do apelido "Rei dos Negros", e nem gosta de ser chamado pelo nome. Compara-se a Pelé. Não bebe, não fuma e nem vai à praia. Tudo por um objetivo na vida digno de um Rei...

FOLHA DE FÁTIMA: Seu Maurício, o senhor nasceu no bairro de Fátima?
REI DOS NEGROS:
Quando eu comecei a me entender, eu morava em uma fazenda do Coronel Pergentino Ferreira.

FOLHA DE FÁTIMA: E onde era a fazenda? Como era a vida nessa época?
REI DOS NEGROS:
Ficava bem perto desse quartel aí (Base Aérea de Fortaleza). E eu achava muito bonito quando o trem vinha e fazia "café com pão, bolacha com pão; café com pão, bolacha com pão". A maria-fumaça já passava. Passava dentro da fazenda! O coronel, que era coronel porque tinha dinheiro, mandava parar o trem. Ele mandava fazer biju (tapioca) e uns dez cuscuzes e botava nata por cima dos cuscuzes para os trabalhadores do trem. Maquinistas, tudo, todo mundo para comer. E eu olhando e comendo também... Aqueles paus velhos que não serviam mais para o trem, o coronel pedia para fazer as cercas.

FOLHA DE FÁTIMA: E como era o coronel Pergentino Ferreira? Ele era considerado dono de tudo aqui...
REI DOS NEGROS:
Tinha uma lagoa onde hoje é uma rodoviária. Era uma lagoa que ia até a Borges de Melo e tinha muito peixe. E tinha uma Pema que dava um metro e meio. Aí vieram uns amigos do coronel para pegar o Pema. Eu tinha uns nove ou dez anos e fui olhar. Eles colocaram uma rede de quase cinqüenta metros e começaram a puxar lá da Borges de Melo e vieram puxando e dizendo: "o Pema vem aí!" E todo mundo olhando para ver se pegava mesmo. Quando a rede chegou na parede do açude, encheram mais ou menos dois surrões de carás, de mussuns... E o Pema no meio! Então, quando faltavam uns cinco metros para chegar na ribanceira, o bicho deu um pulo por cima da rede. O trabalho todo, desde de manhã, foi perdido! Mas pegaram dos surrões de cará... Vieram outra vez e conseguiram pegar o bicho. Aí perguntaram ao coronel se ele queria o Pema ou os carás, e o coronel, como tinha dinheiro, disse: "leva tudo pra vocês".

FOLHA DE FÁTIMA: Já existia a BR-116, certo?
REI DOS NEGROS:
Sim, mas essa BR não tinha nada a ver com a Aguanambi, ela ia para o Joaquim Távora. Tinha até o bonde do Atapu para lá, quando eu tinha uns doze anos. Chamavam de "Terceira". Nesse tempo, a Base já existia, mas a Aguanambi é mais recente, dos anos setenta.

FOLHA DE FÁTIMA: E a Borges de Melo?
REI DOS NEGROS:
A Borges de Melo era carroçal. Tinha a Base e só depois a Borges de Melo. Ela era um carroçal que levava para o matador modelo, que não existe mais. Ele ficava onde hoje é aquela caixa d'água no final da Borges de Melo atual.

FOLHA DE FÁTIMA: Já existiam casas por aqui?
REI DOS NEGROS:
Não tinha nem esse canal. Era horta de um lado e do outro. Do mesmo jeito que tinha um riacho do matador modelo até onde hoje é a Aguanambi, ele ia daqui até onde hoje fica o jornal O Povo. E não tinha nada: eram só hortas de um lado e do outro lado do riacho.

FOLHA DE FÁTIMA: E quando começou, então, a virem pessoas morar por esses lados?
REI DOS NEGROS:
O que chamou mais atenção foi quando o coronel deu uma quadra para fazer a igreja Nossa Senhora de Fátima. Lá onde fica a Igreja eu plantava batata com meu pai. Quando começaram a fazer a Igreja, o coronel deu outra quadra em frente para começarem a fazer a praça.

FOLHA DE FÁTIMA: Mas porque ele deu uma parte de suas terras?
REI DOS NEGROS:
Ele deu porque na visita da Santa veio muita gente. Fizeram foi uma serraria para poder fazer as cadeiras. Era muita gente, muita gente mesmo. Aí o neto dele fez um time, e dava mais gente para ver o jogo que na Igreja. O campo era onde hoje é a praça. Quem mandava na Igreja, na época, era o padre Gerardo. E ele tava doido para acabar com o jogo, mas quem fez o jogo foi o neto do coronel, e ele não podia! Então o próprio coronel acabou com o time e fez a praça. Mas antes da chegada da Santa, quando ela veio de visita, tinha umas 50 mil pessoas. Só de esmola que deram, deu para fazer a Igreja.

FOLHA DE FÁTIMA: Então acabou sendo um bom negócio. O Pergentino Ferreira ganhou dinheiro doando o terreno para construir a Igreja?
REI DOS NEGROS:
Ora, ganhou... Todo mundo queria morar no bairro de Fátima, por causa da Igreja. Aí ele foi vendendo as terras. E não tinha nem calçamento, só areia, carroçal. Depois é que fizeram...

FOLHA DE FÁTIMA: E hoje, já tem muita coisa aqui no bairro?
REI DOS NEGROS:
Eu considero o bairro de Fátima com mais barões que a Aldeota! Porque lá não tem rei, e aqui tem o Rei dos Negros, que sou eu.

FOLHA DE FÁTIMA: Como começou essa conversa de "Rei dos Negros"?
REI DOS NEGROS:
Eu não era rei. Estavam brigando um negro e um loiro. E eu por trás do muro com meus braços por cima. Aí chegou um deputado e disse: "Porque é que você não aparta essa briga aí?" Aí eu disse: "Doutor, eu não aparto porque é o negro que tá vencendo". E ele: "E você, por acaso, é o Rei dos Negros?" Eu disse que não: "Eu não era Rei dos Negros, mas de hoje em diante eu vou ser". Aí ele disse: "Você sabe com quem está falando?" E eu disse que fala com um homem igual a mim. "Eu sou um deputado federal", ele respondeu. "Pois o senhor, deputado federal, não sabe nem se expressar. Era para o senhor ter dito assim: vamos apartar essa briga? E não chegar como o senhor chegou". Depois da terceira vez que ele pediu, eu dei a volta e ele viu meu peito de aço. Naquela época, eu treinava boxe. Eu fui para o lado dele e ele disse: "Fica-te aí, Rei dos Negros!" O apelido pegou, eu fiquei conhecido como Rei dos Negros, e o mulherio começou a querer saber quem é o Rei dos Negros.

FOLHA DE FÁTIMA: E o sucesso foi grande?
REI DOS NEGROS:
Se foi... Eu transei com 980 mulheres e quero inteirar 1001, se Deus quiser. É para competir com Pelé. Ele fez 1000 gols, só que ele parou e eu ainda estou na ativa.

Esta entrevista é de autoria do jornalista Humberto Leite para o jornal Folha de Fátima nº 79 - agosto 2005



Hebert Lima
Fonte: Tv Verdes Mares, Blog Bairro de Fátima e pesquisas de internet
Fotos atuais: Manilov e RWP

domingo, 22 de agosto de 2010

Arquitetura da Igreja Nossa Senhora do Carmo

Registro do Álbum Vistas do Ceará de 1908

A Igreja do Carmo nasceu de uma simples capela no mesmo sítio onde hoje se ergue a Matriz, lugar que era considerado distante do Centro povoado de choças de palha. O Arquiteto Francês Antônio Francisco da Rosa, recebeu a incumbência de traçar uma planta e de executar os referidos trabalhos que consistiam no aumento do frontispício da capela e do corpo da nave.
Em 1879, o arquiteto Adolfo Herbster, como cita João Brígido foi contratado e uma nova planta semelhante a atual igreja foi elaborada. Os trabalhos tomaram impulso graças ao Governo Provincial e aos fiéis que contribuíram com esmolas e materiais. Com a seca dos três sete 77, 78 e 79 a igreja ficou com as três naves e o consistório, toda coberta, ainda sem torre, deu-se então a transferência da capela para os cuidados da congregação de Nossa Senhora do Carmo. Transcorrido quatorze anos de transferência, no dia 25 de Março de 1906 procedia-se a benção da nova igreja, com a sagração de um sino e a celebração da missa, pelo Monsenhor Bruno Figueiredo.



Em fins do século passado quando Fortaleza só tinha duas freguesias e bem poucas igrejas uma irmandade foi organizada no âmbito da matriz do Patrocínio com o intuito de construir um templo a ser dedicado a Nossa Senhora do Livramento, no largo que após o início da obra passou a ser conhecido por esse nome. Não se sabe quando foram lançados os alicerces mas em 1870 o mestre Rosa foi solicitado a dirigir os trabalhos, ainda em 1874 a obra estava sem coberta e em 1879 recorreu-se a Adolfo Herbsten para que fizesse uma nova e definitiva planta. Chegava o século XX e a igreja com a parte principal coberta mas sem torre e acabamento, não estava concluída. Finalmente em 25 de março de 1906 a igreja foi aberta e entregue ao culto. Em 1915 foi criada a Paróquia do Carmo. Em 24 de Janeiro de 1921 foi inaugurado o monumento Nossa Senhor da Paz colocado inicialmente mais distante da fachada debaixo dos degraus de acesso ao patamar mas que mudou de lugar em 1966 para permitir um alargamento da Avenida Duque de Caxias.



Crédito da foto: Alex Uchoa

No seu pedestal existe uma placa com as datas de sua aquisição e ereção. A imagem da padroeira veio de Portugal e por falta de pagamento de imposto aduaneiro ficou retida na Alfândega. Foi leiloada e comprada pelo Sr. José Rosas que não concordou em cedê-la, por dinheiro algum, mas a entregou gratuitamente quando adoeceu. As imagens de São Pedro e São Paulo foram doadas pelo Sr. Pedro Filomeno e Anastácio Braga em 1944, e entre 1948 e 1962 foram feitas várias reformas na renovação do telhado de amianto, a aquisição de dois sinos, um de 115 e outro de 75 quilos fabricados em São Paulo, também se construiu três apartamentos para os padres em cima da sacristia que dispensou o uso de casa paroquial que ficava no ângulo sudoeste do encontro das Ruas Barão do Rio Branco e Clarindo de Queiroz. A igreja com planta em cruz latina, conserva embora em desuso as tribunas e o púlpito metálico, assim como as varandas das tribunas. Há uma única torre no centro da fachada do estilo barroco, cada porta (3) está coroada por um óculo, a torre inicia quadrada e torna-se octógona no campanário. Os corredores laterais são de 3m de largura, a nave principal tem 7 metros. A largura total externa chega aos 15 metros e o comprimento é de 40 metros. O portal é base da torre e tem 4 metros e é onde se localiza o batistério sobe a guarda de uma imagem de Nossa Senhora do Livramento, possivelmente original da primeira capela. A direita se encontra a escada de acesso ao coro e ao campanário. O forro sob as tribunas e da nave principal é de madeira. No transepto uma pintura do artista Raimundo RamoscotocoFilho de 1904.


Fonte: Praça do Carmo; Site: Centro de Fortaleza

sábado, 21 de agosto de 2010

A Pequeno Grande e os órfãos


Foto do Livro Royal Briar, a Fortaleza dos anos 40

A Igreja do Pequeno Grande fica na Praça Figueiras de Melo.
Pedra fundamental: 27 de novembro de 1896
Data de Inauguração: 21 de novembro de 1903
Estilo: Neogótico
Autor: Isaac Correia do Amaral e Robert Gow Bleasby
Rua: Santos Dumont

Centro Histórico: A história da Chamada Igreja do Pequeno Grande se inicia em 5 de agosto de 1856, quando a Lei 759 criava em Fortaleza a primeira casa de educação e recolhimento de meninos órfão, em 1866 extinguiu-se aquela casa pioneira e foi criado o Colégio das órfãs, sob a orientação das irmãs de São Vicente de Paulo e já com o nome de Imaculada Conceição. A primeira Superiora foi a Irmã Margaret Baset, que faleceu em 1887, no seu lugar ficou a irmã Gaynè, em cuja administração foi construída a Capela do Pequeno Grande, ou Capela da Imaculada Concepção em 1903. A Igreja do pequeno Grande se insere em um esplêndido conjunto arquitetônico, formado pelo Colégio da Imaculada Conceição, ocupando um quarteirão frente à Praça Figueiras de Melo onde se encontra a Escola Normal, Escola Justiniano de Serpa e a Escola Jesus , Maria e José que se encontra na lateral oeste. A Historia da Igreja do pequeno Grande esta intimamente ligada à historia do Colégio da Imaculada Conceição.

A pedra fundamental foi lançada em 1896, pelo Pe. Chevalier, como capelão do Colégio. As obras sofreram paralisação um ano depois, sendo reiniciadas em 1898, até sua conclusão em 1903. Com doações das próprias irmãs e de diversas instituições arranjaram recursos para as obras. A estrutura metálica foi trazida da Bélgica, e a montagem esteve a cargo do mestre de obras Deodado Leite da Silva. A planta da igreja consta de nave única, com pórticos de perfiles metálicos em forma de H que formam sua estrutura de coberta, o telhado com inclinação acentuada, formando um angulo obtuso bastante fechado dando um teto pontiagudo, pouco comum em nossa arquitetura. No abside se apresentam os perfis como médios pórticos formando um polígono.

Postal antigo

Aparece outro elemento metálico que são os cabos de aço cuja função é evitar os empuxo da estrutura no sentido horizontal. Nas paredes laterais as rosáceas lobuladas que também servem de elementos estruturais e porque não decorativos. As Paredes de tijolos não tem função estrutural, já que a estrutura esta concentrada nas colunas e pórticos de ferro.

Revista do Instituto do Ceará - Liberal de Castro - Arquitetura de Ferro no Ceará:

Do ponto de vista cronológico, provavelmente a primeira obra de arquitetura do ferro do Ceará foi a nova capela do Colégio da imaculada Conceição, mais conhecida por Igreja do pequeno Grande, iniciada em 1896, seria pelo menos contemporânea da construção do Mercado da Carne, apesar de ter obras prolongadas por vários anos, pois foi inaugurada somente em 1903. A Igreja do Pequeno Grande vinha substituir a pequena e antiga capela do Colégio, ainda hoje de pé. A Igreja tem vão único, sendo contornada exteriormente por paredes de alvenaria de tijolos sem função estrutural. Conforme os padrões neogóticos adotados no país, possui torre axial única. A coberta, íngreme, é revestida com telhas planas de ardósia, material cuja imitação entrou em moda nos avarandados de muitas casas fortalezenses na época. O respaldo das paredes exteriores é pontuado com pináculos e os vãos nelas inseridos aparecem coroados por tímpanos ogivais, cegos e argamassados, na ocasião, já comuns na cidade. Todos esses vãos estão preenchidos por vitrais exibindo efígies de santos correlacionados com a irmandade, principalmente na abside, cujos paneis de contorno se desdobram em planos amplos. No interior da igreja, figuram excelentes obras de marcenaria (Retângulo e púlpito) Trabalhadas com motivos neogóticos em pinho de Riga. No forro, que acompanha a inclinação das abas de coberta, aparecem pinturas devotas. Há um grande número de imagens de terracota, todas executadas por Heaulne Busine, da cidade de Lille, na França. Há referencias de que a estrutura da Igreja teria procedência belga e o autor do projeto seria Isaac Correia de Amaral , cearense de Guaramiranga educado na Alemanha e amador de arquitetura, Amaral foi responsável por outros projetos fortalezenses do período, tais como a Igreja dos Remédios, no Benfica, hoje com interiores alterados, e o de um teatro inconcluso e posteriormente demolido no meio da Praça Masquês de Herval (Praça José de Alencar).

Postal antigo

Amaral em outros projetos e neste, fez parceria com o já mencionado engenheiro escocês Robert Gow Blasby, radicado no Ceará desde o último decênio do século XIX, provável encarregado de definir os elementos construtivos dos projetos. A estrutura de Ferro foi montada com o auxilio do mestre de obras Deodato Leite da Silva. O templo é dedicado à Nossa Senhora do Carmo, e foi inaugurada com a Benção dos beneditinos, foi toda decorada com peças francesas. O altar, o piso, as imagens tudo veio da França, marcando a influência européia em Fortaleza. Em 1996 a Igreja passa pela primeira vez por uma grande reforma, teto piso e pintura, respeitando sempre o estilo original, a eletricidade também foi reformada. Os sinos da Igreja são de 1903 e vieram da França, são três sinos, sendo o primeiro com o som Mi , pesando 100 quilos, o segundo com som de Fa e 85 quilos, e o terceiro com som de Sol e 72 quilos. Os sinos em 1983 foram adaptados para tocar computadorizados e tocaram apenas o que chama-se de festa, ou seja, repicam.



Fonte: Ofipro

Igreja de São Pedro dos Pescadores - Mucuripe


A igrejinha em 1942


A pedra fundamental da Igreja de São Pedro dos Pescadores foi colocada em 1852. Na época, ela era chamada de Capella Nossa Senhora da Saúde do Mucuripe. O templo já foi lugar de mobilização da comunidade em 1909, quando os moradores se uniram em oposição à Diocese, que havia determinado o arrolamento dos bens e a instalação de um cofre no local. A Igreja ficou fechada durante sete anos, sendo reaberta em 1937, com o nome de Capella de Nazaré, para só depois receber o nome de São Pedro dos Pescadores



Fotos do Filme Quatro Homens e uma Jangada de 1942

O processo de tombamento, iniciado em janeiro último, foi resultado da luta dos moradores do Mucuripe.


Foto de 1942
A Igreja de São Pedro, conhecida como Igreja dos Pescadores, no Mucuripe, está em processo de tombamento, por isso, já está protegida como patrimônio cultural do Município. O projeto de tombamento do templo religioso foi aberto em janeiro deste ano, após solicitação da comunidade do Mucuripe. Para isso, foi entregue um abaixo-assinado com mais de 1.800 assinaturas à Câmara Municipal de Fortaleza. A novidade, anunciada pela Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secult), chega para o alívio da comunidade local, que vinha temerosa desde o ano passado, com os rumores de venda e demolição do prédio, para quitar uma dívida de R$ 250 mil da Arquidiocese com a União.


No último dia 19 de dezembro, o Diário do Nordeste denunciou a ameaça de venda do prédio e o sofrimento dos fiéis com a possível perda da Igreja. A aposentada Dalva Bindá, 77 anos, falou do incômodo sentido com a possibilidade de demolição do local, que frequenta todo dia desde a juventude. Agora, os tempos são outros. Segundo o pároco da São Pedro, padre Alderi Leite, a notícia do tombamento é extremamente animadora pela preservação histórica, material e cultural da igreja. Entretanto, a dívida continuará. Para o advogado e professor do Cefet-CE, Solon Sales, que também é mestre em Turismo, a iniciativa é animadora, pois mostra, tanto para o morador quanto para o turista, a preocupação que o Município tem em preservar não só as suas edificações de arquitetura suntuosa, mas também aquelas mais simples e que carregam a memória afetiva e cultural. 

Quanto à dívida que a Arquidiocese de Fortaleza possui com a Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU), ela realmente permanece, mesmo a igreja sendo tombada. Segundo Solon Sales, o proprietário do bem tombado não perde a propriedade e continua com os seus direitos e deveres. “O que pode ser feito é pedir a diminuição ou retirada de juros, através de um processo administrativo junto a GRPU”, diz o professor do Cefet-CE. A Igreja de São Pedro, ou dos Pescadores, existe há 150 anos, e guarda valores culturais da cidade e, principalmente, dos moradores do bairro Mucuripe. Esse fator é considerado de extrema relevância para que a Prefeitura de Fortaleza efetue o tombamento do templo. Durante a reunião realizada, o Conselho de Patrimônio Histórico-Cultural (Comphic), componente da Secultfor, analisou as pesquisas técnicas necessárias para a preparação da Instrução de Tombamento, que consiste no levantamento arquitetônico e histórico do imóvel.

Crédito: Jornal Diário do Nordeste

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

As Igrejas e suas arquiteturas


Primeira Igreja Presbiteriana de Fortaleza

Postal Igreja do Rosário, início do séc. XX

Construção do século XVIII, a primeira edificação da cidade.
Tombamento Estadual de 1983
Localização: Praça General Tibúrcio - Centro
Prédio mais antigo em pé na cidade. Construída inicialmente em taipa e palha no segundo quartel no século XVIII, teve a capela-mor construída em pedra e cal em 1755, seguindo-se então os trabalhos até sua conclusão. Foi a Matriz de Fortaleza de 1821 à 1854. Sofreu reparos para sua conservação em 1855 e 1872, tendo dessa forma alguns elementos descaracterizados.


1912 - Praça General Tibúrcio vendo-se a Igreja do Rosário

Postal antigo da Igreja do Pequeno Grande

Igreja do Pequeno Grande - Postal antigo

Postal Igreja Cristo Rei - Anos 30

Antiga igreja da de Fortaleza, 1900. Acervo Thomas de Matos - MIS

Antiga Catedral

Antiga Catedral - Anos 30

Fotografia da Antiga Catedral da Sé, que existiu até 1938
Crédito da foto - Arquivo Nirez

O projeto da nova Catedral foi de autoria do engenheiro francês Georges Mounier

Primeiramente em Fortaleza, a Capela de Nossa Senhora da Assunção, localizada dentro da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, era a única igreja da região que se tem registro até 1699. Depois desta data, uma Ordem Régia determinou que fosse construída uma igreja na cidade, esta seria a Igreja Matriz. Porém, somente em 1795, quando o padre Antônio Alvares de Carvalho contrata José Gonçalves Ferreira Ramos é que a obra será terminada. No entanto, em 1820, foi feita uma vistoria nesta igreja e ela acabou sendo demolida por estar completamente deteriorada. Imediatamente, foi iniciada a construção de uma outra igreja. Esta seria a Igreja de São José, cuja construção terminara somente em 1854. Quando Dom Luis Antônio dos Santos foi nomeado Bispo do Ceará, em 1861, a Igreja de São José passou a ser a Catedral. Esta passou a ser, desde então, o regulador da cidade, pois nela existia um grande relógio e todas as pessoas se guiavam por ele. Heis que chega em Fortaleza, um baiano que se tornará uma das figuras mais importantes do Estado no âmbito religioso e social, tanto que seu nome ainda figura numa das principais avenidas de Fortaleza (Avenida Dom Manoel). Manoel da Silva Gomes, nascido em 1874 na Bahia, foi o terceiro Bispo do Ceará e o primeiro Arcebispo de Fortaleza, ele era uma pessoa muito admirada e estimada na cidade por causa de seu posicionamento caridoso. Dom Manoel foi responsável por muitas obras de caridade, como o Circulo Operário Cristão, e fundou ainda o jornal "O Nordeste". Ficou conhecido nacionalmente como o "Bispo da Seca", porque não cansava de viajar para o sul do país para pedir ajuda às vítimas da seca no Ceará. Em 1938, foi feita nova vistoria na Catedral e foi detectado de novo o seu completo deterioramento. Depois de muito refletir, Dom Manoel decidiu que a Igreja deveria ser demolida para que uma outra fosse construída em substituição. Esta decisão causou uma grande polêmica na cidade, pois toda a população estava contra a demolição da Igreja. Mas Dom Manoel alegou que a qualquer momento o teto poderia desabar na hora da missa. Então, ele não teve mais dúvidas, resolveu que a demolição da Igreja seria a única solução segura e correta. Todo material da Igreja fora transferido para a Igreja do Rosário, que foi a Catedral provisória enquanto a construção da outra Igreja não acabava. Em Agosto de 1939, a pedra fundamental desta Igreja foi lançada, início simbólico da edificação desejada. O projeto é de autoria de um engenheiro francês chamado Georges Mounier, que viera para o Brasil durante a 2ª Guerra mundial e trabalhava em Recife. O Arcebispo planejou campanhas com intenção de angariar fundos para a construção da nova Matriz. Houvera muitas doações de particulares e dos poderes públicos, porém não eram suficientes. Só em 1964, quando foi organizada uma nova Comissão de Construção da Catedral é que os serviços se adiantaram. Quando o Cardeal Dom Aloísio Lorscheider assumiu o Arcebispado de Fortaleza as obras se aceleraram mais ainda. Até que, em 1978, a construção acabou e finalmente a Igreja pôde ser inaugurada. Foram quase quarenta anos e CR$ 18 milhões gastos na construção. "A obra demorou exatamente 39 anos, quatro meses, sete dias e três horas, segundo informações sucintas do padre Tito Guedes. Desde 1964 à frente do curato da Sé." A nova Catedral foi inaugurada no dia 22 de Dezembro de 1978 e ela continua a ser a Catedral até os dias de Hoje. Localizada na Praça da Sé, a atual Catedral herdou da antiga o conjunto de sinos que ainda hoje estão badalando no alto de suas torres de 75 metros de altura. A Planta arquitetônica é em forma de H, sendo que o seu espaço interno é dividido em três naves, uma central e duas laterais, onde estão distribuídos os 375 bancos de madeira. A igreja tem capacidade para um total de 5.000 pessoas. O estilo tem influências do românico e do gótico e isso dá o estilo eclético. Com seus 90 metros de comprimento e 45 metros na parte mais larga (transeptos), na Igreja ainda existem a Capela do Ressuscitado e a do Santíssimo Sacramento, ambas encontram-se na Cripta da Igreja. Esta Cripta foi projetada pelo engenheiro Luciano Pamplona e dedica aos adolescentes. Uma das muitas curiosidades deste lugar é que no altar nós encontramos a imagem de Jesus Cristo adolescente e também estão enterrados os restos mortais de algumas pessoas, tais como: Dom Manoel da Silva Gomes, Dom Antônio de Almeida Lustosa, Monsenhor José Quinderé e Monsenhor Tito Guedes Cavalcante. No interior da Catedral ainda podemos ver maravilhosos vitrais que figuram passagens da Bíblia e personagens eclesiásticos (alguns papas e bispos importantes para o Ceará). Fonte: Ofipro

Construção da Catedral - Nirez

Catedral em construção - Arquivo Nirez

Igreja Nossa Senhora dos Remédios - Benfica / Arquivo Nirez

Igreja de São Pedro - Praia de Iracema/ anos 50 - Arquivo Nirez

Crédito da foto - Jornal O Povo

Igreja S. Coração de Jesus - Postal antigo

Antiga Igreja Sagrado Coração de Jesus, antes de ser demolida - Jornal O Povo

Crédito: IBGE, Enciclopédia - 1959
A construção da Igreja Sagrado Coração de Jesus começou em 1878 e terminou em 1886. A obra foi encomendada pelo casal Albano para um de seus filhos, Antônio Xisto Albano, que estava na Europa se preparando para ser padre e chegou a ser nomeado bispo do Maranhão. Em 1901 ele convidou os capuchinhos para tomar conta da igreja. A primeira construção se assemelhava à Igreja do Carmo. Em 1952, os engenheiros Luciano Pamplona e Valdir Diogo aumentaram a altura da torre e colocaram um imenso relógio trazido de Roma na fachada. Cinco anos depois, em 1957, a torre cedeu e soterrou a entrada da igreja. Não houve vítimas. Em 2001, pequenas reformas marcaram o centenário dos capuchinhos no Ceará. A cúpula ganhou pintura nova. O painel externo inspirado no Cântico do Irmão Sol de São Francisco de Assis, feito em 1961 com pastilhas coloridas, foi substituído por um em alto-relevo.

Anos 50 - Igreja Nossa Senhora das Dores/ Otávio Bonfim

Igreja N. Sra. das Dores - 1960

Igreja do Patrocínio - Anos 40

Crédito - Livro Royal Briar, a Fortaleza dos anos 40, de Marciano Lopes.
Praça José de Alencar, Lado Norte ( Rua Guilherme Rocha, 24 de Maio, Liberato Barroso, General Sampaio). Faz frente à Praça do Marquês de Herval pelo lado do norte, é modesta, regular em proporções, asseada e recomenda-se pela singeleza dos ornatos, que são todos de deslumbrante alvura. Não tem dourados. Externamente, a sua torre, esguia e fina, que se levanta pôr sobre a porta principal, dá-lhe ar alegre e atrativo. Em 1849 o cabo de Esquadra Fortunato José da Rocha, disparando um tiro contra o capitão Jacarandá, acertou no joelho do alferes Luís da França Carvalho, quem em ocasião conversava com dito capitão . França, vendo-se em perigo de vida, fez voto a N.S. do Patrocínio, se escapasse, iria erigir-lhe uma Igreja; e de feito no dia 2 de fevereiro de 1850 foi lançada a primeira pedra. Aquele oficial demorou-se pouco tempo em Fortaleza. Os trabalhos da Igreja iam muito vagarosamente, de sorte que só ao fim de cinco anos foi que se levantou o travejamento da capela-mor. Apesar do auxílio de particulares e das Assembleias Provinciais pôr diversas vezes, os materiais que de ordem do Governo lhe foram dados no período da seca, só chegou a concluir-se devido aos esforços do cônego João Paulo Barbosa, atual vigário, Sociedade Auxiliadora dos Templos. A Planta foi fornecida pelo mestre Antônio da Rosa e Oliveira. Em 1855 foi concluído o travejamento da Capela-Mor, uma associação de fiéis construiu a Capela-Mor à Nossa Senhora do Patrocínio 1859 -1860 e depois fundou uma irmandade; nessa capela celebrava o Padre Pompeu depois Senador Pompeu. Em 15 de Outubro de 1879 a Capela foi elevada a Freguesia João Paulo Barbosa cônego, formado pelo Seminário da Prainha implementou a construção do templo, fez o corpo da Igreja, ampliou a Capela-Mor, e fez o Altar-Mor de madeira; a obra só foi concluída entre 1896 e 1924 . Apresenta uma arquitetura simples no estilo românico e com ausência de decoração rebuscada e objetos de valor no seu interior. Durante muito tempo foi cartão-postal da cidade e rainha da praça. Em 1975 foram demolidas as escadarias laterais. Possui forro e Altar-Mor de madeira decorado com um grande afresco, cenas da via sacra em gesso circundando o templo e alguns vitrais. A praça José de Alencar anterior a 1870 se chamou do Patrocínio por causa da Igreja. 
Fonte: Ofipro

Construção da Igreja nossa senhora de Fátima - Arquivo Nirez

Igreja de Fátima - Antiga - Arquivo Nirez

Construção da Igreja de São Benedito

O Santuário de São Benedito foi inaugurado em 3 de agosto de 1938, pelo Arcebispo Dom Manuel da Silva Gomes. Em 1968 o Santuário ganhou status de Paróquia, por meio de Decreto assinado por Dom José de Medeiros Salgado e tendo como 1º vigário o Padre Pedro Hansen. Em 1972, Padre André Van Der Staak sucedeu o Pe. Pedro, estabelecendo a divisão do perímetro da paróquia por quadras, com responsáveis para visitas às casas. Dentre outras ações, Pe. André iniciou ainda o jornal da Paróquia e o trabalho social na Vila da Condessa. Dando continuidade aos movimentos criados por seus antecessores, Pe. Renato Bivort assumiu a Paróquia em 1982, criando o dízimo na mesma e dedicando-se ao movimento das madrinhas dos seminaristas. Os três primeiros seminaristas do Santuário. Atualmente a Paróquia é comandada por Pe. Jackson Alcântara que foi designado para a missão em 11 de setembro de 2005, com a saída de Pe. Armindo Magalhães. Em apenas quatro meses, o novo Pároco já conseguiu realizar grandes feitos no Santuário como a criação de novas pastorais e a estruturação da Pastoral Social. 
Fonte e foto: Portal Igreja São Benedito

Igreja de São Benedito

Igreja do Bom Jesus dos Aflitos, bairro Parangaba

Crédito: Claudio Lima
A Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos teve sua origem durante o processo de colonização e de instalação das missões e aldeamentos jesuítas e da ocupação indígena no Ceará, por volta de 1664.


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Crédito: Fortal

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: