Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Igreja do Patrocínio
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sábado, 17 de julho de 2010

Igreja do Patrocínio


Foto de 1907

Matriz de Nossa Senhora do Patrocínio

A foto ao lado data de 1938 e mostra a Matriz de Nossa Senhora do Patrocínio, na praça José de Alencar. Em primeiro plano, a herma de J. da Penha, que ali esteve por muitos anos e hoje se encontra na Praça José Bonifácio. Ao lado do templo, vemos parte do muro do antigo prédio da Fênix Caixeiral. Pés de oitis, mongubas, castanholas e fícus-benjamim enfeitavam as praças de Fortaleza àquela época e eram bem cuidados, podados regularmente. Os jardins também eram bem cuidados, pois não havia a quantidade de transeuntes nas ruas e praças nem vendedores ambulantes como hoje. A Iluminação pública era feita por lâmpadas incandescentes desde 1935, quando aquelas substituíram o gás carbônico.
Em 1849 o cabo de esquadra Fortunato José da Rocha disparando um tiro contra o capitão Jacarandá, acertou no joelho do alferes Luiz de França Carvalho. Este, vendo em perigo sua vida, fez voto a Nossa Senhora do Patrocínio que se escapasse mandaria construir uma Igreja em sua homenagem. No dia 2 de fevereiro de 1850 era lançada a pedra fundamental. A planta de igreja foi do mestre Antônio da Rosa e Oliveira. O templo levou cinco anos para ser construído e só foi terminado pelo esforço do cônego João Paulo Barbosa, seu primeiro vigário.

Hoje a Igreja está da mesma forma, mas traz em seu redor um muro de pedras para sua proteção. Antes teve uma grade de ferro em seu redor mas não resolveu e marginais a invadia constantemente.
Do lado onde foi o prédio da Fênix Caixeiral hoje está o edifício do SUS e do outro, onde antes eram casas residências, hoje é um prédio comercial. A praça antes ajardinada e com árvores, hoje é um deserto de cimento com um poste "enfiado", com três lâmpadas a vapor de mercúrio. Somente próximo ao Teatro José de Alencar é que tem bastante árvores, mas é um verdadeiro mercado persa, onde de tudo se vê, sanduíches, pastéis, pão, frutas, verdura, literatura de cordel, literatura religiosa, cantadores de viola, de pandeiro, repentistas, pastores a pregar, engraxates, mendigos, etc.

Crédito: Portal da História do Ceará/Arquivo Nirez

7 comentários:

  1. Vez em quando, passo por esta que deveria ser uma bela praça, mas que nos causa tristeza, tal o descaso do órgão competente.
    A Igreja é belíssima.Muito já a frquentei com a família,às vezes entro ao passar...é acolhedora!

    Segundo meu pai, quando minha bisavó, mãe de Oliveira Paiva, ficou viúva, foi residir na Rua 24 de maio, neste quarteirão do lado da igreja.
    Essa informação consta nos escritos que êle nos deixou.
    O mestre Antônio Rosa de Oliveira era açoreano e amigo de João Francisco. Salvo engano, eram primos...vou rever os escritos de meu pai..rsrs

    O foco principal, neste post, é a Igreja do Patrocínio, mas me permita, Leila, dizer um pouco da Fenix Caixeral.
    Pois bem: meu pai formou-se "guarda-livros"(hoje Contador) na Fenix. Alí foi Bibliotecário e, segundo ele(nos escrtos), havia (década de 1920)uns 5.000 livros. Ele os catologou todos.
    Criou com alguns amigos a Arcádia Fenista.
    Há uns cinco anos fui ao Colégio Fenix Caixeral(hoje do Estado)na Av. Imperador procurar alguns "requícios" deste acervo. Não fui bem recebida... avistei montes de livros pelo chão...Uma senhora me informou que estavam sendo "restaurando". Retornei mais 2 vezes...
    sempre a mesma "história"...!

    Será tão dificil assim, preservar a memória?

    Parabéns a você e a tantos que mantém essa memória VIVA!
    Forte abraço, amiga!
    Lúcia Bezerra de Paiva

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    1. Muito legal a gente procurar memória do passado esquecidos, pena que muitos não entende o nosso esforço. Parabéns Lúcia

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  2. Nossa, Lucinha, pior disso tudo, é saber que todo o trabalho que seu pai teve, não está sendo reconhecido pela atual direção tsc tsc sem falar que esses livros espalhados pelo chão, deveriam estar muito bem cuidados numa estante, que absurdo!
    No sábado, fiz um passeio maravilhoso em família, fomos para uma livraria que fica no Centro Dragão do Mar, minhas filhas(ambas de 10 anos) amam ler, ficamos horas em meio aqueles livros, achei até um bem engraçado, do Seu Lunga rsrs
    Seria tão bom se os pais incutissem nos filhos, o amor aos livros... talvez cenas como a que vc teve, não acontecesse mais... afff

    Linda semana, amiga

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  3. Eu já sabia que você tem duas filhas....e gêmeas, que lindo....sei que a família é toda linda, pela harmonia que você passa..PARABÉNS!!

    Seu Lunga é mesmo muito engraçado..rsrsr, já vi na tv. O amor aos livros, desde cedo.Tenho um único filho, procurei icentivá-lo, cursa Medicina Veterinária...agora, são mais livros de animais rsrsr....nada mal! Contanto que leia.

    Boa semana, amiga

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  4. Uma das gêmeas, a Letícia, diz que quer ser veterinária rsrs
    Elas gostam muito de Graciliano Ramos e Álvaro Cardoso Gomes. Do Álvaro, já leram uns 4 livros, elas gostam do modo dele escrever, falam que ele mais parece um rapaz novo falando rsrs a linguagem dos livros dele é muito atual e elas curtem rsrs

    Se ela não mudar de opinião, daqui alguns anos, tbm verei muitos livros de animais pela mesa rsrsrs

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  5. Parabéns às leitoras!!!
    Se alguém de casa tiver orkut, veja o da Raquel Garcia -Fortaleza/Mossoró...é minha nora, "alma gêmea" do Rodrigo, que tmb cursa Veterinária com êle, em Mossoró. Só tem gatos, no orkut dela. Os dois resgatam os gatos de rua, tratam e colocam pra adoção. A minha gata Sementinha foi assim: adotadíssima!

    Boa tarde, amiga!

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  6. Minha irmã tem orkut, vou dar uma olhada no da Raquel, sim. :)

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