Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Aba Film
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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domingo, 8 de agosto de 2010

Restaurante Lido


27 de Novembro de 1955 - Inauguração do restaurante - Arquivo Joanna Dell'Eva

Hoje é com muita satisfação que falarei do Restaurante Lido. Sabe quando você tem a incrível sensação de conhecer determinado lugar só de tanto ouvir falar e mergulhar de cabeça na história do lugar e na histórias das pessoas envolvidas diretamente com aquele ambiente? Pois é exatamente assim que eu me sinto com relação ao Lido. Nos último meses tive o enorme prazer de conhecer Joanna Alice Dell'Eva, uma pessoa sensacional, super generosa e dedicada, que me ajudou 100% na elaboração desta postagem, passamos deliciosos dias juntas "virtualmente", onde ela me contou histórias deliciosas e momentos marcantes do Lido e de sua infância, correndo naquelas areias da Praia de Iracema. Eu me senti ali, junto com ela, sentada na sapata das antenas, vendo o movimento do entra e sai do Lido e saboreando os mais diversos pratos que ali eram servidos...

O Restaurante Lido foi um marco na gastronomia cearense, tendo grande aceitação do público, que sempre lotava o restaurante.
Charles e Lúcia Paulette Dell'Eva, fizeram do restaurante um sucesso!

30 de Maio de 1955 - Reforma para a grande inauguração - Arquivo Joanna Dell'Eva

Construção 30/05/1955 - Arquivo Joanna Dell'Eva


Lido em construção - 30/05/1955 - Arquivo Joanna Dell'Eva

30 de Maio de 1955 - Arquivo Joanna Dell'Eva

Durante as décadas de 1950 até aproximadamente a de 1980, o restaurante Lido predominou na preferência da freguesia. Os proprietário, um casal francês ( Charles e Lucia Paulette Dell'Eva), ganhou a predileção do grande público, que lotava aquela casa de pastos diariamente com pratos dos mais variados tipos de refeições, lagosta e camarão em todas as suas nuances atraindo turistas, e nós os donos da terra, os estrangeiros que por aqui passavam e vinham passear ou residir. O restaurante era um grande “galpão”("Novidade na época. O restaurante era decorado com redes de pescar, lamparinas de embarcações, e vários Posters da França") cuja coberta no seu início era de palha de carnaúba que mais tarde (“1968-1969”) foi substituída por grandes tesouras de madeira com cobertura de “telha-vã”, que dava excepcional aparência àquela construção, com meias-paredes, onde sobrepunham-se tapumes com vidraças colocadas que fechavam as três faces do galpão para dar a mais bela visão do mar ("As vidraças na lateral, eram para proteção da areia principalmente nos meses de setembro, pois tinha muito vento"). Quando enfurecido nos meses de janeiro e fevereiro, causava o mais belo espetáculo das ondas que se debatiam contra o arrimo de volumosas pedras que serviam de amparo e resguardo da estrutura do inesquecível local de tanta simpatia dos fortalezenses que para lá se dirigiam também, para apreciar os embates das ondas e sentir de perto o aroma da maresia que se espalhava por todo o recinto. ("adoro me lembrar desta época: eram as famosas "ressacas" em janeiro, fevereiro, e meu pai era obrigado a colocar "sacos de farinha" cheios de areia nas muretas lado praia para evitar o mar de entrar no salão, o que aconteceu varias vezes, era impressionante mesmo, porém belíssimo cenário, as ondas chegavam até o telhado...e muitas vezes lavavam o salão! Ainda não havia, as pedras de proteção...somente mais tarde. Não podemos esquecer de que naquela época, clientes habituais da casa vinham também à tarde para assistir aos desfiles dos botos bem na frente do Lido, época de acasalamento; era lindíssimo! hoje...onde estão os botos? Foram pescados? É...sumiram para sempre como tantas outras coisas belas!")


Os jovens se sentiam atraídos pelas marés, por ser o casamento da lua e do sol, ao contemplar, dava mais disposição ao amor, no crepúsculo vespertino ou matutino quando o amor fala sempre mais alto...
O Restaurante Lido ainda contava com um afinado conjunto musical a entoar lindas canções na época.


(Texto de Zenilo Almada e comentários (em azul) de Joanna Alice Dell’Eva)

Agosto de 1955 - Pré inauguração do restaurante - Arquivo Joanna Dell'Eva

Pré inauguração - Agosto de 1955 - Arquivo Joanna Dell'Eva

Lúcia Dell'Eva - Agosto de 1955 - Pré inauguração do Lido - Arquivo Joanna Dell'Eva


Pré inauguração - 08/1955 - Arquivo Joanna Dell'Eva

No dia 27 de Novembro de 1955 foi inaugurado em Fortaleza, mais precisamente na Praia de Iracema, o Restaurante Lido. O nome foi inspirado no Famoso Le Lido, em Paris. A casa frequentada por toda a sociedade cearense, eternizou alguns pratos que ficaram na memória de seus clientes. Um deles é o Peixe à Delícia(*), filé de peixe frito envolto em bananas fritas, gratinado no molho branco.
A filha do casal, Joanna Dell'Eva guarda todas as receitas. Ela conta que a lagosta também fazia muito sucesso no Lido.


Sim, era dado início a uma nova era da gastronomia cearense...

Agosto de 1955 - Pré inauguração do Lido - Arquivo Joanna Dell'Eva

Agosto de 1955 - Cozinha do restaurante - Arquivo Joanna Dell'Eva

O ano era 1952 e à convite dos senhores Romeu Aldiguiery e Julio Coelho, o casal Dell’Eva foi convidado para gerenciar o restaurante do Náutico Atlético Cearense, que havia sido inaugurado recentemente. Charles foi um grande sucesso na introdução de seu menu, e pela primeira vez na história do Ceará, a lagosta passou a fazer sucesso e agradar ao paladar do fortalezense, visto que até então o sabor desse crustáceo era desconhecido(**), ou pelo menos rejeitado pela sociedade. Em 1953, à convite do Sr. Dummar, Charles foi inaugurar o novo restaurante do Ideal Clube, que era frequentado pela alta sociedade de Fortaleza. Ele ficou no Ideal até 1955, quando finalmente inaugura o seu próprio restaurante na Praia de Iracema.

Panfleto 1956

Em Maio de 1955, Charles e Lucia Paulette alugaram e reformaram a casa de veraneio "casa de praia" da família Markan (Roberto Markan é dono do Moranga e do Caravaggio, a casa de veraneio era do avô dele), e criaram o famoso Lido(o "ícone" da família Brasil DELL'EVA).
Uma das novidades e que agradou em cheio, era que os clientes podiam escolher suas lagostas vivas, adequadas em um viveiro natural que ficava logo na entrada do estabelecimento.

Panfleto 1957

No final do ano de 1974, o Lido foi vendido ao então gerente da época, mas sem o mesmo glamour de antes, na verdade o Lido nunca mais seria o mesmo... Nos anos 80 o Restaurante mudou de endereço e foi para à Beira-Mar, ao lado do Alfredo, o Rei da Peixada. O antigo prédio na Praia de Iracema foi demolido e em seu lugar, foi erguido por Ivens Dias Branco, um prédio de luxo, que recebeu o mesmo nome, o mito da Praia de Iracema : Edifício LIDO. O Restaurante Lido deixou muitas saudades... Ele se foi, mas sua história está na memória de muitas pessoas e eu espero que mais gente possa conhecê-la e passá-la adiante, só assim nosso passado será sempre lembrado no presente!

27/11/1955 - Inauguração do Lido - Casa cheia (Do lado direito em uma mesa, é o Antônio Albuquerque e sua equipe da Aba film) - Arquivo Joanna Dell'Eva

27 de Novembro de 1955 Inauguração do Lido - Casal Dell'Eva ao lado o maître do hotel Alcindo. Arquivo Joanna Dell'Eva


Em 22 de abril de 1984, fecha as portas, definitivamente, o Restaurante Lido, na Praia de Iracema, com endereço de Avenida Getúlio Vargas (Beira-Mar) nº 801.

(*)Receita original do Peixe à delícia:

Ingredientes:
6 filés de peixe sem pele
6 bananas prata maduras (Depois de fritas, serão cortadas ao meio)
Manteiga e azeite de oliva para fritar
Sal e pimenta do reino à gosto para temperar os filés

Molho:
1 copo de creme de leite fresco (230g)
2 gemas de ovo
1 cálice de vinho do porto ou um bom conhaque
¹/² copo de leite (metade da quantidade do creme de leite)
Sal e pimenta do reino à gosto para temperar (bem pouquinho - para não ficar salgado nem apimentado)

Queijo parmesão ralado para gratinar

Preparo:

Frite os filés de peixe no azeite e reserve. Frite as bananas na manteiga com um pouco de azeite até ficarem douradas e não escuras. Reserve. Molho: bata tudo com um garfo ou com um "fouet". Em um refratário, coloque os peixes e as bananas. Por cima, cubra com o molho e leve ao forno com o queijo parmesão ralado por cima para gratinar. Dependendo do forno...15 à 20 minutos só para dourar, NÃO pode secar, pois este molhinho maravilhoso também pode ser colocado por cima de um arrozinho branco para acompanhar o peixe. Sirva bem quente. (Receita gentilmente cedida por Joanna Alice Dell’Eva)


Lido - 01 de Junho de 1961 - Charles Dell Eva e Carvalho
Arquivo Joanna Dell'Eva

05 de Agosto de 1967 - Semana da Pátria - General Helery à esquerda de óculos e casal Dell'Eva no centro.
Arquivo Joanna Dell'Eva

1967 - Novo salão do Restaurante Lido - Arquivo Joanna Dell'Eva

(**)"Não custava nada", dizia meu pai, e ninguém queria comer o tal crustáceo... Aliás o pescador na ocasião não queria vender a "tal lagosta" ao meu pai, pois "era a mãe do camarão", portanto deveriam devolvê-la ao mar, ou não haveria mais camarão...

Lido lotado em dia de exibição de aviões supersônicos na Praia de Iracema
Arquivo Nirez

Deu ao pescador alguns trocados e todo feliz levou a lagosta para o Náutico, cozinhou-a viva em água e sal, (água fervendo) sendo servida no mesmo dia no Restaurante do Náutico aos diretores Pedro e Julio Coelho os quais se recusaram a comer o tal crustáceo. Foram então meus pais que se deliciaram com a famosa lagosta.


Alunos da Escola Alvorada em frente ao Restaurante Lido no Desfile de 7 de Setembro de 1966. Acervo de Caio Ruthenio Costa. Foto publicada na Fan Page da escola.

Praia de Iracema e o Lido - Década de 70. Foto de Nelson Bezerra

Foi a primeira Lagosta servida ao "natural" colocada sobre folhas de alface, decorada simplesmente com tomates, ovos cozidos e fatias de limão, acompanhada de maionese e molho "tartare” (ao modo de meus pais, com gema crua, mostarda...salsinha, cebolinha etc).

E foi assim que a lagosta foi sendo aos poucos introduzida, primeiramente no Menu elaborado por meus pais, no restaurante do Náutico : natural com maionese e tatare, ao molho Bearnaise, à Thermidor, gratinada, grelhada com molho de manteiga e limão ou no alho, ensopada com camarão...e até mesmo "à bahiana", adequando-se aos gostos cearenses. (Joanna Alice Dell’Eva)

Antes e depois
Antes (30/05/1955 construção) e depois ( Final dos anos 80) - Arquivo Joanna Dell'Eva

Antes (30/05/1955 construção) e depois (27/11/1955 inauguração) - Arquivo Joanna Dell'Eva

Editado em 10/08 - Não posso deixar de falar sobre os shows que eram realizados no Lido com vários artistas renomados como Luiz Gonzaga, Luiz Vieira, Rosemary, Wanderléia...

Gif


Edifício Lido, erguido no lugar do antigo restaurante:







sábado, 7 de agosto de 2010

Sefaz - Avenida Alberto Nepomuceno



Antigamente as arrecadações das províncias eram feitas por repartições que eram denominadas Almoxarifado e que enviavam depois para a junta de fazenda da sede, em nosso caso, Pernambuco. Depois passou a chamar-se Provedoria, mas continuava subordinado à Junta. No dia 24 de janeiro de 1799 foi criada a Junta da Fazenda do Ceará, diretamente subordinada ao Real Erário. Em 1831 todas as Juntas foram extintas e surgiram as Tesourarias; posteriormente as tesourarias estaduais passaram a Inspetorias. Em 1891 surgiu a Secretaria dos Negócios da Fazenda, dividida em vários setores como o Tesouro, a Recebedoria, a Contadoria, a Procuradoria e o Departamento de Estatística, além do Gabinete do Secretário. Somente em 1905 entrou em vigor a Secretaria da Fazenda.

A Secretaria da Fazenda em Fortaleza tinha prédio próprio na antiga Avenida Sena Madureira (hoje Alberto Nepomuceno), no local onde foi o Fórum Clóvis Beviláqua já implodido. O atual prédio, na mesma avenida esquina com Rua Adolfo Caminha foi projetado e iniciada sua construção em 1924, sendo terminado e Inaugurado em 27 de novembro de 1927. O projeto foi do engenheiro-arquiteto José Gonçalves da Justa.
A foto antiga data de 1938, colhida pela Aba Film e foi feita em negativo de vidro no tamanho 13x18cm, que dá um ângulo não conseguido pelas máquinas de hoje, cujo negativo tem apenas 35mm. A distância do prédio para o fotógrafo também mudou, pois na foto antiga havia mais espaço (ver a ponta da calçada). Atualmente há construções novas no local onde o antigo fotógrafo ficou. A foto atual mostra algumas diferenças no alto do prédio e à frente, a estátua de Alberto Nepomuceno, o maestro cearense de projeção mundial que hoje é patrono da avenida.

Mais referências sobre o local podem ser encontradas na página sobre a Av. Alberto Nepomuceno.

Crédito: Portal do Ceará - Gildásio Sá

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Casa do presidente do Estado


AVENIDA SANTOS DUMONT

No final da Segunda década do século passado, foi construída a casa que ilustra a foto mais antiga, era a Vila Quixadá, que ficava na Avenida Santos Dumont nº 1169, construída por Adolfo Quixadá para sua residência. Após alguns anos foi alugada ao governo estadual que a usou como residência do Presidente do Estado.
Em 1930 a casa volta às mãos da família Quixadá e nela inaugurava-se, no dia 6 de março o Ginásio São João, dirigido pelo professor César de Adolfo Campelo e que em 1943 passou a ser Colégio São João.
A Segunda foto, colhida pela objetiva da Aba Film, data de 1938 e mostra o Ginásio São João que tem em seu lado esquerdo o campo de esportes. Na avenida, calçada com paralelepípedo, vemos os trilhos dos bondes elétricos, cuja fiação está nos postes da Light and Power. Do outro lado, os postes da telefônica.
Em 1976, o colégio foi vendido para a Organização Farias Brito, mudando o nome para Farias Brito-Aldeota/1.

Depois a casa foi vendida e em seguida demolida, sendo levantado no local um novo prédio que abriga hoje um supermercado.
A foto atual mostra a loja do "Supermercado Pão de Açúcar" com seu extenso estacionamento e muitas árvores que deste ângulo dificultam a visão do novo prédio.


Créditos: Portal do Ceará e Arquivo Nirez

domingo, 25 de julho de 2010

Castelo do Plácido



O comerciante Plácido de Carvalho era proprietário de muitos terrenos no centro da Cidade, onde vários importantes prédios foram levantados, como o "Majestic" em 1917 e o "Excelsior" em 1930.
Quase todo o quarteirão da Rua Major Facundo que ficava na praça do Ferreira era seu. Além de comerciante era também industrial, tendo uma fábrica de mosaicos estabelecida em 1905, com escritórios na rua Barão do Rio Branco.
Em uma de suas viagens à Europa, conheceu na Itália a jovem Pierina Giovanni, a quem propôs casamento e vinda para o Brasil.




Como insistisse muito, a jovem condicionou sua vinda à construção, por ele, de um palácio para ela e ele. Adquiriu uma planta de um palácio na Itália e o fez construir em Fortaleza, por João Sabóia Barbosa, na Avenida Santos Dumont, entre a Rua Carlos Vasconcelos e a Rua Monsenhor Bruno.
Assim casaram e viveram juntos até a morte de Plácido. Essa história é contada de boca em boca na cidade, não havendo, porém nenhuma confirmação oficial. Isto ocorreu por volta de 1912. Depois a viúva Pierina casou-se com o arquiteto Emílio Hinko.





Na década de 30 o castelo foi ocupado pelo Serviço de Malária, departamento federal que equivale hoje a Sucam.
Na década de 1970 a castelo foi demolido por tratores para construção no local de um supermercado, mas passaram-se os anos e o terreno ficou abandonado até que o governo o desapropriou e nele construiu a Central de Artesanato Luiza Távora, feita com troncos de carnaubeira que aos poucos foram se deteriorando pela presença de cupins. Ultimamente foi reconstruído e é o que vemos na foto atual.



A fotografia antiga é do final da década de 30 e foi batida pela Aba Film, uma foto de um ângulo bastante artístico.
As fotografias seguintes procuraram o mesmo ângulo, sendo a segunda de 1976, colhida por Nirez e a última atual, batida por Osmar Onofre. Infelizmente o Centro Artesanal não tem o mesmo porte do castelo, além de existirem prédios "espigões" por trás.



Fotos Arquivo Nirez:





 



Fonte: Portal do Ceará/Nirez


terça-feira, 20 de julho de 2010

Antiga Sé - Igreja de São José


A Ordem Régia de 16 de fevereiro de 1699 resolvia sobre a construção de uma igreja, que foi a primeira capela-mor da Matriz de Fortaleza, cuja construção foi autorizada por Ordem Régia de 12/2/1746.

A igreja foi terminada por volta de 1795, mas em 1821, foi demolida e em seu lugar levantada uma outra que foi inaugurada após 34 anos, em 1854 e é a que vemos na foto mais antiga que data de 1938.

Foi dia de festa em Fortaleza, em 2 de abril de 1854, quando foi inaugurada a Igreja de São José, que ainda não estava completamente pronta.

O primeiro bispo do Ceará foi Dom Luís Antônio dos Santos. Sua posse se deu no dia 29 de setembro de 1861, passando a antiga Matriz a Catedral.

Em 11 de setembro de 1938, ano da foto mais antiga, realiza-se a última missa na Catedral Metropolitana de Fortaleza (Igreja de São José), sendo transferida a imagem de São José para a Igreja do Rosário, para ser dado início a sua demolição que foi registrada em filme de 9.5mm (Pathé Baby) por Rubens de Azevedo, para a Sociedade dos Amadores de Cinema, mas as imagens perderam-se no tempo.

No dia 15 de agosto de 1939, é lançada a pedra fundamental da Catedral Metropolitana de Fortaleza (Igreja da Sé), a atual, que também levou mais de 40 anos para ser construída, no mesmo local da que fora demolida, cerimônia oficiada pelo Arcebispo Metropolitano Dom Manoel da Silva Gomes.
Na foto mais antiga, que data de 1938, colhida pela objetiva da Aba Film, vemos além da Igreja e da estátua de D. Pedro II, um bonde elétrico, combustores a gás, do lado direito casas que não mais existem e ao fundo, parte do Palácio do Bispo, hoje Paço Municipal.

A segunda foto, do fotógrafo Osmar Onofre, mostra a Catedral atual, a estátua de D. Pedro II e algumas árvores. A praça estava em obras, pois houve a implosão do Fórum Clóvis Beviláqua e a Praça Caio Prado ganhou aquele terreno, passando a ter espaço muito maior. A última foto já foi tirada após a reconstrução da praça.

Crédito:Portal da História do Ceará

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Praça Cristo Redentor II


Vemos na primeira foto, colhida pela objetiva da Aba Film no ano de 1938, a Praça do Cristo Redentor. A partir da esquerda, a mansão que foi de Luiz Borges da Cunha e Maria Pio de Castro, que ficava na Rua Franco Rabelo, em frente à Praça, seguida da casa construída por José Pio Moraes de Castro e Angélica Borges Pio de Castro, depois ocupada pelo inglês Francis Reginald Hull (Mr. Hull), meio encoberta por uma árvore; a Avenida Monsenhor Tabosa, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição e o Seminário Arquidiocesano. Na frente, a praça, com a torre que lhe deu o nome.

A pedra fundamental da Torre do Cristo Redentor foi lançada no dia 23 de julho de 1922, na então Praça Comendador Machado (hoje Praça do Cristo Redentor), construída para comemorar a passagem do Centenário da Independência do Brasil. Usou da palavra o arcebispo Dom Manoel da Silva Gomes.


Jardim da residência de José Pio Moraes de Castro e Sinhá Pio, que ficava de frente para onde hoje é a Praça do Cristo Redentor, esquina com a rua Almirante Jaceguai, no início da decida hoje para o Centro Dragão do Mar. A casa tinha uma torre, da qual se podia ver um panorama da cidade e servia a José Pio para o controle do movimento portuário, função que lhe cabia como agente da empresa Lloyd de Navegação. Posteriormente, José Pio venderia sua casa para o engenheiro inglês Francis Reginald Hull, o Mister Hull. A foto data por volta de 1900. Acervo Carlos Augusto Rocha Cruz
Jardim da residência de José Pio Moraes de Castro e Sinhá Pio. Foto do Álbum Vistas do Ceará de 1908.
Jardim da residência de José Pio Moraes de Castro e Sinhá Pio. Foto do Álbum Vistas do Ceará de 1908.

Deveria ter sido inaugurada no dia 7 de setembro de 1922, mas só o foi às 17hs de 24 de dezembro do mesmo ano. Os construtores foram os mestres Antônio Machado, Domingos Reis e Severino Moura, que foram os próprios arquitetos e engenheiros. 

Jardim da residência de José Pio Moraes de Castro
Na ocasião da inauguração falou o arcebispo Dom Manoel da Silva Gomes. Estavam presentes o presidente do Estado Justiniano de Serpa, o prefeito de Fortaleza, coronel Adolfo G. Siqueira e o deputado estadual Rubens Monte. A torre mede 35m de altura, com 3m de circunferência.
No dia 16 de novembro de 1924 foi inaugurado o relógio de quatro faces da coluna do Centenário (Cristo Redentor), mas em virtude do balanço da torre teve que ser retirado e foi depois levado para a torre da Igreja dos Remédios, onde ainda está.

A residência de José Pio Moraes de Castro, posteriormente vendida a Mister Hull.
Engenheiro Francis Reginald Hull no jardim da casa. Foto do livro Ah, Fortaleza.
No dia 19 de dezembro de 1924, a antiga Praça Senador Machado muda o nome para Praça do Cristo Redentor, que no dia 16 de julho de 1938 inaugurou sua urbanização.

A Biblioteca Pública do Estado, que estava funcionando no Palácio da Luz, começa a mudar-se para sua sede própria, na Praça do Cristo Redentor, no dia 26 de janeiro de 1967, era a casa já citada, de Luiz Borges da Cunha, vizinha ao atual prédio da Biblioteca Pública Menezes Pimentel, inaugurada em 27 de março de 1967.


Acervo Raimundo Gomes
Na década de 70 iniciaram-se as obras de construção da Avenida Leste-Oeste que absorveu a Rua Franco Rabelo e unindo lado leste ao oeste da cidade. Foi inaugurada no dia 5 de outubro de 1974, às 10hs, batizada de Avenida Presidente Castelo Branco, unindo a Praça Cristo Redentor à Barra do Ceará.

A foto nova mostra a praça como hoje está, sua arborização não deixa ver os prédios que a rodeiam, mas as casa da primeira foto que ficavam na Rua Franco Rabelo foram demolidas para darem lugar hoje ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.


Crédito: Portal da História do Ceará e Arquivo Nirez

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: