Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Floriano Peixoto
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Postais Antigos III

Postal raríssimo de 1881, enviado em 1906, Jangada do Nascimento. Dragão do Mar:"Neste porto não embarcarão mais escravos".


Postal por volta de 1900, Escola Normal; o Teatro José de Alencar ainda não existia
Postal antigo da Ponte Metálica
Postal Parque da Liberdade
Postal Igreja do Rosárioantiquíssimo
Postal enviado pelo correio em 1928. Igreja do Carmo
Postal editado em 1907, Café Caio Prado e aspecto da Av. Mororó
Postal de 1926 - Estação Ferroviária João Felipe
Postal de 1925 - Rua Cel Guilherme Rocha
Postal de 1914, Praça do Ferreira
Postal de 1914, antiga Catedral que existiu até 1938


Postal de 1913, entrada do Passeio Público


Postal de 1910, antiga Praça do Palácio


Postal de 1905 Parque da Liberdade


Postal de 1905. Rua Major Facundo


Postal de 1905 - Trecho da Travessa Municipal, atual Rua Guilherme Rocha, tendo à esquerda o prédio da antiga Intendência Municipal, depois parcialmente demolido para a abertura da Travessa Pará. À direita, a Praça do Ferreira e parte da fachada do Café do Comércio, de José Brasil de Matos, demolido em 1920, e a seguir o quiosque da empresa de bondes e o Café Java.


Postal de 24-jan-1912, mostrando os estragos que derrubou Nogueira Acióli


Postal da estátua de D. Pedro II


Postal colorizado. Vista da cidade vendo-se o Mercado da Farinha


Postal colorizado a mão. 1911, Igreja do Patrocínio


Postal Aspecto da Praça do Ferreira. 1925


Postal antigo Palácio Placido


Postal 1910, Chafariz ainda existente no Passeio Público

Passeio Público, postal editado em Hamburgo, Alemanha, enviado em 1915

Postal de 1913, antiga Rua da Boa Vista-Hoje Floriano Peixoto. À esquerda em primeiro plano o Café Fênix e ao fundo as estruturas metálicas do Mercado de Ferro inaugurado em 1897

sábado, 25 de julho de 2009

Ruas de Fortaleza - Mudanças (Floriano Peixoto)



RUA FLORIANO PEIXOTO NO MERCADO DE FERRO*



Estamos na Rua Floriano Peixoto, que já se chamou Boa Vista, Pitombeira, das Belas e Rua nº 5. A foto antiga data de 1930, quando a rua já tinha o nome atual. Velhos sobrados no estilo neoclássico faziam aquela rua onde trafegavam ônibus da "Light", carros hoje conhecidos como calhambeques, carroças e animais. As pessoas andavam normalmente de chapéu. A bomba da gasolina da época dava um toque todo especial. Vemos por trás o velho Mercado de Ferro inaugurado em 1897 e dali retirado em 1937. Também vemos os postes telegráficos, estes com várias hastes de apoio, cada qual comportando oito fios, totalizando 48 fios. A posição do fotógrafo é de costas para o sertão e frente para o mar. Na foto antiga vê-se o Passeio Público à distância.


Do mesmo ângulo é a fotografia ao lado, onde existem resquícios do que foi outrora. Dos prédios da esquerda existe apenas o que foi do Banco Frota & Gentil e hoje abriga o Banorte. Do lado direito absolutamente nada mais existe da foto anterior.

O prédio do Banco do Brasil foi inaugurado em 1941 como sede e hoje é uma agência e o Palácio do Comércio que foi inaugurado em 1940 e hoje abriga no térreo uma agência do Banco Itaú. O asfalto substitui o antigo calçamento de pedras apiloadas; os postes de concreto-armado estão no lugar dos antigos de madeira ou ferro. Os trilhos e fios dos bondes que estão presentes na primeira foto já não se encontram na segunda.

Os bondes deixaram de circular em 1947 e os fios e trilhos foram retirados no ano seguinte. Telefones públicos "orelhões", sinalização nos postes, sinalização no chão e semáforo não existiam na foto antiga.



*O Mercado de Ferro foi desmontado em 1938 e dividido em dois: Pinhões e Aerolândia.


RUA FLORIANO PEIXOTO - 1900 - 2001

A fotografia antiga é de um cartão-postal distribuído no último ano do século XIX. É a Rua Floriano Peixoto vista por um fotógrafo que estava na calçada do lado do sol, na altura da esquina com a antiga Travessa Pará, ou seja, onde hoje termina a Praça do Ferreira, para o lado do mar.
Na foto vemos, do lado direito, as casas que compunham aquele quarteirão na época, com seus "jacarés" para descida d'água, seus toldos de proteção contra o sol e seus combustores de gás na ponta da calçada. Em seguida, pode-se divisar o prédio da Antiga Assembléia Provincial, depois Assembléia Legislativa, e depois a Praça Capistrano de Abreu, hoje Largo da Assembléia, onde existia o mercado de ferro.

Foto do livro Vistas do Ceará de 1908

No meio da rua correm os trilhos dos bondes de tração animal da Companhia Ferro-Carril do Ceará sobre o calçamento de pedras rústicas apiloadas. Um dos bondes é visto ao longe, de costas. Ainda não havia o fio de pedras.
Do chamado lado da sombra, ou de numeração par, várias casas, sendo uma das primeiras a "Farmácia Albano", de Antônio Albano, que ficava no nº 44. Na primeira esquina ficava a firma G. Tavares & Cia, no nº 34, esquina com Rua da Assembléia (Rua São Paulo), representantes dos calçados Bordallo, sobrado de quatro portas, a "Rianil", cognominada "A loja azul da Floriano Peixoto". Em primeiro plano, um combustor de iluminação pública a gás hydrogeno-carbonado.
Depois no quarteirão estiveram o Banco América do Sul, a Loja Brasileira de Preço Limitado - Lobrás, o Banco Real, "As Pernambucanas", tendo na esquina onde foi a Bordallo, o Banco de Crédito Comercial - BCC, que depois foi uma agência do Banco Brasileiro de Desconto - Bradesco, seguida da Casablanca atravessando-se a rua. Do lado direito havia a casa "As Torres" e a "Casa Joana D'Arc".


A foto atual, de Osmar Onofre, mostra do lado direito "Paulus Livraria", "Papel & Cia", o salão Torre (barbearia), "Savoy Lanches", "Art Shopping", Livraria Santa Fé, e o antigo prédio da Assembléia que depois foi o Museu Histórico e Antropológico e hoje se chama apenas Museu do Ceará. Do outro lado, onde foi o mercado de ferro, o Palácio do Comércio com o Banco Itaú na esquina. Do lado esquerdo temos "Miami Bolsas", casas para alugar, um estacionamento, Armazém Vitória, "Center Bolsas", etc. Dos prédios da época existe apenas um, que tem a fachada com um arco no topo e que durante muitos anos abrigou a loja "Rianil".


RUA FLORIANO PEIXOTO NA PRAÇA DO FERREIRA



Quando foi construído o Edifício do Excelsior Hotel em 1931, pelo comerciante Plácido de Carvalho, todos os fotógrafos apressaram-se para colher fotos de Fortaleza do alto do "arranha-céu" que era a sensação na época. A foto antiga que ilustra estas linhas é uma delas, e mostra a Rua Floriano Peixoto no trecho que fica entre as ruas Guilherme Rocha e Pedro Borges, na Praça do Ferreira.

Nota-se na foto, por trás do Palacete Ceará (destacado em azul), a Igreja Presbiteriana (destacada em lilás); também o sobrado que ficava sobre o "Bazar Alemão"; também vemos, à direita, a Praça dos Voluntários (destacada em verde), que tinha apenas árvores. Por trás, depois do trecho urbanizado, árvores até o horizonte.



A foto atual nos mostra as mudanças ocorridas durante os anos.


Nela vemos o Palacete Ceará, ocupado na foto anterior pelo Clube IracemaRotisserie Sportman, agora ocupado pela Caixa Econômica Federal do Ceará desde 1947, seguido da várias lojas como a Loja Helga, Casa Avenida, Café L'Escala, Bingo Cidade, C. Rolim, etc.

Por trás vemos vários prédios, como o do Palácio Progresso, alguns do Grupo C. Rolim, etc.


RUA FLORIANO PEIXOTO com SENADOR ALENCAR



A firma Frota & Gentil surgiu em 1893, em prédio térreo localizado na esquina sudoeste do cruzamento das ruas Floriano Peixoto com Senador Alencar. Na época era Rua Pitombeiras com Travessa das Hortas. A firma tinha a representação da Sagres, companhia de seguros. A partir de 1917, passou a ter a seção bancária. Em 1925 o prédio foi demolido e em seu lugar foi construído um grande sobrado de esquina que ainda hoje lá está, projeto de João Saboia Barbosa. A firma continuou no prédio e em 19 de março de 1931 transformou-se no Banco Frota Gentil Sociedade Anônima, com grande atuação no comércio e indústria até seu fechamento na década de 60.
No mesmo prédio surgiu uma filial do Banco do Comércio e Indústria de Minas Gerais - Comind, que teve o mesmo destino do anterior e o Banco Mercantil de São Paulo. Depois ainda funcionou uma agência do Banco Nacional do Norte S. A. - Banorte e hoje lá está o Banco Bandeirantes de São Paulo.
A foto antiga que ilustra estas linhas, data de aproximadamente 1918, pouco antes da demolição do prédio. Vemos uma calçada ainda sem meio-fio ou fio de pedra, cujo uso foi instituído a partir de 1921. O combustor de iluminação a gás carbônico está no canto da calçada. Os trilhos dos bondes já elétricos passam pela Floriano Peixoto, bem como sua posteação e fios. O velho prédio trazia, pelo menos, sete "jacarés" de descida d'água em sua fachada. A casa que vemos vizinha, pelo lado da Floriano Peixoto, também pertencia à firma e nela está a inscrição "Frota & Gentil". Na esquina, o emblema da "Sagres". 



A foto atual, do mesmo ângulo, mostra, todas as diferenças hoje existentes como o prédio de 1925, as placas do Bandeirantes, a calçada com o meio-fio, o asfalto, e a sinalização.

RUA FLORIANO PEIXOTO - Prédio da INTENDÊNCIA MUNICIPAL



A Rua Floriano Peixoto já se chamou Rua das Belas, Rua da Pitombeira, Rua da Alegria e Rua da Boa Vista. Este trecho é próximo à Praça do Ferreira, vendo-se a esquina com a Rua Pará e adiante a Rua Guilherme Rocha, que já foi Travessa Municipal, Rua Municipal, Rua 24 de janeiro e Rua Coronel Guilherme Rocha. O trecho de rua que vemos na foto antiga é da Rua Pará, que ficava ali onde hoje ficam três bancas de revistas, entre elas a do Bodinho, em frente aos prédios do Savanah e Sul América. Este prédio com a torre era a Intendência Municipal, sobrado antiquíssimo  adquirido do Pachecão, talvez o primeiro de Fortaleza e que foi demolido no inicio da década de 40.
A foto antiga data de 1905. O prédio que vemos em primeiro plano era a Farmácia Albano e na esquina ficava a loja "A Libertadora". O quarteirão seguinte, onde ficava o sobrado da Intendência Municipal desapareceu com ele, dando lugar a uma outra praça muito mal cuidada na época. Depois foi construído no local, na administração do prefeito Acrísio Moreira da Rocha, pelo comerciante Edson Queiroz, o Abrigo Central, em 1949. 
Em 1967 ele foi demolido e foi feito no local o prosseguimento da Praça do Ferreira, fechando-se a rua Guilherme Rocha com um calçadão, como ainda hoje está. A foto antiga mostra ainda um combustor de iluminação pública a gás hydrogeno-carbonado em primeiro plano. O calçamento é de pedras toscas apiloadas e vemos linhas de bonde de tração animal. As calçadas não tinham uniformidade - é como hoje as ruas de nossos bairros - e não havia ainda o fio de pedras. As árvores que vemos ao fundo são da Praça do Ferreira
Na Intendência Municipal (prefeitura da época) funcionava também a Câmara de Vereadores. Na torre que vemos existia um grande relógio que a partir de 1934 passou a competir com a Coluna da Hora.


Na foto atual, batida por Osmar Onofre, vemos prédios novos como os que abrigaram as Lojas Brasileiras de Preços Limitados - Lobrás, o que abrigou "As Pernambucanas", seguida do Edifício Sul América que no térreo, onde esteve o Banco América o Sul, hoje funciona a Loja Miami Bolsas e a Praça do Ferreira já bem maior, ocupando o local do antigo quarteirão e ao fundo os novos prédios de concreto, chamados de "espigão". O asfalto e o fio de pedras substitui a antiga pavimentação. A iluminação púbica já é elétrica e os portes que sustentam os fios tanto elétricos como os de telefones, são de concreto armado. Vemos também vendedores ambulantes e carros estacionados.


RUA FLORIANO PEIXOTO - BANCO BRADESCO


A foto antiga data de 1938 e mostra o prédio que serviu de sede, por muitos anos, ao Colégio Sete de Setembro, na Rua Floriano Peixoto nº 875, onde depois funcionou o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários - IAPC, e depois o Tribunal Regional Eleitoral - TRE. Ficou abandonado algum tempo e depois foi demolido, tendo antes passado por um incêndio parcial. Foi usado o terreno como estacionamento de carros e finalmente o Banco Brasileiro de Descontos - Bradesco adquiriu o referido terreno e construiu sua sede que começou a funcionar em 1980.

O Colégio Sete de Setembro, de Edilson Brasil Soarez, mudou-se para a Avenida do Imperador esquina com Rua Antônio Pompeu, onde ainda hoje se encontra; o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários - IAPC construiu sua sede própria na Rua Pedro Pereira no quarteirão compreendido entre Rua Major Facundo e Rua Barão do Rio Branco e lá se instalou, onde depois foi fundido com os demais institutos (Industriários, Bancários, Marítimos, etc), transformando-se no Instituto Nacional de Previdência Social - INPS, que já foi dividido e mudado, sendo hoje o INSS. O Tribunal Regional Eleitoral - TRE funcionava ali apenas com uma carteira. Também se mudou e hoje fica na Rua Jaime Benévolo nº 1, na Praça do Coração de Jesus.
Na antiga foto, o paralelepípedo como pavimentação e um carro que parece ser um "Packard". A construção da casa é de 1904, como sugere a data colocada no portão de ferro. A foto antiga foi colhida pela Aba Film.


A foto atual, de Osmar Onofre, nos traz a sede de uma das agências do Banco Brasileiro de Descontos-Bradesco, a Agência Verdes Mares, existindo outras agências em outros locais da Cidade. O oitão que vemos é do antigo Cine Jangada, hoje Bingo Jangada.


RUA FLORIANO PEIXOTO ESQUINA COM RUA SÃO PAULO


A primeira foto é de 1930 e mostra em primeiro plano uma bomba de gasolina da "Standard Motor Oil", tendo por trás uma outra com a suástica, emblema depois usado pelo ditador Adolfo Hitler na Alemanha. Paralelamente às bombas, corriam os fios telegráficos em postes estreitos, de ferro, com seis suportes, cada um com dez isoladores, num total de 70 fios, já que o suporte de baixo tinha fios nos dois lados. Do lado esquerdo, em primeiro plano, o prédio da Assembléia Legislativa e por trás deste, a ponta da torre do palacete Ceará, onde ficava o Clube Iracema. Do lado direito, em primeiro plano, está o prédio onde funcionava o Banco do Brasil, seguido da Casa Veneza de calçados, a Zuca Acioli e as Lojas Rianil. No final, o sobrado que abrigava a Intendência Municipal e onde também funcionava a Câmara de Vereadores.
Na rua calçada com pedras, o bonde da linha "Outeiro" e na esquina um combustor de iluminação pública a gás.
As pessoas na época trajavam quase sempre o branco e todas elas, homens, mulheres ou crianças, usavam chapéu.


A foto nova mostra o mesmo trecho sem as bombas de gasolina, sem o combustor e sem os postes telegráficos. O prédio da Assembléia hoje abriga o Museu do Ceará. A torre do palacete Ceará que hoje tem a Caixa Econômica em seu interior não mais é visível em virtude de novas construções. Do lado direito o prédio que abrigou a agência do Banco Brasileiro de Desconto - Bradesco, está no local antes ocupado pelo Banco do Brasil. Hoje está abandonado. Em vez da Casa Veneza temos o Banco Cidade. No final do quarteirão levanta-se hoje o Edifício Sul América, que já abrigou em sua parte térrea a agência do Banco América do Sul que hoje é uma loja Miami Bolsas. O velho sobrado da Intendência Municipal foi demolido em 1941 e hoje o local é a continuação da Praça do Ferreira que é notada na foto pela arborização.


RUA FLORIANO PEIXOTO - AO LADO DOS CORREIOS



Estamos na Rua Floriano Peixoto ao lado do edifício do antigo Departamento de Correios e Telégrafos - DCT, hoje Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT, estando o fotógrafo de costas para o mar e de frente para o sertão.
A foto antiga, tem à direita as casas comerciais da época, entre elas "A Pernambucana", de Lundgren & Companhia, a loja O Gabriel, que patrocinou por muitos anos o programa radiofônico "Coisas que o tempo levou", liderado pelo radialista José Limaverde Sobrinho, pai de Narcélio e Paulo Limaverde. Em seguida vem o Banco Frota & Gentil, o Edifício Abel Ribeiro, outros como o da Casa Elefante, Casa das Louças, Banco do Brasil, Casa Veneza, etc.
Do lado esquerdo, seguindo-se ao Edifício dos Correios, vem o Palácio do Comércio. Na rua, carros característicos de época. A rua é calçada com paralelepípedos e a rua que está em primeiro plano, cruzando a Floriano Peixoto, é a Travessa Crato.


Foto de outro trecho, vendo-se o  Edifício Abel Ribeiro e do lado esquerdo o Palácio do Comércio.


Hoje, as lojas do lado direito são outras, entre elas Elias Bachá & Companhia, Papelaria Colombo, Nasser & Companhia, Casa Blanca, Casa Bachá, e Nagib Gazzeli.
No quarteirão seguinte o prédio antes do Banco Frota Gentil hoje está  o Banco Bandeirantes, seguido dos Armazéns Aurora, etc., além do Edifício Epitácio Oliveira.
No outro quarteirão, após a Rua São Paulo, a Panamá Importadora, Armazém Vitória, algumas casas desocupadas, um estacionamento, a Miami Bolsas e a Praça do Ferreira.
Do lado esquerdo, depois do prédio dos Correios, vem o do Banco do Brasil - Agência Metropolitana José de Alencar, Palácio do Comércio tendo no andar térreo o Banco Itaú e o Edifício do Museu do Ceará, seguido de Savoy Lanches, Art Shopping, Salão Torres, Livraria Santa Fé, Livraria Paulus, Casa do Desenho, etc.
A rua hoje tem asfalto com sinalização horizontal, fios de pedra ou meio-fios pintados de branco e muitas bancas de revistas e jornais e vendedores ambulantes.



Crédito ao site Portal da História do Ceará/Arquivo Nirez e Arquivo Assis de Lima

terça-feira, 2 de junho de 2009

Abrigo central - Praça do Ferreira



Abrigo Central em 1949

"A foto antiga data de meados da década de 1950 e mostra o movimento daquele logradouro que deixou saudades. Ali havia o encontro de classes, tendo lugar determinado para todos, como o local de reunião dos músicos, dos alfaiates, dos melômanos, dos aficionados de futebol, etc. Existiam ali os cafés "Presidente", "Hawaí", "Wal-can", o "Pedão" da bananada, a "Livraria Alaor", um box de venda de selos de consumo, a "Discolândia", além dos engraxates, bancas de jornal e revistas como as do Bodinho e do Holien, a banca de venda de discos de segunda mão do Raimundo, onde adquirimos muitos discos de cera.
Por trás do Abrigo vemos o Edifício Sul América e o Edifício Jereissati (Savanah) ainda em construção, mas com o andar térreo já pronto, abrigando a Loja Brasileira de Preços Limitados - Lobrás, loja que trouxe uma novidade para a cidade, a primeira escada rolante."
Nirez



Abrigo Central na década de 50 - Arquivo Nirez

Existia na Praça do Ferreira um quarteirão entre as ruas Floriano Peixoto, Guilherme Rocha, Major Facundo e Travessa Pará, com várias casas comerciais entre elas as mais famosas como a "Casa Mundlos", a "Crysanthemo", a "Livraria Edésio", o "Café Emygdio", o "Auto-Volante", além do antigo sobrado que abrigava a Intendência Municipal. Em 26 de agosto de 1941 após ocorrer um incêndio em algumas casas comerciais do quarteirão, o mesmo foi demolido, sob a alegativa de que seria ali construída a sede da Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF que nunca foi construída. Foi então feita uma praça provisória, separada da Praça do Ferreira apenas pela Rua Guilherme Rocha.
Em 1949, na administração do prefeito Acrísio Moreira da Rocha, foi aberta uma licitação para construção ali de um abrigo para pessoas que esperavam ônibus, sendo vencida pelo comerciante Edson Queiroz. Foram iniciadas as obras da construção do Abrigo Central, que vemos na foto antiga, que data do final daquele ano. Ele ainda não estava pronto, sua inauguração deu-se no dia 15 de novembro do mesmo ano. Tinha o nome oficial de Abrigo três de Setembro.

No Abrigo Central existiam as paradas de ônibus, as reuniões profissionais, discussão de classes, comentários em torno de esportes, política, música, enfim, todos os assuntos. Nos boxes funcionavam cafés, casas de merendas, vendas de selos de consumo, armarinhos, casas de vender discos, além dos boxes portáteis como a banca do Bodinho e do Raimundo - este vendia diversas coisas, entre elas discos de segunda mão e onde parte do acervo discográfico do Arquivo Nirez e do pesquisador Christiano Câmara foi adquirido.


"Praça construída na administração do prefeito José Walter Cavalcante, em 1967 - Após a demolição do abrigo, foi iniciada a construção da então nova Praça do Ferreira, que agora seria maior, pois até então no comprimento ia da Rua Pedro Borges até a Guilherme Rocha e agora iria até a Rua Pará. A nova praça trouxe no local do abrigo, imenso caixote de concreto muito sem graça e sem função, como pode ser visto na foto." Nirez

Em 1967, na administração José Walter Cavalcante, sob a alegativa de que estava para ruir, foi demolido o Abrigo Central, que para afrouxar suas fundações necessitou até de dinamite. Depois foi feito o prosseguimento da Praça do Ferreira que foi construída pelo prefeito José Walter e que agora, felizmente, foi demolida. 


Em 1957, a imprensa começou a publicar notícias sobre as rachaduras no Abrigo Central, que ameaçavam a estrutura do prédio construído por Edson Queiroz, vencedor da licitação. Em entrevista ao jornal Gazeta de Notícias, Dr. Luiz Sabóia protestou contra a falta de impermeabilização quando as mesmas surgiram. Colocou-se cimento e dez anos depois, foi ao chão pelas mãos do homem. De acordo com o memorialista Nirez, a atitude lamentável foi devido a ditadura para impedir as grandes concentrações populares. Fotos Manuel Lima.
Acervo Lucas Jr

Acervo Lucas Jr



A foto mostra as bancas de jornais e revistas, tendo ao fundo uma casa de bingos no local onde foi a Lobrás no Edifício Jereissati (hotel Savanah) e onde foi inaugurada a primeira escada rolante de Fortaleza.

A atual praça foi construída na gestão de Juraci Magalhães.


No local onde antes funcionou a Lobrás, vemos o Savanah Bingo
Há telefones públicos, alguns bancos entre os quiosques, algumas árvores, sobre um piso quadriculado. A iluminação é moderna e graciosa. Por trás, os mesmos edifícios, porém abrigando outras casas de comércio.

Praça do Ferreira ainda com o Abrigo



Atual configuração da Praça do Ferreira. Ao centro, a nova Coluna da Hora. Nos cantos da Praça, quiosques modernos.



NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: