Março de 1971. Logo empossado chefe de gabinete da Secretaria de Segurança Pública, atendi a uma comissão de moradores do bairro Bela Vista. À frente, o padre Alberto Oliveira. Depois dos cumprimentos, o religioso expressou o objetivo da visita. Próximo ao templo da Santa Madre Igreja, instalara-se a Gafieira Rabo da Jumenta, “antro do pecado e da perdição”. Estabelecida em prédio abrigando, na frente, um bar, no centro, um salão de dança e, nos fundos, quartos para utilização horária pelos frequentadores. Funcionamento diário. Da boca da noite ao raiar do dia. Amplificador de som, com cornetas irradiadoras fixadas no alto de um poste, dirigindo som ensurdecedor aos quatro pontos cardeais e ouvidos dos paroquianos. Devido aos críticos e inflamados sermões do vigário, vieram às represálias.
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Finalmente, o pároco fez-me a entrega de uma pasta, contendo memorial e abaixo-assinado, requerendo providências contra o forrobodó. À época, Fortaleza não possuía motéis, somente cabarés e rendez-vous. Garanti-lhes averiguações e providências. Dias depois, chegou à comunicação do delegado responsável ao gabinete: “Esta autoridade fechou o Rabo da Jumenta”.
Texto do amigo e colaborador Geraldo Duarte
(advogado, administrador e dicionarista)
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