Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : bairro
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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sábado, 9 de outubro de 2021

Messejana - Quando os caminhos eram veredas

 

O. Justa 1919

O processo de assentamento das populações que mais tarde dariam origem a Messejana teve início quando o território cearense recebeu as primeiras incursões organizadas, tanto a mando da Coroa Portuguesa, quanto pela Igreja Católica. Cada incursão tinha objetivos diferentes e, ao longo do caminho, deparava-se com diversas etnias, nativas ou recém-chegadas, de outros pontos do território brasileiro, principalmente do Nordeste.

Em meio a essa diversidade, destacava-se a população de nome Potiguara, estabelecida no litoral cearense depois de enfrentar inúmeros conflitos na região onde hoje está situado o estado do Rio Grande do Norte. Dessa presença é atribuída a expressão Ceará, nome dado mais tarde ao rio que fica na divisa entre Fortaleza e o município de Caucaia, expressão trazida por eles, replicando nome de rio existente em sua terra natal.

Antiga Estrada de Messejana


No entanto, uma das principais concentrações de nativos entre o final do século XVI e início do século XVII dava-se na Serra da Ibiapaba, interstício entre o Ceará e o Maranhão. Este último contando com significativa presença francesa, fato motivador do envio da expedição de Pero Coelho às veredas cearenses, cujo intuito era o de garantir o julgo português sobre aquela estratégica região.

Essa tentativa, ocorrida a partir de 1603, logrou certo êxito, principalmente ao derrotar os inimigos de seu intento em algumas batalhas. Contudo, a condição não lhe era favorável devido à escassez de recursos para sobrevivência, falta de estrutura e clima hostil, fatores que somados à tentativa de dar sequência à sua campanha, visando a expulsão dos franceses do Maranhão, tenha resultado na
mitigação de suas forças, obrigando-o a retornar com seu séquito para a região próxima ao Rio Ceará.

Estrada de Messejana - O. Justa 1919

No esteio desse insucesso, seguiu outra malograda expedição quatro anos depois, agora comandada por padres jesuítas sob o pretexto de “ganhar almas” para a
Igreja Católica. Tendo à frente os Padres Luís Figueira Francisco Pinto, essa tentativa de instituir um processo de “civilização” desembarcou na foz do Rio Jaguaribe, em fevereiro de 1607, iniciando ali uma longa jornada de um mês, culminando com sua chegada à enseada do Pará, região próxima ao atual município de Parucuru. Ali, eles passaram cinco dias juntos a alguns índios, preparando-se para a subida da Serra da Ibiapaba, com objetivos específicos,
e sempre focados nos interesses da Coroa Portuguesa.

A Messejana dos anos 20. Acervo Museu da Imagem e do Som


Depois de outra extenuante caminhada, o grupo liderado pelos religiosos alcançou a região da Serra da Ibiapaba, onde adensavam-se várias etnias. Lá, os padres
passaram a aprofundar os seus trabalhos de catequese.
Infelizmente, no início de 1608, um ataque desferido por índios Tocarijus resulta na morte do Padre Francisco Pinto e, consequentemente, na fuga antecipada do Padre Luís Figueira para a mesma região onde a combalida expedição de Pero Coelho estivera anos atrás.
Estabelecido após o infortúnio e martírio do colega, o Padre Luís Figueira organiza um pequeno ajuntamento que ele denomina em seus relatos de “Aldeia de São Lourenço”, por ter sido fundada no dia em que o dito santo é homenageado pela Igreja Católica. Esse refúgio serviu de abrigo ao padre até o seu embarque,
deixando para trás as lembranças daquela infeliz viagem, tudo exposto no documento intitulado “A Relação do Maranhão”.


As duas tentativas desastrosas de estabelecer o domínio 
português no Ceará não contribuíram substancialmente para indicar o início de um processo de povoamento denso da região, tendo em vista que antes do europeu já habitavam aqui populações nativas e recém-chegadas, como é o caso da etnia Potiguara.  
Apenas entre 1611 e 1612, com o retorno de Martim Soares Moreno ao Ceará como seu Capitão-Mor, observa-se o florescimento da ocupação do litoral a partir da construção, por obra do próprio Martim, de uma ermida em homenagem a Nossa Senhora do Amparo e de um fortim na embocadura do rio Ceará, passando essa edificação a servir como um dos pontos de ancoragem daquele litoral.


Esse estabelecimento português acontece de forma mais tranquila devido à relação amistosa entre o fidalgo português e o chefe Jacaúna, liderança dos potiguaras em
território cearense, conhecida por Martim Soares Moreno desde a sua passagem junto à comitiva de Pero Coelho, amizade cultivada devido à forma como o Capitão-Mor respeitava seu povo, o que era facilitado pelo conhecimento que tinha da língua dos índios.
Jacaúna e seu povo foram trazidos da região do rio Jaguaribe até o Forte, a convite de Martim, para habitarem próximos ao rio Ceará, onde ficava a base de operação da ocupação portuguesa. O objetivo era ajudar na construção das estruturas necessárias para a manutenção da população e resguardar a região contra o ataque de tribos arredias à presença estrangeira. A aldeia de Jacaúna distava do referido
Forte cerca de meia légua, aproximadamente três quilômetros, onde hoje temos a fronteira entre o bairro da Floresta e Álvaro Weyne, em Fortaleza.

Antiga Estrada de Messejana. O. Justa 1919

Seguido a esse momento, em 1613, Martim Soares Moreno deixa o Ceará para se dedicar a outras missões em nome da Coroa Portuguesa, só retornando em 1621,
passando então mais uma década junto ao amigo Jacaúna, repelindo ataques às tentativas de afirmação portuguesa na região. Em 1631, Martim deixa em definitivo o Ceará para combater a ameaça holandesa que avançava sobre os interesses lusitanos.
É notável a participação potiguara nos acontecimentos que movimentaram o início do século XVII no litoral cearense, contribuindo em muito nos primeiros passos dados a caminho da consolidação do adensamento da região. De forma menos agressiva, essa etnia mantinha relações de negócios com os portugueses desde as tensões no Rio Grande do Norte, fato que ajuda a estabelecer o julgo colonial no Ceará. Contudo, dentro desse grupo social e cultural brotou o interesse em afastar os portugueses, tendo como causa o histórico de massacres e humilhações, 
inclusive por meio da escravidão contra os índios.

Estrada de Messejana. O. Justa 1919

Nesse cenário, fortalece-se a figura de Amanay, ou Algodão, filho de Jacaúna, que opera junto aos holandeses e outras lideranças nativas, formando uma aliança cujo resultado é a expulsão dos portugueses do Ceará no ano de 1637 e, por conseguinte, a tomada do Forte de São Sebastião, na Barra do rio Ceará. Nesse momento, inaugura-se um período que duraria até 1644, quando ocorre um grande massacre de holandeses por conta da insatisfação dos índios e em represália as mesmas práticas utilizadas pelos portugueses contra suas populações.
Depois de vários conflitos, o lugar do Forte é transferido pelo holandês Mathias Beck para a atual localização da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, situada às margens do majestoso Rio Pajeú, que naquela época corria de beira à beira, fato esse acontecido em 1649.

Estrada de Messejana. O. Justa 1919

Nessa altura, Portugal atua para restaurar sua primazia. Para tanto, aproveita as falhas cometidas pelos invasores do momento para incitar as tribos, promovendo,
assim, a desestabilização do domínio holandês, fato esse dado por encerrado no ano de 1654, devolvendo o controle daquelas terras à Coroa Portuguesa. Por conta disso, algumas populações que apoiaram os holandeses no primeiro momento, inclusive os potiguaras de Amanay, mantêm-se afastadas da região do forte, possivelmente com receio de novas represálias por parte dos portugueses.

Nesse meio tempo, visando evitar os problemas que envolviam um cenário de conflito e tensão, a Coroa Portuguesa se previne contra novas rebeldias, impedindo
qualquer atividade que pudesse configurar revanche contra os apoiadores dos holandeses, sem deixar de manter as estratégias de controle destinadas aos povos nativos. Esse novo contexto favorece a organização do território cearense,
culminando com o surgimento bem definido das três aldeias do forte: Parangaba, Paupina e Caucaia.


Messejana / Edmar Freitas - Fortaleza: Secultfor, 2014. Coleção Pajeú


quinta-feira, 20 de junho de 2019

Jóquei Clube - O sítio que virou bairro

O bairro Jóquei Clube foi erigido no local onde existiu, por volta de 1800, o cemitério dos índios Marupiara (bons caçadores). O território, que abrigou durante muito tempo o Hipódromo Stênio Gomes da Silva, começou a ganhar ares de bairro logo após Nestor Cabral ter o seu sítio hipotecado por seu filho Laurindo.

Um alemão chamado Franz Wierzbicki, que veio embora do seu país para o Brasil após a eclosão da I Guerra Mundial, instalou-se nas vizinhanças do futuro bairro, mais precisamente no Sítio São Pedro (Parangaba), por trás do local onde existe hoje o Terminal Lagoa.

Casamento de Franz e Hedwig
(apelidada de Margarida) em

12 de maio de 1918, em Berlim.
Em 1930, tomou conhecimento da hipoteca do vizinho e resolveu assumi-la dois anos depois. O pagamento foi feito com o dinheiro que usava para pagar o aluguel da antiga moradia. Na época, começou a comprar gado holandês e a vender o leite para os amigos que trabalhavam com ele na antiga Rede de Viação Cearense (com o ofício de caldeireiro Franz conseguiu emprego nas oficinas do Urubu, da RVC e assim conseguiu sua estabilidade financeira), o que o ajudou a sacramentar o negócio.

Assim, Franz tornou-se proprietário do sítio que recebeu o nome de Sítio Glück-auf, expressão alemã que significa "Feliz regresso" ou "Minerador sortudo". Foi essa propriedade que que deu origem ao bairro.
Por ser alemão, sofreu pressão dos militares durante a Segunda Guerra Mundial. Por isso, acabou vendendo a área onde depois seria construído o Jockey Club Cearense.
Banner escrito pelo bisneto Guethner Gadelha Wirtzbiki sobre Franz Wirtzbiki que está exposto no Ecopoint
 Página 139, do livro 17, Locomoção, temos o Registro de Pessoal Jornaleiro, que trata dos contratados da Estrada de Ferro, no caso específico, da RVC, Rede de Viação Cearense. Importante observar que Franz Wirtzbiki foi admitido no dia 22 de Novembro de 1922 e dispensado no dia 04 de Abril de 1938. Ou seja, permaneceu quase 16 anos no emprego da RVC. Acervo pessoal de Guethner Wirtzbiki.
A criação oficial do bairro é dia 05 de outubro de 1949. É um bairro que fica da zona centro-leste de Fortaleza e faz parte da Secretaria Executiva Regional (SER III). Segundo o Censo de 2010 do IBGE, a população era de 20 mil habitantes.
Sítio Glück-Auf (Feliz Regresso), primeiro imóvel edificado no bairro do Jóquei Clube. A sua construção foi feita logo após o alemão Franz tê-lo comprado, em 31 de março de 1932, do cearense Nestor Cabral.

Fotos e informações retiradas do banner escrito pelo bisneto do alemão, Guethner Gadelha Wirtzbiki, exposto no Ecopoint.
De acordo com Guethner Gadelha Wirtzbiki (bisneto de Franz), depois de anos morando na casa, e após algumas reformas, a família vendeu o imóvel para o Dr. Manuel Suliano Filho. O terreno compreende hoje o Centro Universitário Estácio e o Condomínio Residencial Jockey. Após comprar o sítio, Dr. Suliano instalou sua clínica na casa. Com o crescimento do negócio, ele construiu na parte livre do terreno, um novo prédio, que foi o seu hospital psiquiátrico, batizado de Clínica de Saúde Mental Dr Suliano. Alienou o terreno onde estava a primeira casa (clínica) e vendeu para a Construtora Mota Machado, que derrubou a casa e construiu os blocos de apartamentos.


A Clínica de Saúde Mental Dr Suliano hoje é o Centro Universitário Estácio
No lugar da antiga casinha (clínica), hoje está o Residencial Jockey
Em 2012, o bairro Jóquei Clube completou 63 anos de criação. O embrião do bairro foi o Sítio Glük-Auf. Aos poucos, ele foi atraindo moradores para a região.

Terminal Parangaba inaugurado em 7 de agosto de 1993
Acervo Fortalbus
Hoje, o bairro Jóquei Clube tem as suas ruas todas pavimentadas, água, luz, telefonia e rede de esgoto. Está a 6 Km do bairro Centro e a 9 Km do bairro Aldeota, com acessos rápidos por grandes avenidas, como a José Bastos, João Pessoa Senador Fernandes Távora.
Tem uma topografia elevada que lhe confere tranquilidade no período invernoso, pois, mesmo após chuvas torrenciais, as águas logo escoam para regiões mais baixas.
Tem na região dois terminais de ônibus (Lagoa e Parangaba) bem como dois ramais do Metrô (VLT) que se cruzam na Parangaba ao lado do Shopping e do Terminal de mesmo nome.

Terminal Lagoa inaugurado em 1993 - Acervo Fortalbus
O sapateiro João Bosco, que mora na rua Ribeiro Leitão, 576, é um dos maiores contadores de histórias do bairro. Morador do bairro desde 1964, ele relembra que o hipódromo Jockey Club era um local movimentado no início da década de 90. Segundo ele, o famoso palhaço Tiririca montou o primeiro circo na rua onde mora. "Isso foi na década de 80. Depois ele cresceu e hoje é deputado".

O Hipódromo

Stênio Gomes da Silva, então interventor do Estado do Ceará na época, cedeu o terreno vendido pelo alemão Franz Wierzbicki, para a construção do Jockey Club Cearense.
O Jockey foi então construído em 1947, tendo a sua primeira ata de sessão preparatória de fundação em 05 de agosto, com o objetivo de desenvolver o turfe no Ceará. Sendo realizada a primeira eleição de diretoria da sociedade aos 02 de setembro do mesmo ano.

Em 07 de setembro de 1947, o Exmo Sr. Desembargador Faustino de Albuquerque, Governador do Estado do Ceará declarou oficialmente fundado e instalado o Jockey Club Cearense e legalmente empossada a sua primeira diretoria eleita tendo como presidente o Dr. Acrísio Moreira da Rocha.

A primeira corrida aconteceu em 15 de novembro de 1949. Sua sede estava localizada à Avenida Lineu Machado, 419. O projeto de arquitetura era do competente arquiteto húngaro Emílio Hinko e chamava a atenção pela suntuosidade.

Jockey Club recém inaugurado. Registro da década de 40. Arquivo Nirez
No hipódromo foram realizadas grandes corridas de cavalo, onde se reuniram milhares de fortalezenses. O Jockey Club teve momentos de glória durante muitos anos. O seu funcionamento colaborou fortemente para o crescimento e valorização da região.





Diante de um intenso processo de especulação imobiliária, a diretoria do Jockey negociou a venda da sua antiga sede. Um acordo com a Prefeitura de Fortaleza, que pretendia construir em parte do terreno o Hospital da Mulher, garantiu a venda do terreno para a Construtora Diagonal & Rossi pelo valor de R$ 22 milhões e 500 mil.

Com os recursos, a diretoria do Jockey Club iniciou a procura de um local para a nova sede e a sua devida construção. Em 2008 a sede foi negociada e houve a aquisição de um terreno no Município de Aquiraz, com o início da construção das novas instalações.



A antiga sede do clube então foi vendida e o terreno deu espaço a novos empreendimentos. Além do Hospital de Mulher, também foi construído no terreno o North Shopping Jóquei e 5 condomínios de apartamentos, chamados de Jóquei Ville, também da construtora Diagonal & Rossi.

Morre o fundador do bairro

Dona Margarida com os netos
Com a morte de Franz Wierzbicki, em 10 de outubro de 1953, e a conclusão do seu inventário, em 1955, os quatro filhos - Erika, Geraldo, Heinz e Günther - e a viúva Hedwig Grete Alma Olga Frentz, apelidada de dona Margarida, passaram a negociar os lotes. 

Toda essa narrativa faz parte do livro que está sendo escrito pelo bisneto do alemão, o escritor e cordelista Guethner Wirtzbiki, intitulado Glück-Auf (o sítio que virou bairro).

De acordo com o escritor, quando foi iniciado o serviço de terraplenagem do terreno do futuro hipódromo, os trabalhadores se depararam com várias botijas dos originais índios Marupiaras (bons caçadores), pois, de acordo com a tradição deles, os seus utensílios eram enterrados com os seus corpos. Em Fortaleza, espalhou-se a notícia de que havia sido encontrada uma espécie de tesouro. O resultado foi uma grande correria ao local.

Franz Wierzbicki
Urge ressaltar o fato notório mas pouco enfatizado de que uma das razões principais do sucesso do bairro Jóquei Clube também se deveu ao fato de ter sido ORIGINADO DE UMA FAMÍLIA. Todo início determina uma história e "família" é a "célula mater" de qualquer sociedade. 

Ah, antes que eu esqueça, Franz (apelidado de Chico Alemão) foi padrinho de casamento da escritora Raquel de Queiroz.

Dona Margarida assinando a venda do terreno para a
construção do estádio.
Em 1955, já de posse da herança do marido, dona Margarida, vende o  terreno onde seria construído o Estádio Alcides Santos, pertencente ao time do Fortaleza Esporte Clube.
Na foto, vemos a viúva assinando o documento de venda.
A inauguração contou com as presenças dos ex-dirigentes do Leão, José Raimundo Costa e Luis Rolim Filho.

Dona Margarida, teve papel importante na formação do Bairro Jóquei Clube, após a morte do seu marido. Foi ela quem doou um terreno para o Círculo Operário de Fortaleza e outro para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, além de vender muitos terrenos a particulares, o que facilitou o povoamento da região.

Hedwig, faleceu em Fortaleza, na Casa de saúde São Raimundo, no dia 21 de Maio de 1981, aos 84 anos de idade.


Ecopoint - Parque Ambiental

Em 16 de janeiro de 2001, foi fundado o Ecopoint. No local, os visitantes se deparam com uma espécie de zoológico, onde são encontradas espécies da fauna brasileira, como onça pintada, jacaré, pavão, tartaruga, macaco barrigudo, entre outras.

As suas instalações estão localizadas na esquina da Avenida Senador Fernandes Távora com a Avenida Lineu Machado, de frente para o North Shopping Jóquei.

Mudança na fachada durante os anos...


A concepção do Ecopoint contou com a participação do Instituto Homem Terra, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Zoológico Sargento Prata. A iniciativa é inédita no Ceará. Um convênio com a Prefeitura permite às escolas municipais a visitação ao local. Quase que diariamente, grupos de 40 alunos se encantam com esse pedaço da Natureza.

Hospital da Mulher

Promessa de campanha de Luizianne Lins ainda na primeira eleição para prefeita, o Hospital da Mulher, é um grande centro de excelência voltado para o atendimento no campo dos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres.

As obras tiveram início em maio de 2008 e o prazo previsto seria de um ano e seis meses para a conclusão da obra, mas demorou bem mais do que se esperava. Depois de vários  anúncios de datas de entrega, que não se cumpriram, a prefeita finalmente inaugurou o hospital no dia 17 de agosto de 2012.
Hospital da Mulher - Lado pela avenida Carneiro de Mendonça. 
Mudanças durante os anos...

North Shopping Jóquei

Inaugurado em 30 de outubro de 2013, o North Shopping Jóquei, chegou ao bairro para suprir uma necessidade de mercado. Foi projetado em todos os detalhes para atender aos desejos da nova classe média fortalezense. Com base nos mais modernos conceitos da indústria, o North Shopping Jóquei é um marco para o varejo local.

 Construção do Shopping


O shopping foi criado com 60.000 m², sendo 33.000 m² já na primeira fase; 5 lojas-âncoras; 18 mega lojas; 200 lojas satélites; complexo de cinema com tecnologia 3D e Game Station; “Espaço família” com fraldário, empréstimo de carrinho de bebê e banheiro infantil; 2.000 vagas de estacionamento, sendo 1.000 vagas cobertas no sub-solo.



Para o lazer de seus visitantes, o North Shopping Jóquei conta com um cinema, operado pela Cinépolis, com cinco salas (duas com tecnologia 3D) e Game Station, com mais de 1.000 m² de jogos eletrônicos. A praça de alimentação tem mais de 5.000 m² e vista panorâmica exclusiva, com uma fachada de vidro de 242 m², levando a luz natural para o espaço que reúne 27 operações de fast food e mais de 1.500 confortáveis lugares para os consumidores. A obra foi executada pela Construtora Diagonal.

Logo após a sua inauguração, no bairro vizinho, outro empreendimento, o Shopping Parangaba também foi inaugurado. Ambos trouxeram muitos atrativos de desenvolvimento para esta região, além de proporcionarem a população acesso às grandes lojas do Brasil, cinemas, área de lazer, etc.
O Shopping Jockey tem uma belíssima arquitetura, tanto externa quanto internamente e um gigantesco estacionamento, ao ar livre e subterrâneo. 


Observação:

Importante salientar que, antes da construção do Jockey Club Cearense, já tínhamos corridas de cavalo, o nosso Jóquei Clube era o Campo do Prado, que também era estádio de futebol. O campo ficava onde hoje está o IFCE e o PV.
O Campo do Prado abrigou os principais jogos do futebol cearense até a construção do PV. Títulos eram conquistados em meio à poeira e lama.
O campo era de terra batida e, ao redor, havia a pista de corrida de cavalos. Havia ainda algumas arquibancadas de madeira e cerca de arame farpado por todos os lados.

1930. Campo do Prado, antigo jóquei. Ficava entre o IFCE e o PV. Acervo Lucas

Antigo Campo do Prado, antecessor do Estádio Presidente Vargas. Foto: Airton Fontenele

Antes do Campo do Prado, as praças da cidade eram utilizadas como campos para disputa de partidas. Além do Passeio Público, o futebol era praticado na Praça de Pelotas (atual Praça Clóvis Beviláqua, em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará - UFC), Praça Castro Carreira (da Estação), Praça Capistrano de Abreu (da Lagoinha) e Praça Gustavo Barroso (Praça do Liceu). As ruas do Centro da cidade também eram utilizados como campos para jogos.

Campo do Prado surgiu em 1913, inaugurado em um jogo entre Hispéria - clube de alguns desportistas que acabara de surgir - e Stela - clube formado por alguns rapazes que estudaram na Suíça e que, mais tarde, originaria o Fortaleza Esporte Clube.

O Campo era de barro batido. Não havia gramado. Quando tinha partida importante ou então alguma temporada dos grandes clubes, vinha um carro do Corpo de Bombeiros e aguava o barro para diminuir a poeira.

Arquivo Nirez







Fontes: Ancestralidade de Guethner WirtzbikiSetydeias/ Diário do Nordeste: No Jóquei Clube, um sítio marca a história. Matéria de 09 de dezembro de 2009./ Globo Esporte/ ESC Construções/Biblioteca Nacional e pesquisas de internet.

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