Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Tony's
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Um passeio na história pela Praia de Iracema - Literatura de Cordel (Parte II)



Luís Antonio de Aragão


PONTES

Final Século Dezoito
Paredão Pedro Segundo
Antes das pontes havia
Nos ligava com o mundo.




E lá no Estaleiro ainda
A paisagem é muito linda
Com o “Mara Hope” ao fundo 



Acervo de Tiago Medeiros

Ponte Metálica foi feita
Para ser primeiro cais
No entanto, o mar revolto
Não permitiu, jamais.

Ao largo a nau ficava
Ela nunca atracava
A distância era demais



Acervo Assis Lima

Itaimbé, Itaquicé
Os Itas da Companhia
Alvarengas iam buscar
A cara mercadoria
Visitantes esperavam
Gasolinas chegavam
E todo mundo trazia



O fotógrafo está ao lado da Secretaria da Fazenda (Próximo onde funcionou a firma V. Castro & Companhia), olhando para a Avenida Pessoa Anta (endereço de muitos armazéns da época), tendo ao lado direito o início da Avenida Alberto Nepomuceno. Arquivo Nirez

Pro’s armazéns do Boris
Tinha a Loyd e V. Castro
Não “enricou” quem não quis
Sob trilhos em vagões
Carregam os peões
A riqueza do País

Ponte velha tremia
Ameaçando cair
Os estrangeiros tiveram
Outra que construir
Também não suportou
O mar não demorou
A dos ingleses ruir

Um Cais se conseguiu
Logo depois da Guerra
Mucuripe ondas do mar
Iracema aqui soterra
É bela página virada
De uma história contada,
Um período que se encerra

Catolé lidou nas pontes
Nelas bem trabalhou
Em anos 3 e 26
De tudo participou
Ele dizia: "Meu filho,
Da Ponte até os trilhos
A força do mar levou"
.
Lá do Alto da Balança
Escola de instrução
Por cima da Ponte veio
Pousar um avião
Do Aeroclube seu fundador
Mestre Clésio testemunhou
Esta única ocasião.



BONDINHO E MARIA FUMAÇA




Pelas ruas sempre calmas
Bondinho trafegava
Por sobre os trilhos do tempo
Passageiros se levava
Lá na Praça dos Leões
E em outras estações
O povo desembarcava



Turmas pegavam bochecha
Toalhada era sem dó
O condutor se zangava
A pivetada de cor
Zombava do Motorneiro
Gritava num coro inteiro
Mamãe... Mamãe Dorme só...



Tinha a Maria Fumaça
Que levava os operários
Para a construção do Cais
“Sapeca” com os diários
Pilotava a Cento e Seis
A Vinte Nove e a Três
Nunca faltou aos horários

Diante ao “Ferro de Engomar”
Uma pedra do trem caiu
Groairas com Tremembés
Tudo aquilo a turma viu
Foi a Pedra da Saudade
Ali se previu em verdade
A Praia se destruiu




ANTIGOS RESTAURANTES


Ramon, o espanhol
Tinha belo Restaurante
Defronte ao mar ficava
Tudo se foi num instante
Netuno enfurecido
Pelo Cais construído
No mar fez um levante

O Deus do mar não perdoa
Com ira e inclemência
Soterrou o litoral
Inclusive as residências
A de Ramon desabafou
O velho gringo chorou
Daí foi pra decadência

Sempre após meia-noite
O pontual Zero Hora
Sopa cabeça de peixe
Da Ressaca era a melhora
E dos clubes elegantes
Vinham de perto ou distante
Ver o romper da aurora

Recordando o Tony’s
Lembrando Figueiredão
Sorvete bem gelado
E show com nova atração
Vento trouxe Veleiro
Um “Barco” passageiro
Depois do aluvião

Edifício era o Restô
Ali foi o velho Lido
Monsieur era Charles
Francês muito querido
Após, Alcino ficou
Artistas apresentou
Sucupira muito ouvido



Tucupi com camarão
É gostoso Tacacá
Foi um bar restaurante
Estoril, junto de lá
Comida degustada
Umbelina “mãos de fada”
Viva o povo do Pará

Houve conosco o Nylu’s
Do Nilo que é Holanda
Ninguém esquece Dandão
Coração é quem manda
CaytonGlauberPebinha
GláuciaGueda,Toinha
A família, onde anda?

Se for pra escolher,
Preferisse a Opção.
Vir a ser recebido
Pelo Aroldo Aragão
Não é por ser parente
O homem é competente
Nosso querido “Aroldão”.



VELHOS BARES

Zaírton Gruta da Praia

O bar nunca fechou
Um, Sete, Quatro, Sete, Oito...
Alô, Gruta ao seu dispor
Peixe fresco, água de coco
De tudo tinha lá um pouco
Zairton, Deus levou

Era Beco do Rosalvo
A Canaã do Oliveira
Êta, que cachaça boa
Sempre pura e de primeira
Na hora que o bar fechava
A turma inda chorava
Por mais uma saideira




Ali esteve o Sambinha
Do tamanho d’ um polegar
Uma mulher a Maria
Ela foi dona do bar
Andando lá, gerações,
Cantaram suas canções
Reviver, é bom sonhar

Hoje é Bar Doce Bar
Do folclore parada
Didi é “Prateado”
Dessa Praia idolatrada
Maurício nome marcante
Pra’s mulheres, importante,
É o “Rei da Madeirada”

Bar Doce Bar recuou
No canto foi Gourmezinho
À esquerda do “São Luís”
Eram Lúcia Galeguinho
Getúlio é o dono do ponto
E fato e muito conto
Narra-se sobre o barzinho


No posto tinha o Postinho
Em meio à bifurcação
De José Néri, o Didi
Empresário de ação
O filho Othon chamado
Posto de Iracema tem dado
Trabalho e dedicação



Iara e Raimundinho
Os dois bares da paixão
Aleardo e Titico
Vicente do Violão
Carlinhos Seresteiro
No Acorde Violeiro
Com sua pura canção


domingo, 11 de janeiro de 2015

Um passeio na história pela Praia de Iracema - Literatura de Cordel



Iracema em 1930 - Nirez

Luís Antonio de Aragão

Apresentação

Só quem viu, sabe. Só quem morou ali alcança o mesmo espanto frente à beleza e o feitiço da praia de dunas brancas, que se estendia da Barra e o Cocó virgem intocada, cuja estória Luís Aragão nos conta em seu romanceiro popular, que atravessa sete dias, sete meses, sete anos, quiçá sete décadas ... E de sete em sete versos, caminha soprado por ventos brejeiros que adejam o areal espetado de coqueiros, aos sons da embolada e do repente, da batida do coco, sob a luz de candeeiros e da Via Láctea, narrando a valentia do jangadeiro.



Heróis sofridos, cujas aventuras Jacaré tão bem simbolizou, assombraram o mundo, indo ao Rio de Janeiro e Argentina, tornando–se mártires e enredo de filme americano. Suas empreitadas, como as dos portugueses, tornaram–se épicas na simplicidade dos brancos lençóis desta praia. Jacaré adormeceu para sempre no fundo do oceano.

São frágeis as jangadas com suas antigas velas de algodãozinho branco, mas possuidoras de tanta ciência na sua construção e na de seus apetrechos, só para poderem ir pra onde Deus quiser...




Mas, frágil também era a praia: logo a história nos conta que foi Netuno, enfurecido, que em represália a construção de um novo cais "No mar fez um levante" e destruiu ruas e sobrados antigos do litoral de Iracema.

Assim, de verso em verso vamos sentindo as perdas quase imperceptíveis, se vistas com as lentes de hoje. Mas, quem viveu, viu. E o cordel nos conta. Enquanto as fotos antigas servem para revelar e enredar.




Mas, o sopro das mudanças trouxe também tantas coisas boas, tantos locais de encontro, típicos. Logo o Ramon, antigo restaurante destruído pelas águas, foi substituído por inúmeros locais que enriqueceram a praia, como Zero Hora, Tony's, o Lido, o Estoril e tantos outros.

Chegaram os clubes Tabajaras, Diários, Jangada e Estoril, caminhando como um prenúncio do que seria a praia para turistas, hoje tão distante daquela Vila de Pescadores.




O Estoril nos remonta a II Grande Guerra, e a uma segunda invasão: esta não das águas, mas de novos costumes. Ali, onde a água traspassava o sólido quebra-mar, numa grande depressão formava–se uma piscina onde a índia sereia, em noite de lua cheia, ia banhar–se.

É essa a Iracema das lendas. Onde nossos olhos hoje "vêem um mar de lama, cheia de pedras cortantes, de bueiros e esgotos...".

(Foto: Nos velhos tempo da Praia de Iracema. Acervo de Holanda Re)

O grande vagalhão não levou apenas Jacaré para o fundo do mar ou deixou a aventura de Tatá perdida próxima do Pólo Sul.

Tantas coisas mais foram levadas e outras tantas foram trazidas.

O Cordelista nos fala dos marcos históricos, das escolas, da folia em Iracema, dos moradores famosos, dos nomes indígenas das ruas... e dos seus ciúmes por Iracema.

Mas, há uma Iracema frente ao mar, arco retesado num gesto simbólico atirando, nossas esperanças para o futuro. Essa a bela mensagem do cordel de Luís Aragão.

Drª. Cláudia Leitão
Secretária de Cultura do Estado





O NASCER DE IRACEMA

Iracema de Alencar
Em honra ao grande escritor
Um filho de Messejana
Homem de culto valor
Que o povo inteiro proclama
É todo mundo lhe chama
Nosso maior escritor



O amor do luso e a Índia
Bem ele imortalizou
De Martim e de Iracema
Moacir se originou
Quando a guerreira esvaiu
Do Mucuripe partiu
Com seu filho emigrou


Ao gosto do mar eu falo
Grito forte na Pocema
Que já foi Praia do Peixe
Ora já foi Praia do Peixe
Mergulhando na história
De um bairro cheio de glória
Da nossa Musa Poema


Enorme de brilho intenso
Era o belo litoral
Da Barra até o Cocó
Puro e tão virginal
Parece assim Deus ter feito

Um lugar assim perfeito
No mundo celestial


Da Praia o nome crescia
Todos queriam ficar
A índia tinha um feitiço
Ninguém queria voltar
Dunas brancas que a areia faz
Vento puro e muita paz
Aqui podiam encontrar


Mais duas ruas havia
Muito além dos Tabajaras
Eram muitas residências
Bonitas e muito caras
Bem distante o mar ficava
Ao longe se caminhava
Por tantas belezas raras


A Dona Maria Júlia
Da imensidão dos coqueiros
O sol quando aparecia
Com seus raios primeiros
No areal que havia
O coqueiral reluzia
Brisa ventos brejeiros

Na vila dos pescadores
Ao clarão da luarada
Dançavam dança do coco
Com repente e embolada
E, o jangadeiro valente
Rumava pra sua gente
No clima da madrugada

E cantava toda à noite
O Marcolino e o Carneiro
Fosse claro ou noite escura
Sob a luz do candeeiro
A Via Láctea brilhava
E todo mundo escutava
O canto do jangadeiro:




"Sete dias, sete meses, sete anos
Sete padres no altar
Sete salas de quadrilha
Sete tambores a rufar
Sete pandeiros tocando
Sete rapazes namorando
Numa noite de luar"
.


Praia de Iracema na década de 60 - Livro Viva Fortaleza


HERÓIS JANGADEIROS E SUAS VIAGENS ESPETACULARES


Bravura de jangadeiro

É de homem destemido

Impetuoso e valente

Corajoso e aguerrido
Somente a Deus é temente
Nada há que não enfrente
Esse herói tão sofrido

No Tempo da servidão
O jangadeiro lutou
Ao transporte de escravos
Ao lado da Redentora
E a classe libertadora
Com ele se rebelou



Um prático-mor da barra
De moral e muita ação
Era Chico da Matilde
Mais tarde do mar Dragão
F. José Nascimento
O líder do movimento
Em prol da libertação

Convidado foi ao Rio
Para nos representar
E lá por Terra da Luz
Foi chamado o Ceará
A jangada nos pertence
É o símbolo cearense
Pelo mundo d’além mar

Setembro de quarenta e um
Meio século tinha ido
Do grande Dragão do Mar
Tudo já era esquecido
E um quarteto valente
De forma diferente
Se mostrou decidido



Ir ao Rio de Janeiro
Falar com o presidente
E partiram de jangada
Orgulho da nossa gente
Não seria uma aventura
E, sim uma forma pura
De mostrar o que se sente
Assim, todo o nosso estado
A decisão apoiou
Até o Doutor Pimentel
Que era o interventor
Chamou "raid" da Coragem
Pois para fazer tal viagem
Tinha que ser lutador

Chico Altino construiu
A jangada dos "sem medo".
Frei Perdigão batizou
Com o nome de São “Pedo”
Para serenar os ventos de açoites violentos
O oceano, tem segredo


Partiram de onde é hoje
O atual Paredão
Fortaleza era Iracema
Iracema era a Nação
Lenço branco se agitava
Banda de música tocava
Era tudo um coração

Parte do mastro e bolina
Com a vela já desfraldada
A bandeira brasileira
Ao vento tremulava
Vinte barcos de escolta
Circulavam sempre em volta
Da “São Pedro” abençoada



Foram 1.500 milhas
Em dois meses e um dia
Temporais e muito sol
Tanta dor e agonia
Por sobre as ondas da morte
Entregues à boa sorte,
Mas lamentos não havia
Os quatro predestinados
Emocionaram o País
Getúlio Vargas contente
A eles abraça e diz:
“Homens d ‘alma corajosa”.
Oh! Gente forte e briosa
O Brasil está feliz

“Não vimos aqui pedir”.
E, sim, reivindicar
Melhor condição de vida
Pro nosso homem do Mar
A nossa classe trabalha
Vive em barraca de palha
E isso tem que mudar".

Disseram que o motivo
Do risco de suas vidas
Foi para chamar a atenção
Que as pessoas desassistidas
Causam dor e sofrimento
E isso, nesse momento,
Há com pessoas queridas


O Rio todo aplaudia
Aos humildes de ação
Desfilou em carro aberto
Aquele grupo mais que irmão
É conto, lenda e poema
Dessa, Praia tão Suprema
Em eterna louvação

Raimundo Correia Lima
Ou simplesmente Tatá
Jerônimo André de Souza
Com dois Manoeis são de cá
Manoel Preto é Pereira
Manoel Jacaré de Meira
No céu já chegaram lá

A história ganhou o mundo
Orson Wells escutou
No ano quarenta e dois veio
Ele um filme iniciou
E em nossa Fortaleza
Sentiu muita tristeza
Com o sofrer do pescador


Por falta de condições
Voltou ao Rio para filmar
Conduzindo os jangadeiros
De retorno aquele mar
E na Barra da Tijuca
Mais de uma cena maluca
O diretor quis mostrar

O herói não é dublê
Esqueceu o escritor
Aquela raça de homens
Não é falsa como o ator
De medo só sabe o nome
Passa frio, passa fome,
Mas não perde o seu valor



E assim ficou o grupo

Esperando um vagalhão
Bem forte como no dia
Da ida à consagração
E no meio da comédia
O final foi de tragédia
Daquela triste lição


Em inglês It’s all true
No português “Tudo é verdade”
O título do filme diz
Da dura realidade
Jacaré morreu no fundo
Do oceano seu mundo
Foi viver na eternidade

Uma segunda viagem
Que Tatá bem comandou
Ao Rio Grande do Sul
Com Mané Preto zarpou
Juntos a Frade e Batista
Não há homem que resista
Aquilo que Deus traçou

“Nossa Senhora d’ Assunção”
Padre Pita batizou
A garbosa jangada
Que a equipe levou
Os gaúchos então viram
Os Pampas aplaudiram
O Ceará que lá chegou


Voltaram de cavalo
Nem navio ou avião
Jangadeiros a galope
E bebendo chimarrão
Homens do meu Nordeste
Quatro cabras da peste
Cada um num alazão

Outros homens de aço
O mar um dia singraram
Luiz, José, Samuel
E Jerônimo mostraram
Não vagaram ao léu
Seguindo estrelas do céu
Pra Argentina rumaram

Luiz era garoupa
Levou a vida a pescar
Tinha este nome de peixe
Sua vida era no mar
A jangada irão chamar
De Tereza Goulart
E a virgem há de os guardar

Portanto trinta e três léguas
Tiveram que recuar
Uma grande tempestade
Os levou noutro lugar
Perdidos na escuridão
Três dias nenhum clarão,
Ficaram sem avistar


Próximo do Pólo Sul
Tudo fica congelado
Noventa dias com fé
Um milagre era esperado
Um apito bem distante
Se ouviu da nau “Bandeirante”
O grupo foi resgatado

Foram a Buenos Aires
Diante da Casa Rosada
Argentinos curiosos
Frondisi era Presidente
A esposa de presente
Lhes deu uma barca de equipada

JANGADAS

Uma mulher bem sabia
Na Praia comerciar
Isaura Carlos de Souza
Se fazia respeitar
A mãe de Pedro Garoupa
Não precisou tirar a roupa
Para se emancipar





“Jaraqui” e “Itajubá”

Eram nomes de jangadas

De Dona Sinhá Garoupa
As duas bem alinhadas
Com as velas de algodãozinho
Mostravam todo o carinho
Por ela, tão refinada

Acervo Clóvis Acário Maciel

Pra fazer boa jangada
Com zelo na construção
A madeira é de piúba
De boa conservação
Vem do Norte do Pará
Tem que se importar de lá
Pois aqui não existe, não

Medindo trinta e seis palmos
É sempre a embarcação
Vinte e dois centímetros cada
Abertos na minha mão
Comprimento da jangada
Pequenina e apertada,
Mas grande no coração


Da família da jangada
Bem muito se fala destes
O bote de treze palmos
De vinte e nove Paquetes
Bote de casco é quarenta
Grande viagem aguenta
Merecem também lembretes

Os seis paus têm seus nomes
Sendo assim intitulados
Os dois do centro são meios
Imediatos encostados
Por “bordos” são conhecidos
Assim bem distribuídos
Memburas dois são chamados





Arranjos de popa e proa
Ostentam a Jangada bela
Sustentando o Mastro Grande
E tem o Banco de Vela
Carlinga é pequenina
Tábua dos meios e Bolinha
Vela de algodão é ela

Presa a Ligeira no Mastro
No Espeques também é
A Escolta amarrada
Se puxa com muita fé
Pra ela se encher de vento
E a Jangada em movimento
Ir pra onde Deus quiser


Os Caçadores são tornos
Tuacu pedra furada
Cuia de Vela é uma concha
A Quimanga é bem guardada
Tupinambaba com anzóis
Samburá peixes pra nós
Bicheira arrasta a pescada

Banco de governo ao Mestre
A Forquilha é bem fixada
Macho e Fêmea remo é leme
A Araçanga e pra porrada
Do anzol arame é Ipú
Búzio que chama é Atapú
Sopra o Terral a Jangada

Acervo Carlos Juaçaba

Bucólico e pequeno Cais
Encostado ao Paredão
Enfileirados Paquetes
Quem pesca tem tradição
Coró, Piaba, Lanceta
O Batata e a Pilombeta
Peixe também é atração









Crédito: http://www.nehscfortaleza.com/





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