Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Morro do Teixeira
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Das desérticas dunas do Mucuripe à local de moradia



Hoje tentarei falar um pouco sobre as Dunas do Mucuripe e a brusca mudança que ocorreu nesses mais de 50 anos. Tentarei, porque não há muitos registros históricos sobre quando aconteceu essa mudança, e as informações que encontrei, divergem com relação a datas, então, fiquem à vontade para discordar e me ajudar a contar essa história, tudo bem?

Pelo o que eu soube, em meados dos anos 60especulação imobiliária chegou à todo vapor no Mucuripe, muitos pescadores que tinham suas casinhas na praia ou próximo, foram expulsos. Queriam valorizar o bairro e mudar a "cara" do Mucuripe, tiraram sua identidade...


As transformações do Mucuripe são notáveis: do bairro religioso – famoso pela procissão de São Pedro e pela quermesse de Nossa Senhora da Saúde – a reduto boêmio; De colônia de pescadores a uma das áreas mais valorizadas da cidade. Os moradores antigos presenciaram o movimento para a construção do porto, a instalação de terminais de gás, dos reservatórios da Petrobras, a instalação dos moinhos de trigo, a desapropriação de áreas de risco, a construção de fábricas, a poluição do riacho Maceió. Muitos desses moradores foram transferidos para os morros Santa Terezinha, Morro do Teixeira e Castelo Encantado (Bairro Vicente Pinzón)*, ocupando assim áreas impróprias para habitação, devido principalmente à necessidade dos moradores de permanecer próximos a praia, fonte de sustento para a grande maioria dos antigos moradores.


Quando o governo decidiu relocar às favelas da enseada do Mucuripe, um ponto positivo da escolha do terreno foi a proximidade com a área antes habitada, no entanto, o que havia no local eram dunas que foram movimentadas formando três platôs (Pequena extensão de terreno plano).


A pretensão era deslocar as favelas para áreas distantes, longe dos novos moradores da orla. Como muitos moradores dependiam do mar para sua sobrevivência, esses não podiam ser removidos para bairros distantes, assim, foi construído o Conjunto Santa Terezinha, no morro do mesmo nome. Só que a especulação imobiliária também chegou ao morro Santa Terezinha, que passou a ser ocupado por bares, restaurantes e casas luxuosas, nas áreas mais próximas ao Mirante.
À população de baixa renda restou apenas as encostas do morro.


Achando pouco, novas favelas foram sendo relocadas para o já habitado morro...

Quem conta essa história de implantação é o engenheiro Fernando Hugo Oliveira, que

trabalhou na construção como técnico do Estado.

“... Quando chegamos lá realmente era

uma duna limpa, com pés de murici... muita gente inclusive criticava a Primeira-Dama na época porque ela estava colocando pessoas faveladas no melhor canto da cidade... porque lá tem uma visão belíssima de toda cidade... saíram de uma condição onde não tinham nada, para um local totalmente saneado e com energia...".




Conforme o memorialista Miguel Ângelo de Azevedo (Nirez), em 18 de julho de 1980, foi oficialmente inaugurado o Conjunto Santa Teresinha, com um total de 512 casas, para abrigar os antigos moradores das favelas da Guabira, Lagoa do Coração e Maceió.




O Conjunto Santa Terezinha foi implantado num terreno de 20.080 h. adquirido através de doação da Fundação do Serviço Social de Fortaleza para a Fundação Programa de Assistência às Favelas da Região Metropolitana de Fortaleza - PROAFA no Governo de
Virgílio Távora. Foram financiadas pelo BNH em convênio com o Governo do Estado do
Ceara, 1.022 unidades habitacionais.



Os lotes tinham uma medida padrão de 5,5O m x 20,0 m, perfazendo uma área de 110 m².
As casas implantadas nesses lotes eram de três tipos:

  • Tipo “A” ou embrião (quarto, sala, cozinha e banheiro): com área de 19,94 m².
  • Tipo “B” (Dois quartos, sala cozinha e banheiro): com área de 29,75 m².
  • Tipo “C": Com área de 36,30 m².



No Morro Santa Terezinha, os primeiros moradores foram os pescadores e os trabalhadores do Porto. Como o crescimento ocorreu de forma rápida, isso reflete nas condições de
vida de sua população, sobretudo quanto à moradia, abastecimento de água e saneamento básico.




As intensas invasões que ocorrem desde a década de 80, resultaram na transformação do espaço, constituindo uma área de risco a moradia pela alta densidade populacional. Sem participar das políticas habitacionais, a população “menos abastada”, que ocupa as encosta do morro, destituída de infra-estrutura adequada (saneamento básico e oferta de água tratada), recorrem de forma indiscriminada ao manancial subterrâneo para suprir suas necessidades. Sem serviço de esgoto, os moradores recorrem as fossas, favorecendo a poluição e as doenças.



As ruas tem pavimentação de piçarra ou cimento rústico, muitas das vezes, são estreitas e com batentes, o que impossibilita a circulação de pessoas deficientes. Isso, não só no Santa Terezinha, mas no Morro do Teixeira e Castelo Encantado também.



No inicio o Conjunto Santa Terezinha contou com ações sociais complementares. Documentos revelam preocupação do Governo em superar a condição de vulnerabilidade, para isso, oficinas e cursos de capacitação foram promovidas na comunidade. Dentre elas, higiene e limpeza, vacinação, prevenção do câncer e arborização.


Segundo Carla Calvet, socióloga da equipe de implantação do conjunto, “as pessoas

foram ensinadas inclusive a utilizar o vaso sanitário, que no começo a gente chegava nas

casas e as pessoas não sabiam pra quê servia, botavam flores..." A população participou expondo suas necessidades e participando ativamente do devir do Santa Terezinha.


O livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza diz: No dia 13 de maio de 1958, chega o material para o início da construção do novo farol nas dunas do Mucuripe que substituirá o velho farol. Terá um alcance de 40 quilômetros. No dia 15 de dezembro daquele mesmo ano, inaugura-se o Farol Novo, embora já estivesse funcionando desde o dia 13, em substituição ao velho Farol do Mucuripe que foi desativado naquele dia.

Quando os primeiros moradores se mudaram para o conjunto, fizeram uma boa avaliação do trabalho da equipe do Governo e estavam felizes com o resultado e sua nova vida. No entanto, essa conquista foi se perdendo ao longo do tempo com as ocupações algumas vezes violentas das áreas livres que eram destinadas ao lazer e a preservação das dunas. O projeto inicial encontra-se completamente desfigurado, a ponto de restarem apenas os equipamentos comunitários como resquício.

O Morro Santa Terezinha se destaca por apresentar uma topografia que chega a ultrapassar a cota de 50 metros com declividades bastante acentuadas. Está localizado nas adjacências dos bairros do Vicente Pinzon e Cais do Porto, denominada de Grande Mucuripe, e se apresenta como um conjunto de bairros de ocupação antiga e bastante populosa.

No ano de 1978 a cobertura vegetal do ambiente dunar se encontrava bem estabilizada.
A década de 1980 e 1990, foi marcada pela invasão de favelas nas encostas do morro, expansão das vias de circulação e instauração de fábricas.

Hoje o o local (a antiga dunas do Mucuripe) apresenta muitas habitações, onde moram numerosas famílias, amontoadas em pequenas casas, muitas ruas são bastante irregulares, com a presença de becos e vielas. A paisagem do morro apresenta-se bastante desordenada.

Vemos que em 1989, os moradores ainda levavam uma vida tranquila. 

Muitos dos moradores recorrem a serviços informais, como: bares, lanchonetes, mercantis, feiras-livres, artesanato e reciclagem.



Na Avenida Areia Branca, a mais movimentada do Conjunto interligando-o à cidade,

por onde passam os transportes coletivos e se concentram as atividades comerciais do Santa Terezinha, observa-se pedestres caminhando pela via, competindo com o fluxo, concentrando os pontos críticos principais de acessibilidade na comunidade.

O abastecimento de água na área, no geral, é desenvolvido pela CAGECE.


No Mirante do morro Santa Terezinha havia um grande pólo gastronômico, além de casas de população de classe média alta. Hoje o local com uma das vistas mais bonitas da cidade encontra-se abandonado. A violência e a falta de investimentos fizeram com que os comerciantes e moradores abandonassem a área.



Até 1991, a maioria dos domicílios no Vicente Pinzon e do Cais do Porto, ainda lançavam seus dejetos, através das fossas e de outros tipos de escoadouros, contribuindo em grande parte para a infiltração dos efluentes domésticos diretamente no solo. Já em 2000, por causa do programa de saneamento básico para o município de Fortaleza, Projeto SANEAR, a rede geral de esgoto já atende mais de 50% das residências no Vicente Pinzon e Cais do Porto, porém o alto custo pela adesão ao sistema de tratamento sanitário, faz com que
metade desta população ainda utilize as formas mais tradicionais e econômicas para desfazer de seus dejetos domésticos.

Segundo o banco de dados da CAGECE em 2007, o maior número de esgoto ligado encontrava-se no bairro Vicente Pinzon.


Hoje a vida nos morros é bem diferente e movimentada. As encostas das dunas completamente ocupadas e um cotidiano bastante diferente. A pesca não é mais a

atividade principal, nem o turismo ou o artesanato. Há em desenvolvimento um forte comércio

Local, e as novas gerações não vivem mais das atividades tradicionais, lançam-se no mercado de trabalho em outros segmentos.




Os conflitos de uso dos espaços são muitos, carros mal estacionados, escadas de acesso aos lotes sobre a via, lixo, entulho e etc. A Avenida Areia Branca, que de início era uma via ladeada por dunas, atualmente está completamente ocupada.

Vamos subir o morro?













Em 30 de setembro de 1971, o governador César Cals e o prefeito Vicente Cavalcante Fialho inauguram, no Morro do Teixeira, no Mucuripe, o Grupo Escolar Eleazar de Carvalho.






* Origem do Castelo Encantado, a Ponta do Mucuripe:

Há versões de que a região de Fortaleza tenha sido explorada pelo navegador espanhol Vicente Pinzon, da frota de Cristóvão Colombo, antes do descobrimento do Brasil. A evidência é de que, dois meses antes de Pedro Álvares Cabral avistar o Monte Pascoal, a Ponta Grossa do Mucuripe, hoje Castelo Encantado, já estava nos mapas náuticos da Espanha.

Bom, é isso, aguardo a ajuda de vocês para continuar contando essa história...

Créditos: Estudo Hidrogeológico do Morro Santa Terezinha de Franklin de A. Carneiro, Sônia Mª S. VasconcelosCarla Mª S. V. Silva, Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de AzevedoAcessibilidade em assentamentos Informais: Identificando Potenciais e limites da Política Nacional de Acessibilidade e sua normativa, no Morro Santa Terezinha de Lia Costa Mamede (Arquiteta e Urbanista), Portal do Ceará, Artigo de Wellington Romão Oliveira e Mª Lúcia Brito da Cruz (Mucuripe: Urbanização, Favelização e Meio Ambiente).


domingo, 17 de março de 2013

Igreja Nossa Senhora da Saúde (Av. Abolição) - Oito décadas de existência



Igreja Nossa Senhora da Saúde, que após a construção da atual matriz, recebeu o nome de Igreja de São Pedro dos Pescadores. Foto da década de 30 - Acervo Carlos Juaçaba 


A Igreja Nossa Senhora da Saúde foi fundada pela própria comunidade de pescadores do Mucuripe. O padre José Nilson marcou a história do bairro por causa da relação próxima com a comunidade e da luta pelas melhorias do local.


"No século XVIII os moradores do local sofreram com a peste bubônica. Uma senhora do Rio de Janeiro trouxe a imagem de uma santa e eles rezaram pela cura. Passado o surto, foi creditado o fim do mal à santa e construíram uma capela em devoção a ela”, conta Rita Cosmo dos Santos, secretária da Paróquia de Nossa Senhora da Saúde há 27 anos.


Igreja Nossa Senhora da Saúde, que após a construção da atual matriz, recebeu o nome de Igreja de São Pedro dos Pescadores - Cena do filme Quatro Homens e uma jangada de 1942

A primeira capela da Paróquia, erguida no Morro do Teixeira, foi soterrada pelas dunas. Em 1852, os moradores se mobilizaram e construíram um novo templo, agora, às margens da praia (Hoje é a Igreja de São Pedro). Mas, em 1932, por problemas estruturais, o prédio foi interditado.


As novenas da Igreja Nossa Senhora da Saúde

Alunos do Instituto de Humanidades visitam a capela de Nossa Senhora da Saúde no Mucuripe em 1913. Acervo - Nilson Cruz

Por conta disso, a comunidade erigiu nova igreja que permanece como matriz na Avenida da Abolição. Raimunda dos Santos, a Mundinha, 88 anos, participou da obra: “As mulheres e crianças recolhiam pedras próximas ao antigo farol e levavam para a construção. Ajudei a carregar as pedras para o alicerce”, conta.

Igreja Nossa Senhora da Saúde, que após a construção da atual matriz, recebeu o nome de Igreja de São Pedro dos Pescadores - Imagem de 1942

Em 1937, a então Igreja de Nossa Senhora da Saúde (Igreja de São Pedro) reabriu e, no último mês de dezembro, a igrejinha foi tombada como Patrimônio Material do Município.


O sempre querido Pe José Nilson - Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima

Conforme Pe Alderi, “A igreja foi feita pela comunidade em mutirão. As mulheres traziam muitas carradas de areia”.
Durante cerca de 50 anos, quem esteve à frente da comunidade foi o Padre José Nilson de Oliveira Lima, falecido há dois anos.


Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima

Esquecimento

Conforme conta o padre Alderi, antes da chegada do antigo pároco, a comunidade do Mucuripe era esquecida e nenhum religioso ficava mais de dois anos no comando da paróquia. Em maio de 1950, padre Zé Nilson foi enviado ao Mucuripe por Dom Antônio de Almeida Lustosa, com a previsão de ficar somente dois anos, como seus antecessores. No entanto, o religioso acabou ficando por 50 anos na defesa da comunidade. “Ele estava sempre junto aos pescadores. Pescava com eles e escutava suas histórias”, revela o padre Alderi.


O querido Pe José Nilson-Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima

Um símbolo da interação entre pároco e comunidade era uma das histórias sempre contadas por Pe José Nilson. De acordo com padre Alderi, certa vez, José Nilson recebeu um presente inusitado de uma das paroquianas: um tijolo. Conforme a história, o padre estaria preocupado em ampliar a igreja, mas não sabia como. Então, ao entregar o presente, a senhora teria dito que aquele seria o primeiro tijolo para a reforma. “Aquilo foi um estímulo para a vida dele”, revela Alderi.

Cruzes no Morro do Teixeira - Cena do filme Quatro Homens e uma jangada de 1942

Senta que lá vem história...


Cortejo indo em direção ao Morro do Teixeira -Cena do filme Quatro Homens e uma jangada de 1942

A devoção a nossa senhora da saúde no Mucuripe é, sem dúvida um ato de fé. Conta a história que corre de boca em boca, pelos antigos moradores, que no século XVIII Fortaleza sofria os horrores da peste bubônica e no Mucuripe a doença fez tantas vítimas que não dando tempo de enterrá-las no Cemitério São João Batista, devido à distância, passaram a sepultá-las nos morros, principalmente no do Teixeira. A dor dos habitantes, pela perda dos entes queridos, não podia mais ser avaliada, quando chegou ao bairro uma senhora vinda do Rio de Janeiro com uma pequena imagem de Nossa Senhora (não identificada pelos depoimentos dos moradores)

Enterro no Morro do Teixeira - Cena do filme Quatro Homens e uma jangada de 1942

Diante do desespero das famílias e do quadro desolador que via à frente, ela implorou a Nossa Senhora da Saúde a cura do mal. Em troca prometeu construir uma capela para que todos pudessem agradecer a graça concedida. A peste foi em pouco tempo debelada e assim foi erguida a primeira capela de Nossa Senhora da Saúde, no Morro do Teixeira. Iniciando assim o novenário sendo celebrado com grande festa, nos dias 29 de agosto até o dia 08 de setembro. Com o tempo, a capela foi soterrada pela areia e os moradores construíram outra capela em homenagem a Nossa Senhora da Saúde, que teve sua Pedra fundamental lançada no 1º de agosto de 1852. (hoje é capela de São Pedro, na Avenida Beira mar). 


Com a quantidade dos fieis aumentando, não se sabe ao certo, mas surgiu um desentendimento entre a comunidade e as autoridades eclesiásticas, provavelmente devido à administração dos rendimentos e da dedicação quase fanática à pequenina imagem que ali era venerada. Com efeito, o arcebispo Dom Manuel anunciou a interdição da igreja (a capela foi interditada em 11 de dezembro de 1930). Quando foram pegar a imagem para levá-la a Catedral de São José (Igreja da Sé) esta havia desaparecido sem se conhecer seu paradeiro por um longo tempo. 

Com a interdição da capela, as missas passaram a ser celebradas em frente à casa do senhor Pedro Rufino, pai de dona Nicota. Nesse período surgiu a necessidade de uma igreja maior, pois quanto mais surgiam dificuldades mais o povo demonstrava sua fé e esperança. 


Igreja Nossa Senhora da Saúde anos 50 - Acervo Nara Gabrielle


Foto da década 60/70 - Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima

No dia 29 de junho de 1931, foi lançada a pedra fundamental da atual Igreja de Nossa Senhora da Saúdecerimônia oficiada pelo monsenhor Otávio de Castro. Seu primeiro vigário foi o padre Luís Braga Rocha, que só assumiria em 8 de setembro. 


O primeiro vigário da igreja, foi o padre Luís Braga Rocha - Arquivo Revista Central

Iniciaram assim em regime de mutirão a construção da Igreja-Matriz, onde os moradores chegaram a carregar pedras na cabeça para auxiliar a construção. A obra levou quatro anos para ficar pronta inclusive com a Casa Paroquial, hoje secretaria paroquial, de frente para o mar, com sua frente virada para a Avenida Abolição, sendo abençoada uma nova e maior imagem da virgem a 06 de setembro do mesmo ano, imagem que continua na igreja até hoje. A pequenina imagem, a original, que ficou desaparecida por anos, foi devolvida, restaurada e colocada aos pés da imagem de Jesus ressuscitado no altar mor da Igreja.




Parquinho que todo ano fica instalado na Praça da Igreja

Fatos Históricos

11/Dezembro/1930 - Por decreto desta data, o Arcebispo D. Manuel da Silva Gomes declara interditada a capela do Mucuripe e excomungados os indivíduos que arrombaram a porta do referido templo e dele retiraram a imagem de Nossa Senhora da Saúde.

29/junho/1931 - Lançada a pedra fundamental da Capela de Nossa Senhora da Saúde, na Volta da Jurema, cerimônia oficiada pelo monsenhor Otávio de Castro.

29/agosto/1931 - Criada a Paróquia de Nossa Senhora da Saúde do Mucuripe, cujo primeiro vigário foi o padre Luís Braga Rocha, que só assumiria em 8 de setembro.

01/Agosto/1957 - Reaparece, tão misteriosamente como havia desaparecido há 30 anos, da Igreja do Mucuripe, a imagem de Nossa Senhora da Saúde.




29/setembro/1972 - Tem novo nome a antiga Praça Nossa Senhora da Saúde, depois Praça Adolfo Silveira Lima, e Praça da Saúde, que pela Lei nº 4.056, publicada no Diário Oficial do Município, passa a denominar-se Praça da Confiança na gestão do prefeito, engenheiro Vicente Cavalcante Fialho (Vicente Fialho).
A praça fica no bairro do Mucuripe, rodeada pela Avenida da Abolição, Rua Manuel Jesuíno, Rua Nossa Senhora da Saúde e uma travessa sem nome.
É a praça que tem no centro a Igreja de Nossa Senhora da Saúde.
O novo nome é uma homenagem ao Governo Estadual, que tem à frente o engenheiro César Cals de Oliveira Filho.


Ex-presidente Bill Clinton, esteve em Fortaleza em agosto de 2012, comprou artesanato na Praça da Confiança (antiga Praça Nossa Senhora da Saúde) no Mucuripe

Feira de artesanato na Praça da Confiança (antiga Praça Nossa Senhora da Saúde) no Mucuripe

11/março/2000 - O padre José Nilson de Oliveira Lima, da Comunidade do Mucuripe, recebe o título de Cidadão de Fortaleza, em solenidade realizada na Igreja de Nossa Senhora da Saúde.


Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima


15/04/2010 - O padre José Nilson faleceu aos 88 anos, vítima de falência múltiplas dos órgãos. Era vigário da Igreja Nossa Senhora da Saúde desde 1950.


Foto Joserley Carlos

Igreja Nossa Senhora da Saúde

Av. da Abolição, 3929
Mucuripe, Fortaleza – CE
CEP: 60165-082
(85) 3263-1538



 Fontes: Blog da Igreja, Revista do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) de 1955 e o de 1991, Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Jornal Diário do Nordeste, Site da Arquidiocese de Fortaleza e jornal O Povo


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