Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Clube Líbano
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Carnaval na Fortaleza de outrora


O carnaval de Fortaleza teve início no final do século XIX, com o carnaval de rua, mas foi proibido por um período, em 1905, pelo intendente Guilherme Rocha. Nos desfiles da época eram comuns pessoas fantasiadas de Papangus e dominós¹. Havia também os caboclos remanescentes dos indígenas de Porangaba (atual Parangaba).
Nas décadas de 1910 e 1920, as marchinhas alegravam os enormes salões dos clubes da capital cearense.
Na década de 1930, o carnaval de rua começou a se tornar mais popular, quando blocos foram formados por músicos, comerciários e trabalhadores, denominados "brincantes", com a orquestra na retaguarda. Na frente  ficava sempre um baliza, que fazia acrobacias com bastão. Mais tarde sugiram os blocos que dançavam ao som de samba, sendo o primeiro o PROVA DE FOGO, seguido da Escola de Samba Lauro Maia (Mais tarde Escola de Samba Luiz Assunção). Por falar em bloco, não podemos esquecer do Cordão das Cola-Colas, o Maracatu AZ de ouro, Enverga mas não quebra, Bloco Zombando da lua, Os enviados de Alá, Maracatu Estrela Brilhante, Maracatu AZ de Espada, Nação Fortaleza, Leão Coroado, Rei de Paus, Vozes da África e tantos outros.


De volta aos clubes sociais, estes simbolizavam o refinamento na convivência social, a beleza na alegria de viver. Na Fortaleza de outrora nasceu até uma rivalidade entre o Clube Iracema e o Clube Cearense, competindo na ostentação dos desfiles carnavalescos e na decoração de seus enormes salões.



Com o tempo, novos clubes surgiram e deixaram de ser frequentado apenas pela elite, ficando cada vez mais populares e acessíveis. Com uma maior quantidade de clubes, era comum o folião cearense ir brincar o carnaval em um clube diferente a cada dia. A programação do carnaval era agitada. No sábado "magro" (que antecedia o carnaval), a folia era no Náutico. Na sexta de carnaval, a festa ficava por conta do Iate clube. No sábado de carnaval, conhecido como "sábado gordo", a festa era no Ideal. No domingo, muitos iam curtir no Líbano. Já a segunda era reservada ao Country Clube, ficando a terça para encerramento no Náutico Atlético Cearense.





Para recordar os nostálgicos carnavais no clube Iracema, Ideal, Iate, AABB, Diários, Líbano, Massapeense, Jangada Clube, Comercial Clube, BNB, Maguari, Clube de Regatas e tantos outros, é que o Náutico promove anualmente o seu tradicional CARNAVAL DA SAUDADE
Então vista sua fantasia e caia na folia!!!






Os dominós usavam uma batina com capuz enfeitada de guizos de cores diversas. 
Os guizos são pequenos objetos oco de metal ou feito de um pequeno fruto seco, aproximadamente esférico, no seu interior possui uma ou mais bolinhas maciças (podem ser as próprias sementes do fruto) que, ao ser agitado produz um som, como de chocalho.


quarta-feira, 27 de abril de 2016

Das antigas - Conjunto Big Brasa no Clube Líbano


Crédito da foto: Blog do Big Brasa

Conjunto Big Brasa em noites de embalo no Clube Líbano Brasileiro

O Clube Líbano Brasileiro


 C om uma excelente estrutura, bem localizado (sua sede em 1971 ficava na Tibúrcio Cavalcante, na Aldeota), possuía um palco com boa acústica e altura em relação ao grande salão de dança. A entrada para os músicos podia ser feita por duas escadas laterais, praticamente sem vista para o público. Uma iluminação discreta e adequada aos diversos ambientes favorecia a beleza do ambiente. Muitas mesas e espaços amplos, que favoreciam a boa circulação dos presentes. À parte ainda a Boate do Líbano, que ficava ao lado, na mesma área do Clube, e servia para eventos de menor porte. Os festivais realizados no Líbano tinham um sucesso antecipado e a procura muito grande. Todo mundo queria ir, participar e dançar ao som de muitos conjuntos bons que por lá passaram.

A presença do Conjunto Big Brasa no Clube Líbano
Vale recordar o que era muito bom! Sim, as festas no Clube Líbano, de Fortaleza, Ceará, eram muito animadas. E foram muitas aquelas em que o Conjunto Big Brasa deixou sua presença. Para os mais novos, que não conheceram o Clube Líbano e nem o Conjunto Big Brasa, vai uma pequena síntese do que se passava naquelas noitadas inesquecíveis.


Antes das festas

O preparo começava cedo, com o transporte dos equipamentos do Conjunto Big Brasa para o clube. Eu chegava sempre mais cedo, ajudava e acompanhava a montagem. Preocupava-me seriamente com todos os compromissos. Como na época as dificuldades de pessoal eram maiores, eu mesmo tinha o cuidado de até afinar bem os instrumentos, deixando-os “no ponto”, como se diz, para que cada um dos nossos músicos apenas conferisse antes mesmo de iniciar. O posicionamento das caixas de som e amplificadores, localização dos teclados, da bateria e dos microfones. E a rápida passagem de som para ver se tudo estava perfeito. 


O início dos bailes

Ao lado: Foto interna do Clube Líbano Brasileiro em 1966. Acervo de Regina Célia Sales.

Muitas vezes o Conjunto Big Brasa, que tinha como uma de suas características a pontualidade, iniciava a festa com um tema que fosse, sem dúvida, impressionar todos os presentes. Os pequenos toques de guitarra (poderiam ser alguns riffs, como se emprega hoje em dia) eram o bastante para agitar a galera. Eu curtia muito dar uma animada no pessoal, minutos antes, com alguns efeitos de minha guitarra e usando pedais como o wah-wah. Um detalhe: este tipo de pedal foi inaugurado pelo Conjunto Big Brasa em uma apresentação no Clube Líbano! Como possuía um som característico e que as pessoas ainda não estavam acostumadas a ouvir, nós achávamos muita graça quando víamos pessoas, instintivamente, imitando, com trejeitos na boca, sem sentir, o som do wah-wah. O Tema do Aeroporto era uma das músicas muito tocadas no período. E a utilização do wah-wah pela guitarra chamava a atenção pela sonoridade e pelo próprio efeito. 

O primeiro pedal tipo “wah-wah” de Fortaleza - Crédito da foto

Um tema musical pesado de muito sucesso



Dia de ensaio noQG do Big Brasa e nosso amigo e contrabaixista Lucius Maia nos apresentou a música In A Gadda da Vida", da banda Iron Butterfly. De gosto musical muito apurado (rock, jazz, blues) ele acertou mais uma vez em cheio, como se diz. Após os devidos ensaios a referida música passou ao repertório do Conjunto Big Brasa. O tema musical favorecia a uma improvisação intensa, com a utilização das imagináveis viagens que todos nós fazíamos, durante sua execução. O Lucius Maia lembrará com toda certeza, assim como os demais integrantes do Big Brasa naquele período, do impacto que a música fazia ao ser iniciada. Um bom volume, com tudo bem ensaiado para proporcionar um bom espetáculo.

E assim se passou uma fase de ouro para todos nós, que fizemos o Conjunto Big Brasa, bem como para todos aqueles que conosco participaram das festas, que dançaram ao nosso som e que curtiram muito de um repertório selecionado.  


Guitarrista-solo do Big Brasa


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Carnaval Fortalezense em fotos



Mulata bossa nova
Caiu no Hully Gully
E só dá ela
Ei! Ei! Ei! Ei! Ei! Ei! Ei! Ei!
Na passarela

Mulata bossa nova
Caiu no Hully Gully
E só dá ela
Ei! Ei! Ei! Ei! Ei! Ei! Ei! Ei!
Na passarela

A mulata está
Cheia de fiufiu
Espantando as loiras

E as morenas do Brasil


Iniciando a postagem com chave de ouro, nada melhor que uma foto rara! Vemos nada mais, nada menos, do que Dona Pierina Rossi (A italiana que fez Plácido construir para ela um castelo em plena Aldeota. rsrs) e o brilhante arquiteto e segundo marido de Pierina, Emílio Hinko. Acervo Raimundo Gomes

Dançarinas Espanholas. Bloco do Clube Iracema. Acervo Sérgio Roberto

Uma Nega Maluca no Mucuripe. Carnaval de 1935/36- Acervo Sérgio Roberto

Carnaval no Maguari no final da década de 50. 
Acervo do amigo Clóvis Acário Maciel.

Carnaval do Ideal Clube nos anos 50 - Acervo Totonho Laprovitera

Carnaval do Ideal Clube nos anos 50 - Acervo Carlos Juaçaba

Carnaval de 1958 do Ideal Clube. Na foto vemos: Galba Lobo,Glauco Lobo e Wandick Ponte. Acervo Carlos Juaçaba

Carnaval do Country Club. - Acervo Clóvis Acário Maciel

Ceará Country Club numa terça feira de carnaval de 10 de fevereiro de 1959.
1-Leôncio, 2-Ribamar, 3-Narcélio, 4-Clóvis, 5-José Auri, 6-Magela e 7-Rufino.
Acervo Clóvis Acário Maciel

Bloco Somos Amor - Os blocos nos Clubes Sociais eram um sucesso.

Corte do rei momo no nosso carnaval de rua - Arquivo Nirez

Década de 60, bloco de carnaval Os Gaviões do Maguary- Acervo Sandi Tavares Barbosa

Lourdinha Leite Barbosa no carnaval do Clube Líbano

Os Play Boys do Amor. Grupo de jovens do Ideal Clube que animavam os bailes nos clubes sociais no ano de 1956/57. A foto foi tirada no Maguari
Acervo Lourdinha Leite Barbosa

Bloco de carnaval do Clube do América na Avenida Dom Manuel com frente para a Rodrigues Júnior em foto de 1964. Acervo de Dennis Vasconcelos

Família Gondim pronta para o corso. Acervo Ivan Gondim

Início dos anos 60, época da inocência. Acervo Ivan Gondim

Carnaval no Início do anos 60 - Acervo Ivan Gondim

Carnaval no Maguari no início da década de 60. Acervo Clóvis Acário Maciel

Preparação para o Corso na Avenida Dom Manuel. Década de 60. 
Acervo Carlos Juaçaba

Terça feira de Carnaval - Maguari em 06 de março de 1962. 
Acervo Clóvis Acário Maciel

Carnaval no Maguari em 1962/63 - Acervo Clóvis Acário Maciel

Carnaval de 1970 no Clube Líbano Brasileiro - Acervo Totonho Laprovitera

Bloco Abutres no início dos anos 70 - Gemma Galgani

Bloco Fina Flor do Ideal Clube. Acervo Carlos Juaçaba

Baile Infantil da AABB anos 80 - Acervo Leila Nobre

Baile de Carnaval de 1982 na AABB - Acervo Leila Nobre

Carnaval de 1984 na AABB - Acervo Leila Nobre

1º Carnaval do Pirata - ao fundo, Júlio e Rodolphe Trindade - Acervo Pirata Bar

Bloco Bonecas da Volta no Trem da alegria no Carnaval de 89 na Av. Beira-Mar
Acervo Lázaro Costa

Bloco Bonecas da Volta no Trem da alegria no Carnaval de 89 na Av. Beira-Mar
Acervo Lázaro Costa

Carnaval infantil do Náutico em 1991 - Acervo Leila Nobre


Leila Nobre




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