Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Fênix Caixeiral
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Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A Fênix Caixeiral ainda vive



Avenida Imperador, 636. Entre as ruas Liberato Barroso e Pedro Pereira. Uma rápida olhada e a certeza de que ali é "apenas" um curso supletivo de ensinos fundamental e médio. Nas paredes brancas do muro, um verde agigantado para atrair a vista do transeunte: Colégio Fênix Caixeiral. O nome remete ao que já foi uma sociedade beneficente e cultural em épocas áureas. Hoje, no local ainda funciona a Sociedade Fênix Caixeiral, notadamente sem a pompa de outrora, quando era uma das instituições de classe de mais prestígio no Estado. 


 

Durante várias décadas, a então "Phenix Caixeiral" desempenhou papel relevante na sociedade. Congregava gente como contadores, despachantes de alfândegas, leiloeiros, corretores, empregados de bancos e uma quase infinidade de classes trabalhadoras. São quase 120 anos de história. O prédio luxuoso que abrigou a Fênix, no entanto, tombou pelo descaso de seus administradores, gestores municipais e de parte da sociedade fortalezense. Na rua 24 de Maio, no Centro Histórico, umas das esquinas da Praça José de Alencar abrigava o edifício de dois pavimentos e 1.163 metros quadrados. Foi demolido quando estava prestes a completar 89 anos. 

Com ele, vieram abaixo a imponente escadaria de madeira, os grandes salões nobres e sociais, e até um pequeno museu. Mosaicos alemães, forro de cedro, assoalhos de cetim. Parte do acervo interno e da mobília do prédio foram transferidos para a sede da avenida Imperador. A venda do antigo prédio foi realizada em janeiro de 1979 e sua demolição foi concluída nos primeiros anos da década de 80. As dívidas avolumadas foram a principal causa da "queda" da Fênix Caixeiral, vendida em 1979 para o Grupo Ximenes e Tecidos S.A. E, em seguida, para a Caixa de Previdência do antigo BEC, que demoliu o passado, transformando-o em um "lojão bancário", com postos de prestação de serviços e captação de poupança.







sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fênix Caixeiral


PRAÇA JOSÉ DE ALENCAR - FÊNIX CAIXEIRAL - SUS

No dia 24 de maio de 1891 um grupo de empregados do comércio de Fortaleza se juntou e fundou uma associação a que deram o nome de Fênix Caixeiral. Aquela época, os vendedores em casas comerciais tinham o nome de caixeiros. A entidade tinha de tudo para atendimento a seus sócios e funcionava como um instituto de previdência já que na época tal não existia.
Em 1905, no dia 24 de junho, inaugurava-se a sede própria, na praça José de Alencar, na esquina da Rua General Sampaio com Rua Guilherme Rocha. Em 1915, no dia 24 de junho, foi inaugurada a segunda sede, desta feita na esquina da mesma Rua Guilherme Rocha com a Rua 24 de Maio. Nos dois prédios funcionavam a Escola de Comércio (a primeira de Fortaleza a ter aulas à noite), o Cine-Teatro Fênix, a Biblioteca Social, o Pátio de Diversões, o Campo de Cultura física, Assistência Médica, Dentária e Judiciária, o Tiro de Guerra, o Dispensário Profilático e, a partir de 1926, o Banco de Crédito Caixeiral. Durante a revolução de 1930, manteve a Guarda Cívica Fenista.
No prédio da Fênix Caixeiral funcionou, além da própria entidade, o Centro dos Inquilinos, a Associação Comercial do Ceará, o Instituto Politécnico, a Associação dos Jornalistas Cearenses (ACJ), hoje Associação Cearense de Imprensa (ACI), além de muitas outras atividades ali exercidas, como impressão de jornais, funcionamento de academias e instalação de sociedades. Lá também funcionou o serviço de telégrafo de Fortaleza.
Na primeira foto, a mais antiga, vemos em primeiro plano parte da Igreja do Patrocínio, cuja pedra fundamental foi lançada em 2 de fevereiro de 1850 e em seguida o primeiro prédio da Fênix Caixeiral, inaugurado em 24 de junho de 1905.
Na Segunda foto, da década de 50, vista do mesmo ângulo, vemos novamente parte de igreja e no lugar do prédio da Fênix, o novo edifício da Fênix Caixeiral sendo construído. Vê-se já, à distância, o Edifício Santa Elisa "Gilete", na esquina com a Rua Senador Pompeu, um ônibus dos que se construía a carroçaria em Fortaleza e um automóvel talvez Pontiac.
A terceira foto mostra a igreja encoberta parcialmente por tapumes, grades e muros, o prédio que começou a ser construído para a Fênix, financiado pelo IAPC, passou a pertencer ao INPS, depois INSS e atualmente traz a sigla SUS. Na fachada sente-se a confusão de letras superpostas. Na rua já não passam carros.
Hoje no local está, desde a década de 60, o prédio do INAMPS, destinado ao SUS, conforme foto atual de Osmar Onofre.


Saiba mais:

Em março de 1984, o antigo prédio da Fênix Caixeiral, na rua 24 de Maio, foi passado adiante pelo Grupo Ximenes e Tecidos S.A. Naquela época, restavam apenas as colunas construídas à base de ferro de difícil demolição.

A fundação da Fênix Caixeiral se deu em 24 de maio de 1891. A primeira sessão foi realizada em um prédio da rua Formosa, hoje Barão do Rio Branco, 193. A inauguração do prédio da rua 24 de maio, no entanto, só ocorreu em 24 de junho de 1915.

No dia 25 de junho de 1918, foi criada a Lei Municipal número 56, que considerava feriado municipal o dia 24 de junho (data da instalação do prédio). Em 28 de junho do mesmo ano, o Decreto Federal nº 3.523 considerou o antigo prédio da entidade como "utilidade pública".

"Vendido afinal o prédio da Fênix" - manchetava O POVO em uma de suas páginas, no sábado de 6 de janeiro de 1979. Na ocasião, O POVO ouviu Aloísio Ximenes, do Grupo Ximenes e Tecidos S.A., que comprou o edifício. Ele explicou que "a decisão de concorrer à aquisição do prédio revestiu-se de caráter puramente comercial, levando-se em conta que a valorização determinada pela proximidade do centro de comércio justificava a oferta feita pela organização". Até aquela data, o prédio ainda estava sem destino. "Pode virar um shopping center, uma incorporada, loja de departamentos, estacionamento ou mesmo a sede da nossa organização", previa o novo proprietário. 


Crédito: Portal da História do Ceará, Jornal O Povo

sábado, 17 de julho de 2010

Igreja do Patrocínio


Foto de 1907

Matriz de Nossa Senhora do Patrocínio

A foto ao lado data de 1938 e mostra a Matriz de Nossa Senhora do Patrocínio, na praça José de Alencar. Em primeiro plano, a herma de J. da Penha, que ali esteve por muitos anos e hoje se encontra na Praça José Bonifácio. Ao lado do templo, vemos parte do muro do antigo prédio da Fênix Caixeiral. Pés de oitis, mongubas, castanholas e fícus-benjamim enfeitavam as praças de Fortaleza àquela época e eram bem cuidados, podados regularmente. Os jardins também eram bem cuidados, pois não havia a quantidade de transeuntes nas ruas e praças nem vendedores ambulantes como hoje. A Iluminação pública era feita por lâmpadas incandescentes desde 1935, quando aquelas substituíram o gás carbônico.
Em 1849 o cabo de esquadra Fortunato José da Rocha disparando um tiro contra o capitão Jacarandá, acertou no joelho do alferes Luiz de França Carvalho. Este, vendo em perigo sua vida, fez voto a Nossa Senhora do Patrocínio que se escapasse mandaria construir uma Igreja em sua homenagem. No dia 2 de fevereiro de 1850 era lançada a pedra fundamental. A planta de igreja foi do mestre Antônio da Rosa e Oliveira. O templo levou cinco anos para ser construído e só foi terminado pelo esforço do cônego João Paulo Barbosa, seu primeiro vigário.

Hoje a Igreja está da mesma forma, mas traz em seu redor um muro de pedras para sua proteção. Antes teve uma grade de ferro em seu redor mas não resolveu e marginais a invadia constantemente.
Do lado onde foi o prédio da Fênix Caixeiral hoje está o edifício do SUS e do outro, onde antes eram casas residências, hoje é um prédio comercial. A praça antes ajardinada e com árvores, hoje é um deserto de cimento com um poste "enfiado", com três lâmpadas a vapor de mercúrio. Somente próximo ao Teatro José de Alencar é que tem bastante árvores, mas é um verdadeiro mercado persa, onde de tudo se vê, sanduíches, pastéis, pão, frutas, verdura, literatura de cordel, literatura religiosa, cantadores de viola, de pandeiro, repentistas, pastores a pregar, engraxates, mendigos, etc.

Crédito: Portal da História do Ceará/Arquivo Nirez

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