Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Fagner
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Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Um passeio na história pela Praia de Iracema - Literatura de Cordel (Parte V)



Praia de Iracema em 1956. Acervo Fátima Porto Belém


Luís Antonio de Aragão




APRESENTANDO AMIGOS E MORADORES DA PRAIA DE IRACEMA

É Ernani Barreira
Nosso Desembargador
Helio Rola e seus murais
Vescencio é bom editor.
No Estoril Cláudio Pereira,
Sua mesa era a primeira
Ali foi o frequentador



Arquivo Nirez

Dirige, Francisca a AMPI
Dedé e Acrísio presentes,
Vital, Marçal, Ascânio
E Edmundo, são pés-quentes
As bancas de Miti e Pedo
Abertas são muito cedo
Dando notícias recentes



O Poço da Draga - Arquivo Nirez

Poço da Draga é Iracema
A história é quem conhece
Valdomiro e Tapiocas,
Valmir, Fuampa, quem esquece?
San, Urso, Geralda, Paulão
João Brito, a Associação
Aplauso bem merece

Adeus Jamu e Peixoto
Tem, Cristina e Paulinho,
Jeová, Edílson e Caubi
Madalena e Betinho
Ronaldo, se foi Zezinho,
Pipiu, o mundo é moinho
Eurico, a vida é carinho



 Família do poeta Juvenal Galeno na praia de Iracema

Dunga Odakan, poeta
Serrão vive a cantar
Carlinhos Palhano, artistas
Gegê, fez bem comprovar
De Francesco Vicente,
Zeno fez “Canto da gente”
E Audifax, “Iracemar”

José Tarcisio, artista
No corredor do Dragão
Fez ali bela passagem
Da vida, continuação
D’Costa, poeta, cantor
Mágico das telas, pintor
Os dois, um só coração



Os jangadeiros cearenses homenagearam a memoria de Juvenal Galeno no 30º dia de sua morte, promovendo tocante solenidade em plena praia de Iracema. 
Jornal Correio do Ceará de 30/03/1952


Augusto, Paulo, Bastião
Petrônio, William Doutor
Bombinha, Quinquinha e Misso,
Banana é bom jogador
Baiaca, de Gato, sócio
Com Zé Guedes, o negócio
Não precisa fiador

D. Maisinha e Claúdios
Vicente, Ernani, Celsinho
Douglas, corvo, Pantico
César, Fernando, Chiquinho
Dandão e Marina daqui
Socorro, Milena e Caubi
Seu Ivã, nos curou tudinho




10 de maio 1936 - Homenagem prestada à memória de Juvenal Galeno, realizada pelos pescadores e jangadeiros cearenses ao seu eterno cantor na praia de Iracema.

Jandira, Anselmo, Caubi
Por Ted e Jabá, se sente
Puraquê, Capão e Leco;
Mário e Luis, docemente
Passaram a outras vidas
Elias, tais pessoas queridas
Eram gente da gente

Trave pequena de pedras
A Praia toda rachada
Na quadra ou piscininha
A canela se descascava
Perna de pau ou craque
Vibrava defesa e ataque
Só o gol interessava



Iracema em 1950- Arquivo Nirez

Ari, Odilon, Joel e Léo
“Tadeus”, Airton e Miltão
“Nenéns”, Jean, Góes, Rui
Veri, Marinho, Chico, João
Dedé, Wilson, Paninho
Kleber, Z’Aires, Netinho
Toin, Luciano e Elmir Gavião

Celina, Noima e Lurdes,
Umberto, Boiadinha
Vanda, Celsa, Mazéveras
Norma, Vitória, Verinha,
Maranguape de apreço
Ozinco, alguém esqueço?
Perdão à Praia todinha

Lúcio e Fernando o Surf
Com Bibita incentivaram
Zé Edson, Wilson, Aragão
“Banda Iracema” formaram
Mestre Pio na bateria
Na quadra da noite ao dia
Todos no bairro dançaram


Praia de Iracema em 1982 - Gentil Barreira

Jornalzinho “A Voz do Catra”
D’um grupo Catraieiro
Homem da torre sabia
A vida do povo inteiro
E a “Rainha da Madeira”
Não gostou da brincadeira
E o jornal foi prisioneiro

Na Sauna, Cultura Física
Turma boa ia malhar
Coco verde gelado
João, seu facão a cortar
Futebol com Noé e Cordeiro
Não havia jogo inteiro
O pau era certo cantar

Aurílio Gurgel o nome
Daquele da boemia
Responsável e respeitável
Dumaresq conhecia
Jânio e Lincoln, com atitude,
Valdêncio o clube não mude
“Casa é do Mincharia



Arquivo Fortaleza Nobre

Dos Mercadinhos São Luís
Na praia já fez teto
Uma bela família
Pessoal muito correto
Com Deus Ramalho está
Tem Fernando e Cacá
Lembranças mando pro Neto

D’Iracema se avista
Bar da Dona Mocinha,
Primeira Dama do Samba
Até no Rio é Rainha
Vinte e cinco anos são
Do Bar dela, que é Leão
Sabe a Fortal todinha



Raimundo Fagner

Bênçãos quero pedir
Fagner e Belchior,
SávioDílsonEdnardo
E tudo o que é cantador,
Bernardo, cultura viva,
Com Marreco e Beija-Flôr



Belchior

Viaja o bom revisor
Professor Túlio Monteiro
Com Klevisson na Jangada
Que o vento leva ligeiro
Zé Maria cordelista
Poeta e repentista
É também um passageiro

Jornalista Carlos Paiva
Em espírito presente
Airton Monte escreveu
Uma crônica inteligente
Gervásio Paula em abril
Narrou queda do Estoril
Em reportagem envolvente




Secretários de Cultura
O poeta Barros Pinho
FUNCET na praia faz
Um trabalho de carinho
Do estado, Claudia Leitão
Aqui o grande “Dragão”
Em Iracema fez seu ninho

Dr. Lúcio, Governador
Dr. Juraci, Prefeito
O som de poucos bares
Muito mal a nós tem feito
Alguns fogem das lutas
Culpando as prostitutas
Isto é um grande defeito

Existe a Lei do Silêncio
É do Código Brasileiro
Foi feita para ser cumprida
Por nós ou pelo estrangeiro
Quem pensa que o Alvará
Anarquizar direito dá
Tem que ser preso primeiro.



LOUVAÇÃO A IRACEMA

Rua Ildefonso Albano
Dois bairros faz divisar
Meireles e Iracema
Praias do lindo lugar
Meireles, vento conduz
Iracema, sol reluz
São as estrelas-do-mar




Antiga sede do Círculo militar de Fortaleza na esquina da Avenida Raimundo Girão c/ Rua Ildefonso Albano - Acervo Cepimar

Atrás do Poço da Draga
Praia nasce à beira-mar
Vai a Ildefonso Albano
Até Monsenhor encontrar
O "Dragão" aparecendo
Ladeira se vai descendo
Com a índia a caminhar

Os nomes belos das ruas
Raimundo Girão criou
Assim nossos indígenas
O mesmo homenageou
Aquidabã Avenida
Que foi substituída
Por quem lhe historiou

São todas assim chamadas
TijipióPotiguaras
TupiArarius
CaririsTabajaras
GrairasGuanacés
Pacajus,Tremembés
Itapipoca e Jucás, raras

Há vinte anos estive
Com o Luiz Assunção
Que no piano tocou
Aquela linda canção
“Adeus Praia de Iracema”
Música mais que poema
Um hino de adoração




Tenho amor por Iracema
Ao mar digo meus queixumes
Do tempo que não é mais
Dos que já foram costumes
Dos males que a rodeiam
Das ilusões que a enfeitam
Do bairro tenho ciúmes

Iracema não confunde
Empresário e aventureiro
O primeiro aqui produz
É nosso companheiro
Pedimos ao segundo
Explorador do sub mundo
Vá embora “Raparigueiro!”

É a praia de Iracema
Capital de Fortaleza
Onde o verde-azul do mar
Sob o sol tem mais beleza
A Virgem dos Lábios de Mel
Com a Lua num painel
A moldura é a natureza

Navegando com Praianos
Inspiradores do tema
Numa jangada de versos
O Cordel traçou seu lema
Preservando na memória
UM PASSEIO NA HISTÓRIA
PELA PRAIA DE IRACEMA.

FIM

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Crédito: http://www.nehscfortaleza.com/




segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Raimundo Fagner



Mais jovem dos cinco filhos de José Fares Lopes, imigrante libanês, e Dona Francisca Cândido Lopes, Fagner nasceu na capital cearense, embora tenha sido registrado no município de Orós.


Foto do acervo pessoal de Raimundo Fagner. Em exibição na sede da Fundação Raimundo Fagner em Fortaleza. Arquivo Klaudia Alvarez

Foto do acervo pessoal de Raimundo Fagner. Em exibição na sede da Fundação Raimundo Fagner em Fortaleza. Arquivo Klaudia Alvarez

Foto do acervo pessoal de Raimundo Fagner. Em exibição na sede da Fundação Raimundo Fagner em Fortaleza. Arquivo Klaudia Alvarez

Raimundo Fagner Cândido Lopes nasceu em 13 de outubro de 1949 foi registrado na cidade de Orós, no interior do estado do Ceará. Foi batizado em 27 de dezembro na Igreja do Carmo em Fortaleza. Aos seis anos ganhou um concurso infantil na rádio local (Ceará Rádio Clube), cantando uma canção em homenagem ao dia das mães. Na adolescência, formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas. Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música "Nada Sou", parceria sua com Marcus Francisco.


Notícia sobre a música vencedora do Festival de 1968 - "Nada sou" de Fagner e Marcus Francisco- Arquivo de Klaudia Alvarez


Tornou-se popular no estado em 1969, após comparecer em programas televisivos de auditório na TV Ceará, e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Jorge Mello, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra, o grupo ficou conhecido como "o pessoal do Ceará". Também no ano de 1969, após ganhar o 'I Festival de Música Popular do Ceará - Aqui no Canto', Fagner saiu em excursão junto com o grupo de música e teatro do Capela Cristina (grupo de música e arte do Ceará), foram para Buenos Aires de ônibus, a viagem durou 45 dias de estrada.

Jornal Tribuna do Ceará - Uma das primeiras entrevistas de Fagner publicada em um jornal do Ceará. Coluna da jornalista Bete Dias.- Arquivo de Klaudia Alvarez

A carreira nacional deste nordestino começava de forma bastante imprevisível. Mudou-se para Brasília em 1970 para estudar arquitetura, participou do Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com "Mucuripe" (parceria com Belchior), e classificou-se em primeiro lugar. No mesmo festival, recebeu menção honrosa e prêmio de melhor intérprete com "Cavalo Ferro" (parceria com Ricardo Bezerra) e sexto lugar com a música "Manera Fru Fru, Manera" (também com Ricardo Bezerra). A partir de então, Fagner consegue despertar a atenção da imprensa do Sudeste, sendo suas canções intensamente executadas nos bares da capital do país.


Fagner de Orós a Mucuripe - Foto de Magnólia Corrêa para reportagem do Jornal de Brasilia em 17 de Novembro de 1977 - Arquivo de Klaudia Alvarez

Em 1971 gravou seu primeiro compacto simples em parceria com outro cearense, Wilson Cirino. Foi lançado pela gravadora RGE, e não fez grande sucesso. O Objetivo da gravadora era bater o sucesso de cantores como Antônio Carlos e Jocafi. Ainda em 71 foi para o Rio de Janeiro, onde Elis Regina gravou "Mucuripe", que se tornou o primeiro sucesso de Fagner como compositor e também como cantor, pois gravou a mesma música em um compacto da série Disco de Bolso, que tinha, do outro lado, Caetano Veloso interpretando "A Volta da Asa Branca". 

Matéria publicada em um jornal do RJ em 1972 - Arquivo de Klaudia Alvarez

O primeiro LP, Manera Fru Fru, Manera, veio em 1973 pela gravadora Philips, incluindo "Canteiros", um de seus maiores sucessos, música sobre poesia de Cecília Meireles


1972 - Foto publicada na revista Amiga - Arquivo de Klaudia Alvarez

1972 - Foto que ilustra uma das primeiras matérias feitas com Fagner em um jornal do RJ na época do lançamento do Disco de Bolso do Pasquim - Arquivo de Klaudia Alvarez


O disco teve participação de Bruce Henri – contra-baixista nascido em Nova Iorque e radicado no Brasil, tendo integrado a banda de Gilberto Gil, Naná Vasconcelos e Nara Leão. Apesar de tudo, o Disco vendeu apenas 5 mil cópias, e foi retirado de catálogo, e só foi relançado em 1976. 


1973 - Na época em que Fagner morou na casa de Elis Regina e Ronaldo Bôscoli, na Estrada do Joá, RJ- Arquivo de Klaudia Alvarez

Bilhete de Roberto Menescal para Fagner - Arquivo de Klaudia Alvarez


O cantor fez, também em 1973, a trilha sonora do filme "Joana, a Francesa", que o levou à França, onde teve aulas de violão flamenco e canto. De volta ao brasil, gravou no ano de 1975 seu segundo álbum de estúdio, titulado "Ave Noturna", e foi lançado pela gravadora Continental. O disco atingiu um sucesso considerável de vendas, e pela primeira vez, Fagner teve uma de suas canções na trilha sonora de uma novela, "Beco dos Beleiros", de Petrício Maia e Brandão, na novela "Ovelha Negra" da TV Tupi. Ainda pela gravadora Continental, gravou um compacto simples ao lado de Ney Matogrosso. Em seu terceiro disco, pela gravadora CBS (Sony Music), titulado apenas Raimundo Fagner, que foi um sucesso em vendas, na primeira semana foram vendidos mais de 40 mil exemplares, os arranjos bem elaborados, e a qualidade de gravação, fez do álbum um dos melhores do ano de 1976, este álbum marcava a entrada de Fagner aos repertórios românticos. Ao mesmo tempo grava músicas de sambistas, como "Sinal Fechado", de Paulinho da Viola


Show Astro Vagabundo de 76 - Arquivo Klaudia Alvarez

Outros trabalhos, como seu quarto disco, Orós de 1977, disco que teve arranjos e direção musical de Hermeto Pascoal, demonstram uma atitude mais vanguardista e menos preocupada com o sucesso comercial. Fechando a década de 1970, lançou mais dois discos: Eu Canto (1978) com outro poema de Cecília Meireles – "Motivo", musicado por Fagner e sem os créditos da poetisa; e Beleza (1979). Fagner foi considerado pelos leitores da Revista Playboy, o melhor cantor do ano de 1979, em segundo lugar ficou Roberto Carlos.


Capa da Revista Veja de 1975 - Arquivo de Klaudia Alvarez

Foto de 1978 - Arquivo de Klaudia Alvarez


Coluna de Ronaldo Bôscoli no Jornal Ultima Hora,RJ - Arquivo Klaudia Alvarez

Década de 70 - Fausto Nilo, Fagner, Abel Silva - Arquivo Klaudia Alvarez

Nos anos 80 Fagner manteve o lado nordestino, e se dividia ao mesmo tempo com o romantismo. O primeiro LP dos anos 1980 foi Eternas Ondas, que teve na parte instrumental Zé Ramalho, Dominguinhos, Naná Vasconcelos, e muitos outros. Neste mesmo disco, Fagner fez uma versão, com ajuda de Frederico Mendes, do clássico de John Lennon e Yoko Ono "Oh My Love", do álbum Imagine de 1971. Aproveitando o auge de Fagner em sua carreira, a gravadora Continental lançou o disco Juntos - Fagner e Belchior, uma compilação que continha faixas do disco Ave Noturna, o único de Fagner lançado pela Continental. A Polydor, por sua vez, recolocou para venda o disco Manera Fru Fru Manera. Em 1981, Fagner gravou o álbum Traduzir-se um grande marco em sua carreira. 
O Disco foi lançado em toda a Europa e América Latina, vendeu mais de 250 mil exemplares em pouco tempo, e recebeu disco de platina. Também em 1981, lançou um álbum em espanhol, um antigo sonho de carreira. Em 1982 lançou Sorriso Novo, que tinha como canções, poemas de Fernando PessoaFlorbela Espanca musicados por Fagner. Em 1983 gravou Palavra de Amor, que teve participação do grupo Roupa Nova, e Chico Buarque. Nos anos seguintes, gravou os discos A Mesma Pessoa e Semente, os últimos com a gravadora CBS. Ao lado da Banda BlitzGonzaguinha e outros. Fagner participou do 12º Festival Mundial da Juventude, realizado entre julho e agosto de 1985, em Moscou. Em 1986 lançou seu primeiro disco pela gravadora RCA, com o nome de Fagner-A lua do Leblon, o disco superou a marca de 300 mil cópias vendidas. 

Festival de Verão, 1982

Em 1987, Fagner lançou mais um disco: Romance no Deserto (título em português de uma canção composta e gravada por Bob Dylan no álbum Desire). Este disco superou a marca de 1 milhão de cópias vendidas, e foi lançado também nos Estados Unidos da América, importado pela BMG music/Nova Iorque; as canções "Deslizes" e "À Sombra de Um Vulcão" ficaram por mais de 700 dias entre as mais tocadas do Brasil. O último disco da década, O Quinze, décimo quinto disco da carreira de Fagner, recebeu o Prêmio Sharp de melhor álbum do ano.


Encontro histórico entre o cantor Fagner , Socrates e o tecnico Tele Santana. A seleção brasileira se apresentaría em Fortaleza e em um treino recebeu a visita do cantor cearense que fazia grande sucesso na época. O Brasil acabaría vencendo este amistoso contra o Uruguai realizado no estadio Castelão em 27.09.1980 pelo placar de 1x0. Crédito da foto

 Abril de 1987 - Em seu apartamento no Leblon - Arquivo de Klaudia Alvarez


Abril de 1987 - Em seu apartamento no Leblon - Arquivo de Klaudia Alvarez


Abril de 1987 - Em seu apartamento no Leblon - Arquivo de Klaudia Alvarez

Anos 1990

O primeiro álbum da década, Pedras Que Cantam de 1991 teve como primeira canção de trabalho "Borbulhas de Amor", que tornou-se imediatamente sucesso nacional. O disco recebeu disco de platina tripla por vender 750 mil exemplares, e as canções "Borbulhas de Amor", "Pedras Que Cantam" e "Cabecinha no Ombro" ficaram durante oito meses nos primeiros lugares nas rádios do Brasil. Fagner passou dois anos sem lançar um disco novo. Foram vinte meses de preparo até que o disco Demais fosse lançado em maio de 1993. O disco revive os principais temas da Bossa Nova, com versões de canções de Vinicius de Moraes, Tom Jobim e Dorival Caymmi. No ano seguinte lançou o disco Caboclo Sonhador, desta vez com clássicos do forró, com versões de canções de Dominguinhos, Luiz Gonzaga e vários outros. O disco não possui nenhuma canção de sua autoria. Em 1995 fixou moradia em Fortaleza, e lançou mais um álbum: Retratos. O álbum recuperou canções do fim dos anos 1970, ainda não gravadas por Fagner. O vigésimo álbum de sua carreira foi lançado em 1996 com o título de Pecado Verde. neste mesmo ano, Fagner completava 23 anos de carreira artística. O último disco da década de 1990 foi Terral, que não possuía nenhuma canção de sua autoria.

Foto de 1994

Anos 2000

Em 2001, gravou o álbum que tem o título apenas de Fagner. Tem canções em parceria com Zeca Baleiro, Fausto Nilo, Abel Silva e Cazuza. A parceria de Fagner e Zeca Baleiro rendeu uma série de shows pelo Brasil. Em 2004, pela Indie Records, Fagner lançou o álbum Donos do Brasil. O Penúltimo disco lançado por Fagner foi Fortaleza, em 2007. Posteriormente lançou "Uma canção no Rádio" em 2009.

Discografia


Estúdio

1973 - Manera Fru Fru, Manera

1975 - Ave Noturna
1976 - Raimundo Fagner
1977 - Orós
1978 - Eu Canto - Quem Viver Chorará
1979 - Beleza
1980 - Eternas Ondas
1981 - Traduzir-se
1982 - Sorriso Novo
1983 - Palavra de Amor
1984 - A Mesma Pessoa - Cartaz
1985 - Deixa Viver
1986 - Fagner - Lua do Leblon
1987 - Romance no Deserto
1989 - O Quinze
1991 - Pedras que Cantam
1993 - Demais
1994 - Caboclo Sonhador
1995 - Retrato
1996 - Pecado Verde
1996 - Bateu Saudade
1997 - Terral
1998 - Amigos e Canções
2000 - Ao vivo - Vol. I e II
2001 - Fagner
2004 - Donos do Brasil
2007 - Fortaleza
2009 - Uma Canção no Rádio


Outros

1971 - Fagner e Cirino

1972 - Cavalo Ferro (Compacto Duplo)
1975 - Fagner e Ney Matogrosso
1979 - Soro
1981 - Raimundo Fagner Canta en Español
1983 - Homenaje a Picasso
1984 - Fagner e Gonzagão I
1989 - Cartaz - Os sucessos de Fagner
1989 - Fagner e Gonzagão II - ABC do Sertão
1991 - Fagner en Español
1993 - Uma Noite Demais - Ao Vivo no Japão
2000 - Ao Vivo
2002 - Me Leve (ao vivo)
2003 - Fagner & Zeca Baleiro

Postcard lançado pela gravadora para promover disco - Arquivo de Klaudia Alvarez

Acusações de plágio

A canção "Canteiros" (do primeiro álbum de Fagner), poema de Cecília Meireles musicado por Fagner, não foi creditada à poetisa. Este incidente levou a uma briga na justiça, onde a família de Cecília conseguiu retirar de circulação seu primeiro disco. Este fato se repetiu cinco anos depois, no LP Eu Canto - Quem Viver Chorará (1978) com outro poema de Cecília - "Motivo", também musicado por Fagner sem os créditos da poetisa. Os dois discos foram relançados posteriormente sem a inclusão dessas músicas.

Curiosidade

Em janeiro de 2002, Fagner participou por 15 minutos de uma partida amistosa entre Fortaleza e Maranguape, no estádio Presidente Vargas. O Fortaleza venceu por 3x0, mas o cantor não marcou gol.

Fagner em Orós

Prêmios

IV Festival de Música Popular do Ceará – 1968

Melhor Canção – "Nada Sou" (em parceria com Marcus Francisco).
Festival de Música Jovem CEUB – 1971
Melhor Canção – "Mucuripe" (em parceria com Belchior).
Prêmio Especial do Júri (hour-concours) – "Cavalo de Fogo" (em parceria com Ricardo Bezerra).
Melhor Intérprete.
Melhor Arranjo.
Festival TV Tupi – 1979
Melhor Intérprete – "Quem Me Levará Sou Eu" (Dominguinhos / Manduka).
Prêmio Playboy de MPB – 1979
Cantor do ano.
Prêmio Sharp de Música Popular – 1990
Melhor Cantor.
Melhor álbum – O Quinze.
Melhor canção – "Amor Escondido" (Raimundo Fagner / Abel Silva).
Melhor disco regional – Gonzagão e Fagner Vol. 2.


Fonte: Wikipédia, Site Oficial, Evangê Costa


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