Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : julho 2010
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



sábado, 31 de julho de 2010

Igreja do Pequeno Grande


A história da chamada Igreja do Pequeno Grande se inicia a 5 de agosto de 1856, quando a Lei nº 759 criava em Fortaleza a primeira casa de educação e recolhimento de meninos órfãos. Foi o primeiro amparo ao menor abandonado.
No dia 10 de março do ano seguinte a casa era inaugurada com apenas dez alunos. A Lei nº 1202, de 10 de março de 1866 extinguiu aquela casa pioneira e ali foi instalado, após alguns melhoramentos, o Colégio das Órfãs, sob orientação das Irmãs de São Vicente de Paulo e já com o nome de Imaculada Conceição.A primeira superiora foi a irmã Margarida Bazet que ali esteve até 1887, quando faleceu no dia 18 de julho. No seu lugar ficou a irmã Gaynè, em cuja administração foram feitas diversas reformas e quando foi construída, em 1903, a Capela da Imaculada Conceição (Igreja do Pequeno Grande), inaugurada no dia 21 de novembro daquele ano.
A foto antiga mostra a capela tendo ao lado um nicho e o colégio ainda somente com o andar térreo. Nele estudaram vultos importantes de nossa história, pois o colégio era misto. A praça ainda não era urbanizada. A foto faz parte do "Álbum de Vistas do Ceará 1908", publicado por iniciativa de Boris Fréres, sendo Impresso em Nancy, na França por Berger et Humbolt Helmlinger, com fotografias de 1902 a 1907.

A foto atual, de Osmar Onofre, traz a Igreja da mesma forma, porém tendo à frente uma praça urbanizada e já passada por várias reformas. As árvores não deixam ver o novo prédio do colégio, que hoje tem dois pavimentos. O nicho ao lado da igreja foi totalmente modificado. A placa de estacionamento permitido cobre parcialmente a frente da igreja.

Crédito:Portal da História do Ceará/Arquivo Nirez

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ruas de Fortaleza - Mudanças (Rua Visc. Sabóia)


RUA Visc. Sabóia - Rua da Assembléia

As fotos foram colhidas da calçada da Igreja do Pequeno-Grande na rua Coronel Ferraz, sendo a mais antiga retirada do "Álbum de Vistas do Ceará - 1908", editado por iniciativa da Casa Boris. A rua enfocada chamava-se Rua da Assembléia, por passar em frente à Assembléia Legislativa, prédio hoje ocupado pelo Museu do Ceará. Os trilhos que vemos são dos bondes de tração animal, da Companhia Ferro-Carril do Ceará. O prédio do lado esquerdo é o ainda existente e que na época abrigava o Instituto Jesus-Maria José, recém fundado. A casa da esquina ao lado direito era a casa do poeta José Albano, filho do Barão de Aratanha.
A rua se chamou Travessa da Cacimba. A linha de bondes fazia esta curva sinuosa por vir do bairro do Outeiro (atual Aldeota) e seguir no rumo do centro da Cidade pela rua São José, passando em frente ao Palácio do Bispo, prédio hoje ocupado pela Prefeitura Municipal (Paço) e dobrando na Travessa Crato, hoje Rua Sobral.
Podemos ver, em comparação com a fotografia atual, que as calçadas foram reduzidas na largura. De todos os prédios, apenas ficou o da esquerda, onde foi depois o Serviço de Profilaxia, o Cine Paroquial, a Rádio Assunção Cearense, Organizações O Gabriel, a Marcosa e hoje é a Escola Nossa Senhora Aparecida. A árvore na rua logo desapareceu e as casas foram transformadas em prédios de apartamentos enquanto outras se transformaram em pontos comerciais. O prédio da esquina onde foi a casa de José Albano é hoje de apartamentos, onde reside o ator Ary Sherlock. Ao longe podemos ver, na foto atual, os prédios (edifícios) de concreto fazendo a cidade crescer para cima.
Pela foto atual, colhida pelo fotógrafo Osmar Onofre, vemos a presença dos grafiteiros, odioso modismo sem nenhum sentido.

Crédito: Portal do Ceará/Arquivo Nirez

Ruas de Fortaleza - Mudanças (Rua Conde D'eu)


RUA CONDE D'EU - CASA DOS GOVERNADORES

A primeira foto data de 1929 e mostra a Casa dos Governadores, onde em 5 de outubro de 1824, foi nomeada a Comissão Militar para julgar os revoltosos republicanos cearenses, que ali funcionou, na Rua Direita dos Mercadores, chefiada pelo tenente-coronel Conrado Jacob Niemayer, sendo arroladas 35 pessoas. Foram bacamarteados em 1825 vários heróis.
No dia 30 de abril, João Andrade Pessoa Anta e o padre Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo Mororó (Padre Mororó); no dia 7 de maio, tenente-coronel Francisco Miguel Pereira Ibiapina; em 16 de maio, tenente de milícias Luís Inácio de Azevedo (Azevedo Bolão); e no dia 28 do mesmo mês, tenente-coronel Feliciano José da Silva Carapinima.


Em 1929 o então prefeito Álvaro Weyne mandou demolir a casa, antes mandou fotografá-la, como fez com o Oitizeiro do Rosário e o portão do mercado conhecido como "cozinha do povo", que também ficava naquela rua.

Mandou construir no local o Mercado Central, de frutas e cereal, que se inaugurou em 22 de setembro de 1932, que vemos na Segunda foto e que serviu à Cidade durante muitos anos, mas que depois ficou somente para artesanato e que com a construção de um novo na Avenida Alberto Nepomuceno foi transformado no Centro de Referência do professor.
A terceira foto data de 1990 e mostra em que estado estava o velho mercado que já havia se transformado em centro artesanal. Vivia momentos difíceis, pois estava condenado pelo Corpo de Bombeiros como uma fonte de incêndio.

A Quarta foto é atual, vendo-se como ficou após a total reforma. Sua inauguração deu-se no dia 27 de outubro de 2000, abrigando as instalações do Centro de Referência do Professor, da Prefeitura Municipal de Fortaleza.
O trabalho foi do arquiteto José Capelo Filho, abrigando a Biblioteca Virtual Moreira Campos, a Galeria Antônio Bandeira, a Sala de Referência do Município, áreas para café e o teatro aberto. Como o mercado, tem três entradas, pela Rua General Bezerril, Rua Sobral (antiga Travessa Crato) e Rua Conde D'Eu.

RUA CONDE D'EU - COZINHA DO POVO

Barba Alardo, que saiu do governo do Ceará em 1812, deixou um pavilhão de madeira no meio do cercado da casa da Câmara, simples telheiro onde eram feitas as feiras. Em 1814 é iniciada a construção de um mercado que tinha, como o atual, frente para a praça Carolina (atualmente Valdemar Falcão) outra para a rua Direita dos Mercadores (atual Conde d'Eu). Era deste lado que ficava este portão que ganhou do povo o apelido de "cozinha do povo".
Antigos resquícios da velha Fortaleza foram demolidos em 1929 pelo então prefeito Álvaro Weyne, precursor de José Valter, que antes mandou fotografá-los (triste consolo!), como a derrubada do oitizeiro do Rosário, a destruição da antiga "casa dos governadores" e este portão de mercado que trazemos nesta fotografia que foi uma das mandadas colher pelo citado prefeito.
Apesar da derrubada do portão da velha foto em 1929, o mercado de frutas e cereais só ficou pronto em 1932, sendo inaugurado no dia 22 de setembro, no primeiro aniversário do governo do capitão Roberto Carneiro de Mendonça.
Depois o Mercado Central já não servia às finalidades para o qual foi construído. A indústria do turismo transformou-o em ponto de venda de peças de artesanato, principalmente peças de bordados e labirinto, sendo um chamariz para os turistas que por aqui passam à procura de artesanato regional.

Na foto mais antiga vemos o portão do antigo mercado na Rua Direita dos Mercadores (atual Rua Conde D'Eu) conhecido popularmente como "cozinha do povo", demolido pelo prefeito Álvaro Weyne em 1929.
Na Segunda foto, que data de 1980, o mercado inaugurado em 1932 já deteriorado e servindo de centro artesanal para turistas e na parte térrea dos fundos vendas de raízes, ferragens, material de folha flandres, bombas de puxar água, tamancos, vassouras, espanadores, ralos, peneiras, rapa-cocos, tábuas para corte de carne, material para fogões, mesas, cadeiras, tamboretes, cavaletes, escadas, etc.
Vendo-se a fotografia atual, têm-se uma ideia da localização exata das antigas fotos. O sobrado que aparece uma ponta no canto direito ao alto, está nas três fotos. No velho prédio, hoje totalmente reformado e adaptado, funciona hoje o Centro de Referência do Professor.

Crédito: Portal do Ceará/Arquivo Nirez

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ônibus antigos em Fortaleza


A primeira linha de ônibus foi instalada em 1928, com seis ônibus da empresa Pedreira que cobriam a cidade.

Um dos primeiros ônibus com carroceria de madeira fabricado no Ceará na década de 30 ou 40 Créditos: www.fumtran.org.br

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Ônibus Ford V-8, ano 1936, carroceria de madeira fabricada em Fortaleza
Créditos: www.fumtran.org.br

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Ônibus marca GMC - ano 1948, com carroceria de madeira fabricada em Fortaleza
Década de 40

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Ônibus linha Baturité - Fortaleza - 1950 - credito: http://www.museudantu.org.br
Fortaleza - 1950 (O ônibus da foto tinha carroceria feita em metal e madeira, montada em um chassis Ford ano 1951, provavelmente um F-6 ou F-7. Pertencia à empresa Redenção e fazia a linha Fortaleza-Baturité (Ceará) nos anos 50.

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Ônibus marca Ford Köln, modelo de caminhão produzido na Alemanha pós-guerra, com carroceria de ferro produzida no próprio Ceará. Antigamente, as carrocerias de ônibus eram feitas de modo artesanal em pequenas oficinas localizadas em várias cidades brasileiras; arrancava-se a cabine do caminhão e montava-se a carroceria, com produtos locais - Ano de 1954 - Fonte: Rodalves de Paula

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Abrigo Central, anos 50 - Crédito: http://www.museudantu.org.br/ECeara2.htm
Ônibus Chevrolet "Gigante" - Fortaleza.
A foto dos anos 50 nos mostra um ônibus com mecânica Chevrolet modelo "Gigante" no abrigo de passageiros da Praça do Ferreira, em Fortaleza, Ceará. O ônibus da foto foi produzido entre 1941 e 1946, com mecânica importada e carroceria de fabricação nacional.

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Carrocerias J. Félix - Fortaleza - Crédito: http://www.museudantu.org.br/ECeara2.htm
Carrocerias J. Félix - Fortaleza. A empresa Organização J. Félix ltda, sediada em Fortaleza, Ceará, fabricava carrocerias para ônibus com estrutura em madeira, na década de 50. Vemos na foto um chassis de ônibus à esquerda e o mesmo encarroçado por esta empresa à direita. A mecânica era da Mercedes-Benz

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Ônibus Mercedes - Vieira anos 60- Crédito: http://www.museudantu.org.br/ECeara2.htm
Ônibus Mercedes - Vieira - Fortaleza. O ônibus da imagem, da década de 60, pertencia à Empresa Iracema, da organização José Setúbal Pessoa, e percorria a linha Dom Luiz, na cidade de Fortaleza (Ceará). Tinha mecânica Mercedes-Benz e carroceria da Vieira, de São Paulo.

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Ônibus, início anos 60, da Enciclopedia Britannica

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Os trolleys de Fortaleza, meados anos 70 - foto: http://www.museudantu.org.br/ECeara2.htm
Os trolleys de Fortaleza tiveram curta duração, de 1967 até 1971. Os veículos, em número de dez, eram da Massari, de fabricação nacional. O encerramento do serviço se deu devido à pouca rentabilidade que os trajetos percorridos proporcionavam. Os veículos foram vendidos à CMTC de São Paulo.

"Os trólebus de Fortaleza realmente não deram certo, infelizmente, por conta de erros no projeto e da baixa demanda de passageiros. Hoje, pouco se sabe sobre este sistema, tanto que muita gente não sabe que Fortaleza já teve ônibus elétrico" Rodalves de Paula

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Postal, anos 80, vendo-se um ônibus em frente ao antigo Othon Palace

"O ônibus em frente ao Othon Palace é um Mercedes-Benz O-364, modelo fabricado entre 1978 e 1986 com relativo sucesso. Porém, as janelas eram algo diferentes, que permitiam a entrada da água da chuva em temporais caso abertas. Por isso, o modelo ganhou o apelido de "Três-meia-aquático"" Rodalves de Paula

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1972 - Expresso de Luxo, Revista Manchete

"O Expresso de Luxo fazia São Paulo-Rio de Janeiro-Fortaleza nos anos 1960/1970, com ônibus Ciferal Líder chassi Magirus-Deutz (que eram refrigerados a ar). Mais tarde, a Itapemirim conseguiu as linhas, provocando assim a expansão da empresa capixaba pelo Nordeste;" Rodalves de Paula

"Andei de Expresso de Luxo até virar Guanabara.

A José de Alencar e a Praça do Ferreira já foram re-habilitadas como praças, só resta a Praça da Estação. Muito mal como elas eram usadas para terminal de ônibus :(

Não gosto muito da história dos ônibus, pois prosperaram com a decadência do trem e ainda assim são de má qualidade até hoje, exceto algumas rotas de longo curso, q porém transitam por estradas pavorosas."
Kaique

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1972 - Expresso Fortaleza, Revista Manchete

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1960 - Praia de Iracema, Caminhão misto marca MBB Linha Fortaleza - Morada Nova (CE).

"Os caminhões mistos para o transporte de cargas e passageiros eram algo comum no Nordeste dos anos 1950. Geralmente, estes veículos faziam linhas entre as capitais e as cidades do Sertão, transportando cargas e passageiros num espaço muito desconfortável e apertado. Pertenciam às pequenas empresas do Interior e até mesmo a caminhoneiros autônomos" Rodalves de Paula


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Ônibus Chevrolet - Fortaleza - 1962 -
1962 - O caminhão para transporte misto da imagem (passageiros e carga) tem mecânica Chevrolet "Brasil"e percorria a linha Fortaleza-Esperança (Ceará) no ano de 1962.
A firma pertencia à Pedro Paulino Viana, e é atualmente a Empresa Nova Esperança Fonte http://www.museudantu.org.br/ECeara4.htm

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Ônibus Chevrolet - Fortaleza 1959 -
A imagem nos mostra um ônibus com mecânica Chevrolet nacional em Fortaleza no ano de 1959. A carroceria, em estrutura de madeira, foi fabricada localmente. O veículo, da Empresa Vitória, fazia a linha entre Caucaia e Fortaleza
Fonte: http://www.museudantu.org.br/ECeara4.htm

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Ônibus Fortaleza - Jacaúna - 1959 -
O ônibus da imagem percorria a linha entre Fortaleza e Jacaúna via Iguape, em 1959.
A mecânica do veículo é Mercedes-Benz e a carroceria do fabricante Crosley. Pertencia à Edgar Ferreira Parrião, atualmente Empresa São Benedito Ltda
Fonte: http://www.museudantu.org.br/ECeara4.htm

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Ônibus Fortaleza Maracanaú - 1956 -
O ônibus da foto tinha mecânica Mercedes-Benz e carroceria de fabricação nacional. Servia na linha entre as cidades de Fortaleza e Maracanaú no ano de 1956. Pertencia à Empresa Santo Antônio Ltda, de José Assis de Oliveira
Fonte: http://www.museudantu.org.br/ECeara4.htm

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Ônibus Fortaleza Vazante - 1960 -
O ônibus da foto percorria a linha Fortaleza-Vazante via Ocara no ano de 1960.
A firma pertencia à José Lopes da Silva (atualmente Empresa São Benedito. A mecânica era Mercedes-Benz e a carroceria da Emílio Pasula & Filho, de São Paulo
Fonte: http://www.museudantu.org.br/ECeara4.htm

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Ônibus marca MBB 1966 carroceria Caio Norte Fortaleza

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Ônibus bairro Porangabuçú - Anos 50 -
O ônibus da foto é um Mercedes-Benz com carroceria de madeira, e serviu na linha Porangabuçú (bairro de Fortaleza) nos anos 50. Pertencia à Viação Angelim
Fonte: http://www.museudantu.org.br/ECeara4.htm

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Ônibus da Light, em 1931. R. Floriano Peixoto. Loja Chrysanthemo - Arquivo (Nirez) Estamos na Rua Floriano Peixoto, que já se chamou Boa Vista, Pitombeira, das Belas e Rua nº 5. Mas a foto antiga data de 1930, quando a rua já tinha o nome atual. Velhos sobrados no estilo neoclássico faziam aquela rua onde trafegavam ônibus da "Light", carros hoje conhecidos como calhambeques, carroças e animais. As pessoas andavam normalmente de chapéu, quer de massa, palhinha ou palha mesmo. A bomba da gasolina da época dava um toque todo especial. Vemos por trás o velho mercado de ferro inaugurado em 1897 e dali retirado em 1937. Também vemos os postes telegráficos, estes com várias hastes de apoio, cada qual comportando oito fios, totalizando 48 fios. A posição do fotógrafo é de costas para o sertão e frente para o mar. Na foto antiga vê-se o Passeio Público à distância.

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Postal, anos 70

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Ônibus, Praça Jose de Alencar anos 70

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Ônibus 1971- Acervo de Paulo Queiroz Marques

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Postal Rodoviária - Anos 70

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Ônibus que fazia a linha Prado da Viacão César, ao lado da Escola Industrial nesse periodo em construção. - Nirez

"Os chassis destes ônibus antigos eram geralmente Ford, Chevrolet e Mercedes-Benz, Os de "cara-chata" tinham chassi Mercedes-Benz LP-321, com motor dianteiro de 100 cv derivado do caminhão do mesmo modelo." Rodalves de Paula

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Mais ônibus antigos aqui:
Ônibus antigos em Fortaleza


Créditos: Fortal
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