Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Rua Dr. Ratisbona
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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Especial 289 anos - Os homenageados nas ruas da cidade (Parte VI)



João Lopes de Abreu Lage (Lopes Filho), funcionário da Alfândega. Era membro da Padaria Espiritual e do Centro Literário. Hoje é nome de rua no Amadeu Furtado. Cearense de Fortaleza, nascido em 07/04/1868. Morreu jovem, em 19 de julho de 1900.



O advogado e professor Leandro Chaves de Melo Ratisbona (Dr. Ratisbona), era cearense do Crato nascido a 01/05/1824, que foi professor do Liceu e deputado provincial e do Império. É hoje nome de rua no Bairro de Fátima.

Era filho de Tomás José Leite de Chaves e Melo, natural do Rio Grande do Norte, ex-deputado provincial, e de Antônia Joaquina de Sá Barreto, filha de Joaquim Antônio Bezerra de Meneses, ex-deputado provincial, chefe do Partido Conservador, em cuja fazenda veio à luz.

Começou os estudos primários aos nove anos de idade e, em breve, substituiu o pai, falecido, no cargo de escrivão judiciário. Deixando este ofício, foi estudar na Faculdade de Direito de Olinda, onde, em 1853, recebeu o grau de bacharel em ciências jurídicas, na mesma turma que Antônio Firmo Figueira de Saboia, Américo Militão de Freitas Guimarães, Bento Fernandes de Barros e Francisco Urbano da Silva Ribeiro. Ainda durante a faculdade, em seu segundo ano, foi eleito deputado provincial. Apesar de sua família quase que inteiramente ser conservadora, era filiado ao Partido Liberal. Foi nomeado lente da Língua Nacional no Liceu de Fortaleza, em 1857, na mesma ocasião em que Esmerino Gomes Parenteo foi para a cadeira de Retórica.

A partir de 1861, passou a residir no Rio de Janeiro, estabelecendo banca de advogado em Paraíba do Sul e posteriormente na capital, obtendo notável sucesso. Dois anos depois, foi eleito deputado geral por sua província de origem para a legislatura de 1864 e reeleito para a de 1868, juntamente com Bernardo Duarte Brandão. Dissolvida a Câmara, em julho desse ano, pelo gabinete de Itaboraí, com a ascensão do Partido Conservador, só voltou ao Parlamento em 1878, quando seu partido subiu ao poder com o gabinete de Sinimbu, em 5 de janeiro do mesmo ano. Seu nome foi indicado para senador duas vezes.

Vítima de derrame cerebral, permaneceu longo tempo doente, até falecer aos 76 anos em 
Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro em 22 de dezembro de 1900. 
Era casado, desde 1848, com sua prima-irmã, Maria Senhorinha Ratisbona, filha de sua tia Maria Senhorinha de Sá Barreto e de Alexandre Correia Arnaut Mascarenhas. O casal teve dois filhos: Alexandre de Chaves e Melo Ratisbona e
Idalina Ratisbona, mãe de Leandro Ratisbona de Medeiros.



O coronel José Francisco da Silva Albano (Barão de Aratanha), capitalista e filantropo fortalezense nascido em 21/05/1830. É hoje nome de rua no centro e no Bairro de Fátima. 

José Francisco da Silva Albano, primeiro e único Barão da Aratanha, foi um rico comerciante e militar brasileiro, tendo sido coronel da Guarda Nacional.
Filho mais velho do comerciante português Manuel Francisco da Silva e de Maria Francisca (ou Angélica) da Costa e Silva, chamava-se originalmente José Francisco da Silva. Acrescentou Albano, com a intenção de se distinguir de seus primos, homônimos, descendentes de um tio, Antônio Francisco da Silva, como forma de identificação de seu tronco genealógico, ou seja, eram descendentes do ramo do sargento-mor Albano da Costa dos Anjos, seu avô materno, agricultor na Serra da Aratanha, exemplo em que foi seguido por seus irmãos Manuel e Antônio.

Maria Francisca (sua mãe) faleceu às vésperas do 12º aniversário de seu primogênito, deixando como herança as terras de Aratanha. Seu pai casou-se novamente, em 1843, com Ana Joaquina da Conceição, com quem teve mais uma filha, Maria Francisca da Silva. Todavia, este veio a falecer três anos depois. Órfão, depois da morte de seu pai, tornou-se caixeiro de José Smith de Vasconcelos em Sobral, e depois passou a trabalhar em Fortaleza. Na capital da província, praticou o comércio em casa de Desidério Antônio de Amorim.

As terras de Aratanha pouco renderam aos irmãos Albano. Mesmo assim, eles tiveram que contratar um advogado de Pernambuco, Francisco Carlos Brandão, para o processo de demarcação.



Chegando seus irmãos à maioridade, José e Manuel , em 1852, abriram a firma Albano & Irmão, com a Loja do Povo, depois Casa Albano. Era uma casa importadora, vendia miudezas, tecidos, vinhos e uísques. Ali chegou a empregar seu primo Rodolfo Marcos Teófilo, o qual se tornaria um importante escritor cearense. Ambos foram grandes filantropos e por isso, em 1887, José foi agraciado com o título de Barão de Aratanha.

Foi casado com sua prima-irmã Liberalina Angélica Teófilo (1836 - 1900), filha de seu tio materno José Antônio da Costa e Silva (1792 - 1866), que fora seu guardião e de seus irmãos após a morte de seu pai. José Antônio também era pai do escritor Juvenal Galeno. O casal teve seis filhos:

José Albano Filho (1855 - 1881), cônsul do Império Alemão e negociante;

Maria Liberalina Albano, primeira esposa do eng.º Antônio Epaminondas da Frota;
Antônio Xisto Albano (1859 - 1917), sacerdote, bispo da Igreja Católica;
João Tibúrcio Albano (1860 - 1924), negociante;
Júlia Teófilo Albano (1863 - 1885);
Maria de Jesus Albano, freira, congregada à Ordem das Pequenas Assuncionistas.

Barão de Aratanha morreu em Fortaleza a 13 de junho de 1901, aos 71 anos de idade. 



O padre lazarista Pedro Augusto Chevalier (Padre Chevalier), nascera na Saint Riquier, Diocese de Amiens, na França, a 22/09/1831.

Foi o primeiro reitor do Seminário da Prainha e ali permaneceu por quase 20 anos. Foi ele também quem lançou a pedra fundamental da Igreja do Pequeno-Grande na Praça Figueira de Melo em 1896.


Faleceu em Fortaleza, aos 70 anos, no dia 17 de junho de 1901.
Passou 36 anos no Ceará e hoje há no Joaquim Távora uma rua com seu nome.



Professor de desenho do Liceu do Ceará, Júlio Henriques Braga (Júlio Braga), nasceu em Fortaleza, no Pici em 1868. 
Serviu como arquiteto na Estrada de Ferro de Baturité e no município de Fortaleza. 
Hoje é nome de rua em Parangaba. Morreu em 05 de setembro de 1901, em Castanhão, Pará, com 33 anos.


Leia também:

Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Parte V
Parte VII
Créditos: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Portal da História do Ceará, Wikipédia e pesquisas diversas.



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