Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Fortaleza - Anos 40 (II parte)


Um belo postal datado de 1945 do coração de Fortaleza, nossa linda Praça do Ferreira.

Vista, postal de 1940 Rua Major Facundo - Arquivo Nirez



Vista da cidade, beira-mar 1940 Fonte: Ofipro




Solar de Luiz Moraes Correia, em Jacarecanga. Livro Royar Briar - A Fortaleza dos anos 40. Uma das mais imponentes residências da cidade, na esquina da Praça do Liceu.


Sobrado do Barão de Ibiapaba


Postal raro e colorizado, anos 40


Postal da Praça do Ferreira - 1946



Postal Praça do Ferreira - Anos 40



Postal da Praia do Mucuripe, 1945 - Arquivo Nirez



Postal Mucuripe - Década de 40



Belíssima Praia de Iracema em foto de 1946



Lindo Palacete Ceará (Hoje sedia a Caixa Econômica Federal) Livro Royal Briar


Década de 40, mansão Itapuca Villa, de Alfredo Salgado- Livro Royal Briar



Amo essa foto da Praia do Mucuripe! Foto de 1949 do arquivo Nirez


Majestic Palace

Com a Casa ALmeida e o Majestic Palace, a Pharmacia Pasteur formava um dos mais belos conjuntos da praça do Ferreira. Dos 3 predios só o da Pasteur permanece, porém, com sua rica fachada escondida por tapumes. A loja de confecções populares que ocupa o local, parece sentir vergonha das coisas do passado. A fachada da Pasteur, cheia de ornatos e as duas serpentes no platibanda é uma das mais encantadoras da cidade. crédito foto e texto: Livro "Royal Briar - A Fortaleza dos anos 40", de Marciano Lopes.

Ilustre visita de Getúlio Vargas a Piscicultura em 1940 - Nirez

Igreja do Pequeno Grande, postal datado de 1946

Grupo Clã, movimento literario dos anos 40


Foto do Arquivo Nirez. Foi um importante Movimento Literário ocorrido no Ceará na década de 40, composto por Aluísio Medeiros, Antonio Girão Barroso, Antônio Martins Filho, Artur Eduardo Benevides, Braga Montenegro, Eduardo Campos, Fran Martins, João Clímaco Bezerra, José Stênio Lopes, Lúcia Fernandes Martins, Milton Dias, Moreira Campos, Mozart Soriano Aderaldo e Otacílio Colares.
"Toda e qualquer atividade cultural que em nosso tempo se processa nesta
província, ou tem a iniciativa, ou a cooperação, ou a participação dos escritores componentes deste grupo".




Escola Normal, copia de um Colégio da Suiça

Crédito da foto: Royal Briar - A Fortaleza dos Anos 40. Esta praça contém um valioso patrimônio Arquitetônico miraculosamente preservado, nele encontramos jóias como o Colégio da Imaculada Conceição, a Igreja do Pequeno Grande e o prédio da Escola Normal. A praça que o circunda era bem traçada, com lindos canteiros e os bancos confortáveis de madeira com estrutura de ferro fundido, uma constante das praças da cidade.


Dorival Caymmi, no papel de um pescador, filme 'A Jangada' contracena com Beth saida.
Fonte: Estadão

Conj. Arquitetônico na Av. Alberto Nepomuceno

Crédito da foto: Livro Royal Briar - A Fortaleza dos anos 40
Imagem antiguíssima ao lado do Palacete da Fazenda. Ocupa quase um quarteirão de extensão, ainda existe.


O Cine Moderno tinha uma fachada monumental que fazia lembrar um palco egípcio com a massa das duas torres e uma marquise de vitral que sugeria uma cauda de pavão. Sua sala-de-espera era um monumento "art-nouveau", em madeiras lavradas e entalhadas , espelhos bisotes e sofá de couro negro. Foto do livro: A Fortaleza dos anos 40 - Royal Briar.

Café Sport

Neste belo prédio (felizmente preservado), onde agora funciona a loja "Esquisita", existia o Café Sport, dos irmãos Emygdio. Era o mais central e bem frequentado café da cidade, no cruzamento das ruas Major Facundo e Liberato Barroso. Foto do livro: A Fortaleza dos anos 40 - Royal Briar.

Anos 40, rico conj. arquitetônico na Rua Barão do Rio Branco- Livro Royal Briar

Anos 40, Praça da Sé- Livro Royal Briar


Outra foto que eu amo, o delicioso banho de mar na Praia de Iracema - Década de 40. Arquivo Nirez

Anos 40, Casa Plácido- Livro Royal Briar


Anos 40, Av. do Imperador- Livro Royal Briar


Anos 40, Ao lado do Palacete Guarany, ficava o prédio do Barão de Studart- Livro Royal Briar


Anos 40, Antigo Hotel do Norte e depois Coelce- Livro Royal Briar


Loja Torre Eiffel

A rua Major Facundo, no quarteirão entre as ruas Guilherme Rocha e São Paulo, fotografada do sobrado que ocupava o local do atual Hotel Savanah. Sem dúvida, um toque europeu nas nobres construções. A loja "Torre-Eiffel" existiu até os anos 60. Crédito da foto: Livro A Fortaleza dos anos 40 - Royal Briar.


1946 - João Clímaco Bezerra, Mozart S. Aderaldo, Edval Távora e Chico Novaes, na Praça do Ferreira - Arquivo Nirez


Praça José de Alencar - 1946


1941 - Casa alpendrada, Dr. Eliezer Studart - Arquivo Nirez


1940 - Praça Fernandes Távora (Liceu), hoje Gustavo Barroso


Foto de 1946 - Antigo porto de Fortaleza



Lord Hotel - Edifício Philomeno Gomes



Em estilo árt-deco, é mais um ícone do Centro da cidade. Localizado na Praça José de Alencar, forma um conjunto arquitetônico interessante com o Theatro José de Alencar, do início do século XX, e o prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do final do século XIX. O prédio, erguido em 1956, hospedou gente como Dercy Gonçalves, Martinho da Vila, Henriqueta Brieba e Moreira da Silva.


Postal dos anos 50 foto Sales, vendo-se o Lord Hotel

Tombamento Municipal de 2005
Localização: Rua Liberato Barroso, n° 555 - Centro

A edificação foi construída em 1956 com arquitetura avançada para a sua época. Recebeu importantes artistas e personalidades, e teve seu auge na década de 60 e 70. 

O proprietário original do edifício foi Pedro Philomeno Gomes, que o arrendou a um casal de suíços até 1959 e em 1992 foi fechado e transformado em residência-hotel.

Há quatro anos, cinco moradores do antigo Lord Hotel, no Centro, resistem em não deixar o local. O embate, que era inicialmente com o Metrofor, passa a se dar com a Prefeitura de Fortaleza.


Praça José de Alencar - Anos 60. Lord Hotel ao fundo

No início de janeiro, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, assinou um decreto que tomba como patrimônio do município 14 prédios de importância histórica e simbólica para a cidade. Dentre eles, o Lord Hotel, prédio localizado no Centro, onde Ivaneide Franco Marques vive há 18 anos, com seu marido e filho. Ela faz parte do grupo de cinco proprietários que resistem em deixar o local, desde que o Metrofor interveio para desocupar o prédio, a propósito da construção de uma linha de trem subterrâneo. Na época, em 2002, a empresa ofereceu a cada morador R$ 20.500,00 para desocupar o local que, segundo o Metrofor, já estava com a estrutura comprometida. “Compramos com tanto sacrifício, e com esse valor não daria para comprar nenhum apartamento grande como esse”, afirma Ivaneide. Para ela, os moradores mereciam uma indenização pelos transtornos causados pela empresa. “Foi uma safadeza”, queixa-se. “Antes tínhamos porteiro, síndico, agora, não tem mais nada disso, é cada um por si”, afirma ao se referir às atuais condições de moradia. De acordo com ela, a água consumida pelos moradores é bombeada de um poço instalado no local. “A Cagece cortou o abastecimento, porque o prédio estava todo endividado”, comenta.



Folheto de 1967 do Lord Hotel - Carlos Juaçaba

Chaveiro em bronze de um dos apartamentos. Derot Gadelha*
Ivaneide acredita que a briga deve continuar, agora com a administração municipal. “Se a Prefeitura nos oferecer uma mixaria, eu vou resistir e continuar morando aqui”, desafia. Apesar da resistência, Ivaneide sabe que um dia terá que deixar o apartamento. “É uma tristeza, mas eu vou lutar até quando puder”.

De acordo com a coordenadora do Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura, Esporte e Turismo de Fortaleza — órgão ligado à Prefeitura —, Ivone Cordeiro, ainda não se sabe o destino que a administração municipal dará ao velho Lord. “Dependerá de uma série de estudos que definirão o encaminhamento adequado ao prédio”. Acrescenta ainda, que os moradores como Ivaneide poderão até mesmo permanecer no local. “O processo de tombamento não significa que o edifício tenha que ser esvaziado”, afirma. Mas, ela pondera e reafirma que somente os estudos, que devem ser concluídos até o final deste ano, poderão dar a boa ou a má notícia para Ivaneide.


Fonte: Revista Fale
*Sobrinho do pintor, desenhista, escultor 
e músico brasileiro, Descartes Gadelha.

Diz a nota: Aspecto da Praça José de Alencar, a qual, passa atualmente por uma fase de completa remodelação. Veem- se ainda algumas casas antigas, sobtados com grades de ferro trabalhadas, nas sacadas, e vidraças coloridas.
Os prédios de construção recente, com linhas modernas são o 'Lord Hotel', com vários andares e o prédio da 'Rádio Iracema', construido sobre colunas.
Notar no primeiro plano, à direita, uma das calçadas de mosaicos, que a cidade ainda exibe, em certos trechos, mas que pouco a pouco vão desaparecendo. Fonte: IBGE - 1956



Lord novinho em folha, bem branquinho - 1956

Lord Hotel ainda pendente

No que depender do Metrofor, o Edifício Philomeno Gomes, que abrigou o Lord Hotel, será demolido logo que o processo de desapropriação for concluído. A justificativa é que o prédio não é reconhecido como patrimônio histórico, através de tombamento, e a demolição e construção de uma nova edificação é uma solução mais econômica que o restauro. (ABSURDO!!!)

No momento, ainda restam algumas pendências jurídicas. Depois ainda haverá entendimento com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para garantir a integridade do conjunto formado pelo próprio prédio que abriga o Iphan e o Theatro José de Alencar, durante a demolição.

Foto da década de 50 - Arquivo Nirez


Para o arquiteto Ricardo Muratori, suas formas em Arte Decó são interessantes e, preservada, a edificação poderia servir a diversos usos, inclusive sediar o próprio Metrofor e o restaurante popular, que vai ficar sem endereço quando começar a construção do Parque da Cidade.

O geógrafo José Borzachiello da Silva destaca que a preservação desse prédio deve ser discutida essencialmente na perspectiva do seu uso, uma vez que não se trata apenas de restauração, mas adequação aos novos usos. Ele também ressalta a importância da criação de estacionamento, qualquer que seja o uso dado à edificação.

A coordenadora do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secretaria da Cultura (Secult), Eveline Vasconcelos, disse que já há um convênio com a Prefeitura para trabalhar a questão da requalificação do Centro como um todo. Mas, apesar de considerá-la uma edificação interessante o assunto do Lord ainda não foi discutido, segundo informou.

Fonte: Diário do nordeste



O Lord Hotel foi desapropriado em 2001 pelo governo do Estado e sofreu processo de tombamento pela Prefeitura. Como não pode ser demolida, toda a estrutura do prédio, deverá ser reforçada para resistir aos impactos provocados pela passagem do metrô.

O prédio foi construído no início do Século XX e tem estrutura em concreto armado. Tanto a parte relativa ao edifício, no andar de baixo, quanto o hotel, na parte superior, são formadas por cômodos com área de, no máximo, nove metros quarados. Pilares, vigas e lajes estão em adiantado estado de deterioração causada por corrosão.

Dentre os serviços de reforço estrutural do prédio estão o escoramento de vigas, remoção de revestimento de vigas e limpeza da superfície de concreto, desoxidação dos vergalhões que servem de armadura de pilares e vigas e pintura impermeabilizante.



Edifício que abriga Lord Hotel será recuperado

A Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) está preparando o contrato que autorizará a empresa Concrepoxi Engenharia Ltda, a executar as obras de recuperação da estrutura do edifício Philomeno Gomes, que abriga o Lord Hotel, no Centro de Fortaleza. As obras, que devem ficar prontas num prazo de dez meses, terão um investimento de R$ 3,7 milhões e se destinam a garantir a segurança do prédio durante a construção do trecho do Metrô de Fortaleza entre as estações João Felipe e Lagoinha, naquela área.

O edifício está situado na esquina da rua Liberato Barroso com 24 de Maio, no Centro, e foi desapropriado em 2001 pelo Governo do Estado. Foi tombado pela Prefeitura Municipal. Como não pode ser demolida, toda a estrutura do prédio será reforçada. Quatro empresas participaram da concorrência: Concrepoxi Engenharia Ltda, Construtora Engea Ltda, Jatobeton Engenharia Ltda e Lotil Construções e incorporações. Os documentos de habilitação foram analisados pela Seinfra e Departamento de Edificações e Rodovias (DER) para a análise da qualificação técnica.



O edifício Philomeno Gomes, até 1992 Lord Hotel, agoniza desde março de 2000, quando a Defesa Civil do município ordenou a evacuação das famílias que ocupavam os apartamentos. Havia risco de desabamento. Em 2006, o Metrofor recebeu um laudo do Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia (Crea) confirmando a iminência de desabamento. O relatório é parte das vistorias realizadas pelo metrô nos imóveis que ocupam a vizinhança da obra. O orçamento para manter o prédio de pé foi estimado em R$ 10 milhões. "Não tinha viabilidade econômica. Decidimos pela demolição", conta o presidente do Metrofor, Rômulo Fortes.

O tombamento do edifício pelo menos adia os planos. O Governo volta a estudar a possibilidade de restaurar o antigo hotel. Só não ficou resolvido quem vai pagar a conta milionária da obra. Os R$ 10 milhões do orçamento de 2006 cobrem os custos de reforma da parte estrutural, aquilo que garante que o prédio não vai tombar, mas não banca o reparo das redes elétrica, hidráulica e sanitária nem a recuperação da fachada, ou seja, vai ser bem mais caro. O Metrofor já avisou que não paga. O metrô investiu R$ 3 milhões no pagamento das indenizações às famílias que moravam no edifício desde 1992, ano em que o Lord Hotel deixou de funcionar. 

Postal anos 50

"Quase todas já saíram, 90%", diz Rômulo. As negociações começaram em junho de 2001. Hoje quatro apartamentos permanecem ocupados e um lojista também resiste. Na reunião entre prefeita e governador ficou acertado que um novo orçamento, dessa vez contemplando toda a obra de restauração, será feito. Só aí se começa a pensar numa fonte de recursos que pague o projeto, se ele for mesmo viável. "Na feiúra da Praça José de Alencar, ele faz parte de um conjunto de edifícios que guardam a reminiscência de uma época boa que a cidade já teve e que é preciso resgatar. Não é saudosismo, é resgatar valores positivos. No comecinho do século XX, Fortaleza era tida como uma das mais belas e asseadas cidades do Brasil", diz Romeu Duarte, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Ceará.

O Metrofor planejava chegar à vizinhança do Lord Hotel em junho(Chegou?!?!?!). "Ainda queremos cumprir o cronograma. Só precisamos esperar pela reforma da fundação. Antes disso começamos pelas fases que não afetam o edifício, sem vibração nenhuma no terreno", diz Rômulo.


Jornal O Povo

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