Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



domingo, 26 de setembro de 2010

Ceará - Terra da Luz




O Ceará é conhecido pelo cognome de Terra da Luz. Muita gente julga que é devido ao seu forte sol tropical. Nada disso. Esse honroso título, dado por José do Patrocínio, se deve ao fato da então província ter abolido a escravatura antes do Brasil. Na verdade o povo cearense nunca gostou mesmo de escravizar os seus semelhantes e a prova disso é que muitos senhores de escravos libertaram os seus negros ainda antes de 25 de março de 1884, data em que, sem dar a menor satisfação a D.Pedro II, o Ceará libertou, definitivamente, os seus escravos.

José do Patrocínio

Antes, porém, foram promovidas muitas campanhas abolicionistas lideradas por João Cordeiro, líder do movimento abolicionista no Ceará que ao lado dos igualmente bravos Antônio Bezerra e José do Amaral, lutaram para libertar, pelo menos o Ceará, da vergonha da escravidão.

José do Amaral

Os lideres sempre tiveram o apoio e o carinho do povo. No entanto, a primeira ação prática e drástica para acabar com a escravatura, foi de Francisco José do Nascimento, até então apelidado por Chico da Matilde e que depois seria chamado de "Dragão do Mar". Francisco José era um mercador de escravos que, depois de convencido pelos abolicionistas, num rompante bem cearense, afirmou que nunca mais embarcaria nenhum escravo para o Ceará e nem permitiria que ninguém o fizesse. Isso aconteceu em 30 de agosto de 1881. Com a atitude do mercador, tornou-se impossível receber ou embarcar escravos no porto do Ceará. Por esse gesto heroico  Francisco José do Nascimento foi cognominado de "Dragão do Mar", nome que é hoje dado a um centro de cultura e a uma rádio de Fortaleza.

Jornal O Povo - Domingo, 25 de Março de 1984

O Ceará comemora hoje um dos maiores acontecimentos da nossa história, o centenário da abolição de seus escravos, fato este ocorrido em 25 de Março de 1884, e antecedendo, em quatro anos, a lei Áurea da Princesa Isabel, que extinguia a escravidão no Brasil.

Documento original da lei Áurea


A importante resolução provincial teve vasta repercussão em todo o império, passando o Ceará a ser conhecido por "Terra da Luz" e caracterizando mais uma vez com tão nobre gesto, o amor do povo cearense pela liberdade, tal como já havia acontecido em outros movimentos nacionalistas.

Há muito que se fazia campanha em todo o Brasil pela emancipação da raça negra, que desde os tempos coloniais construia com seu suor o progresso de nossa pátria, embora sofrendo as agruras do cativeiro, sem ter seu direito à liberdade, reconhecido pelas nossas leis.

Alfredo Salgado


Coube à terra de Iracema a primazia de declarar livre os nossos escravos, graças ao movimento encetado pelos intelectuais, através da Associação Libertadora Cearense,em favor de tão justa causa. Entre os seus componentes registramos com satisfação a presença do ilustre conterrâneo Antônio Bezerra - O historiador, nome respeitado na historiografia cearense e um dos líderes do movimento abolicionista.


Antônio Dias Martins

A igreja cearense não ficou omissa ao magno acontecimento e na grande concentração realizada em Fortaleza, onde foi declarado: "NÃO HÁ MAIS ESCRAVOS NO CEARÁ", ali se encontravam o bispo Diocesano Dom Joaquim José Vieira e o seu ilustre antecessor, Dom Luís Antônio dos Santos, então arcebispo-primaz da Bahia, que veio prestigiar tão importante solução.



Dom Luís Antônio dos Santos

O apoio dos primeiros bispos não ficou restrito apenas à presença de ambos naquela concentração cívica; eles também enviaram mensagens de congratulações à Libertadora Cearense e ao nosso povo, pela decorrência do auspicioso evento.


Membros da Libertadora Cearense

Fazemos questão de transcrever aqueles valiosos pronunciamentos, tal como o fez há exatamente meio século o jornal O NORDESTE, órgão oficial da arquidiocese de Fortaleza e há alguns anos fora de circulação.
Revendo a antiga Diocese, "esposa dos meus primeiros amores", como se manifestou em sua carta pastoral de despedidas ao povo cearense, Dom Luís Antônio dos Santos, que aqui se encontrava também procurando os bons ares para melhoria de sua saúde um tanto abalada, escreveu na oportunidade a seguinte mensagem:

   "Convidado pela ilustre Associação Libertadora Cearense - para escrever algumas palavras, a fim de serem transcritas em seu jornal por ocasião do memorável dia 25 de março, pesa-me que incômodos de saúde não me permitam externar os sentimentos que inundam meu coração em relação ao grande, nobre e único fato que verdadeiramente torma esta Província - a primeira do Império; entretanto, posso chamar feliz a mesma enfermidade, que me proporcionou ocasião para pessoalemnte assistir ao acontecimento que, registrado nos fastos do Império do Brasil, passará a posteridade com honra dos que tiveram o assombroso cometimento, que forte e suavemente fez escrever as palavras - NÃO HÁ MAIS ESCRAVOS NO CEARÁ.
   Eu te saúdo, pois, oh Ceará!
   Possam as outras tuas irmãs do Império, imitando o teu generoso exemplo, levantar grito civilizador da Liberdade, nobilíssima ideia que a igreja sempre proclamou.
   Faço votos para que aquelas Provícias, que me são mais caras, como a em que tenho o berço, e a em que tenho minha residência oficial, sigam de perto os teus passos na senda do progresso.
São estes os desejos do amigo do Ceará.
Luís, Arcebispo da Bahia."

Dom Joaquim José Vieira, segundo bispo de Fortaleza, contava apenas um mês e um dia de episcopado, (pois tomara posse da então Diocese em 25 de Fevereiro de 1884), quando escreveu esta mensagem de regozijo pela libertação dos escravos da Província:


   "Parabéns ao Ceará,
Já não é uma utopia, é uma realidade a redenção dos cativos na Província do Ceará;
Nem uma gota só de sangue se derramou, nem a ordem social se pertubou! Muito bem, caros diocesanos!

   A religião e a pátria não podem ser indiferentes a este fato, esta reservará uma página de sua história para nela registrá-lo."


Fernando Câmara


Agradecimento ao amigo Carlos Alberto Salgado que gentilmente me enviou
essa importante matéria de 1984.


Fonte: Jornal O Povo e pesquisas na internet

sábado, 25 de setembro de 2010

Retratos do passado II


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 Centro Literário - Segunda sede

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 Colégio Imaculada Conceição e Igreja do Pequeno Grande
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 Instalações da Brasil Oiticica S.A.
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 Jangadas na Praia do Mucuripe
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 Jangadeiros na bela Praia do Mucuripe

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 Liceu do Ceará, em fotografia do final do século XIX ainda
na Praça dos Voluntários  ( Esse prédio foi demolido,  hoje no local, encontra-se o prédio da Polícia Civil.) 

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 Aquele prédio branquinho lá da ponta, é o Lord Hotel. Detalhe para os carros de época
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Olha que tranquilidade a praia do Mucuripe...

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 As dunas do Mucuripe, que hoje não existe mais, não com essa beleza de outrora...¬¬
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 Navio Cargueiro no porto do Mucuripe
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 No séc XX o quartel da policia funcionava neste prédio que foi demolido em 1973 e hoje é ocupado pelo jardim do Teatro José de Alencar
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 Otávio Bonfim - Igreja N.Senhora das Dores ao lado o Posto Carneiro & Gentil
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Padaria Americana - De propriedade de Josué Teixeira de Abreu, que se situava na Rua Joaquim Magalhães, 2293. A foto mostra também os benjamins na calçada e duas de suas caminhonetas General Motors Company (GMC). Fonte: “O Benfica de Ontem e de Hoje” de Francisco de Andrade Barroso/ Foto - Arquivo Nirez) - Colaboração – Marcos Almeida
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Essa foto me faz relaxar, aliás, amo ficar horas vendo como era o Mucuripe de antigamente... Moro pertinho dessa praia, então tenho um carinho todo especial por ela!
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Pescadores na Praia do Clube Náutico
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 Essa é uma rara e antiga foto do Porto antigo de Fortaleza, vendo-se o velho farol do Mucuripe.
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Antiga Praça Fernandes Vieira - Hoje Praça Gustavo Barroso também conhecida como Praça do Liceu - Jacarecanga
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Prédio onde funcionavam as Faculdade de Farmácia e Odontologia, situado na rua Barão do Rio Branco. Foto do blog Literatura Real
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 Residência da família Leite Barbosa (Casa do Barão de Camocim) ao lado da Faculdade de Direito
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Rua senador Alencar, esquina com Barão do Rio Branco. Ano 1920. Aí funcionava a firma T. de Castro. Publicado na Almanaque do Ceará, de 1920. Foto do blog Literatura Real
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 Igreja da Sé em construção
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 Unifor em 1971-Ano da sua fundação
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 Vista da praia do Meireles e as casas de jangadeiros que existiam
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Vista da Beira-mar 1950- Dunas do mucuripe (hoje é o Serviluz) e a orla do Meireles sem prédios
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A linda Praça do Ferreira - Coração de Fortaleza




Crédito: IBGE e pesquisas diversas

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