Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Moreira Campos


Moreira Campos com 12 anos - 1926

José Maria Moreira Campos nascido em Senador Pompeu/Ce em 6 de janeiro de 1914. Considerado um dos mais importantes do gênero no país, com obras traduzidas para o alemãofrancêshebraicoitaliano e inglês.
É filho do português Francisco Gonçalves Campos e Adélia Moreira Campos. 

Em 1924 a família, após andanças pelo interior do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, por ser o pai construtor de estradas, fixa-se em Lavras da Mangabeira. Em 1930 passando por sérias dificuldades, mudam-se para Fortaleza. Em 30 de outubro, falece em Quixadá o pai do escritor, aos 47 anos. Em abril de 1932, falece a mãe do escritor, aos 47 anos.
Em 14 de dezembro de 1937, casa-se com Maria José Alcides Campos. Deste casamento, nascem três filhos: Natércia, Marisa e Cid.
Moreira Campos e Maria José Alcides Campos - casamento em 1937

Em 1943 dá-se a fundação do Grupo Clã. Em 1946 é bacharelado em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Publica em 1949 'Vidas Marginais'.
No ano de 1957 sai Portas Fechadas. Em 1958 recebe o Prêmio Artur de Azevedo, do Instituto Nacional do livro. No ano de 1962 ingressa na Academia Cearense de Letras. No ano seguinte, lança As Vozes do Morto. Em 1965 torna-se catedrático de Literatura Portuguesa do curso de Letras Vernáculas da Universidade Federal do Ceará.
Em 1969 é publicado O Puxador de Terço. Nos anos de 1970-1971 é chefe do Departamento de Letras Vernáculas, membro do Conselho Departamental da mesma unidade. Decano do Centro de Humanidades da UFC. Em 1971 publica Contos Escolhidos, nos anos de 1973-1979 é escolhido Pró-reitor de Graduação da UFC. Em 1976 publica Momentos.

PROFº MOREIRA CAMPOS

Ingressa na Academia Cearense da Língua Portuguesa no ano de 1977 e recebe no mesmo ano a Comenda Senador Fernandes Távora da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará. No ano de 1978 publica Os 12 Parafusos. No ano de 1981, sai os 10 Contos Escolhidos.
Em 1985 lança A Grande mosca no copo de leite. Em 1987Dizem que os cães vêem coisas. Em dois de dezembro de 1992, recebe o título de professor emérito da Universidade Federal do Ceará.
No ano de 1993, no dia cinco de novembro, é agraciado com a Medalha da Abolição, a maior comenda concedida pelo governo do Estado do Ceará e recebe a placa de Honra ao Mérito da prefeitura Municipal de Fortaleza.


Falece em 06 de Maio de 1994 aos 80 anos. Em agosto, é instituída a Comenda “Moreira Campos” em Senador Pompeu, sua terra natal a ser entregue anualmente a três pessoas de destaque no município. os Encontros Literários do Departamento de Letras da UFC passam a se denominar “Moreira Campos”. É descerrada uma placa com o seu nome na sala dos professores do curso de Letras. Em novembro, é inaugurada a Sala Literária “Moreira Campos” no Palácio da Cultura.

Obras



  • 1949 Vidas Marginais, contos;
  • 1957 Portas Fechadas, contos;
  • 1963 As Vozes do Morto, contos;
  • 1969 O Puxador de Terço, contos;


  • 1971 Contos Escolhidos, contos;
  • 1976 Momentos, contos;
  • 1978 Os 12 Parafusos, contos;
  • 1981 10 Contos Escolhidos, contos;
  • 1985 A Grande mosca no copo de leite, contos;
  • 1987 Dizem que os cães vêem coisas, contos



Temístocles Linhares classifica o contista de Portas Fechadas de “um de nossos maiores contistas atuais”. E comenta: “Lê-lo, para mim, é reviver, em certos aspectos, transpostos para o ambiente de seu Ceará, os velhos mestres do naturalismo. Como eles, o autor também desconfia das grandes palavras e dos grandes gestos, preferindo tentar substituir os julgamentos de valor pelos julgamentos de existência”.

Assis Brasil escreveu: “Moreira Campos faz, no Ceará, a ligação entre o conto de história, ainda vigente nos primeiros anos do Modernismo, e o conto de flagrante, sugestivo, que as novas gerações, a partir de 1956, desenvolveriam em muitos aspectos criativos”.

Hélio Pólvora opina: Moreira Campos, “embora não sendo um tchekhoviano perfeito, dele (Tchekhov) se aproxima quando livra o conto de uma sobrecarga excessiva e procura atingir logo o alvo, localizar logo o nervo exposto”. E acrescenta: “Moreira Campos seleciona e filtra fatos que às vezes se resumem a instantes, e nesse processo informa ou sugere o conflito vivido pela personagem, mostrando, afinal, o que ela faz para resolver o conflito ou sucumbir”.


Segundo Herman Lima, no ensaio citado na primeira parte, Moreira Campos: (...) “é um mestre do conto moderno, desde o aparecimento do seu primeiro livro, Vidas Marginais (1949), no qual há pelo menos uma obra-prima do conto universal desta hora, “Lama e Folhas”. Diz mais: “As pequenas ou grandes tragédias, as comédias ocultas do cotidiano burguês, fixadas por ele, ganham, em sua mão experiente, uma especificidade que o aproxima dos maiores nomes do conto psicológico de todos os tempos, de Machado de Assis para cá, inclusive e principalmente Tchecov, de sua íntima e fiel convivência, ou, mais perto de nós, de um Joyce dos Dubliners ou um Sherwood Anderson, de Winesburg Ohio”.

Montenegro argumenta: “Moreira Campos será talvez não apenas o contista de maior projeção nas letras cearenses contemporâneas, porém, ainda, juntamente com Osman Lins, Dalton Trevisan e poucos outros, terá ele realizado o que de mais significativo existe no conto moderno brasileiro”.



Sânzio de Azevedo, principalmente no ensaio “Moreira Campos e a Arte do Conto” (Novos Ensaios de Literatura Cearense) faz algumas observações: “Na linhagem de Machado de Assis e por conseguinte na de Tchecov é que se entronca a obra ficcional de Moreira Campos” (...). Segunda: “apesar de haver optado pela narrativa sintética, extremamente despojada, com que tem enriquecido a nossa literatura através de não poucas obras-primas, não renegou os longos contos de seu primeiro livro” (...). Terceira observação: “Em Moreira Campos o que mais importa são os dramas da alma humana, e não a presença da terra, ostensivamente retratada nas páginas de Afonso Arinos e Gustavo Barroso.

Batista de Lima, no ensaio mencionado linhas atrás, fala da corrosão física dos personagens, dos agentes dessa corrosão, dos defeitos congênitos, da decrepitude, da doença e da morte. A seguir analisa o oposto disso, ou seja, a ordem: “A nova ordem começa a ser instaurada no momento em que o narrador doma a morte, colocando-a no convívio familiar dos personagens. E, passando da ordem narrada para a ordem vocabular, constata a constante evolução da arte do contista".





Leia também: Moreira Campos está entre nós


Créditos: Wikipédia, Jornal de Poesia e pesquisas de internet

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Bairro Ellery


Desde sua fundação, o Bairro Ellery conta com a organização do povo em busca de melhores condições de vida. Parte importante nessa tradição de organização e luta, a Associação Comunitária do Bairro Ellery foi fundada em 04 de maio de 1986, sendo que a região já era habitada há três décadas. 

Eu te saúdo bairro dos meus encantos
De simplicidade e autonomia;
Aqui meio desconfiado cheguei,
Estudando as pessoas,
Observando as ruas,
Tomando nota dos acontecimentos,
Gente da gente foi a conclusão.
Rasos passos dados
Pelas ruas de graça e simbolismo
Percebi a localização privilegiada
Tudo parece cativar quem arrisca o bairro;
Aqui por sobre o canal
Deixo o rastro sob a temperatura de 30, 40;
O vento vem logo a seguir
E à sombra de figos e benjamins
Vivo o silencio nada mutante desta terra.
Se aqui vim parar
Compartilho do que é óbvio,
Coligo com gente simples,
Desfrutando de amizades
Com a profusão de um estadista.
Estamos a quatro quilômetros do centro
Próximo também da modernidade
E vivendo bem quem bem quer viver
A paz de um bairro simples.
Nos arrabaldes da comunidade ellerense
Co-irmãos tradicionais se arrastam,
Mas nosso bairro progride,
Se liberta do anonimato
E a alcunha de vila se escapa.
Desconversando ou discutindo
Me misturo com gente de toda fé,
Freqüento os bares de nossa gente
E paro para lançar palavras
Sobre assunto meio complexo.
Quando necessário se faz expor defesa
E também seus critérios,
Para unir-me em torno dos valores
Não esqueço dos amigos,
Muito menos dos familiares
E, claro, do bairro que me acolheu,
Então lutar sem rebeldia pelos direitos
Já que os deveres se concretizam;
O povo não se acha só protegido
Mas consciente de que é um por todos
E todos por um, sempre...


Tobias Marques Sampaio (Poeta e escritor)


A ocupação do Ellery começou na década de 40


O bairro é pequeno, com apenas meio quilômetro quadrado, moradores acostumados a uma vida simples, mas cheia de sonhos. A juventude se reúne todos os domingos para fortalecer a cultura cristã. Momentos de oração e consciência social.

A igreja de Nossa Senhora de Lourdes fica na praça principal, a Manoel Dias de Macêdo. O comércio ainda está em desenvolvimento. O lugar é marcado pela longa trajetória das famílias que chegaram há bastante tempo.


O bairro Ellery tem 53 anos. Os primeiros moradores contam que no local existia uma pequena lagoa, que foi sendo aterrada com o tempo. Deu lugar a casas, ruas e hoje faz parte da história de muita gente que nasceu por lá.

O aposentado Raimundo do Nascimento foi um dos primeiros moradores, criou os oito filhos e diz que não pretende, nunca, deixar o bairro. A tranquilidade faz dos moradores, apaixonados. O poeta Tobias Sampaio já escreveu três livros e uma cartilha que conta as histórias pitorescas do lugar.

No bairro Ellery, a praça Manoel Dias Macêdo é ponto de encontro dos moradores. E “Ellery” é um sobrenome que acabou virando nome de vila e depois de bairro. Um lugar que ficou conhecido por ter moradores engajados. Gente que luta inclusive para que o bairro ganhe novos limites e fique maior.

Hoje, os meninos brincam na praça sem saber que esta era uma área alagada. O taxista, Francisco Ocian mora em frente, há 30 anos. Ele conta o que encontrava quando saia de casa para trabalhar. “Aqui não tinha praça não; só era água. O povo fazia um buraco na ‘cacimba’ e lavava roupa. Como se fosse no interior”, diz Francisco.

O açude João Lopes tornou-se referência do bairro Ellery 

O bairro mudou. Ganhou melhorias, como a praça Manoel Dias Branco e a igreja de Nossa Senhora de Lourdes. O Ellery é pequeno. São pouco mais de oito mil moradores em menos de meio quilômetro quadrado. Na prática, 85 quadras. Quem se destaca na comunidade são jovens como Wescley Costa, de 16 anos. Consciente, ele faz trabalhos voluntários na igreja e na associação de moradores. 

“Nós queremos fazer a diferença como jovens; queremos realmente ter um bairro melhor. Vários jovens trabalham junto à Associação criando projetos sociais para a comunidade”, diz Wescley.

 Bairro Ellery
Praça Oscar Bezerra Filho – A “Praça do Chafariz” presta uma homenagem a um jornalista e morreu aos 28 anos de acidente automobilístico

Na sede da associação descobrimos os limites do Ellery; os oficiais estabelecidos pela Prefeitura e os limites da comunidade que quer expandir o bairro. “Uma das dores da Associação da comunidade é com relação aos limites do bairro. No mapa ele compreende à 85 quadras, mas a população sempre delimitou o bairro como sendo mais extenso”, diz Fernando Barbosa.

O Ellery era uma vila de casas que virou o loteamento Parque Themóteo e em seguida se transformou em bairro. Tudo teve início com este sítio. Que no passado foi bem maior.
Desde 1954, Aurora Ellery, professora aposentada, se esforça para manter tudo o mais original possível. Sabe que o sobrenome de família ultrapassou as paredes da casa. “Eu tenho orgulho de ter o nome ‘Ellery’ na minha família”, diz Aurora.

Casarão da família Ellery

Alguns descendentes do seu Ellery ainda hoje residem no bairro que leva o nome da família. Dona Aurora, de 74 anos, herdou do sogro o casarão de mais de 40 anos. A mansão, que é próxima a linha férrea, fica localizada no final da Rua Nestor Góis. Ainda hoje conserva a fachada antiga da década de 50: quartos espaçosos, varanda sertaneja e um ar bucólico de interior. “O terreno de 56 metros quadrados já foi bem maior. O comprimento ia até a Avenida Bezerra de Meneses. No lugar das ruas, árvores frondosas”, lembra.
Dona Aurora, que é viúva, vive no local com a filha, o genro e três netos. Apaixonada pelo bairro, nunca quis se mudar para outro lugar. Saudosista, recorda com felicidade os tempos áureos quando a comunidade não possuía nem água potável nem luz elétrica. “Eram tempos difíceis, mas muito alegres. Tudo era mais seguro. Não havia tantos ladrões. Só as inundações do açude João Lopes incomodavam”.
Os problemas atuais mudaram, mesmo assim a professora aposentada diz estar satisfeita com o progresso que chegou a vizinhança.
“Hoje, temos uma infra-estrutura digna da Aldeota, vizinhos solidários e orgulho de fazer parte da história. O que poderia querer mais?”

Rua Odete Pacheco
  • Saiba Mais:
A história começa a partir de um loteamento denominado Parque Themóteo e tem como origem inicial as ruas Major Veríssimo e Gilberto Câmera já no final da década de quarenta. As vias de acesso a outros bairros como Monte Castelo eram através de veredas, onde se enfrentava matagal, lama e outros obstáculos.
Invadindo quase toda área de onde o bairro se projetou, existia a presença de um enorme açude como se estivesse próximo a uma grande fazenda de criação de animais e plantações de diversas culturas. A vida dos poucos moradores era, na realidade, equivalente a morar em uma propriedade do interior. As mulheres levavam suas trouxas de roupa para lavar nas poças d’água formadas pelas águas do açude e os homens pescavam peixes de modo artesanal para a sobrevivência.
Com o arrombamento do açude João Lopes, quase toda área ocupada por água foi loteada, dando vez a campos de futebol e a construção de casas. Os terrenos com acentuada elevação iam sendo mais cobiçados, num receio de que as chuvas alagassem as residências recém construídas.
Não foi muito fácil a luta. Conviveu-se com invasão de terra, desapropriação e alagamento constante. Porém, as melhorias vieram com o tempo: urbanização e pavimentação das ruas, transportes para os moradores, rede elétrica, água e esgoto e uma infinidade de serviços públicos.

Grupo Honório Bezerra


Escola Estadual Honório Bezerra, fundada em 1964, era chamada na época de Grupo Honório Bezerra.
A escola foi fundada na gestão do Governador Virgílio Távora. O terreno foi doado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza e teve como patrono o engenheiro Honório Bezerra.
Fica na Rua Capitão Nestor Góes, 400. 


Crédito: TV Verdes Mares e blog Vila Ellery

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ceará à francesa



A “belle époque” marcou a vida cearense, segundo o memorialista Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez

A construção da memória urbana de Fortaleza passou pela influência da cultura francesa, sobretudo até o início dos anos 40. “Cada país tem sua época. Hoje, como os EUA mandam no mundo, já foram a Inglaterra e a França, esta entre os séculos XIX e XX, principalmente”, assinala o pesquisador Nirez, atualmente diretor do Museu da Imagem e do Som (MIS). “Acho que é algo muito distante, não ficou muita coisa desta influência hoje em dia. Mas a influência francesa é muito mais autêntica do que a anglo-saxã. A França é um país latino, sua influência é muito mais benéfica do que a estranha influência norte-americana”.



Desde a “francofonia”, ou seja, a incorporação de termos franceses ao vocabulário brasileiro, como “restaurante”, “clichê”, “cachê” e até o “mercy”, dos cumprimentos mais informais, a influência da cultura francesa se fazia notar ainda em outros aspectos da nascente vida urbana fortalezense, em que a adoção de símbolos de origem francesa poderia ser uma das mais importantes marcas desta presença entre nós. “Não tem hoje um marco na cidade desta presença, eles se foram na voragem do tempo. Mas teve a Maison Art-Noveau, entre 1909 e 1925, uma loja de louças, papelaria, bazar. Em 1925, mudou para Maison Riche, junto ao Café Riche... Do outro lado da Praça do Ferreira, tinha também a Rotisserie Sportman, já mesclando um termo francês com outro inglês”, aponta.

Apesar desta presença, acrescenta Nirez, a influência mais direta da cultura francesa no cotidiano fortalezense se fazia sentir, entre os anos 1910 e 1920. Principalmente, pela denominação das grandes avenidas chamadas de “boulevards”, que já deixaram de ser assim conhecidas desde 1937, quando passaram a ser identificados como “avenidas” através de um decreto. Um exemplo: durante muito tempo, a avenida Visconde Cauípe, atual avenida da Universidade, era sim chamada por todos por Boulevard Visconde de Cauípe. Mesmo assim, Nirez alega que, até pelo menos os anos 50, a moda das vitrines das “butiques” continuou sendo influenciada pela moda produzida em Paris, atravessando a época americana. “A indumentária era toda copiada da Europa, do chapeú ao colarinho”.


Até mesmo no uso de tecnologias importantes para o cotidiano urbano, a influência se fez perceber. Como foi o caso da “Pathe Baby”, câmera cinematográfica de 9 1/2 milímetros, utilizada pelos nossos primeiros cineastas como herança da tradição do pioneiro estúdio Pathé, indústria também responsável pelos Discos Pathé, de cera, vindos direto de Paris e também “largamente” consumidos pela sociedade cearense. Ainda no ramo do entretenimento, ficou marcada ainda a importância do Teatro de Revistas, uma das tradições importadas na França. “No Rio, andou, nos anos 20 e 40, a atriz Josephine Baker, sendo inclusive cantada por aqui ainda nos anos 20 e ainda em uma quase uma sátira, a ‘Dança do Bole-Bole’, já nos anos 40”, relembra Nirez, que também ressalta a influência dos desenhos arquitetônicas das ferragens (escocesas) do hoje Mercado dos Pinhões e do Theatro José de Alencar, através da influência francesa no Reino Unido.Torre e chateaus

Entre as décadas de 1920 e 1940, Fortaleza teve também sua Torre Eiffel. “Ficava na Major Facundo, mais ou menos olhando para o Savaná. Era uma loja de partituras musicais, instrumentos musicais e jogos de bilhar”, diz, relacionando ainda outras iniciativas comerciais como o Cine Majestic, a Sorveteria Odeon. Há quem se lembre também dos “chateaus”, como era conhecidas as “casas de descarrego” ou “cabarés”, diferente do seu significado no Rio e em São Paulo, segundo Nirez, relacionados a lugares para moradia. E os “chateaus” cearenses, tinham “atrativos” nativos? “Não”, garante Nirez. “Francesa só em sonho”, considera. 


Lojas com marca da influência francesa na Fortaleza do começo do século XX 
Arquivo Nirez 


Crédito : Diário do Nordeste
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