Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Relíquias


Barrinhas e DivisóriasPara os amantes da bela Fortaleza antiga, mais uma postagem com fotos que nos levarão ao passado. Boa viagem!

Jangadeiros na bela praia do Mucuripe

Abrigo Central 1950 - Foto do Acervo Nirez

Foto de 1908 - Antiga Fábrica de Cortumes, hoje é a  atual Escola de Aprendizes Marinheiros 

Praia de Mucuripe - Arquivo Nirez


Essa foto é maravilhosa, nela ainda era possível apreciar o Farol do Mucuripe

Foto de 1953 - A jangada, o símbolo do Mucuripe - Arquivo Nirez



Mucuripe - Foto de Maio de 1953 - Arquivo Nirez

Mucuripe 1936 - Arquivo Nirez

Quem passeia pela Avenida Beira Mar nem imagina que, um dia, onde hoje estão erguidos modernos edifí-
cios de apartamentos e prédios comerciais, existia uma tranquila vila de jangadeiros, instalada em meio a imenso coqueiral. Dali para o mar, era uma caminhada na areia alva, onde hoje coopistas apressados correm em busca da boa forma. 
Em 1940, a areia da praia acomodava casas simples, quase à beira-mar, e o local era conhecido como Bairro dos Pescadores. Uma larga extensão de areia dividia o que hoje é a avenida até o mar. Era diversão na época frequentar restaurantes, como o conhecido Restaurante do Ramon, passear à tarde nas praças, ir ao teatro ou aproveitar o domingo na piscina do Náutico Atlético Cearense, inaugurado em 1958. “O Náutico e o Ideal Clube muito contribuíram para o avanço da urbanização da região”, afirma Miguel Ângelo de Azevedo, 84, historiador, pesquisador e jornalista, mais conhecido como Nirez. O pesquisador ressalta que Fortaleza é uma aula de história e que a Beira Mar, em específico, guarda lembranças boas, como as de um tempo em que as pessoas podiam caminhar no calçadão e usufruir do mar e da areia com muita segurança. “Eu passeava com minha família todo domingo e tomávamos sorvete no antigo Sorvetão”, relembra Nirez. (Matéria Prima - Memória e cotidiano de um universo chamado Beira-Mar)



Mucuripe - Foto de 1931 -  Arquivo Nirez

Volta da Jurema - Outubro de 1965 -  Arquivo Nirez

Beira-Mar - Arquivo Nirez

Praia do Mucuripe em 1934 - Arquivo Nirez

O antigo calçadão da Beira-Mar - Foto do arquivo OPovo


Mucuripe 1989 - Chico Albuquerque

Mucuripe 1989 - Chico Albuquerque

Mucuripe 1989 - Chico Albuquerque / Detalhe para o trem passando e por não existir ainda nenhum prédio na frente da mira do fotógrafo 

Antigo Bairro dos pescadores no Mucuripe - Chico Albuquerque

Um cortejo na tranquila praia... - Chico Albuquerque

Pescadores do Mucuripe - Chico Albuquerque

Bairro dos pescadores - Chico Albuquerque

Jangadeiros - Chico Albuquerque

Náutico - Foto de 1950

A famosa "Praia do Chifre"

A bela fachada do Cine Moderno

Foto de 1919 do Grupo Escolar Joaquim Távora - Na rua Visconde do Rio Branco

Casinha de pescador - Arquivo IBGE

Beira-Mar - Arquivo IBGE


Foto de 1908 do Palácio da Luz - Arquivo Nirez

Foto de 1911 do Passeio Público - Detalhe para a usina da Ceará Tramway Light & Co

Foto de 1960 do Porto do Mucuripe

Porto do Mucuripe-Armazéns em construção, anos 40 e uma Maria Fumaça obsoleta

Foto de 1955 do Porto - Arquivo Nirez

Foto de 1953 do Vapor Bahia - Primeiro navio a atracar no Porto do Mucuripe - Acervo Docas do Ceará


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Raimundo Fagner



Mais jovem dos cinco filhos de José Fares Lopes, imigrante libanês, e Dona Francisca Cândido Lopes, Fagner nasceu na capital cearense, embora tenha sido registrado no município de Orós.


Foto do acervo pessoal de Raimundo Fagner. Em exibição na sede da Fundação Raimundo Fagner em Fortaleza. Arquivo Klaudia Alvarez

Foto do acervo pessoal de Raimundo Fagner. Em exibição na sede da Fundação Raimundo Fagner em Fortaleza. Arquivo Klaudia Alvarez

Foto do acervo pessoal de Raimundo Fagner. Em exibição na sede da Fundação Raimundo Fagner em Fortaleza. Arquivo Klaudia Alvarez

Raimundo Fagner Cândido Lopes nasceu em 13 de outubro de 1949 foi registrado na cidade de Orós, no interior do estado do Ceará. Foi batizado em 27 de dezembro na Igreja do Carmo em Fortaleza. Aos seis anos ganhou um concurso infantil na rádio local (Ceará Rádio Clube), cantando uma canção em homenagem ao dia das mães. Na adolescência, formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas. Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música "Nada Sou", parceria sua com Marcus Francisco.


Notícia sobre a música vencedora do Festival de 1968 - "Nada sou" de Fagner e Marcus Francisco- Arquivo de Klaudia Alvarez


Tornou-se popular no estado em 1969, após comparecer em programas televisivos de auditório na TV Ceará, e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Jorge Mello, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra, o grupo ficou conhecido como "o pessoal do Ceará". Também no ano de 1969, após ganhar o 'I Festival de Música Popular do Ceará - Aqui no Canto', Fagner saiu em excursão junto com o grupo de música e teatro do Capela Cristina (grupo de música e arte do Ceará), foram para Buenos Aires de ônibus, a viagem durou 45 dias de estrada.

Jornal Tribuna do Ceará - Uma das primeiras entrevistas de Fagner publicada em um jornal do Ceará. Coluna da jornalista Bete Dias.- Arquivo de Klaudia Alvarez

A carreira nacional deste nordestino começava de forma bastante imprevisível. Mudou-se para Brasília em 1970 para estudar arquitetura, participou do Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com "Mucuripe" (parceria com Belchior), e classificou-se em primeiro lugar. No mesmo festival, recebeu menção honrosa e prêmio de melhor intérprete com "Cavalo Ferro" (parceria com Ricardo Bezerra) e sexto lugar com a música "Manera Fru Fru, Manera" (também com Ricardo Bezerra). A partir de então, Fagner consegue despertar a atenção da imprensa do Sudeste, sendo suas canções intensamente executadas nos bares da capital do país.


Fagner de Orós a Mucuripe - Foto de Magnólia Corrêa para reportagem do Jornal de Brasilia em 17 de Novembro de 1977 - Arquivo de Klaudia Alvarez

Em 1971 gravou seu primeiro compacto simples em parceria com outro cearense, Wilson Cirino. Foi lançado pela gravadora RGE, e não fez grande sucesso. O Objetivo da gravadora era bater o sucesso de cantores como Antônio Carlos e Jocafi. Ainda em 71 foi para o Rio de Janeiro, onde Elis Regina gravou "Mucuripe", que se tornou o primeiro sucesso de Fagner como compositor e também como cantor, pois gravou a mesma música em um compacto da série Disco de Bolso, que tinha, do outro lado, Caetano Veloso interpretando "A Volta da Asa Branca". 

Matéria publicada em um jornal do RJ em 1972 - Arquivo de Klaudia Alvarez

O primeiro LP, Manera Fru Fru, Manera, veio em 1973 pela gravadora Philips, incluindo "Canteiros", um de seus maiores sucessos, música sobre poesia de Cecília Meireles


1972 - Foto publicada na revista Amiga - Arquivo de Klaudia Alvarez

1972 - Foto que ilustra uma das primeiras matérias feitas com Fagner em um jornal do RJ na época do lançamento do Disco de Bolso do Pasquim - Arquivo de Klaudia Alvarez


O disco teve participação de Bruce Henri – contra-baixista nascido em Nova Iorque e radicado no Brasil, tendo integrado a banda de Gilberto Gil, Naná Vasconcelos e Nara Leão. Apesar de tudo, o Disco vendeu apenas 5 mil cópias, e foi retirado de catálogo, e só foi relançado em 1976. 


1973 - Na época em que Fagner morou na casa de Elis Regina e Ronaldo Bôscoli, na Estrada do Joá, RJ- Arquivo de Klaudia Alvarez

Bilhete de Roberto Menescal para Fagner - Arquivo de Klaudia Alvarez


O cantor fez, também em 1973, a trilha sonora do filme "Joana, a Francesa", que o levou à França, onde teve aulas de violão flamenco e canto. De volta ao brasil, gravou no ano de 1975 seu segundo álbum de estúdio, titulado "Ave Noturna", e foi lançado pela gravadora Continental. O disco atingiu um sucesso considerável de vendas, e pela primeira vez, Fagner teve uma de suas canções na trilha sonora de uma novela, "Beco dos Beleiros", de Petrício Maia e Brandão, na novela "Ovelha Negra" da TV Tupi. Ainda pela gravadora Continental, gravou um compacto simples ao lado de Ney Matogrosso. Em seu terceiro disco, pela gravadora CBS (Sony Music), titulado apenas Raimundo Fagner, que foi um sucesso em vendas, na primeira semana foram vendidos mais de 40 mil exemplares, os arranjos bem elaborados, e a qualidade de gravação, fez do álbum um dos melhores do ano de 1976, este álbum marcava a entrada de Fagner aos repertórios românticos. Ao mesmo tempo grava músicas de sambistas, como "Sinal Fechado", de Paulinho da Viola


Show Astro Vagabundo de 76 - Arquivo Klaudia Alvarez

Outros trabalhos, como seu quarto disco, Orós de 1977, disco que teve arranjos e direção musical de Hermeto Pascoal, demonstram uma atitude mais vanguardista e menos preocupada com o sucesso comercial. Fechando a década de 1970, lançou mais dois discos: Eu Canto (1978) com outro poema de Cecília Meireles – "Motivo", musicado por Fagner e sem os créditos da poetisa; e Beleza (1979). Fagner foi considerado pelos leitores da Revista Playboy, o melhor cantor do ano de 1979, em segundo lugar ficou Roberto Carlos.


Capa da Revista Veja de 1975 - Arquivo de Klaudia Alvarez

Foto de 1978 - Arquivo de Klaudia Alvarez


Coluna de Ronaldo Bôscoli no Jornal Ultima Hora,RJ - Arquivo Klaudia Alvarez

Década de 70 - Fausto Nilo, Fagner, Abel Silva - Arquivo Klaudia Alvarez

Nos anos 80 Fagner manteve o lado nordestino, e se dividia ao mesmo tempo com o romantismo. O primeiro LP dos anos 1980 foi Eternas Ondas, que teve na parte instrumental Zé Ramalho, Dominguinhos, Naná Vasconcelos, e muitos outros. Neste mesmo disco, Fagner fez uma versão, com ajuda de Frederico Mendes, do clássico de John Lennon e Yoko Ono "Oh My Love", do álbum Imagine de 1971. Aproveitando o auge de Fagner em sua carreira, a gravadora Continental lançou o disco Juntos - Fagner e Belchior, uma compilação que continha faixas do disco Ave Noturna, o único de Fagner lançado pela Continental. A Polydor, por sua vez, recolocou para venda o disco Manera Fru Fru Manera. Em 1981, Fagner gravou o álbum Traduzir-se um grande marco em sua carreira. 
O Disco foi lançado em toda a Europa e América Latina, vendeu mais de 250 mil exemplares em pouco tempo, e recebeu disco de platina. Também em 1981, lançou um álbum em espanhol, um antigo sonho de carreira. Em 1982 lançou Sorriso Novo, que tinha como canções, poemas de Fernando PessoaFlorbela Espanca musicados por Fagner. Em 1983 gravou Palavra de Amor, que teve participação do grupo Roupa Nova, e Chico Buarque. Nos anos seguintes, gravou os discos A Mesma Pessoa e Semente, os últimos com a gravadora CBS. Ao lado da Banda BlitzGonzaguinha e outros. Fagner participou do 12º Festival Mundial da Juventude, realizado entre julho e agosto de 1985, em Moscou. Em 1986 lançou seu primeiro disco pela gravadora RCA, com o nome de Fagner-A lua do Leblon, o disco superou a marca de 300 mil cópias vendidas. 

Festival de Verão, 1982

Em 1987, Fagner lançou mais um disco: Romance no Deserto (título em português de uma canção composta e gravada por Bob Dylan no álbum Desire). Este disco superou a marca de 1 milhão de cópias vendidas, e foi lançado também nos Estados Unidos da América, importado pela BMG music/Nova Iorque; as canções "Deslizes" e "À Sombra de Um Vulcão" ficaram por mais de 700 dias entre as mais tocadas do Brasil. O último disco da década, O Quinze, décimo quinto disco da carreira de Fagner, recebeu o Prêmio Sharp de melhor álbum do ano.


Encontro histórico entre o cantor Fagner , Socrates e o tecnico Tele Santana. A seleção brasileira se apresentaría em Fortaleza e em um treino recebeu a visita do cantor cearense que fazia grande sucesso na época. O Brasil acabaría vencendo este amistoso contra o Uruguai realizado no estadio Castelão em 27.09.1980 pelo placar de 1x0. Crédito da foto

 Abril de 1987 - Em seu apartamento no Leblon - Arquivo de Klaudia Alvarez


Abril de 1987 - Em seu apartamento no Leblon - Arquivo de Klaudia Alvarez


Abril de 1987 - Em seu apartamento no Leblon - Arquivo de Klaudia Alvarez

Anos 1990

O primeiro álbum da década, Pedras Que Cantam de 1991 teve como primeira canção de trabalho "Borbulhas de Amor", que tornou-se imediatamente sucesso nacional. O disco recebeu disco de platina tripla por vender 750 mil exemplares, e as canções "Borbulhas de Amor", "Pedras Que Cantam" e "Cabecinha no Ombro" ficaram durante oito meses nos primeiros lugares nas rádios do Brasil. Fagner passou dois anos sem lançar um disco novo. Foram vinte meses de preparo até que o disco Demais fosse lançado em maio de 1993. O disco revive os principais temas da Bossa Nova, com versões de canções de Vinicius de Moraes, Tom Jobim e Dorival Caymmi. No ano seguinte lançou o disco Caboclo Sonhador, desta vez com clássicos do forró, com versões de canções de Dominguinhos, Luiz Gonzaga e vários outros. O disco não possui nenhuma canção de sua autoria. Em 1995 fixou moradia em Fortaleza, e lançou mais um álbum: Retratos. O álbum recuperou canções do fim dos anos 1970, ainda não gravadas por Fagner. O vigésimo álbum de sua carreira foi lançado em 1996 com o título de Pecado Verde. neste mesmo ano, Fagner completava 23 anos de carreira artística. O último disco da década de 1990 foi Terral, que não possuía nenhuma canção de sua autoria.

Foto de 1994

Anos 2000

Em 2001, gravou o álbum que tem o título apenas de Fagner. Tem canções em parceria com Zeca Baleiro, Fausto Nilo, Abel Silva e Cazuza. A parceria de Fagner e Zeca Baleiro rendeu uma série de shows pelo Brasil. Em 2004, pela Indie Records, Fagner lançou o álbum Donos do Brasil. O Penúltimo disco lançado por Fagner foi Fortaleza, em 2007. Posteriormente lançou "Uma canção no Rádio" em 2009.

Discografia


Estúdio

1973 - Manera Fru Fru, Manera

1975 - Ave Noturna
1976 - Raimundo Fagner
1977 - Orós
1978 - Eu Canto - Quem Viver Chorará
1979 - Beleza
1980 - Eternas Ondas
1981 - Traduzir-se
1982 - Sorriso Novo
1983 - Palavra de Amor
1984 - A Mesma Pessoa - Cartaz
1985 - Deixa Viver
1986 - Fagner - Lua do Leblon
1987 - Romance no Deserto
1989 - O Quinze
1991 - Pedras que Cantam
1993 - Demais
1994 - Caboclo Sonhador
1995 - Retrato
1996 - Pecado Verde
1996 - Bateu Saudade
1997 - Terral
1998 - Amigos e Canções
2000 - Ao vivo - Vol. I e II
2001 - Fagner
2004 - Donos do Brasil
2007 - Fortaleza
2009 - Uma Canção no Rádio


Outros

1971 - Fagner e Cirino

1972 - Cavalo Ferro (Compacto Duplo)
1975 - Fagner e Ney Matogrosso
1979 - Soro
1981 - Raimundo Fagner Canta en Español
1983 - Homenaje a Picasso
1984 - Fagner e Gonzagão I
1989 - Cartaz - Os sucessos de Fagner
1989 - Fagner e Gonzagão II - ABC do Sertão
1991 - Fagner en Español
1993 - Uma Noite Demais - Ao Vivo no Japão
2000 - Ao Vivo
2002 - Me Leve (ao vivo)
2003 - Fagner & Zeca Baleiro

Postcard lançado pela gravadora para promover disco - Arquivo de Klaudia Alvarez

Acusações de plágio

A canção "Canteiros" (do primeiro álbum de Fagner), poema de Cecília Meireles musicado por Fagner, não foi creditada à poetisa. Este incidente levou a uma briga na justiça, onde a família de Cecília conseguiu retirar de circulação seu primeiro disco. Este fato se repetiu cinco anos depois, no LP Eu Canto - Quem Viver Chorará (1978) com outro poema de Cecília - "Motivo", também musicado por Fagner sem os créditos da poetisa. Os dois discos foram relançados posteriormente sem a inclusão dessas músicas.

Curiosidade

Em janeiro de 2002, Fagner participou por 15 minutos de uma partida amistosa entre Fortaleza e Maranguape, no estádio Presidente Vargas. O Fortaleza venceu por 3x0, mas o cantor não marcou gol.

Fagner em Orós

Prêmios

IV Festival de Música Popular do Ceará – 1968

Melhor Canção – "Nada Sou" (em parceria com Marcus Francisco).
Festival de Música Jovem CEUB – 1971
Melhor Canção – "Mucuripe" (em parceria com Belchior).
Prêmio Especial do Júri (hour-concours) – "Cavalo de Fogo" (em parceria com Ricardo Bezerra).
Melhor Intérprete.
Melhor Arranjo.
Festival TV Tupi – 1979
Melhor Intérprete – "Quem Me Levará Sou Eu" (Dominguinhos / Manduka).
Prêmio Playboy de MPB – 1979
Cantor do ano.
Prêmio Sharp de Música Popular – 1990
Melhor Cantor.
Melhor álbum – O Quinze.
Melhor canção – "Amor Escondido" (Raimundo Fagner / Abel Silva).
Melhor disco regional – Gonzagão e Fagner Vol. 2.


Fonte: Wikipédia, Site Oficial, Evangê Costa


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ceará Terra da Luz - Ítalo e Renno



Imagina um lugar lindo todo colorido pintado na mais bela tela pelo criador
Imagina o meu lugar dos sonhos o meu paraíso
As cores da felicidade sorrindo pra você
Imagina meu porto seguro minha alegria
Eu agradeço todo dia eu tenho amor e paz
Daqui o mundo é tão bonito pode ter certeza
Tanta beleza, não troco por nada
Eu sou feliz demais
E o sol iluminando os corações

E o verde do teu mar que me seduz
A tua maravilha encanta, eu posso me orgulhar

Porque eu sou cearense, porque sou brasileiro

Sou apaixonado pelo meu lugar
Eu trago no peito um amor verdadeiro
Eu sou da Terra da Luz, eu sou do Ceará!




Ítalo e Renno

Quando tocava teclado na banda de Raimundo Fagner, Ítalo Almeida era sempre um dos músicos mais aplaudidos, no momento em que o grupo era apresentado. Principalmente pelo público feminino e mais jovem. Mas ele não é apenas um rosto bonito. Ítalo sempre mostrou sua personalidade forte e seu talento musical. Escolheu traçar seu próprio caminho e formou uma dupla com Renno Saraiva, inicialmente com o nome de “Forró de Dois”. Logo eles perceberam que para fugir do rótulo de “forrozeiros” era melhor trocar o nome da dupla, afinal para quem tem um repertório que vai de Luis Gonzaga à Ave Maria de Gonoud, de Ernesto Nazareth à Geraldo Azevedo, passando pelo jazz e pela citação de “causos”, o ideal era usar apenas seus nomes e assim nasceu a dupla “Ítalo e Renno”.
O grande diferencial da dupla é o diálogo constante entre os dois instrumentistas, que tiveram como primeiro instrumento o piano. Mesmo sendo muito jovens, Ítalo e Renno já mostraram que tem o seu lugar reservado na música cearense e apesar do pouco tempo de carreira, já tem na bagagem a participação em vários festivais de música pelo Brasil afora, inúmeros shows pelo Nordeste - principalmente na época do São João- e aparição no programa de Ronaldo Boldrin, “Sr. Brasil”, da TV Cultura de São Paulo. Um DVD já foi gravado no Teatro José de Alencar e o CD da dupla, que contou com as participações pra lá de especiais de Fagner e Dominguinhos. O disco tem em sua maioria composições próprias, mas também pout-pourri com canções de Fagner e Geraldo Azevedo.






terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Autoviária São Vicente de Paulo




Fundada em 27 de novembro de 1951, por Carlos de Albuquerque Lima, a Autoviária São Vicente de Paulo foi uma das maiores empresas urbanas da capital cearense, servindo os fortalezenses por mais de quatro décadas.


Carlos de Albuquerque Lima atuava no comércio de revenda de peças e acessórios como sócio da firma “A Herculano e Albuquerque”. A empresa iniciou suas atividades com uma frota de apenas 4 ônibus, que faziam a rota do bairro Nossa Senhora das Graças.



No início, obteve a concessão para explorar as linhas do Pirambu e Tirol, dois bairros de Fortaleza onde faltava de tudo, até ruas para os ônibus trafegarem. Homem de iniciativa, capaz de superar qualquer problema, esse destemido empresário passou a comprar os casebres que obstruíam as ruas, e assim foi possibilitando os locais por onde seus veículos se obrigavam a percorrer, conforme exigências da concessão.


Com a prosperidade dos negócios, a Autoviária chegou à condição de proprietária da linha Aldeota, concessão ganha legalmente, mas teve que abrir mão da importante conquista empresarial devido à concorrência desleal, segundo Carlos Albuquerque.


No fim da década de 70, a empresa compra a Viação Cruzeiro, passando assim a servir toda a área de Messejana.
Em 1979, adquire as primeiras unidades do monobloco O-364, um dos mais confortáveis e modernos veículos da época. Sua frota já somava um total de 120 veículos.


Naquele momento a Autoviária São Vicente de Paulo contava com 20 linhas servindo os bairros de Jardim Iracema, Álvaro Weyne, Barra do Ceará, Nossa Senhora das Graças, Vila Santo Antônio e toda a área de Messejana. Foi construída então a garagem da Av. Filomeno Gomes, no bairro Jacarecanga.




Durante a década de 80, adquiriu variados modelos de carrocerias, entre eles dois veículos da marca Volvo com carroceria Amélia, prefixos 121 e 122. No início da década de 90, a Autoviária adquire seus primeiros ônibus com chassis Scania F-112, carroceria Torino de 13 metros.


No seu auge, foi considerada a maior empresa de transporte e armazenagens do Ceará, transportava mais de 3 milhões de passageiros ao mês, operante em 43 linhas com cerca de 220 veículos e 2 garagens. Sua frota percorria 56 mil quilômetros todos os dias, equivalente a mais de uma volta ao mundo.
Em novembro de 1995, em meio à indecisão da Secretaria Municipal de Transporte em achar uma localização para a catraca, motoristas e sindicato insatisfeitos, realizam uma paralisação nas garagem da Autoviária, reivindicando a volta das catracas para o eixo traseiro, até então em alguns veículos o passageiro passava espremido por uma espécie de “curral”, diminuindo o espaço de embarque.


Em 1999, morre o fundador da empresa, Carlos Albuquerque. No mesmo ano, a empresa sofre uma cisão dando origem às empresas Rotasol (01) e Rota Expressa (33), que continuou sob o comando de seus descendentes. Albuquerque também foi sócio-fundador da Viação Bons Amigos, onde atuou entre 1963 e 1976.

 

Em janeiro de 2000, em homenagem ao seu fundador, a prefeitura de Fortaleza denomina uma artéria “bairro” com seu nome, Carlos Albuquerque, em Messejana, região populosa da cidade, na qual a Autoviária serviu durante tanto tempo e contribuiu para o crescimento e desenvolvimento da grande Messejana.




Crédito: Fortalbus
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