Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Autoviária São Vicente de Paulo




Fundada em 27 de novembro de 1951, por Carlos de Albuquerque Lima, a Autoviária São Vicente de Paulo foi uma das maiores empresas urbanas da capital cearense, servindo os fortalezenses por mais de quatro décadas.


Carlos de Albuquerque Lima atuava no comércio de revenda de peças e acessórios como sócio da firma “A Herculano e Albuquerque”. A empresa iniciou suas atividades com uma frota de apenas 4 ônibus, que faziam a rota do bairro Nossa Senhora das Graças.



No início, obteve a concessão para explorar as linhas do Pirambu e Tirol, dois bairros de Fortaleza onde faltava de tudo, até ruas para os ônibus trafegarem. Homem de iniciativa, capaz de superar qualquer problema, esse destemido empresário passou a comprar os casebres que obstruíam as ruas, e assim foi possibilitando os locais por onde seus veículos se obrigavam a percorrer, conforme exigências da concessão.


Com a prosperidade dos negócios, a Autoviária chegou à condição de proprietária da linha Aldeota, concessão ganha legalmente, mas teve que abrir mão da importante conquista empresarial devido à concorrência desleal, segundo Carlos Albuquerque.


No fim da década de 70, a empresa compra a Viação Cruzeiro, passando assim a servir toda a área de Messejana.
Em 1979, adquire as primeiras unidades do monobloco O-364, um dos mais confortáveis e modernos veículos da época. Sua frota já somava um total de 120 veículos.


Naquele momento a Autoviária São Vicente de Paulo contava com 20 linhas servindo os bairros de Jardim Iracema, Álvaro Weyne, Barra do Ceará, Nossa Senhora das Graças, Vila Santo Antônio e toda a área de Messejana. Foi construída então a garagem da Av. Filomeno Gomes, no bairro Jacarecanga.




Durante a década de 80, adquiriu variados modelos de carrocerias, entre eles dois veículos da marca Volvo com carroceria Amélia, prefixos 121 e 122. No início da década de 90, a Autoviária adquire seus primeiros ônibus com chassis Scania F-112, carroceria Torino de 13 metros.


No seu auge, foi considerada a maior empresa de transporte e armazenagens do Ceará, transportava mais de 3 milhões de passageiros ao mês, operante em 43 linhas com cerca de 220 veículos e 2 garagens. Sua frota percorria 56 mil quilômetros todos os dias, equivalente a mais de uma volta ao mundo.
Em novembro de 1995, em meio à indecisão da Secretaria Municipal de Transporte em achar uma localização para a catraca, motoristas e sindicato insatisfeitos, realizam uma paralisação nas garagem da Autoviária, reivindicando a volta das catracas para o eixo traseiro, até então em alguns veículos o passageiro passava espremido por uma espécie de “curral”, diminuindo o espaço de embarque.


Em 1999, morre o fundador da empresa, Carlos Albuquerque. No mesmo ano, a empresa sofre uma cisão dando origem às empresas Rotasol (01) e Rota Expressa (33), que continuou sob o comando de seus descendentes. Albuquerque também foi sócio-fundador da Viação Bons Amigos, onde atuou entre 1963 e 1976.

 

Em janeiro de 2000, em homenagem ao seu fundador, a prefeitura de Fortaleza denomina uma artéria “bairro” com seu nome, Carlos Albuquerque, em Messejana, região populosa da cidade, na qual a Autoviária serviu durante tanto tempo e contribuiu para o crescimento e desenvolvimento da grande Messejana.




Crédito: Fortalbus

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Empresa: São José de Ribamar



Proprietários / Sócios

1959 a 1967
Leopoldo Nunes

1967 a 1981
Milton Camelo Santos

1967 até os dias de hoje
João Alberto Leite Barbosa
Maria do Livramento Barcelos

A primeira linha foi para o Bairro de Fátima. No período de 1967 a 1981 Milton Camelo Santos teve 04 ônibus agregados a Empresa São José de Ribamar, operando a linha Av. Treze de Maio. As linhas Aeroporto e Vila União foram adquiridas em 20/10/1985 da Empresa Muribeca (José Liberato Barroso e Raimundo de Alencar Pinto). Inscrição no Sindiônibus N° 95 com data de admissão em 11/10/1966, sindicalizado até 1990.

Linhas Urbanas: 

Aeroporto / Benfica (Fortaleza)
Aeroporto / Centro (Fortaleza)
Aguanambi 1 e 2 (Fortaleza)
Antônio Bezerra / Papicu (Fortaleza)
Av. 13 de Maio 1 e 2 (Fortaleza)
Av. Paranjana 1 (Fortaleza)
Av. Paranjana 2 (Fortaleza)
Av. Sargento Herminio (Fortaleza)
Bairro de Fátima / Centro (Fortaleza)
Campus do Pici / Unifor (Fortaleza)
Castelão / Lagoa / Parangaba (Fortaleza)
Circular 1 e 2 (Fortaleza)
Conjunto Ceará / Papicu / Montese (Fortaleza)
Parangaba / Náutico (Fortaleza)
Siqueira / Centro (Fortaleza)
Vila Simone / Centro (Fortaleza)
Vila União / Centro (Fortaleza)

   
Frota

1967 - 02 caminhões-jardineira
2001 - 65 ônibus 

Há 43 anos, o casal de empresários João Alberto Leite Barbosa e Maria do Livramento Barcelos se uniram em um empreendimento ousado para época. De marido e mulher passaram também a sócios de uma empresa que é hoje uma das melhores da capital, também uma das mais tradicionais no setor em atividade.

O envolvimento do Sr. Alberto Barbosa com o transporte iniciou bem antes, quando começou a explorar a linha de parangaba com uma camionete comprada em 1948. Anos mais tarde, João Alberto chegou a possuir 10 veículos, porém com a crise de tarifas, viu-se obrigado a vender parte da frota, ficando apenas com dois. Infelizmente, os dois veículos se encontraram num cruzamento, deixando-os destruídos. Para recomeçar, João Alberto Leite tomou emprestados três carros e continuou explorando o ponto da cidade rejeitado por todos, o Bairro de Fátima.


Empresa São José de Ribamar iniciou suas atividades no dia 3 de maio de 1967, quando os empreendedores colocaram à disposição dos moradores daquele bairro e adjacências, dois ônibus-camionetes que faziam a linha Bairro de Fátima - Centro. Anos depois, já com quatro ônibus, a empresa passou a fazer também a linha Vila Simone, depois chamada de Av. 13 de Maio. O nome do empreendimento é uma homenagem a São José de Ribamar, santo de devoção do proprietário.

Foto Cepimar

Em 1968 a Ribamar começou a operar a linha Circular de Fortaleza, em parceria com as empresas Iracema, Cialtra e Timbira. A primeira linha circular foi criada pelo Coronel Elísio Gentil de Aguiar, Secretário de Transportes na administração do Prefeito Murilo Borges, responsável pela regulamentação da Lei do Sistema de Transportes de Fortaleza. No período de 1967 a 1981 Milton Camelo Santos teve quatro ônibus agregados a São José de Ribamar, operando na linha Av. Treze de Maio.

A empresa foi pioneira quando em1983 levantou um movimento local para a proibição do fumo dentro dos coletivos. A iniciativa resultou na lei municipal 5709, de 15 de junho de 1983, que passou a proibir que os passageiros fumassem dentro de qualquer coletivo. No ano seguinte adquire o primeiro ônibus Scania K-112 com carroceria Torino e 13,2 metros de comprimento, prefixo 32.


As linhas Aeroporto e Vila União foram adquiridas em outubro de 1985 da extinta Empresa Muribeca. Em 1986 a empresa recebe um diploma pela colocação da empresa entre as maiores do País no setor de transporte. Em novembro de 1987, a São José de Ribamar ganha uma reportagem veiculada nacionalmente na revista “Veículos”, onde constam vários elogios a empresa. Mesmo atuando numa cidade que na época possuía um dos piores sistemas de transportes, a empresa era tida pelos seus usuários como padrão em Fortaleza, pelo bom serviço que sempre prestou a população.



A São José de Ribamar proporcionou a cerca de 300 alunos de uma escola pública, em março de 1993, um passeio pela cidade a bordo de quatro novos ônibus recém-chegados que seriam entregues a população do bairro Vila União, no percurso os ônibus ostentavam faixas como: “Vila União ganha mais quatro ônibus novos”, “Mais ônibus, mais conforto para Vila União”; “Usuário Merece respeito”



Outra medida pioneira tomada pela São José de Ribamar foi a implantação em 1995 do GET (Gerenciador Embarcado de Transporte) que permitiu um maior controle do número de passageiros embarcados. Com o GET as meias-passagens foram controladas, evitando fraudes e desentendimentos entre cobradores e estudantes.



No ano de 1996, a empresa São José de Ribamar também foi pioneira ao instalar em sua frota os aparelhos “Viaje Bem” e “Anjo da Guarda”. Estes aparelhos controlam a velocidade máxima e não permite que o veículo se desloque com as portas de embarque abertas. No ano seguinte, adquire o primeiro ônibus com itinerário eletrônico, o TorinoGV de prefixo 10029.


Em setembro de 2000, a linha Campus do Pici - Unifor recebe os dois primeiros ônibus equipados com ar condicionado, poltronas de veludo, piso emborrachado, vidros fumê e motor traseiro. A iniciativa partiu da necessidade de oferecer um transporte melhor e mais bem equipado aos usuários da linha, e o melhor, sem nenhuma taxa de acréscimo sobre a tarifa em vigor. No mesmo ano a empresa foi agraciada com o troféu Destaque Empresarial no Mundo dos Negócios.



Quando adquiriu o Torino de prefixo 10112 em agosto de 2001, a empresa exibiu o ônibus na Praça do Ferreira, realizando um passeio pelos principais pontos da cidade. O veículo possui suspensão a ar e dois espaços reservados para cadeira de rodas. A tradicional pintura é marca registrada da empresa, concebida ainda na década de 70, a identidade visual é facilmente reconhecida pelos usuários, que logo identificam os ônibus do Bairro de Fátima. Seus veículos circulam pelas ruas da cidade sempre limpos e bem conservados.

O crescimento da empresa ao longo dos anos é resultado da dedicação e empenho dos proprietários e filhos, fruto de toda uma vida dedicada aos transportes. Não é a toa que a São José de Ribamar é a “Empresa 10”, pois esta contribuiu para a melhoria do transporte urbano da capital cearense ao longo das últimas décadas, sempre inovando e fazendo a diferença entre os demais, traduzindo o lema que carrega em cada um dos seus ônibus: “Transportar bem é a maneira mais direta de servir ao povo”



Crédito: Fortalbus, Cepimar

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: