Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



domingo, 14 de abril de 2013

Fortaleza 287 anos - Uma senhora irrequieta, elegante, com seus atavios e encantos






“Minha jangada de vela,
que ventos queres levar?
De dia, ventos da terra,
De noite, ventos do mar.” Juvenal Galeno

Duzentos e oitenta e sete anos passados, Fortaleza distanciou-se de suas origens, já não parece lembrar a sua identidade ancestral. Mas ganhou roupa nova, nem sempre de bom gosto, convenhamos, talhada às pressas, apertando no cóis e curta nas barras, segundo o impulso do momento, da imposição da moda, fiel ao espírito de “progresso” que animou os valentes empreendedores de passagem e os autóctones.

 Não terá sido diferente com outras cidades brasileiras, cravadas ao longo do litoral. O passado parece ser para os filhos desta terra um peso de cujo incômodo nos devíamos desfazer.

Destruímos, diligentemente, o que havia de mais significativo de seu acervo material. Continuamos, com aplicação, a apagar os vestígios de suas origens  graças ao “bota-abaixo” incansável dos gestores públicos, inspirado nos interesses privados, e à ignorância que aqui fez morada, e ao desamor inculto, quase vergonha mal dissimulada, pelo pobre patrimônio acumulado, encorajados por uma reverência suspeita pelo futuro. Fomos, nós cearenses, no passado, um povo desinteressado pelas coisas de nossa própria cultura, avesso à informação e aos conhecimentos. Não por gosto, mas, certamente, pelas circunstâncias em que o povo cearense viveu, mergulhado na pobreza e na

 indigência da educação. Sob a proteção das oligarquias que, sob mil faces, perduram entre nós, vestidas por uma roupagem moderna e urbana.

Capitania sem “capitão-mor”

Não se há de esquecer que, dentre as Capitanias, anunciadas hereditárias, empreendimento público-privado inaugurado pelos colonizadores, a do Ceará foi a única que jamais conheceu o seu titular “arrendatário”, tendo vivido na dependência umbilical de Pernambuco. Para o bem ou para o mal, surgimos “terceirizados”, e aqui ficamos esquecidos, até mesmo quando alguns homens inspirados desenharam o “polígono das secas”, dentro de cujas fronteiras tantos pereceram e tantos sobreviveram, tocados pela sorte e pela riqueza.

Foram poucos os ladrilhadores

Com o passar do tempo o vilarejo elevado sobre as dunas foi crescendo como pôde, ganhando o interior das terras ribeirinhas, indo em direção norte e descendo para o sul. De vila à cidade, foi-se expandindo, sem que um projeto bem concebido lhe orientasse os passos e a conquista de espaços vazios. Do tempo quando se fez conhecer a intuição generosa do boticário Ferreira aos nossos dias, poucas tentativas sérias merecem registro. Entre elas, os planos urbanísticos desenvolvidos por Silva Paulet e Adolfo Herbster, os pioneiros, e Saboia Ribeiro e Hélio Modesto, a partir da década de 1950. De lá para cá, a cidade criou tentáculos, labirintos e artérias, ao ritmo de seus espasmos desordenados de crescimento. Predominou, na maior parte dos casos, a força do crescimento imobiliário. 

A destruição das obras mais representativas fez-se lentamente, em alguns casos, céleres, sempre que os interesses financeiros imprimem velocidade às obras e desideratos humanos.

O “bota-abaixo” para atrair o “futuro”

A “limpeza modernizante” começou em torno dos anos 40, com a cumplicidade dos entes públicos, senão a sua iniciativa, e a admiração ingênua dos fortalezenses, fascinados com as obras de desmonte das “velharias”. A cidade contraiu construções horrendas, modismos modernosos improvisados ao sabor das exigências de proprietários “nouveaux riches”, burgueses em ascensão  aspirantes por “status” e pela respeitabilidade da riqueza notada e ostensiva. Essas criações indecorosas, do ponto de vista arquitetônico, foram trabalhadas nas pranchetas de engenheiros civis, bons de cálculos e ruins de aprumo vitruviano.

Não havia, por esse tempo, arquitetura como atividade ou profissão, era tida como uma ocupação pouco masculina que incutia suspeitas entre os homens de tradição conservadora e viril. Havia quem confundisse o arquiteto com 

os maneirismos dos decoradores. Com o advento da UFC e de sua Escola de Arquitetura, surgiram os primeiros profissionais, formados em casa, e, com eles, projetos inovadores que, de um certo modo, salvaram o perfil de Fortaleza, com linhas modernas e cores tropicais.

 Não sem que os horizontes não viessem a ser extirpados da paisagem, enquadrados entre construções de concreto que subiram, fechando a beleza da terra, deixando à vista, apenas, o azul claro dos céus cearenses…

As derradeiras lembranças da Fortaleza anterior aos anos 1930 foram erradicadas, graças ao trabalho e ao empenho de prefeitos e vereadores, artesãos do “novo” que nem a cidade, tampouco nós merecíamos. 

O prédio da Intendência Municipal, só para dar um pálido exemplo da capacidade destruidora de nossos edis, foi posto abaixo e em seu lugar levantado o que se chamou deAbrigo Central, concepção trágica, monumento ao mau gosto e à desocupação transformada em folclore. Essa obra, uma réplica de mau gusto do Tabuleiro da Baiana, do Rio de Janeiro, resistiu a todas as tentativas de demolição, de braços com a ignorância de nossos políticos e dos burgueses que foram erguendo os seus palacetes nos bairros tradicionais e em novas trilhas de expansão. Arrancaram-se os trilhos dos bondes e tiraram-nos de circulação, transformando em lenha os vagões de madeira de outros tempos. Alguns, muito poucos, escaparam, recolhidos a coleções que já não existem mais.

 O Palácio do Plácido, que chegou a ser considerado como possibilidade de lá instalar-se a reitoria da UFC, em 1954, foi demolido durante a noite: seus proprietários pretendendo furtar-se à proibição imposta pela prefeitura, fizeram um mutirão e o puseram abaixo em poucas horas.



O sequestro do passado ignorado

Monumentos e bens públicos, obras de arte de praças e pequenas localidades, desapareceram. Poucos se salvaram da desídia official, da ignorância dos seus gestores.
A fonte da Praça da Lagoinha foi salva pela Universidade Federal do Ceará e pelo Banco do Nordeste do Brasil, graças ao então prefeito Lúcio Alcântara e a pertinácia de Zuleide Martins de Menezes. O bebedouro de Mondubim, obra em metal importada da França (cuja tradição de bons forjadores é ainda hoje lembrada), desapareceu e poucos sabem onde possa encontrar-se. Havia replicas em outros pontos e bairros da cidade. As que escaparam à apreensão por particulares, foram fundidas a que se deu melhor aproveitamento. A estrutura dos mercados reduziu-se à que hoje acolhe vasto público, frequentadores de restaurantes, bares e casas de comida, na Praça dos Pinhões. Integraram-se á vida da cidade e milagrosamente sobreviveram aos cuidados da edilidade. Os outros não são mais vistos a olho nu.

Mais tempo houvesse e interesse de quem lê estas linhas desafinadas justificasse o esforço, poderíamos continuar nesses registros incômodos.

Matias Beck versus Soares Moreno, batalha a céu aberto



Lustosa da Costa empenhou-se por apaziguar a guerra que se estabeleceu entre os defensores de Matias Beck e Soares Moreno, como fundadores de Fortaleza. Historiadores e sodalícios da mais alta estirpe entraram em conflito aberto, uma verdadeira “jihad”, para nomear o fundador de Fortaleza. Dado a importância do embate Lustosa sugeriu, certa feita, que a cidade fosse dividida em Fortaleza Ocidental e Fortaleza Oriental, tendo como fronteira natural o riacho Pajeú, de saudosa memória, cada uma delas com o seu fundador.

 Não houve vencedores nem perdedores. Tornamo-nos uma cidade ecumenical, tendo um lusitano e um flamengo como fundadores “ad perpetuam rei memoria”.
Ismael Pordeus e Raimundo Girão terçaram armas e pesquisas, documentos e velhos papéis de arquivos, mesmo os que jaziam nas arcas do Além-mar para provar a precedência de seus heróis na fundação da cidade de Fortaleza. Até hoje essa disputa separa historiadores e os indispõem entre si.

Por esse tempo, quando os estudiosos porfiavam pela aceitação de suas teorias fundadoras, o professor Antônio Martins Filho, reitor da UFC, ao tempo, houve por bem fazer da Universidade terreno neutro entre os contendores. Floriano Teixeira foi contratado para pintar os retratos de Matias Beck e Martins Soares Moreno, não necessariamente nesta ordem. Pretendia, assim, Martins Filho fixar, cientificamente, a isenção da UFC em face da beligerância crescente entre as hostes beckistas e martinianas. Os quadros, dois óleos que ainda hoje devem estar por lá, foram afixados na antecâmara do gabinete do reitor, lugar de honra merecida por tão eminentes navegadores e funcionários. Comissão formada pelo Instituto do Ceará, Histórico e Geográfico deslocou-se ao Benfica para realizar verificação in loco do gesto pacificador do reitor.

Duas Fortalezas, uma de costas para a outra

Coexistem, hoje, duas cidades, uma de costas para a outra. Da Praça do Ferreira para o norte, é a pobreza das cidades miseráveis, mal servida, em processo de desagregação, por onde circula e mora uma população numerosa e desassistida e carente. Da Avenida Dom Manuel para o Sul, é outra cidade, com ares metropolitanos que se expandiu, entretanto, sem projetos urbanos, sem praças, atopetada de prédios cujo gabarito foge ao desejável, segundo os modernos padrões de qualidade de vida. As praças foram leiloadas, áreas verdes, com muitas árvores, cajueiros e mangueiras, vendidas para incorporações lucrativas, Antropotecas gigantescas que sobem para mais de 20 andares, fecham os horizontes e param o sopro dos ventos.

 A cidade foi, assim, emparedada, tornou-se um contra-forte erguido contra o mar-oceano, os verdes mares que banha as brancas terras, como diria Alencar.

A persistência do “xadrez”

Das cidades da região, Fortaleza caracteriza-se pelo arruado em xadrez. Traçado equilibrado, como se fosse um grande “puzzle”, com peças encaixadas. O centro urbano original era assim, é assim. O crescimento para o poente, em destino ao Alagadiço e ao seu vasto entorno conservou o mesmo traçado hígido; o que se deu para o nascente, na direção do Outeiro e, depois, da Aldeota guardou o quadriculado que aprisiona, hoje, o fluxo do tráfego e torna o transporte de superfície desafio para os urbanistas e padecimentos para os habitantes da cidade. O modelo que, se esperava, fosse abandonado sob a pressão da conquista de novos espaços e da sua urbanização, sobreviveu às circunstâncias e ao exemplo de outras cidades. Não temos uma cidade planejada, como Brasília ou Belo Horizonte, nascidas em prancheta de urbanistas. Mas é como se Fortaleza tivesse tido a mesma criação inspiradora…

Quarteirões pequenos, cruzamentos próximos, ruas estreitas, calçadas reduzidas e mal calçadas. As grandes vias surgiram, por imposição da realidade, mas são recentes. E servem aos fluxos com demanda de bairros periféricos, muitos deles já abraçados pelos tentáculos da cidade grande.

Por força dos impedimentos criados por uma urbanização “reprodutiva” da teia enxadrezada original, produziu-se entre nós uma cultura particular, com o surgimento do “centauro fortalezense”, o bípede transformado em carro, cabeça, tronco e rodas. Como não há calçadas, as pessoas não andam, salvo nos lugares onde praticam disciplinadamente o seu “cooper”. De modo geral, deixam suas moradas sobre rodas e estacionam em frente do destino. A insegurança que agora se abateu sobre os fortalezenses aprimoram a arte da direção auto-motiva. Não se há de saber o que é pior, se um cruzamento com semáforo ou se liberado à gana dos condutores de suas carruagens do ano.

Um “Manual do Usuário de Fortaleza”


Apesar de tudo, é uma cidade gostosa, alegre e ensolarada, que o sol não foi ainda removido por decreto municipal. É verdade que o trânsito tornou-se um inferno, os transportes coletivos viraram um aparelho de tortura. 

Mas é a nossa cidade.

Falta aos seus diletos habitantes um Manual do Usuário de Fortaleza, com regras pertinentes que nos mostrem como viver, conviver e sobreviver nesta cidade gentil e bela à beira mar plantada.




Texto de Paulo Elpídio de Menezes Neto

sábado, 6 de abril de 2013

Avenida da Abolição - Antiga Avenida Matias Beck


A avenida em 1949, na época era a Avenida Mucuripe ou Caminho do Mucuripe. Jornal O Estado. Acervo Lucas

A então Avenida Matias Beck e a Antônio Justa prolongada.

Em 05 de setembro de 1962, o Diário Oficial do Município - Diom nº 2.581 publica a Lei nº 2.016 do dia anterior, projeto do vereador José Fiuza Gomes, denominando de Avenida da Abolição a então Avenida Matias Beck, caminho do Mucuripe.

Arquivo Assis Lima

Dez anos depois, em 28 de maio de 1982, ela é ampliada e o Diário Oficial do Município - DOM nº 7.405 traz a Lei nº 5.571 do dia quatro, que oficializa a denominação de Avenida da Abolição e estabelece seus limites.


Arquivo  Nirez

O mesmo cruzamento visto por outro ângulo. Agora vemos o início da Av. Barão de Studart (em frente) e o começo da Avenida Abolição à esquerda da foto. No lugar dessa bela residência, hoje está o Habib's. Foto da década de 70. Acervo Aderbal Nogueira

Anos 50
A avenida que tinha antes a denominação de Avenida Antônio Justa, inicia-se em prosseguimento à Avenida Monsenhor Tabosa*, a partir do cruzamento com a Avenida Barão de Studart, indo até o cruzamento com a Avenida Desembargador Moreira, onde vira diagonalmente à esquerda, onde nascera a antiga Avenida da Abolição, em frente ao Náutico Atlético Cearense - NAC, prosseguindo até o encontro com a então Avenida Presidente Kennedy (atual Beira-Mar) e denomina seu prosseguimento até o Farol antigo, da Avenida Vicente de Castro.


Avenida da Abolição, vendo-se a Igreja N.S. da Saúde. Foto de Nelson Bezerra - 1971
A Avenida muda de nome e é ampliada. O prolongamento da Antônio Justa, passa a ser da nova Avenida da Abolição.

Reportagens antigas da Avenida Matias Beck (Abolição) 

Banco de Dados Cepimar

Observamos que mesmo depois de ter tido o nome mudado, ainda continuou sendo chamada pelo nome anterior por um bom tempo. Banco de Dados Cepimar

A rotatória da avenida da Abolição com Des. Moreira em 1968. Marcos Siebra

Alguns Fatos Históricos Importantes da Avenida:

Vista aérea do Meireles. Vemos a futura Avenida da Abolição, o Náutico, os terrenos que depois seria construído o Pão de Açúcar e a Praça Matias Beck. Foto de 1959 do Livro Caravelas, Jangadas e Navios.

Anos 60 - Arquivo IBGE

19/julho/1952 - Inauguram-se as novas instalações do Náutico Atlético Clube, nas Avenidas Matias Beck nº 2427, Desembargador Moreira e Beira-Mar, na Praia do Meireles, prédio com planta do arquiteto Emílio Hinko.

Vista aérea vendo-se o Náutico Atlético Cearense e o terreno (na parte inferior direita da foto),que depois daria lugar a praça. Foto publicada no jornal O Povo em 08 de junho de 1974.

Jumbo Pão de Açúcar Náutico. Década de 80. Acervo Renato Pires
Foto na mesma perspectiva feita anos depois.

12/outubro/1953 Dado o nome de Praça Dr. Moreira de Sousa à praça situada em frente ao Náutico Atlético Cearense, que fica entre a Avenida da Abolição, Avenida Antônio Justa e Rua Barbosa de Freitas.
O nome é uma homenagem ao médico humanitário Francisco Moreira de Sousa, que dirigiu os destinos do Náutico, do qual ele era presidente.
O médico Francisco Moreira de Sousa, morreu tragicamente em 19 de outubro de 1950, em Fortaleza, aos 51 anos de idade. Nascera em Russas, CE, em 15/03/1899.
Foi sepultado no Cemitério São João Batista.


Av. da Abolição com Desembargador Moreira. Acervo Milton Augusto
Antiga Praça Matias Beck - Praça Dr. Moreira de Sousa. Foto CA

Em 30 de maio de 2014, a  Praça Dr. Moreira de Souza – a popular Praça do Náutico, é reinaugurada. A praça foi completamente reformada e modernizada pela Diagonal, uma gigante da construção civil do Ceará, que a adotou.
O empresário João Fiúza, presidente e principal sócio da Diagonal, esteve ao lado do prefeito Roberto Cláudio no ato de reinauguração.

01/maio/1954 - Fundado em Fortaleza o Iate Clube, associação de caráter esportivo e recreativo para promoção de corridas de barcos, pesca, banhos de mar, etc., com secretaria na Rua Senador Pompeu nº 1152 e sede na Avenida Matias Beck 4813 (Imagem ao lado: Como vemos, ainda é possível encontrar na internet, o endereço antigo) no Mucuripe com restaurante para os sócios aberto ao público.

Foto de 1957. Vemos o movimento da Avenida em frente ao Iate Clube

Foto de 1957

Neide Andrade nos anos 80, na Avenida Abolição,
onde havia um Posto de gasolina.
Atrás vemos o morro do Mucuripe.
Acervo: Denilson.
29/setembro/1972 - Tem novo nome a antiga Praça Nossa Senhora da Saúde, depois Praça Adolfo Silveira Lima, e Praça da Saúde, que pela Lei nº 4.056, publicada no diário Oficial do Município, passa a denominar-se Praça da Confiança na gestão do prefeito, engenheiro Vicente Cavalcante Fialho (Vicente Fialho).

A praça fica no bairro do Mucuripe, rodeada pela Avenida da Abolição, Rua Manuel Jesuíno, Rua Nossa Senhora da Saúde e uma travessa sem nome.

É a praça que tem no centro a Igreja de Nossa Senhora da Saúde.
O novo nome é uma homenagem ao Governo Estadual, que tem à frente o engenheiro César Cals de Oliveira Filho.

Rua Juvêncio Vasconcelos, ainda com mão dupla, sem semáforo e ao fundo, a Av. Abolição. Foto dos anos 70.
Acervo de Alysson Correia Lima.

Foto da década 60/70 - Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima

Junho/1999 - Reinaugurada a Praça Dr. Moreira de Sousa, em frente ao Náutico Atlético Cearense - NAC, pelo lado da Avenida da Abolição, após completa reforma.

Avenida da Abolição em 1990. Acervo: Océlio Anselmo Costa
Ônibus da Empresa Iracema - Linha Serviluz na Avenida Abolição. Anos 90.
13/abril/2004 -Inaugurado oficialmente, pelo prefeito Juraci Magalhães, o primeiro trecho da Via Expressa, com extensão de 3,8 quilômetros.


Também chamada de Avenida do 5º Centenário, o trecho da via aberto ao tráfego com início na Avenida da Abolição, no Mucuripe, indo até a Avenida Pontes Vieira, no Dionísio Torres, com sérios problemas no cruzamento com a Avenida Padre Antônio Tomas, à 30m da solenidade de inauguração.
Na verdade a via nada tem de expressa, pois tem vários cruzamentos com semáforos além de estreitamentos para entradas à esquerda.

Ontem: Foto de 1959. Vemos a avenida ainda não asfaltada e o intenso movimento em frente a praia do Iate Clube - IBGE

Hoje: Foto de 2011

*De acordo com o jornal Gazeta de Notícias de 1955, a Avenida Monsenhor Tabosa não terminava na Barão de Studart, mas continuava até o Mucuripe. Tempos depois, esse trecho também passou a se chamar Avenida da Abolição:

Temos aqui o repórter Telmo Rodrigues, do jornal Gazeta de Notícias, em 1955, sentado numa cisterna construída pela prefeitura no meio da Av. Monsenhor Tabosa (Mucuripe). 


Casa de João do Rêgo Barros, localizada onde atualmente está o Hotel Diogo. Acervo: Juliana Barcelos Barbosa Pelucio.
Fotos da avenida:

Centro de Saúde Flávio Marcílio na Av. da Abolição, 4180

Cordeiro. Antes funcionava aí o Feijão Auto CenterAv. da Abolição Nº4128

EMEIF José Ramos Torres de Melo Av. da Abolição Nº 3984

Cemitério São Vicente de Paula fundado em 1916 -  Av. da Abolição Nº 3986

Igreja Nossa Senhora da SaúdeAv. da Abolição Nº 3915

Hotel Pousada AraraAv. da Abolição Nº 3806

Pão de Açúcar MucuripeAv. da Abolição Nº 3790

Essas casinhas de dois andares do lado direito, são bem antigas. Próximas ao Nº 3783

Antigos Blocos de Apartamentos - Av. da Abolição Nº 3659

Oficina O Chimarrão que tem mais de 25 anos de funcionamento.

Churrascaria Sal e BrasaAv. da Abolição Nº 3500

Essa casa é muito antiga. Nela já funcionou inúmeros estabelecimentos e hoje se encontra o Frango Fácil.


Flat Tulip Inn - Saint MartinAv. da Abolição Nº 3340

Flat Tulip Inn - Saint MartinAv. da Abolição Nº 3340

Instituto de Ciências do Mar - LabomarAv. da Abolição Nº 3207 



Pão de Açúcar Náutico - 24H - Av. da Abolição Nº 2900

Vista aérea - skyscrapercity

No começo da Avenida Abolição, fica o Habib's no  Nº 1780


Fonte: Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: