A foto antiga data de aproximadamente 1948. O muro que está em primeiro plano ficava na antiga rua Franco Rabelo. Arquivo Nirez
Na antiga Rua Franco Rabelo, só existiam pensões de mulheres, cabarés e os "chatôs", hoje chamados de motéis, além de um posto policial. A rua começava na então Travessa Baturité e se estendia até a Praça do Cristo Redentor, seguindo com o nome de Avenida Monsenhor Tabosa.
A rua já recebeu o nome de Rua Treze, mas não durou muito.
Com a abertura da Avenida Marechal Castelo Branco, que ficou conhecida popularmente por Leste-Oeste, a Rua Franco Rabelo praticamente desapareceu, restando apenas uma de suas placas, pois suas casas do lado Sul passaram a ser da avenida e as do outro lado foram demolidas.
Com a abertura da Avenida Marechal Castelo Branco, que ficou conhecida popularmente por Leste-Oeste, a Rua Franco Rabelo praticamente desapareceu, restando apenas uma de suas placas, pois suas casas do lado Sul passaram a ser da avenida e as do outro lado foram demolidas.
Praça do Cristo Redentor. Foto colhida pela objetiva da Aba Film no ano de 1938. A partir da esquerda, a mansão que foi de Luiz Borges da Cunha e Maria Pio de Castro, que ficava na Rua Franco Rabelo, em frente à Praça, seguida da casa construída por José Pio de Morais e Castro e Angélica Borges Pio de Castro, depois ocupada pelo inglês Francis Reginald Hull (Mr. Hull), meio encoberta por uma árvore; a Avenida Monsenhor Tabosa, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição e o Seminário Arquidiocesano. Na frente, a praça, com a torre que lhe deu o nome.
As casas que ficavam na Rua Franco Rabelo foram demolidas para darem lugar hoje ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Esta era a delegacia da Rua Franco Rabelo, antro de prostituição que foi absorvido pela Avenida Leste-Oeste. Ficava entre a travessa Baturité e a Praça do Cristo Redentor. Arquivo Nirez
Espaço hoje ocupado pelo Dragão do Mar. Foto da década de 20/30 - Arquivo Nirez
Fatos Históricos
- 14 de fevereiro de 1915 - Inaugura-se o Teatro São José, na Rua 25 de Março entre a Rua Rufino de Alencar, a Rua Franco Rabelo e a Rua Boris, com frente para Praça do Cristo Redentor. Hoje, com a abertura da Avenida Marechal Castelo Branco (Leste-Oeste), desapareceu a Rua Franco Rabelo que ficou no leito da avenida.
Vista aérea da década de 20/30 - Arquivo Nirez
- 24 de outubro de 1920 - Lançamento da pedra fundamental do edifício do Círculo de Operários e Trabalhadores Católicos São José, com a presença do Arcebispo Metropolitano Dom Manuel da Silva Gomes e do Presidente do Estado, Justiniano José de Serpa (Justiniano de Serpa), na Praça Senador Machado (hoje Praça do Cristo Redentor), ficando o prédio com frente para a Rua 25 de Março, os fundos para a Rua Boris, o lado esquerdo para a Rua Franco Rabelo e o direito para a Rua Rufino de Alencar nº 362.
- 10 de julho de 1952 - Publicada no Diário Oficial do Município - Diom nº5.467, a Lei nº 491, de 30/06/1952, que muda a denominação da Rua Franco Rabelo para Rua Treze. O nome não permaneceu.
- 13 de julho de 1965 - O pequeno espaço existente ao lado do Círculo Operário São José, no encontro da Rua 25 de Março com Rua Franco Rabelo, recebe o nome de Largo Padre Guilherme Waessen. Com a abertura da Avenida Marechal Castelo Branco (Avenida Leste-Oeste), a praça desapareceu.
- 27 de março de 1967 - A Biblioteca Pública do Estado inaugura sua nova sede, na Rua Franco Rabelo nº 317, na Praça Cristo Redentor, o prédio da hoje Biblioteca Pública Menezes Pimentel, como parte das comemorações do centenário daquela instituição. A antiga Rua Franco Rabelo sumiu e hoje existe a Avenida Marechal Castelo Branco (Avenida Leste-Oeste). Os arquitetos foram Aírton Ibiapina Montenegro Júnior e Francisco Célio Falcão Queirós. O endereço hoje é Avenida Marechal Castelo Branco nº 255.
- 09 de agosto de 1973 - Inicia-se a derrubada de antigos imóveis situados na Avenida Alberto Nepomuceno, no cruzamento com a Avenida da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, que corre ao lado da 10ª RM, para dar lugar às obras de construção de um dos primeiros viadutos de Fortaleza, que ligará a Avenida Marechal Castelo Branco (Leste-Oeste) à Rua Franco Rabelo.
Arquivo Nirez
Quem foi Franco Rabelo:
Seguiu carreira militar, começando pelo 15° batalhão de Infantaria, sediado em Fortaleza, de onde ruma para a Escola Militar da Corte. Fez os cursos de. Infantaria e Cavalaria (terminado em 1882) e o de Artilharia (1884). Bacharel em Matemática e Ciências Físicas (1886). Serviu em Belém e Manaus, Fortaleza e Rio de Janeiro (Professor da Escola Militar da Corte, Escola Superior de Guerra e Escola do Estado Maior do Exército). Posto em disponibilidade em 1910, exerceu cargo de chefe do serviço de Estatística da Estrada de Ferro Central do Brasil.
Em julho de 1912 assumiu o governo do Estado do Ceará, pondo fim ao domínio de Antônio Pinto Nogueira Accioli; postando-se contra os interesses do Marechal Hermes da Fonseca, Presidente da República; enfrentou grandes adversidades e dificuldades. Franco Rabelo buscou enfraquecer as lideranças regionais do Ceará, entre elas Padre Cícero, que foi deposto do cargo de prefeito de Juazeiro do Norte por Rabelo. Em 1914, Floro Bartolomeu convocou uma sessão extraordinária da Assembleia Legislativa do Ceará a ser realizada em Juazeiro. Ao tomar conhecimento, Franco Rabelo determinou a invasão da cidade, dando origem ao conflito chamado de Sedição de Juazeiro, que culminou com a deposição de Franco Rabelo. Foi um dos fundadores da Academia Cearense de Letras.
Fontes: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo,
1001 Cearenses Notáveis - F. Silva Nobre e Nirez