"...Outro motivo de atração da rua era a proximidade do Chateau da Santa, palavra vinda da influência francesa, bem nítida naquela época, como eram chamados os cabarés de luxo. No Chateau da Santa, moravam e trabalhavam lindíssimas mulheres, vindas de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e de outros Estados, dava uma fugida no final da noite para ver o vai e vem dos carros importados no local. Eu era então um rapazote, tinha mais ou menos uns dez anos, estou falando dos meados dos anos 50. Estou falando de tempos em que as galinhas passavam até de um quintal para o outro... tempos singelos onde os moradores se integravam. Estava também a Carapinima próxima ao REU, Residência dos Estudantes Universitários, onde tanques enormes eram destinados à criação de peixes. Numa época em que ninguém falava da preservação do meio ambiente, os peixes eram intocáveis, as árvores eram protegidas e nas escolas todas as crianças plantavam uma no Dia da Árvore.
Mas, para ser sincero, do ponto de vista da preservação dos pássaros, muitos passarinhos eram capturados, como rolinhas, galos de campina e até pássaros grandes, todos vendidos na feira do bairro da Gentilândia. Havia ainda o que chamo ágora, uma esquina da Rua Carapinima, a ágora Carapiniana fazendo esquina com a Rua Francisco Pinto. Ali tudo se discutia, todos os assuntos, e se planejavam alguns namoros. Este ponto tinha um efeito de reunir os jovens da rua. Era um território neutro para os debates das lideranças radicais ou não. Era também um ponto onde se discutia a vida privada, onde se procurava descobrir segredos da vida alheia, enfim, um ponto estratégico de interação entre jovens e adultos que vinham de outras ruas como a Dom Jerônimo, Joaquim Feijó, Valderi Uchoa, João Gentil e Francisco Pinto, formando um elo entre os rapazes dos bairros próximos. Esses encontros, marcados por tantas histórias, funcionava em frente a Bodega do Seu Chiquinho. Era um ponto bem sortido sobre uma alta calçada, implicando na subida de alguns degraus que serviam de assento, principalmente para aqueles que haviam bebido alguma coisa e estavam tontos ou ligeiramente ébrios. Gente de todos os níveis ali se reunia.
José Brasil, um dos fundadores do Clube Nacional, agremiação dos Correios e Telégrafos, estava sempre por ali fungando e tomando rapé. E foi um dos descobridores de craques do nosso futebol, como Pacoti, um grande artilheiro do Vasco da Gama...
Só havia dispersão dos encontros em dias de muita chuva... Os assuntos principais, além da política, futebol e mexericos, eram música e cinema, os temas preferidos.
As chanchadas da Atlântida eram imitadas e alguns pretendiam copiar Oscarito e Grande Otelo.
Quanto aos filmes de Hollywood, os épicos religiosos de Cecil B. de Mille com os “Dez
Mandamentos” e “Cleópatra”. Outro diretor consagrado era o mestre do suspense, Alfred
Hitchcock: “O Sexto Sentido” e “Os Pássaros”. Também havia os interessados em música clássica e gostavam de se destacar pela sua cultura. Adotavam um linguajar excêntrico e enchiam-se de vaidades para falar de Mozart, Strauss, Beethoven, List e Tchaikovski. Alguns cantavam imitando Mario Lanza. Ali aprendi que Lanza foi o maior tenor popular depois do italiano Caruso, consagrado como o maior cantor de ópera de todos os tempos.
Havia ainda gente fascinada por carros. Discutia-se a qualidade de marcas, mecânica e o efeito da maresia sobre os veículos. Em Fortaleza já existia a FORMASA, revendedora da linha FORD. A sensação do final da década de 60 foi o Ford Gálaxie 500, belo e imponente.
Lançamento do Ford Gálaxie 500 - Acervo Guilherme da Costa Gomes
Este exemplar, o primeiro modelo de Gálaxie a chegar a Fortaleza, foi recuperado pela família do empresário Gerardo Matos, proprietário da dita revendedora, e é uma relíquia para exposições. O Gálaxie começou a ser fabricado no Brasil na década de 60, tinha bancos inteiros, ar condicionado e direção hidráulica.
Naquela esquina cada um se sentia importante, um tipo de dono do mundo... Às vezes os transeuntes, mesmo os mais respeitáveis, não escapavam as sátiras.
Contudo, os frequentadores da esquina tinham o mérito de exaltar as pessoas do bairro. Era o caso do Sr. Moisés Laerte Pinto que eu já mencionei, e que por conta de sua atividade
religiosa kardesista, excluía a ideia de ambição comercial e o Professor Antonio Viana Filho, professor, poeta e poliglota e um dos homens mais cultos que eu já conheci. Este homem não recebeu o reconhecimento do mundo intelectual e da mídia, pois mereceria assento na Academia Cearense de Letras.
Outro assunto também cogitado era falar de Artes. Havia unanimidade com relação a obra do cearense Antonio Bandeira, celebridade da pintura internacional que quando vinha de Paris visitava sempre a sua irmã Julia, que morava em frente a minha casa. Dizia-se que ele era o único pintor brasileiro a viver do produto de seu trabalho. Além de se comentar da sua finura e paciência no trato. Em 1960 o seu sobrinho Dandão, nosso amigo Francisco Ivan, mais tarde, uma vítima do latrocínio em nossa Capital, hospedou-se com um amigo na casa do tio na Rua República do Peru, em Copacabana. Depois de muitos goles, chegaram ao apartamento do pintor onde encontraram muitas telas armadas destinadas à inauguração de um órgão do governo em Brasília. Bisnagas à mão, desfiguraram toda a obra do pintor. Mesmo assim, Bandeira manteve alojado o sobrinho em atenção à irmã, mas dispensou seu amigo. Podemos desse episódio concluir sobre o caráter generoso do grande Bandeira. Infelizmente ainda não mereceu do povo brasileiro o reconhecimento pelo seu inegável talento artístico, e sequer seu nome foi indicado na relação de Cearense do Século XX pelos nossos próprios conterrâneos...
“Ao longe despontava um minúsculo ponto de luz, que se ampliava lentamente. Antes de atingir a parte curvilínea da via férrea, o possante farol alumiava a rua. Deslizando imponente e mítica, sobre duas paralelas de aço, a Maria Fumaça dividia os bairros do Benfica e Porangabuçu. O barulho cadenciado e sinfônico opunha-se ao silêncio. Um terremoto prazeroso. O apito ecoava. A cortina fumígena deixava o gostoso cheiro da lenha queimada. Foram-se seus tempos gloriosos. Ficaram as saudades. A velha “Maria” não mais viaja pachorrenta pelos trilhos, mas viaja pelos caminhos da alma sobre os
dormentes do coração, das lembranças, talvez mais reais que a própria realidade.”
Quando olho a Avenida de hoje em que a pacata Rua Carapinima se transformou, vejo o desaparecimento da maioria das casas de então, tudo imposto em nome da modernidade nas obras do inacabado metrô de Fortaleza. Não tive a intenção de produzir um documentário, contudo, reconheço que ele deveria existir com a finalidade de preservação da história urbana da cidade. Gosto de escrever explorando idéias e sentimentos. Nas minhas lembranças tudo é tão claro como se fossem visões, mas sou consciente que só posso chegar até o redescobrimento de valores e belezas da vida, aparentemente perdidos no tempo. Espero que alguém possa escrever sobre a Rua Carapinima, até mesmo um romance nos moldes de “Os Meninos da Rua Paulo” do escritor húngaro Francisco Molnár. Este livro que eu li rapazinho, tomado por empréstimo da Biblioteca Circulante do Colégio Sete de Setembro na Avenida do Imperador, onde também estudei, é a saga da meninada dos arrabaldes de Budapeste, em 1889, portanto, no final do século XIX. Esses meninos lutaram firmemente por um terreno, mas nas palavras do autor “ganharam a guerra, mas perderam a terra, porque ali devia subir um arranha-céu”. Gosto do registro do cotidiano, parte integrante da história humana. Gosto de preservar as tradições e os valores do passado, independente de que os fatos tenham contornos diversos e um maior ou menor grau de importância. Retratar o cotidiano é dizer como se comportam os habitantes das cidades. É tratar das múltiplas formas de comunicação humana, dos rumos e linguagens, neste caso, do meu tempo. Identificar a rua é também revê-la, revisitá-la... A identificação da área é somente uma parte da dinâmica de retorno à realidade. Esta dinâmica reforça, na forma e no conteúdo, a fusão entre o tempo passado e o tempo presente. Ver uma parte da rua com a morte decretada pelo ritmo da expansão urbana, é verificar a força dos interesses por um sistema de transporte moderno, contudo, não desapareceu o universo em transformação, aparentemente soterrados, pois persevera nos seus habitantes a importância do humanismo bebido nos nossos lares e escolas e presente na formação de cada um de nós. Não desapareceu o denominador comum, o reviver em torno da Igreja dos Remédios e da Universidade que tanto modificaria o bairro do Benfica.
Igreja e Universidade nortearam as aspirações dos bons pais em relação ao futuro dos seus
filhos. Neste momento, a rua parece um monte de areia e pó, mas examinada pelos olhos
nostálgicos da memória dos que ali moraram ficam evidentes os fundamentos que a tornaram um traço de união de muitas famílias, ligadas tanto geográfica como afetivamente. Cheguei à conclusão que não interessam os rumos truncados, desfeitos e desviados da vida dos moradores da Carapinima. Nenhum desses fatos pode anular a importância do acontecido no próprio ato de fazer e refazer continuamente a ação humana, complementando o curso de uma História maior.
Extinguiram-se as serenatas e as canções de amor passaram a ser objeto de contratos. Onde foi parar o romantismo? Também se cantava na igreja em homenagem aos noivos e em louvação ao Senhor... Essas atividades não passam, hoje, de mais um meio de vida, de sobrevivência.
O silêncio do passado...
As pilhérias dirigidas a alguns personagens que por ali passavam não tinham a intenção de ofender. Alguns apelidos dados eram até bem pertinentes e, às vezes, incorporados pelo próprio personagem faziam com que tudo parecesse uma piada. O Ivan, impecável nas suas
vestimentas, recebeu o apelido de Ivan Cabeção e nunca se aborreceu com isso. De fato tinha a cabeça grande... Claro que em alguns casos as pessoas não aceitavam o apelido. Era o caso do Sr. José Rocha, chamado de Jacaré. Ao vê-lo a turma gritava: “joga o 15 na víspora ou no bingo porque hoje vai dar Jacaré”, e o tempo fechava... De qualquer forma, aquele espaço físico testemunhou relações sociais hoje dispersas, mas mantidas então mesmo com a
influência de padrões culturais diferentes. A esquina era o próprio show, substituindo o
computador e a influência da TV. Aliás, falando-se em show, alguns tinham uma bela voz e
cantavam no melhor estilo romântico de Pat Boone, canções como April Love, Bernardine, Jambalaya. Interpretava ainda canções de Elvis Presley (It’s Now or Never, Love me Tender), Nat King Cole (Unforgettable, Monalisa), Neil Sedaka (Oh Carol, Bad Girl) e dos Beatles (Twist and Shout, Help). Naquela esquina eram marcados muitos encontros entre os amigos para juntos irem às diversas festas de casamentos, aniversários e batizados. Claro que só iam os convidados. Marcadas pela animação essas festas aconteciam no contexto familiar, em alguns casos com festa dançante na sala da frente, e uma boa música na radiola. Mais fáceis de frequentar, eram as festas de bairros, como as quermesses e as festas juninas. No caso das quermesses, figura obrigatória era o irradiador, o que hoje chamamos locutor. O interessante aí eram os recados que ele dava antes de colocar as mensagens sonoras oferecidas por moças e rapazes. Dependendo da situação amorosa escolhia-se a música para esse tipo de comunicação. Nelson Gonçalves era quase sempre o cantor escolhido e as músicas preferidas eram: Boneca de Trapo, Fica Comigo Esta Noite e A Volta do Boêmio. Também Altemar Dutra fazia muito sucesso com Que Queres Tu de Mim, Contigo Aprendi e Brigas. Quando a moça ou o rapaz não queria se identificar, usavam-se as iniciais O.X., ou seja, Ontoim Xofer ou então se usava chamar a atenção de alguém das iniciais 13-12-4 – correspondente à quantidade de letras do nome da pessoa para quem a música era destinada. O alto-falante gritava e aumentava a pretensão de conquistas e, ao mesmo tempo, proporcionava o retorno de amores perdidos e o reatamento dos amores interrompidos.
Em geral eram instalados tanto nos postes como nos galhos de árvores e eram usados não só nas quermesses, mas nos comícios eleitorais. Tentou-se mesmo colocar altofalante nas festas do Sábado de Aleluia quando do animado julgamento do Judas. Dois estudantes de Direito, Expedito e Afonso Nunes de Sena, este mais tarde juiz, exercitavam-se na oratória. Ao julgamento do Judas, seguiam-se festas no bairro, principalmente na casa de
Dona Julia Bandeira e em todas as casas da redondeza havia várias iguarias, como também acontecia nas festas que homenageavam Santo Antonio, São João e São Pedro. Aliás, a Semana Santa era celebrada com rigor. Na Semana Santa as imagens eram cobertas, tal como hoje com tecido roxo. A Páscoa era sacrossanta. Os pais, em sua maioria mandavam os filhos confessar-se na igreja e o jejum e abstinência não podiam ser violados. As rádios tocavam músicas sacras e a visitação ao Horto da Igreja dos Remédios, reproduzia as cenas da Paixão de Cristo. Fazia-se a Via Sacra recordando-se a Paixão de Cristo. Nesta época de pesar não se jogavam peladas na rua e nem havia reuniões na “ágora”. Farra mesmo era o dia de Sábado de Aleluia, quando se queimava o Judas não sem antes se fazer à leitura do seu testamento. A festa do Afonso se realizava num terreno baldio ao lado de sua casa e na leitura do testamento já se sabia que alguns iriam ser atingidos pela rima popular e iriam figurar no rol dos herdeiros. Mesmo com a vigilância dos pais, sempre se podia provar às escondidas um pouco de vinho ou então um pouco de sangria, que era o vinho com água e açúcar.
Já havia advertências sobre o perigo do uso dos balões, contudo eles não eram rigorosamente proibidos até porque não eram tão modernos como os de hoje. Por força dos ventos, os balões vinham da Gentilândia e passavam pelos céus da Carapinima. Com o céu estrelado era um espetáculo maravilhoso, ainda porque cortar papel de seda colorido e pedaços de bambu para armar os balões era um acontecimento na vida da meninada, tal qual fazer as bandeirolas para enfeitar os terreiros onde se dançava a quadrilha. Por conta dos ensaios anteriores das quadrilhas, muitas vezes os flertes já se faziam namoros. Em volta da fogueira a festa era armada. Eram montadas com pedaços de madeiras nas coxias da calçada, e nelas eram assados milhos e batatas doces. Também se levava muito a sério a escolha de padrinhos e madrinhas de fogueira e pelo tempo afora os afilhados tomavam a benção aos
padrinhos. De fato era uma beleza ver a rua toda iluminada com fogueiras e com as roupas
típicas e alegres com estampas coloridas. Nessas festas evitava-se o uso de bebidas alcoólicas.
Serviam-se sucos, refrigerantes e aluá de abacaxi, resultado da imersão das cascas num pote
de barro com água pura por cerca de três dias. Depois de coado podia ser adoçado com açúcar
ou rapadura. Em torno da fogueira, cadeiras na calçada, a conversa fluía sem fim... Comia-se
canjica de milho verde, totalmente diferente da servida no Sul do Brasil, o pé-de-moleque tipo de bolo de massa de mandioca com ovos, manteiga, castanha e açúcar preto, ficando com uma cor escura. Daí o seu nome. Às vezes acontecia um pequeno acidente com os fogos de
artifícios mas eram usados foguetes, traques, estrelinhas e os rabos-de-saia, pois não tinham
direção certa e soltavam fagulhas. As músicas que animavam festas e conversas eram por toda a cidade de Fortaleza os baiões, xotes e xaxados inspirados em temas do sertão e quase sempre cantados por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
Com essa história da minha rua e do bairro onde ela se inseria como núcleo polarizador associado às peculiaridades da Fortaleza de então procuro contribuir para a reconstituição dos costumes, linguagens e fatos da época. Tempo em que o retrato da namorada guardado na carteira de notas tinha escrito o tradicional “não me esqueça”. Estou ciente de que muitas coisas não se pode restaurar, mas o meu propósito ao falar da Rua Carapinima é falar dos tempos de uma cidade mais segura e de um tempo compartido e dividido entre a casa e a rua. O interessante é que nessa rua, nesse bairro conviviam pessoas de vários níveis intelectuais. Ali viveram a escritora Marta Brasil, autora de livros didáticos, a Professora de Canto Dona Guilhermina, o Dr. Antonio Ferreira Antero, um dos engenheiros fiscais da obra do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o famoso farmacêutico José Arthur de Carvalho e Dona Almerinda, fundadora do Colégio Santa Cecília, mais tarde entregue as Damas da Instrução Cristã. Isto sem falar do meu pai Luiz Aragão, contador, professor e autodidata em botânica, além do famoso filósofo Antonio Viana, o famoso fotógrafo Fernando Leitão e o erudito ecologista Guimarães Duque, um dos maiores estudiosos das xerófilas em todo o mundo. Tinha também o Dr. Carlos Ribeiro, proprietário de grande parte dos terrenos do bairro, avô do atual senador e ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, e que era simples, caridoso e generoso. Era um dos tipos mais querido do bairro, chegando a distribuir frutas de seu sítio com os moradores da rua, havia também a Dona Estela, professora que educou muita gente no bairro, irmã de um jornalista, o Sr. Murilo que escrevia para o jornal “O Nordeste”. Não posso esquecer o também jornalista, deputado e presidente do Conselho de Finanças do Município, Antonio de Pádua Campos, que morava num bairro que se confundia com o Benfica, que era a Gentilândia. Bastava atravessar a Avenida Visconde do Cauípe que já estava na Gentilândia. O estudioso de piscicultura Rui Simões de Meneses e sua mulher Mariana, uma grande bióloga. O poeta e professor Antonio Damásio da Cunha e o professor Moreira Campos, da Academia Cearense de Letras e Conferencista na Universidade de Colônia, na Alemanha, sua obra daria um livro. O professor de desenho e trabalhos manuais Jaime Alberto da Silva, pai da folclorista Elzenir Colares. É uma lista inumerável falar de tantas pessoas que tiveram sucesso profissional e moraram naquela rua e naquele bairro."
Paulo Maria de Aragão
(Advogado e professor universitário)
Continua...
Parte I
Crédito: Carapinima: A história de uma rua -Regina Stela Ferreira Moreira
(Formada em jornalismo pela Faculdade Celso Lisboa (Rio de Janeiro)