Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Jornal D. Pedro II / Pedro II - Ano: 1840




D. Pedro II

Orgão conservador, apareceu em Fortaleza em 12 de setembro de 1840. Publicado às quartas-feiras e sábados. Preço da assinatura 500 réis mensais; número avulso 80 réis. Dimensões: 30X 21. Impresso por. Galdino Marques de Carvalho, saia da tipografia Constitucional na rua dos Quarteis. Trazia por epígrafe o verso de Camões:

"Os mais experimentados levantai-os. Se com a experiencia tem bondade para vosso conselho, pois que sabem o como, e quando e onde as coisas cabem."

O 1º número, único com o nome: D.Pedro II, pois do 2º em diante diz Pedro II, insere uma Declaração do Sr. Bernardo Pereira de Vasconcelos, explicando seu procedimento durante as nove horas do dia 22 de julho em que foi Ministro e Secretario de Estado dos Negócios do Império, e o artigo em que o novo jornal se apresenta como orgão da oposição ao governo liberal, que iniciava com a escolha de Alencar para Presidente da Provincia.
O artigo termina assim:
"Em taes circumstancias tendo cessado o periodico 16 de Dezembro, passamos a tomar o nobre posto de opposição legal, e invocando o Augusto Nome do nosso
Adorado Monarcha, cuja bôa fé e imparcialidade não podia deixar de ser surprehendida, sustentaremos a ordem, a Constituição e a Monarchia e os direitos e justiça dos cearenses oppressos."

'Nas pesquisas que emprenendi no Archivo Publico do Rio encontrei o D. Pedro II, que figurou na Exposição do Centenario da Imprensa, segundo promessa a mim feita.'
Barão de Studart

No seu 2º número, o de quarta-feira, 16 de setembro de 1840, o D. Pedro II, jornal da política conservadora, em Fortaleza, passou a chamar-se Pedro II.

Os artigos, que inseriu na edição inicial, foram os seguintes: Lei da Assembléa Provincial nº 22; felicitação dirigida a S. M. o Imperador pela Assembtéa Provincial; voto de agradecimento e gratidão dirigido pela Assembléa Provincial ao Exmo. Sr. Francisco de Souza Martins por uma deputação de cinco membros, de que foi orador o Sr. Manoel José de Albuquerque; resposta de Souza Martins (começa: Se na arida e espinhoza tarefa de governar uma Provincia, qual esta, continuamente perturbada por uma minoria facciosa e insolente); correspondencia; acta da posse de Facundo a 9 de setembro como vice-presidente da Provincia.
Conservou como epígrafe o mesmo verso de Camões trazido pelo D. Pedro II. Saiu da Typ. Constitucional de Albuquerque à rua dos Mercadores nº 10, posteriormente da T yp. Cearense de J. P. Machado, à Praça Carolina nº 29 e depois da casa nº 34 da Praça do ferreira. O preço era de 6$ anuais, passando depois a 12$. Saia a princípio às quartas-feiras e sábados e depois fez-se diário.
Na administração Alencar, a tipografia foi empastelada e os tipos levados em sacos e atirados ao mar. A tipografia funcionava ainda então na rua dos Mercadores, rua de Baixo, rua Sena Madureira, atual Conde d'Eu, e na casa do proprietário Dr. Miguel Fernandes Vieira.
Nessa casa, que faz esquina e olha para a praça da Matriz ou Caio Prado, morou também Conrado Jacob de Niemeyer, o presidente da celebre Comissão Militar.
José Lourenço no seu livro Refutação as calunias do Antônio Theodorico narra assim o quebramento da tipografia doPedro II:

"Chegava o senador Alencar, de Sobral, onde fôra atraiçoado soffrendo vivo fogo. Reune immediatamente seus amigos e Ihes faz sentir seus receios. Nomeia a tres destes chefes de corpos de voluntarios para velarem por sua pessoa dia e noite; e autorisou-os a escolherem cada um as pessoas de sua confiança.
Foi nomeado para o 1º juiz de direito João Paulo, para o 2º e para o 3º seu secretario Frederico Pamplona.
Na noite na guarda deste teve logar o quebramento do prélo.
Eu estava em minha casa, e fui chamado às 10 horas, não sendo anteriormente avisado.
Chegando ao palácio, encontrei apenas meu cunhado João da Rocha (ajudante de ordens da presidencia) o qual passeava fóra do palacio; e ahi o inspector da thesouraria provincial Delermando, o contador da geral Augusto Carlos A. Garcia e seu irmão o tenente-coronel Gervasio.
Soube que o senador, acabando de ler a folha da opposição, dissera que por menos disso quebravam-se typographias no Rio e em alto dia.
Bastou para que os amigos entendessem o recado.
O ajudante de ordens, sendo tambem chamado na occasião em que fui, duvidou que o senador consentisse em um attentado, que devia compromettel-o profundamente. Foi, portanto, do logar da reunião com vistas de impedir a execução desse escandalo, mas tendo lhe sahido ao encontro o Sr. Dr. Miguel Ayres do Nascimento, tenente-coronel Franklin de Lima e outros parentes muito proximos do presidente, immediatamente retirou-se.
Os machados, troando toda a cidade, fizeram o seu officio.
Pouco me demorei no palacio, vendo chegar os senhores acima mencionados com lenços amarrados a cabeça, e em seguida os Srs. Labatut e alferes Brazil armados de machados em companhia de outros muitos.
Não é uma revelação; porque um desses que contrariou o intento do Sr. Rocha, fazendo-se depois de cordeiro, disse ao Sr Dr. Miguel Fernandes logo que chegou o general Coelho que fôra o ajudante de ordens quem capitaneava os soldados que arrombaram sua porta para quebrarem a typographia!!!"

Em 1847, foi esta matéria exposta com todas as circunstâncias e os autores do quebramento não poderam contestar. O próprio senhor Dr. Ayres, hoje desembargador, declarou em sessão pública que fora ele quem capitaneava o grupo.
Entre os redadores do Pedro II, que se converteu em Brasil com o advento da República, além de Miguel Fernandes e companheiros, figuraram, mas já no meu tempo, Gustavo Gurgulino de Souza, Torres Portugal, Luiz de Miranda, Paurilo Fernandes Bastos e Gonçalo de Lagos.
Gustavo Gurgulino nasceu em 22 de junho de 1829 em São Luiz do Maranhão, e veio para o
Ceará muito menino.
Foi deputado provincial em diversas legislaturas, administrador dos Correios, lente substituto de português no Liceu e diretor da instrução pública da Provincia.
Discípulo aproveitado de Ferreira o boticário, foi por muitos anos redator principal do orgão do partido, que nele tinha um dos chefes mais prestigiosos e queridos sobretudo entre os homens do povo, de quem se fazia amar prestando-lhes os auxílios de sua bolsa e seus conselhos de advogado. Vítima de uma lesão cardíaca, faleceu em Fortaleza em 19 de junho de 1879.
De Luiz de Miranda tenho, de seu próprio punho, notas interessantes, as quais assim finalizam:
"No antigo regime militar nas fileiras conservadoras eu redigi o 'Pedro II' desde a morte de Gustavo Gurgulino de Souza até o desaparecimento do jornal, por terem meus correligionários aderido ao regime republicano. Assim isolado entre os meus, retirei-me da politica militante, para continuar a afirmar minha profissão de fé, como monarquista, fiel ao antigo regime."

Joaquim José de Oliveira e Raymundo de PauIa Lima foram os impressores do Pedro II. O 1º entregou-se depois e até a morte a profissão de livreiro com conhecidíssimo estabelecimento na Praça do Ferreira; o 2º abriu casa para impressão de obras na mesma praça, lado oposto, sob o nome de Typographia Economica, que, depois do seu falecimento, ocorrido em junho de 1898, passou a ser propriedade do Tenente-coronel Antonio Joaquim Guedes de Miranda e em 1904 de Joaquim Olympio, que a crismou de Typographia America.



Barão de Studart


Crédito: Instituto do Ceará

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Passeio Público II






Em Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção,
a Câmara reuniu-se, em grande sessão, aos 09 de
janeiro de 1824,
para declarar decaída a dinastia Bragantina.


Foi esse o inicio da revolta
que tantas lágrimas e tanto sangue

custou ao Ceará.


Debandado por José Félix
na contrarrevolução

do


Crato, e proclamada de



novo a Monarquia, ele assumiu a
presidência

da Província, como substituto de


Tristão Gonçalves.


Seguiu-se a perseguição dos principais chefes, a captura dos cabeças do movimento republicano. O Padre Mororó, preso em Fortaleza, à Rua dos Mercadores, hoje Rua Sena Madureira, foi condenado à pena máxima, assim também seus companheiros de ideais Pessoa Anta, Azevedo Bolão, Carapinima e Padre Ibiapina. Foi, então, fuzilado na atual Praça dos Mártires, lado norte do Passeio Público, no dia 30 de Abril de 1825, há cento e oitenta e cinco (185) anos, juntamente com o coronel de milícia João de Andrade de Pessoa Anta.



Vestido na sua alva, indagaram-lhe qual seria o último pedido a fazer; ele levantou o braço flexionando, colocou a mão direita sobre o peito para que fosse feita a mira do fuzil e disse: "Aqui!!!" - tombando já agonizante e, segundo a lenda, a cabeça separada do tórax, espetada no poste em praça pública, comovia a todos que ali passasse. Caiu envolto nas ensanguentada vestes, por tiro fatal de baioneta, compungindo a multidão de assistia aquele heroico e corajoso gesto, que enlutou a nossa Fortaleza, cobrindo funesto e penumbroso manto a todos quanto da noticia tomavam conhecimento. O Padre Mororó - segundo Dicionário Bibliográfico Barão de Studart - era Profundo latinista, com pregador socro, jurisconsulto e, também, botânico.



O Diário do Ceará

Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Melo Mororó - Padre Mororó, exerceu como diretor e redator do jornal "O Diário do Governo do Ceará", de 1824, que ficou desenvolvido nos anais da Imprensa Cearense, publicada pela Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1908.

A ele cabe também a glória de ter sido o secretário na sessão memorável de 26 de Agosto de 1824, chamada de Grande Conselho em que foram proclamadas a República no Ceará e sua completa adesão à Confederação do Equador.

Sua biografia encontra-se com detalhes nos trabalhos do coronel João Brígido dos Santos, intitulados Miscelânea Histórica, 1889, e Biografias, Revista do Instituto do Ceará, 1889, nos de Paulino Nogueira na mesma Revista, ano 1889, pág. 204 e ano de 1894, pág. 18 (págs. 248/9).


O movimento revolucionário

O movimento da Confederação do Equador teve inicio em Pernambuco em 1824, atingindo as províncias do Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e Piauí, cuja mensagem assinada em 02 d e julho de 1824 pelo Presidente da Junta do Governo de Pernambuco, Manuel de Carvalho Paes de Andrade. Eis o conteúdo dessa mensagem:


"O dia fatídico

Assim naquela manhã do dia 30 de abril de 1825, Padre Mororó foi fuzilado na
Praça do Passeio Público. A Rua Dr.João Moreira teve varias denominações - antiga Rua da Misericórdia, Rua Nova Fortaleza, Travessa do Gurgel. No início da rua bem à altura da metade da Praça do Passeio Público, casa grande de nº 243 onde nasceu Dom Helder Câmara, com entrada com corredor lavado na entrada da casa dividida por quatro varandas, duas de cada lado; que serviu também de residência para o proprietário e sua família Dr. Gustavo da Frota Braga, parentes de Dom Helder Câmara, pais dos meus estimados amigos José Raimundo Barreira de Gustavo Braga e Fausto Barreira da Frota Braga, e demais irmãos, por quem sempre tive muito admiração.

O percurso

Padre Mororó, nasceu em Santa Quitéria na povoação do Riacho Guimarães, no dia 24 de julho de 1774, sendo seus pais do Rio Grande do Norte, Félix José de Sousa e Theodora Madeira. Ordenou-se no Seminário de Olinda, onde além dos estudos eclesiásticos dedicou-se aos das ciências físicas e naturais. De volta ao Ceará, foi capelão do lugar Boa Viagem em 1810 e mais tarde 1814 de Tamboril.

Afirma Barão de Studart - in Dicionário Bio-Bibliográfico Cearense as págs. 348 - "Favorecido com a amizade do Governador Sampaio, foi nomeado professor de latim da Vila do Aracaty - 1818, de que se demitiu em Dezembro de 1821, passando então a morar em Campo Grande, outrora Vila Nova D´El Rei, para onde chamou para sua companhia, afim de educá-los ao Cel. Felix José de Sousa, seu sobrinho e Francisco José de Sousa, seu primo que residia em Campo Maior, Capela dos Barros, de Campo Grande passou-se à Barra do Sitiá e depois para a fazenda da Canafistula e Quixeramobim."


p2

Gustavo Barroso

O insigne e ilustre homem de letras da Academia Brasileira de Letras Gustavo Dodt Barroso nasceu em Fortaleza no dia 29 de Dezembro de 1888-2010, teria 122 (cento e vinte e dois anos), filho de Antônio Felino Barroso e Anna Dodt Barroso e neto pelo lado paterno de José Maximiano Barroso e Dª Isabel Alexandrina da Cunha Barroso e avós maternos Dr. Gustavo Luiz Guilherme Dodt e Elisa Dodt. (Dicionário Bio-Bibliográfico Cearense - Barão Studart) dá-nos excelentes subsídios de Padre Mororó.

Como se constata, a Praça do Passeio Público quando de sua origem teve diversas denominações. Por ser uma das primeiras praças de Fortaleza do Século XVIII, teve a denominação - Largo da Fortaleza. Recebeu essa denominação em virtude de ficar ao lado do Forte Schoonenborch, cuja construção se iniciou a 10 de abril de 1649 pelos holandeses do Capitão Matias Beck, dirigidos pelo engenheiro Caar - Praças de Fortaleza, pág. 269. Maria Noélia Rodrigues da Cunha, em "Praças de Fortaleza", tornou-se exímia no detalhe, com profundidade das nossas praças, o que merece o mais elevado respeito à tão valiosa e minuciosa pesquisa tornando inédito, digno do mais alto apreço e admiração por tão valiosa obra elaborada. Outras denominações vieram à Praça dos Mártires.


Na rota do espaço

A Praça do Passeio Público, Largo da Pólvora, Praça dos Mártires, situa-se na parte norte da Cidade de Fortaleza, ao lado direito (leste) do Quartel General da 10ª Região Militar, na Av. Alberto Nepomuceno, Praça da Sé, e, da Rua General Bizerril, fazendo vértices com as quadras das Ruas Floriano Peixoto, Major Facundo, Barão do Rio Branco, cuja praça localizada ao longo da Rua Dr. João Moreira até a Rua Barão do Rio Branco, lado da sombra, onde se situa a casa onde nasceu um dos mais ilustres cearenses - Gustavo Dodt Barroso, vizinho ao Conservatório de Música Alberto Nepomuceno, depois Câmara Municipal de Fortaleza, na esquina da rua Dr. João Moreira, prédio que serviu de residência do Dr. João Moreira. Na outra quadra ao lado o Hospital da Santa Casa de Misericórdia, Rua Barão do Rio Branco de frente para Praça Passeio Público, na descida do gasômetro até a Praia da Draga. Ainda vizinho ao Quartel General da 10ª Região (lado sul) na Av. Alberto Nepomuceno, existiu prédio elevado com pequena escadaria de degraus para dar acesso ao Arquivo Público, antes funcionavam o Instituto do Ceará e o Museu Histórico; e, após demolição ergue-se Edifício com 5 andares, funcionando, por alguns anos, o Fórum Clóvis Beviláqua até sua implosão e transferido para a Avenida Desembargador Floriano Benevides nº 220, no bairro Edson Queiroz.


ZENILO ALMADA



Fonte- Diário do Nordeste

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Use a Cabeça, Bote o Pé na Casa Pio



A rede de lojas é uma das maiores do setor de calçados do País, com atuação em três Estados da Região Nordeste


Casa Pio nos anos 40- Foto de Marciano Lopes

A Casa Pio foi fundada em 1º de janeiro de 1928, na Rua Major Facundo, 242. A primeira loja foi inaugurada por Pio Rodrigues, fruto de sua experiência com empresas do setor. A caminhada de mais de 80 anos prossegue pelas mãos do empresário Clóvis Rolim que assume a direção do grupo em 1975, juntamente com sua esposa Edyr Rolim, atual presidente do Grupo C. Rolim.

Em 1977, o comando da empresa passa para as mãos dos filhos
Clóvis Rolim Júnior e Eduardo Rodrigues Rolim que continuaram a caminhada de expansão até a chegada da quarta geração, tendo à frente Clóvis Neto e Sérgio Rolim. Hoje, a rede Casa Pio é uma das maiores do varejo no setor de calçados do país. São 32 lojas: 17 em Fortaleza, nove em Recife e seis em João Pessoa.

Buscar sempre o novo e o melhor, construindo para transformar e semeando para perpetuar. Esses foram os princípios em que Clóvis Rolim alicerçou sua vibrante trajetória empresarial. Desde cedo cultivou boas sementes. Todas as suas obras são como árvores bem plantadas, sempre fornecendo bons frutos e novas e valiosas sementes.

Clóvis Rolim

"Pa pé pio, pá pé pio, vamos pra Casa Pio, vamos pra Casa Pio!
Querida mamãe, querido papai, no dia da criança eu quero um sapato... da Casa Pio, lá tá assim de ofertas, pa pé piu, vamos pra Casa Pio!"

Ontem e Hoje da Casa Pio da rua Barão do Rio Branco. Nelson Bezerra

Uma das mais antigas redes de lojas do Ceará, a Casa Pio completou, em 2008, 80 anos de fundação e tem motivos de sobra para comemorar. Em plena forma, a empresa se destaca como a detentora do maior número de pontos de venda dedicados exclusivamente ao varejo de calçados e acessórios no Ceará, despontando também como uma das mais importantes em todo o País.

Mas como todo negócio que tem no empreendedorismo o ingrediente principal de seu sucesso, a empresa começou pequena, no fim dos anos 20. O primeiro passo foi dado por Pio Rodrigues, que resolveu começar uma nova vida juntamente com o ano de 1928, que se iniciava. Logo no primeiro dia de janeiro, ele inaugurava a primeira Casa Pio, na Rua Major Facundo, 242. A ideia de montar o negócio veio de seu espírito empreendedor, suportado pela sua experiência em empresas do setor.

Talvez no princípio de tudo ele não tivesse ideia da dimensão que a marca tomaria. Hoje, a Casa Pio é uma das maiores redes de varejo no setor de calçados do país.

Expansão em família

A expansão da rede se consolidou através das sucessões familiares à frente dos negócios da família Rolim. Em 1975, quando a Casa Pio já tinha 47 anos de mercado, a liderança passou às mãos da segunda geração, com Clóvis Rolim assumindo a presidência da rede. Dois anos depois, seus filhos começam a integrar a direção da empresa e começam impulsionar a expansão da empresa, focados em ganho de escala e manutenção do posicionamento de mercado privilegiado, abrindo caminho para a quarta geração: é a vez dos netos que seguem os passos de seus pais e já fazem parte da diretoria da rede varejista.

CASA PIO

Rede que começou com uma única loja no Centro de Fortaleza chega hoje a 32 pontos de vendas em três estados

1,8 milhão de clientes

Uma das primeiras empresas a perceber a importância do crédito para promover a democratização do consumo, a Casa Pio sempre apostou na concessão de financiamentos com prazos elásticos para conquistar seus clientes e facilitar o acesso a seus produtos. Em cada ponto de venda da rede, o crédito pessoal para compras na loja é aprovado, garantindo que ninguém volte para casa de mãos vazias.

Por conta de sua grande capacidade, com presença forte em três estados nordestinos, e da abundância de crédito, amplamente divulgado por meio de campanhas publicitárias que enfatizam a possibilidade de programar as parcelas dentro do orçamento doméstico, a rede conta com um cadastro de 1,8 milhão de clientes ativos.

Exército de vendas

Para calçar tantos pés e agradar tantos consumidores exigentes, é preciso mobilizar um verdadeiro exército. Do negócio que começou familiar, hoje já são 2.600 colaboradores nas lojas, reciclados sistematicamente e motivados por uma política de valorização dentro da empresa.

Para calçar tantos pés e agradar aos consumidores exigentes, a Casa Pio conta com 2.600 colaboradores

Responsabilidade social

No conceito de empresa cidadã, a Casa Pio reafirmou seu compromisso com o bem-estar da população ao doar, em 2008, uma sala de recuperação totalmente equipada para o centro cirúrgico da
Santa Casa, hospital de referência no atendimento à comunidade carente do Estado.

Sinônimo de qualidade no atendimento, variedade de produtos e, principalmente, acesso ao crédito. A Casa Pio faz parte do imaginário do consumidor cearense há mais de oito décadas. Basta citar o jingle “Pá, pé, pio, vamos pra Casa Pio”, que praticamente toda criança e adulto sabem de cor. E o prazo elástico de pagamento, que fez escola no varejo local e a alegria de tantos clientes: 30, 60, 90, 120 dias.

Pelo segundo ano, a Casa Pio conquista o
Prêmio Contribuintes Ceará, entre os maiores recolhedores de ICMS da Região metropolitana. Prova de que sua base de 1,9 milhão de clientes está satisfeita.

Poucas são as empresas do varejo, no
Brasil e no Ceará, que têm uma atuação tão longeva. E sempre pautada na modernização. Mais de 70% do serviço na empresa são automatizados. O objetivo é trazer maior agilidade à clientela.

Propaganda de 2003




Créditos: Diário do Nordeste, Site da loja, You Tube e pesquisas de internet

Vídeo - Fortaleza Belle Époque




Crédito: Eder
NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: