Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fortaleza Esporte Clube - O LEÃO

O Stella Foot-Ball Club - Time que deu origem ao Fortaleza - Arquivo Aquelas Camisas

Fundado em 18 de outubro de 1918, por Alcides de Castro Santos¹, um dos maiores esportistas cearenses, que se apaixonou pelo futebol durante o período em que estudou no Stella Collège na França.

Fortaleza em 1923 - Arquivo Aquelas Camisas


Equipe do Fortaleza Esporte Clube do ano de 1924 - Nirez

Em 1912, o futebol volta a ser praticado em larga escala na Fortaleza da Belle Époque, que tinha a França como ponto de partida para seu processo de civilização e maior inspiradora dos valores e padrões que se difundiram na cidade, onde os filhos da aristocracia realizavam seus estudos.


Fortaleza em 1927 - Arquivo Aquelas Camisas

Em sua volta da França em 1912, o jovem Alcides Santos funda um clube chamado Fortaleza, mas logo seria extinto. Em 1918 no dia 18 de outubro, funda o Fortaleza Sporting Club (primeira denominação do clube) na rua Barão do Rio Branco. Participaram da primeira reunião: Alcides de Castro Santos (primeiro presidente), Clóvis Gaspar, Clóvis Moura, Humberto Ribeiro, Jayme Albuquerque, João Gentil, Oscar LoureiroPedro Riquet, Walter Olsen, Walter Barroso e entre outros tendo as cores do clube: o azul, branco e vermelho originado da bandeira da França.



Fortaleza Esporte Clube de 1947, raríssima imagem. Fortaleza de 1947, em Manaus, no jogo amistoso entre Fast e Fortaleza, que terminou 4 x 3 para os cearenses: Em pé: Jombrega, Rodrigues, Stenio, e Zé Sergio. Agachados: França (que jogou no Rio Negro), Pipiu, Arrupiado, Carlinhos, Piolho e Jorge. Arquivo Botões para Sempre

Em seu primeiro ano de vida, o Fortaleza sagra-se campeão de um dos torneios realizados pela extinta Liga Metropolitana Cearense, dando início à sua trajetória de títulos chegando a duas finais do Campeonato Brasileiro de Futebol Série A, uma final e um quadrangular final do Campeonato Brasileiro de Futebol Série B, conquista de dois regionais e sendo o clube detentor de vários títulos estaduais.



Escudo retrô do Fortaleza, com as iniciais "FEC". O time usou muito este distintivo na saudosa Déc. de 50 e também quando tornou-se vice-campeão brasileiro, da Taça Brasil, em 1960 - Arquivo: Botões para Sempre.


Fortaleza 1957 - Arquivo Botões para Sempre

Alcides de Castro Santos primeiramente fundou em 1912 um clube também chamado Fortaleza, que posteriormente veio a ter suas atividades encerradas. A seguir, participou da fundação do Stella Foot-Ball Club, em 1915 (Stella era o nome de um colégio suíço onde estudavam os filhos de alguns nobres representantes da alta sociedade de Fortaleza). Este clube teve estreita ligação com o Fortaleza Esporte Clube (FEC), principalmente pela presença de Alcides Santos na formação dos dois, tendo o Fortaleza sido fundado em 18/10/1918. Como grande desportista que era, também estimulou e participou da fundação de Riachuelo, Tabajara e Maranguape, todos antes de 1918. Esteve ligado ao Fortaleza EC em seus primeiros 20 anos de história.

Fortaleza, vice-campeão em 1960 - Arquivo Botões para Sempre

Em 1921, o Fortaleza foi bicampeão cearense, com um time-base formado por Peter, Moacir e Riquet; Arnaldo, Bauerfeldt e Djalma Botelho; Clovis Moura, Artur Oliveira, Humberto Ribeiro, Juracy e Clodomir. O artilheiro do certame foi Juracy, do Fortaleza, com 13 gols.

Em 1922, o FEC foi vice-campeão, mas reconquistou a hegemonia cearense em 1923, numa grande final com o América. A time-base era Peter, Moacir e Caranã; Calixto, Nonato e Turíbio; Pirão, Roque, Arthur Oliveira, Juracy e Clodomir. O artilheiro foi, pela segunda vez, Juracy, com 11 gols.

A edição de 1924 foi um passeio. Oito jogos, oito vitórias, 30 gols marcados e 11 sofridos. A campanha terminou com uma humilhante goleada no Ceará por seis gols. Juracy foi novamente artilheiro com 12 gols. Neste ano, o Fortaleza alugou para sua sede, uma sala no Edifício Majestic Palace. O time-base era Peter, Moacir e Caranã; Calixto Nonato e Turíbio; Pirão, Roque, Arthur Oliveira, Juracy e Clodomir.



"Fortaleza pode ser campeão do Brasil", na Taça Brasil de 1960, quando a equipe do "Tricolor do Pici" sagrou-se campeão do Norte/Nordeste e fez a final com o Palmeiras. O POVO -Arquivo Botões para Sempre


Fortaleza Esporte Clube, vice-campeão brasileiro, da Taça Brasil, 1960 - Arquivo Botões para Sempre

Em 1925, um campeonato equilibrado foi decidido somente no jogo extra, quando o FEC perdeu por 2 a 1. No ano seguinte, um campeonato tranqüilo, decidido duas rodadas antes do final, e marcado por diversas goleadas do Tricolor sobre todos os adversários (6 a 2 no Ceará, 6 a 1 no Maranguape, 7 a 1 no vice-campeão Guarany, 9 a 1 no Cutuba). Mais uma vez o artilheiro foi tricolor, com Antônio Oliveira marcando 11 gols. O time-base era Rolinha, Moacir e Correia (Caranã); Zezé, Nonato e Calixto; Xixico, Roque, Arthur Oliveira, Juracy e Pirão.

Mantendo a base do ano anterior, 1927 foi mais um ano tranqüilo para o Fortaleza. Humberto Ribeiro sagrou-se artilheiro com nove gols, e novamente aconteceram muitas goleadas humilhando os adversários, como 4 a 0 no Maranguape, 9 a 2 no Brasil, 7 a 3 no Guarany, 7 a 0 no América e um 8 a 0 no Ceará, esta ocorrida no histórico dia 17/07/1927, com gols de Hildebrando (3), Pirão (2), Xixico, Humberto Ribeiro e Juracy. Até hoje, esta é a maior goleada no clássico cearense. O grande adversário daquela edição foi o Fluminense, único a não perder para o Tricolor. O time-base era Rolinha, Moacir e Correia; Hildebrando, Zezé e Calixto; Xixico, Roque, Humberto Ribeiro, Juracy e Pirão.


1968 - História do Fortaleza Esporte Clube. O POVO - Arquivo Botões para Sempre

O ano de 1932 marcou a volta do Fortaleza ao certame estadual, apresentando um time de atletas mais jovens e com sede mais distante da parte central da cidade. Antigos jogadores tricolores voltaram durante o ano. O time de jovens fez bonito, ficando em terceiro lugar no campeonato.

O título de 1933 foi disputado ponto a ponto entre Fortaleza e
Ceará. O empate nos pontos proporcionou uma partida extra, que terminou em 1 a 1. A segunda partida extra apontou 2 a 1 para os tricolores (marcando Bacurim e Bila, contra Olin). O Fortaleza sofreu apenas uma derrota em todo o certame. O artilheiro foi Bila, com 12 gols. O time-base era formado por Zé Augusto, Francisquinho e Chiquinho; João César, Caboclinho e Mário; Bacurim, Nuvoia (Hildebrando), Bila, Jandir e Vicente. Naquele ano, começou a cobrança sistemática de ingressos para os jogos.

A supremacia do Fortaleza continuou em 1934. Três clubes abandonaram o campeonato após serem derrotados pelo Tricolor: o Liceu (4 a 2), o Gentilândia (6 a 2) e o Ceará (5 a 0). Além disso, o FEC jogou contra o Maguari (5 a 1), Flamengo (4 a 2 e 3 a 2), Argentino (3 a 2) e Sam Christovam (2 a 0). O América foi o grande adversário, com seu ataque de quase 100 gols (contra apenas 44 do Fortaleza). No turno, empate de 3 a 3. No returno, uma surpreendente goleada de 9 a 2 para o Fortaleza, campeão invicto. O artilheiro foi Bila, com 16 gols. O time-base era Zé Augusto, Pé Duro e Zé Felix; Correia, Joãozinho e Mário; Bila, Nuvoia, Zé D’água, Jurandir e Mozart.

Em 1935, o Fortaleza fez péssima campanha, escapando da lanterna apenas por causa da péssima campanha do Argentino.


O Fortaleza Esporte Clube no Maracanã, na final contra o Botafogo em 1968, pela Taça Brasil. O POVO - Arquivo Botões para Sempre

O campeonato de 1941 marca a inauguração do Estádio Municipal Presidente Vargas. As arquibancadas eram de madeira e uma cerca separava o público dos atletas. Mas ele tinha uma importante diferença: era o único campo gramado. Nesse ano, a ADC (Associação Desportiva Cearense) muda de nome para FCD (Federação Cearense de Desportos) por decreto presidencial. O Fortaleza, depois de campanhas ruins nos anos anteriores, chega ao vice-campeonato.

O campeonato de 1942, para o Fortaleza, só durou uma partida. Após vencer o América na estréia, um protesto lhe tirou os pontos conquistados. Como, em situação semelhante, não ocorreu a mesma providência, o Fortaleza abandonou o campeonato, sendo seguido por outros dois clubes, fazendo do mesmo um fracasso para os três restantes. O ano de 1942 marca também a única mudança de nome do Fortaleza. Numa onda nacionalista, ocasionada pela guerra, vários clubes retiraram os nomes estrangeiros dos clubes, notadamente quando faziam referência aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). O Fortaleza, apesar de ter nomes ingleses, muda de Fortaleza Sporting Club para Fortaleza Esporte Clube, como outros clubes Brasil afora também fizeram.



Fortaleza Esporte Clube 1973. Primeira partida do estádio Castelão, contra o Ceará, pela Primeira Divisão do Nacional - Arquivo Botões para Sempre

Em 1951, o Estádio Municipal (PV) foi fechado para reformas. Como alternativa, todos os jogos do campeonato foram disputados no Estádio Carlos de Alencar Pinto. A FCD ainda fez um empréstimo de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros), valor considerável, ao Ceará Sporting, para ajudá-lo no tratamento ao dito estádio. O vencedor do certame foi justamente o clube agraciado com tal benesse. O detalhe foi que tal equipe só não conseguiu derrotar um adversário: o Fortaleza, com quem empatou em 3 a 3.

Em 1952, o FEC foi terceiro lugar, numa campanha discreta, mas o artilheiro foi Moésio, filho do Coronel Mozart Gomes, com 10 gols. O Cel. Mozart foi um homem de extremado amor ao Fortaleza, e teve dois filhos que brilharam com a sagrada camisa tricolor: o já citado Moésio e seu irmão mais novo, Mozart Filho. Este é considerado por muitos desportistas, o maior craque que já jogou em clubes cearenses em todos os tempos. Uma das muitas histórias sobre o Cel. Mozart fala da renovação do zagueiro Sapenha, também personagem de muitos outros causos. Os valores recebidos pelos atletas naquela época eram muito diferentes dos de hoje. A maioria, quando não conseguia emprego público ao encerrar a carreira, ficava na miséria. Pois Sapenha resolveu que só renovaria contrato se lhe dessem uma geladeira, artigo de luxo para a época. No dia seguinte, Cel. Mozart apareceu na sede do Fortaleza com uma geladeira, usada, mas em bom estado. O problema de Sapenha estava resolvido.



Fortaleza Esporte Clube 1973. Estádio Presidente Vargas (PV) - Arquivo Botões para Sempre

Em 1968, depois de um jejum de 16 anos sem títulos, o Ferroviário toma o bicampeonato do Leão. Mas, no âmbito nacional, o Fortaleza volta a brilhar. A Taça Brasil de 1968 durou mais de um ano. Começou em 04/08/1968 e foi decidida em 04/10/1969. O Fortaleza mais uma vez não joga as primeiras fases, graças a seu nome e prestígio. Moto Club-MA, Paysandu-PA, Olímpico-AM, Piauí-PI, América-RN, Campinense-PB, CSA-AL e Bahia-BA disputam o privilégio de enfrentar o Fortaleza. Nosso adversário é o Bahia, que elimina CSA, Sergipe e Moto. O FEC perde por 1 a 0 em Salvador, mas devolve a derrota pelo mesmo placar em Fortaleza. O jogo-extra aponta nova vitória do Fortaleza, agora por 2 a 1. Nosso adversário na semifinal é o Náutico, hexacampeão pernambucano e vice-campeão brasileiro do ano anterior. O Tricolor vence por 2 a 1 em casa, mas perde também por 2 a 1 no Recife. O jogo-extra, fora de casa, parecia selar o destino leonino, mas o Tricolor de Aço vence por 1 a 0, credenciando-se mais uma vez a decidir o título máximo nacional. O adversário era o Botafogo, do Rio de Janeiro. No primeiro jogo, empate em 2 a 2, numa grande atuação do time tricolor. Na segunda partida, o Botafogo é campeão vencendo por 4 a 0 e jogando com Cao, Moreira, Chiquinho (Leônidas), Moisés e Valtencir; Carlos Roberto e Afonsinho; Rogério, Roberto, Ferreti, Paulo César. Jairzinho, contundido, não jogou a final. O Fortaleza formou com Mundinho, William, Zé Paulo, Renato e Luciano; Joãozinho e Luciano Frota; Garrinchinha, Lucinho, Erandir (Amorim), Mimi. 

Com exceção de Mundinho, Garrinchinha e Erandir, o Fortaleza dispensa todos os atletas “estrangeiros”, ou não cearenses, do elenco e vários juvenis são promovidos no ano de 1969. José Raymundo Costa, o presidente de então, chama Moésio Gomes, dos juvenis, para assumir a direção técnica. Dá tudo certo. Com apenas uma derrota, o Fortaleza vence os três turnos e é campeão arrastão. A política criticada é vencedora. O artilheiro foi Erandir com 15 gols. O time base era Mundinho (Gilberto), William, Zé Paulo, Renato e Luciano Abreu; Luciano Frota e Joãozinho; Garrinchinha, Mozart (Lucinho), Erandir e Mimi.



Fortaleza Esporte Clube 1974 - Arquivo Botões para Sempre

Em 1980, o Fortaleza começa o ano na Taça de Prata (2ª divisão brasileira). No grupo C da primeira fase, a equipe fica em segundo lugar do grupo. Na segunda fase, novamente o segundo lugar, mas só o primeiro colocado se classificava para a final (foi o Botafogo-SP). No final, o Fortaleza é o 11º colocado, entre 60 concorrentes. No cearense, campanha fraca, e nenhum turno ganho. O 3º turno poderia ter sido leonino com a vitória, por um placar mínimo, do Ceará sobre o Ferroviário. Mas o Ceará colocou um quinto amador em campo propositalmente, para perder os pontos do jogo. O Fortaleza protestou contra a manobra, mas o TJD foi conivente. O STJD não foi. A “abertura” foi punida e o Ceará perdeu a vaga na Taça de Ouro (1ª divisão brasileira) para o Fortaleza.

Naquele ano é concluído e “reinaugurado” o Estádio Castelão
, com o maior público pagante de sua história: 118.496 pagantes (Brasil e Uruguai). É daquele ano também o maior público entre clubes do campeonato cearense: 59.780 pagantes para Fortaleza e Ceará.

Caderno de Esportes de "O Povo" - 1975. Fortaleza e Ceará -Arquivo Botões para Sempre

Em 1984, o FEC fez um belo papel no Campeonato Brasileiro. Na primeira fase, o time se classificou no grupo A, vencendo Vasco da Gama e São Paulo. Para a segunda fase, a equipe caiu no grupo K, com Santos, Palmeiras e CRB. A estréia foi contra o Santos, na Vila Belmiro, num empate em 1 a 1. Depois, no estádio do Morumbi, contra o Palmeiras, uma vitória por 1 a 0. O time se classifica novamente, junto com o Santos. Na terceira fase, novamente no grupo do Vasco (vice-campeão brasileiro daquele ano), mas sem grande desempenho e sendo eliminado. Ao final, o FEC terminou com o 15º lugar num campeonato com 41 clubes. O destaque da equipe no campeonato foi o goleiro Sérgio Monte. Com grandes atuações, tornou-se líder da Bola de Ouro, prêmio conferido ao melhor atleta do campeonato. O goleiro do Vasco, Roberto Costa, teve que ‘merecer’ cinco notas 10, além de duas notas 9, nos seus últimos sete jogos, e receber um bônus de 0,2 na média final por ser finalista, para, mesmo com isto tudo, apenas empatar na média com o goleiro tricolor. Sérgio Monte acabou sem nada, porque tinha jogado algumas partidas a menos na competição. Foi uma grande injustiça. Este excelente goleiro surgiu nas categorias de base, e esteve cogitado para militar no São Paulo FC. Uma perna quebrada em um lance casual abreviou sua curta, mas marcante carreira. A saída de Ney Rebouças e seu grupo de amigos no segundo semestre torna o time fraco para o estadual, embora termine o campeonato no segundo lugar.


Fortaleza Esporte Clube 1982 - Arquivo Botões para Sempre

1990 é o ano de Pedro Diniz, Racinha e Bugrão. Ainda assim, o FEC é vice pela segunda melhor campanha, mas sem decisão de campeonato. Para o segundo semestre, o Campeonato Brasileiro, no qual o time é relegado à terceira divisão. No Grupo A, o FEC se classifica em segundo lugar (junto com o Paysandu). Nas quartas-de-final, o adversário é o América-RN, com quem o Leão empata em casa e perde po 1 a 0 fora. O Tricolor termina o certame em sétimo lugar, dentre trinta clubes.

Em 2001, o Fortaleza repetiu a boa atuação do ano anterior e mantendo a base do time, com o goleiro Maizena, o volante Daniel Frasson, o meia Bechara e o atacante Clodoaldo, conquistou o bicampeonato arrastão, novamente em cima do Ceará Sporting. Depois de ter conquistado o primeiro turno pelo Leão, o ídolo da torcida Ferdinando Teixeira saiu para a chegada do técnico Luiz Antônio Zaluar, que conseguiu manter o mesmo padrão de qualidade na equipe, inclusive mantendo o tabu, iniciado em 1999, de não perder nos Clássicos-Reis (foram 16 jogos de tabu). Enfim, o Fortaleza foi superior durante todo certame e sagrou-se campeão arrastão sem dar chances aos adversários. Venceu o Ceará na final do segundo turno por 3 a 1, com dois gols de Vinícius e outro de Clodoaldo e levou o trigésimo segundo titulo para o Parque dos Campeonatos e a décima sexta partida sem derrota para o Ceará. Clodoaldo foi o artilheiro do certame com 16 gols.

Nesse mesmo ano, o Fortaleza fez brilhante campanha na Copa do Nordeste, liderando a competição por várias rodadas, sendo eliminado na semifinal pelo time do Bahia, numa partida disputadíssima na Fonte Nova, em Salvador. Na Copa do Brasil, o Tricolor fez a melhor campanha da sua história, eliminando adversários como o Sampaio Corrêa, Bahia, Internacional, e caindo somente nas quartas-de-final, para a Ponte Preta. No Campeonato Brasileiro da Série B, a equipe oscilou e fez apenas uma campanha razoável. Com o time brigando para não ser rebaixado, a diretoria trouxe de volta Ferdinando Teixeira, que comandou uma incrível reação. Foram nove partidas sem derrota na reta final. Por apenas um ponto, o Leão não conseguiu a classificação, terminando em quinto lugar do grupo.


Na Copa do Brasil, o Fortaleza foi eliminado pelo Guarani, ainda na segunda fase da competição. Na Série C, o tão sonhado acesso foi adiado. Mesmo invicto, o Fortaleza terminou em terceiro no grupo A e foi eliminado da competição. Pelo Campeonato do Nordeste, o Tricolor fez campanha pífia e se salvou do rebaixamento na última rodada, após vitória contra o Fluminense, em Feira de Santana. O gol da vitória foi de Paulo Isidoro, de cobertura, aos 48 minutos do segundo tempo.



O Mascote

Leão, símbolo da força, determinação e da raça tricolor é o mascote do Fortaleza Esporte Clube, e quem mais contribuiu para popularizar o apelido foi o jornalista Vicente Alencar. Após a transferência da sede do Clube da Gentilândia para o Pici na década de 1960 passa a denominar de Leão do Pici, referência ao bairro onde está localizado o Parque dos Campeonatos
.

Uniformes:

As cores do uniforme do Fortaleza, o vermelho, o azul e o branco, foram inspiradas nas cores da bandeira da França, país onde Alcides Santos, seu fundador estudava.


2005


2007


2008


2009


2010


¹Alcides Santos nasceu em 04/11/1889, filho do político e professor Agapito dos Santos. Estudou na Europa de onde trouxe a paixão pelo esporte bretão. Foi próspero comerciante, sendo sócio e fundador de diversas empresas cearenses, além de primeiro representante da Ford Company no Brasil. Foi fundador da Sociedade Cearense de Filatelia e Numismática. Comprou e doou ao Fortaleza o campo do Alagadiço (próximo de onde hoje é a Igreja de São Gerardo), além de construir o Campo do Prado (onde se situa a Escola Técnica Federal) e doá-lo à ADC (Associação Desportiva Cearense, fundada em 23/03/1920, sob sua liderança). Trouxe o primeiro atleta de fora do estado para jogar oficialmente em Fortaleza - Nelsindo em 1919. Além disso, foi atleta de remo do Flamengo, quando sua família morou no Rio de Janeiro, acompanhando seu pai, à época deputado federal.


x_3b8097de

Créditos: Site oficial, Wikipédia, Botões para Sempre, Aquelas Camisas


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pirata Bar - A Segunda-feira Mais Louca do Mundo


A casa, que funciona às segundas-feiras, tem fama internacional, e recebe, segundo administração do bar, cerca de 2,3 mil pessoas por noite.


Primeiro dia de Pirata - 21/11/1986

O Pirata Bar é uma casa de show temática localizada na Praia de Iracema, bairro histórico de Fortaleza. Também conhecido como Forró do Pirata, é um dos principais destinos turísticos do Ceará.


Família Trindade - Dez. 1987

A casa, que só abre nas noites de segunda-feira, recebe, em cada festa, um público estimado entre 2,5 a 3 mil pessoas, de todas as idades e de todas as partes do mundo.

Os 2000 m² de área do Pirata Bar são ocupados por um palco, uma pista de dança ao ar livre, mesas, espaço para circulação, loja da Boutique do Pirata e balcões de atendimento. Sua arquitetura faz alusão a uma vila nordestina de casinhas coloridas, com um navio pirata atracado ao fundo. A decoração, os adornos e a indumentária dos garçons também remetem à temática da pirataria.

Grupo Raça de Teatro - Suzana e o Trafego de Cenas. 1º Espetáculo no Pirata – Dez. de 1986

O Pirata Bar foi fundado em 21 de novembro de 1986, como Pirata Bar & Restô pelos sócios Júlio e Rodolphe Trindade, pai e filho, o Pirata Bar é um empreendimento cultural e turístico que incorpora, com ecletismo e irreverência, a festividade brasileira, tradições locais e a identidade cultural do Ceará.

1ª Semana de Funcionamento do Pirata

1ª Semana de Funcionamento do Pirata

A proposta, aliada à originalidade da casa, não demorou a chamar a atenção do público fortalezense, que elegeu o Pirata como o local preferido no bairro boêmio da cidade, a Praia de Iracema. No palco, artistas como Leila Pinheiro, Belchior, Oswaldo Montenegro, Edson Cordeiro, Adriana Calcanhoto, Gonzaguinha e mais de 50 grandes nomes da música brasileira. Era o projeto Piratas da MPB. Também passaram pelo Pirata peças de teatro, exposições, desfiles, o I Festival de Música Brega, premiado com o Nobel de Medicina Ortopédica graças à Almofadinha Contra Dor de Cotovelo, e o I Campeonato Mundial de Futbar
(futebol praticado em bar), entre mil e outras brincadeiras realizadas no Pirata.



Carnaval no Pirata - ao fundo, Júlio e Rodolphe Trindade

Antigo Palco Pirata. De 1988 a 1994
                                
A Segunda-feira


A Segunda-feira Mais Louca do Mundo, famosa no mundo inteiro, surgiu de um acontecimento comum ao Pirata: agradar seus clientes.


Lambada Pirata nas noites de segunda, início dos anos 90

Era dia 5 de janeiro de 1987. Uma senhora da sociedade local quis comemorar seu aniversário com as amigas no Pirata. Apesar de ser uma segunda-feira, Júlio Trindade abriu a casa com todo o staff e empolgação dos dias normais do Pirata.



Construção do Navio Pirata

Construção do Navio Pirata

Construção do Navio Pirata

Construção do Navio Pirata

Ao som de forró de LP, fita cassete e vitrola, o singelo aniversário – com direito a chapeuzinhos da Turma da Mônica e a presença de um casal de palhaços holandeses que estava pela Praia de Iracema – tomou ares de festa. No entanto, havia poucos homens entre os convidados. Não se tinha com quem dançar! Júlio Trindade não pensou duas vezes: chamou garçons, seguranças e até o cozinheiro para o salão e todos se fizeram pares de dança.



O Navio Pirata - Foto Elizabeth Soares


Resultado? A noite foi um sucesso! Tanto que os convidados quiseram repetir o "aniversário" na semana seguinte. O encontro, com o tempo, foi batizado de Chá Dançante da 2ª feira.


Rodolphe e Júlio Trindade

Em fevereiro do mesmo ano, a segunda-feira passou a contar com o forró pé-de-serra do sanfoneiro Azeitona e, no dia 12 de junho, para completar a festa, foi chamada uma segunda banda, a Alta Tensão, do cantor Armando Telles, atual líder vocalista da Banda do Pirata.



E assim, pouco a pouco, de boca-em-boca, se foi criando a tradição de ir ao Pirata Bar na segunda-feira, onde a noite é mágica e só termina quando o último "sobrevivente" deixa o salão.

A fama da casa correu o Brasil e o mundo, sendo notícia no jornal The New York Times. É por isso que se diz: "Vir ao Ceará e não conhecer o Pirata é como ir a Roma e não ver o Coliseu"

Prêmios

Década de 90

  • Prêmio Top Image, na categoria Local de Entretenimento Noturno, através de voto popular, em 1996, 1997 e 1998. 

  • Prêmio Parceiros de Visão, no segmento Entretenimento e Lazer, da Secretaria de Turismo do Ceará (Secult/CE), em 1998 e em 2004. 

  • Homenagem como promotor da cultura nordestina da Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da extinta Funcet (Fundação de Cultura, Esporte e Turismo), hoje Secultfor (Secretaria de Cultura de Fortaleza), em 2005. 

  • Troféu Visão Social, do Consórcio Social da Juventude de Fortaleza (CSJ) por sua adesão ao Programa Primeiro Emprego (PNPE), do Ministério do Trabalho e Emprego (ME), em 2005 e em 2006. 

  • Certificados de Personalidade Junina. 


  • Prêmio Personalidade Turística 2007, da ABIH-CE (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira do Ceará). 

  • Selo de Responsabilidade Cultural 2009, da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE). 

  • Selo Empresa Amiga da Criança, da Fundação Abrinq. Desde 1997, o selo é anualmente renovado. 

 Foto de   Paulo Yuji Takarada


 A Banda do Pirata:




A segunda mais louca e animada do mundo:


Além do Pirata Bar, o Grupo Pirata é formado pela Fundação Pirata Marinheiros, que desenvolve ações sociais junto a comunidades na Praia de Iracema, Amontada e Itapipoca, pela Pirata Brasil, produtora de eventos culturais e náuticos, e pela Boutique do Pirata, que comercializa produtos e suvenirs da marca.

A família Pirata

O Pirata é afiliado à FCVB (Fortaleza Convention & Visitors Bureau), à ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de Eventos), à ABIH-CE (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira do Ceará) e à ABRASEL (Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento).


O Pirata Bar foi tema de reportagens do The New York Times, que intitulou sua festa como “a segunda-feira mais louca do mundo”, e da Rede Globo, que produziu mais de 10 transmissões ao vivo somente para o Jornal da Globo. Outros veículos midiáticos, entre revistas, jornais e canais de tevê, de todos os cantos do mundo, também noticiam o Pirata.

Famosos no Pirata:

Júlio Trindade e Banda Lord K.

Júlio Trindade e Nelson Ned - show no Pirata no início dos anos 90

Beto Barbosa e Júlio Trindade

 Rodolphe e Compadre Washington

 Seu Jorge

 Daniel, Dado Dolabella e Rômulo

 Gugu Liberato

 Ator Danton Mello

 Júlio e Rossicléa

 Sabrina Sato

 Tiririca com a esposa e Angelo Vinicius


Paulo Diógenes e Ciro Santos


 Zilú e Zezé de Camargo

 Luciano e a esposa

 Eliana

 Luiz Fernando Guimarães

 Renato Aragão

 Belchior


Pirata Bar
Rua dos Tabajaras, 325 – (85) 4011-6161
Segunda, a partir das 20h.



x_3b7dbc2f

Créditos: Rogério Paulo Almeida, www.pirata.com.br, Wikipédia 
Fotos antigas:  Fan Page do Pirata

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: