Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

domingo, 11 de novembro de 2012

Fortaleza e o Mar



Entender a ligação da cidade de Fortaleza com o mar, é compreender o relacionamento dos pescadores com o mar, os quais vieram muitos da zona litorânea fora da capital e também do sertão, pois o bairro do Mucuripe, possuía e possui muitos pescadores provenientes dos municípios de Acaraú, Caucaia, Cascavel e Aracati que vislumbravam melhor condição de pesca, sustento da família e de fazer negócios em Fortaleza.


Ainda quanto à maritimidade, mesmo considerando que, historicamente, a cidade de Fortaleza se desenvolveu de costas para o mar e que o conceito de maritimidade “seja mais forte quando aplicado aos moradores com seus costumes em ilhas oceânicas e não especificamente no continente”, Diegues (1998), é importante fazer-se uma analogia quanto às práticas econômicas, sociais e simbólicas dos atores sociais com a Praia do Futuro e bairros vizinhos; principalmente, em função das transformações acontecidas nos últimos anos, na
faixa litorânea da Capital, quando as técnicas, o poder financeiro, as modificações dos agentes socioeconômicos transformaram-se. É como diz o senhor Possidônio Sousa Filho, que trabalha na Colônia Z-8 na Avenida Dioguinho, em entrevista em março de 2005:

"Aquela figura que vivia na praia e pegava sua jangada e ia para o mar, desapareceu. Por força da especulação imobiliária o pescador mora até em Messejana a quilômetros do litoral. Esta relação do pescador com seu meio ambiente foi radical por força do poder econômico e a evolução do próprio tempo, e as coisas se modernizam, e onde há modernidade há o poder
econômico que predomina, mas a vida social não mudou muito, apenas a relação do pescador com a previdência social teve alguma melhora, antigamente para um pescador se aposentar era uma dificuldade." 

Vila do Mucuripe, onde, ao longe se vê o movimento do incipiente Porto na década de 1940. Foto do Museu do Ceará

O bairro do Mucuripe reflete bem, na década de 1950, o relacionamento dos pescadores e suas famílias com o mar, vinculação mudada gradativamente, como relatado pelo presidente da Colônia Z-8, no entanto, àquela época, as atividades comerciais demonstradas pela partida dos homens de madrugada em busca do sustento da família, com suas jangadas de piúba de seis paus, e na venda do produto excedente no final da tarde, vista da Praia do Mucuripe na década de 40, eram característica que não existe mais. A participação da mulher no cuidar da casa e dos filhos, aliando-se a isso a
prática da confecção da renda e do labirinto, configuravam uma interação em todos os setores dos habitantes, refletindo um sentimento de maritimidade que outros chamam de sentimento praieiro, proveniente de muitos anos no bairro. 

Casebres na região da praia próxima ao antigo porto de Fortaleza. Arquivo H. Espínola

O mar é o personagem maior da gente do Mucuripe, como de todo praiano.  Dele tira o sustento, depende de suas entranhas para viver. E é dessa interação do homem com o mar que se compõe o contexto da história dessa comunidade. Ela conhece o mar...até certo ponto. Mas teme os seus mistérios. Sabe de seus riscos, dos seus caprichos. Pescador confia desconfiando do mar. Amigo íntimo, sim, mas que não admite certos descuidos. (GIRÃO, 1998:61).
As práticas dos pescadores e suas famílias expressas em sua religiosidade, superstições, personagens folclóricos, na luta da comunidade para alcançar progressos para o bairro em movimentos populares, as atividades de lazer à beira-mar, desde o mais simples piqueniques nos primórdios do Mucuripe até a primeira barraca a oferecer bebida, peixe  assado e aluguel de calção de banho, mostram o quanto à comunidade do Mucuripe é emblemática quando se fala de maritimidade. 

Acervo de Carlos Juaçaba

E, pela proximidade, os bairros contíguos do Farol, Serviluz, do Morro de Santa Terezinha e a própria Praia do Futuro possuem relações de vínculos com o bairro do Mucuripe e, naturalmente, com o sentimento de maritimidade. Entender a cidade de Fortaleza e seu relacionamento sertão-mar é captar os valores identitários como cada um de seus habitantes interage com a Cidade. Sendo assim, mesmo os provenientes do restante do Estado e os que já habitavam Fortaleza exerceram uma lógica baseada em princípios que aos poucos se vão amalgamando, criando outros conceitos. 

Aí pelos anos 40/50, a praia do Mucuripe, então poético recanto de pescadores, passou a receber uma  população estranha, procedente de outros pontos da cidade e do interior. O velho problema habitacional, agravado pelo êxodo de populações tangidas pela miséria dos camposgerava o fenômeno que se chama atualmente de favelização. O romântico e 
íntimo esconderijo de velhos homens do mar fizeram-se caótica albergaria de gente de doutras origens e de outros costumes. Em meio a essa desordem urbanística, implantou-se ai também a prostituição. (GIRÃO, 1998:32).

Especificamente na praia do Futuro, a prática da maritimidade existe por parte de pescadores que moram no Conjunto São Pedro e pessoas que, mesmo não sendo pescadores, vivem de atividades comerciais junto à pesca. Sendo assim, existem os que trabalham fabricando manzuás, redes de pesca e, quando no período de defeso da lagosta, trabalham em outras atividades que não sejam a pesca. Essas atividades são chamadas por eles atividades em terra, como de: 
servente de pedreiro, pedreiro, garçons em barracas de praia ou até mesmo pintando barcos
O fundamental é entender que, nos bairros, principalmente no Serviluz e no Farol, há grande atividade comercial, onde se sobrevive direta ou indiretamente da pesca, e a praia do Futuro, como limítrofe, também produz a sua parte, aumentando em direção ao rio Cocó na Praia do Caça e Pesca.

Construção da Avenida Beira- Mar - Jornal O Povo 18/12/1963

O perfil do pescador modificou-se nos últimos 40 anos. Esta transformação repercutiu não só na venda de terrenos nas margens da Avenida Beira-Mar, pois, com a construção da própria Avenida, também foi transformado o perfil social do pescador, não financeiramente, mas na possibilidade do jovem filho  de pescador procurar outras  atividades em terra para 
sobrevivência, pois a vida  do pescador não é muito fácil, como fala o senhor Possidônio, em entrevista em março de 2005: 

"A vida do pescador é muito sofrida, é um homem enfrentando as procelas do mar, que são violentas, a tempestade, também a falta do vento, que é o oposto. Tudo isso o jovem pensa, vê alguma facilidade em terra, ele não se arrisca mais em ser um pescador profissional, pode até iniciar e depois se afasta, mas alguns ainda têm no sangue o desejo de querer ser pescador." 

A Praia do Futuro ainda deserta nos anos 50 - IBGE

Falar em maritimidade, no entanto, não é apenas referir-se aos pescadores e às pessoas que trabalham em terra, em atividades vinculadas à pesca, pois os ambulantes, que são em torno de 2500, segundo a PGRU (Procuradoria Geral da União), possuem importância na sua sobrevivência que retiram na venda de seus produtos na faixa litorânea, além deles, os  barraqueiros que interagindo com frequentadores ocasionais, turistas,  empresários do ramo da hospedagem, marisqueiros do Caça e Pesca, todos esses atores sociais têm diferenciadas 
relações com o mar, extraindo dele a  sobrevivência ou interagindo com seus frequentadores, ofertando seus produtos, auferindo lucro pela paisagem natural, desenvolvida por diferentes meios de hospedagem. Sendo pode-se afirmar que estes outros personagens citados anteriormente, e não apenas os pescadores, possuem um sentimento indireto de maritimidade com a Praia do Futuro

Barracas típicas de tábuas na Praia do Futuro - Jornal O Povo 09/03/1983

A região da Praia do Caça e Pesca possui, mesmo de uma maneira menos intensa, pessoas que  sobrevivem das atividades pesqueiras, ou pescando para a subsistência, ao que se alia uma  cultura agrícola, ou a atividade da pesca do peixe e do marisco aliada à outra atividade urbana como: atuar de pedreiro, pintor ou com pequenos comércios, ou fabricando instrumentos para a pesca.  



Crédito: Praia do Futuro - Formas de Apropriação do Espaço Urbano - Pedro Itamar de Abreu Júnior

sábado, 10 de novembro de 2012

Selo Versatile Blogger


Oi amigos!

Hoje recebi o selo Versatile Blogger do amigo Marcelo Bonavides, do maravilhoso blog Estrelas que nunca se apagam. Fiquei muito feliz do blog ter sido escolhido no meio de tantos blogs legais! Valeu!  


Agora que fui agraciada com esse selinho, preciso dizer 7 coisas sobre mim e claro, presentear outros blogueiros.

1 - Bom, no ano que eu nasci (1978) deu-se a inauguração da nova Catedral de Fortaleza, tendo o padre Tito Guedes à frente de suas obras e como Arcebispo Metropolitano Dom Aloísio Lorscheider
É um templo neo-gótico, inspirado na catedral de Colônia, com capacidade para abrigar 5.000 pessoas.


Acervo de José Garcia Martinez. Foto dos anos 70

Um pouco de história:

Em 20 de abril de 1701, a Câmara da Vila de São José de Ribamar resolve mudar a vila do lugar junto a Fortaleza para a barra do Rio Ceará.
A primeira vila do Ceará foi Aquiraz.
A Ordem Régia de 16 de fevereiro de 1699 resolvia sobre a construção de uma igreja que foi a primeira capela-mor da Matriz de Fortaleza (Catedral), cuja construção foi autorizada por Ordem Régia de 12 de fevereiro de 1746.
A igreja foi terminada por volta de 1795, mas em 1820 foi demolida e em seu lugar levantada uma outra que foi inaugurada após 34 anos, em 1854.
A Ordem Régia de 16/02/1699 resolvia sobre a construção da primeira capela-mor de Fortaleza cuja construção foi autorizada em 12 de fevereiro de 1746 por outra Ordem Régia.
A construção foi iniciada em 21 de outubro de 1753 e terminada em 1795, mas em 1820 a capela-mor foi vistoriada pelo mestre carpinteiro Francisco José da Silva, o mestre pedreiro Braz Quentão e o administrador das obras da Vila, Antônio Simões Ferreira de Faria, em virtude de rachaduras surgidas no arco, ficando resolvida sua demolição para construção de uma outra.
As peças sagradas foram transferidas para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário que só retornaram no dia do benzimento da nova matriz no dia dois de abril de 1854 era a igreja de São José, que serviu de Catedral quando houve o desmembramento da Diocese de Pernambuco e foi criada a do Ceará.

Postal raro da inauguração da Catedral em 1978

Em 1938 novamente sob a alegação de que estava para cair, foi esta também demolida e a pedra fundamental da atual Catedral foi lançada em 15/08/1939 à época do arcebispado de Dom Manuel da Silva Gomes, que chegou a viajar a sua terra natal, Bahia, para não deixar derrubar uma igreja, mas nossa ele demoliu sem pena, destruindo a "contemplação do cruzeiro de frei Serafim de Catania, onde os fiéis aprendiam simbolicamente os episódios da paixão e ao pé do qual toda a gente rezava comovida as ladainhas de Nossa Senhora, em maio, o responso das almas, em novembro.
Não se concebe a destruição de uma obra dessa natureza", disse Gustavo Barroso.
Sua construção demorou mais do que o esperado, pois logo veio a Segunda Guerra Mundial, o castigo das grandes secas, a descrença do povo devido à demora, até que no dia 22/12/1978 inaugurou-se. (Fonte: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez)

2 - Ainda bebê, fomos morar (meus pais, meu irmão mais velho e eu) na Água Fria. Lembro que o Shopping Iguatemi ainda estava sendo construído e assim que foi inaugurado, toda tarde mamãe nos levava para passear no novo shopping. Lá, tive o prazer de ficar pertinho da Turma do Didi, do Daniel Azulay, Turma da Mônica (a do Maurício de Souza)... E teve um dia q fomos assistir a um desfile e meu irmão pegou na mão de uma modelo loirinha q só anos depois, fui saber que se tratava da então modelo Maria das Graças (Xuxa).

Eu completando 1 aninho nos braços de mamãe. Meu pai ao lado e meu irmão em pé na cadeira.

Nessa época, a Água Fria tinha algumas casas de conjunto e muito mato. rsrs 

Um pouco de história:

Construção do Iguatemi no final da década de 70 - Arquivo do amigo Assis de Lima

Em 02 de abril de 1982, o Shopping Center Iguatemi é o segundo a ser inaugurado no Ceará, sendo um dos maiores do Brasil, com 110 mil m2, 130 lojas, e estacionamento para 2.500 veículos, com endereço na Avenida Washington Soares nº 85, na Água Fria.
Propriedade do empresário Tasso Ribeiro Jereissati (Tasso Jereissati).
Depois foi ampliado.  (Fonte: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez)

3 - Em 1983 nos mudamos para a Avenida Filomeno Gomes, no Jacarecanga. Fomos morar bem em frente a Praça Gustavo Barroso (do Liceu), ao lado do casarão de Meton Gadelha. Quando saímos da Água Fria, minha única irmã já havia nascido, ela é dois anos mais nova que eu. No novo endereço, nasceu o loirinho lá de casa, meu irmão Marcel. :)

Lilian, eu e o Marcos Jr na área de casa. Tenho muitas saudades dessa época!

Todos os domingos, nossa tia nos levava para a Praia do Futuro. Na foto, meu irmão Marcel, a Lilian (de óculos), a tia Gláucia e eu.

Ainda no Jacarecanga, nasceu meu outro irmão, Márcio. 

Agora me lembrei de um fato curioso, antes de demolirem o casarão do Meton Gadelha, ele havia sido ocupado por índios. Sempre que eu passava em frente ao casarão, ficava admirando aquele povo, achava tudo muito estranho, eles tinham furos nos lábios, no nariz... Até que um dia, minha tia resolveu entrar no casarão e adivinhem quem ela levou a tiracolo? Euzinha! rsrsr Os índios foram super legais com a gente e eu fiquei triste quando de um dia pro outro, expulsaram os índios e começaram a demolir meu casarão de infância. :( Eu amava brincar no enorme quintal que havia, era uma verdadeira floresta para nós, as crianças.

Um pouco de história:

Em 08 de dezembro de 1930, o empresário Meton de Alencar Gadelha (Meton Gadelha) inaugura sua casa, na Avenida Filomeno Gomes, na Praça Gustavo Barroso (do Liceu).

Quando o casarão estava sendo demolido na década de 80. Essa casa laranja na parte inferior à esquerda da foto, era onde eu morava. Arquivo Nirez

4 Quando eu tinha 9 anos, fomos morar no Meireles, numa casa própria. Na época, meu pai trabalhava na J. Macêdo e eu simplesmente amava as festas que haviam lá, eu ficava o ano todo esperando o grande dia! rsrs

Eu e meus irmãos em uma dessas festas.

Eu amava quando chegava os domingos e meu saudoso pai nos levava a um restaurante cercado por enormes vidraças. Nós (eu e meus irmãos), ficávamos horas e horas observando aquele marzão  que até esquecíamos de comer... Eu lembro muito do meu pai chamar aquele lugar de Cirandinha. A comida era deliciosa!

Restaurante Cirandinha - Arquivo Nirez

Em 1993, nasceu o caçula lá de casa e foi uma grande alegria, pois anos antes, mamãe havia perdido uma menininha com apenas 3 dias de vida e foi uma tristeza muito grande para todos nós! O Mattheus trouxe de volta a felicidade para nosso lar!

Mattheus no calçadão da Beira-Mar


5 - Em 1995, conheci meu futuro marido, o nome dele é Reginaldo e eu posso dizer de boca cheia, tirei a sorte grande! Nos casamos em 1998 e lá se vão 14 anos de muitas felicidades, muito amor e inúmeras realizações!

6 - No dia 25 de dezembro de 1999, fui mamãe pela primeira vez e logo em dose dupla! Deus me abençoou com duas meninas lindas, Letícia e Lívia.

Meus maiores tesouros

Minha base, minha família!

7 - Nove anos depois, fui mamãe novamente! Minha caçula hoje está com 4 aninhos, se chama Lara. Assim como meus pais, formei minha família e seguindo o exemplo deles, nossa base é o amor e a união! Sou muito feliz e só tenho a agradecer a Deus por tudo de maravilhoso que ele já me deu! :)

Os amigos blogueiros que também merecem e muito, receber esse selo, são: 

Totonho Laprovitera - Blog do Laprovitera
Raymundo Netto - Almanacultura
Fred Guilhon - Blog do Guilhon e Planeta Fusca
Lindalva - Ilha da Lindalva

Abraços 0/


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pedro Augusto de Araújo Sampaio (Pedro Sampaio)


A belíssima casa de 3 andares de Pedro Sampaio. Ficava no cruzamento da Guilherme Rocha com Avenida Filomenos Gomes. Jacarecanga - Álbum Fortaleza de 1931

Pedro Sampaio era filho do Major Pedro de Araújo Sampaio e Dona Helena de Sousa Sampaio. Nasceu em Fortaleza a 21 de Maio de 1884, batizou se na Freguesia de São José a 15 de Agosto do mesmo ano, sendo seus padrinhos o Tenente-Coronel Felippe de Araujo Sampaio e sua mulher Dona Jesuína Bastos Sampaio e crismou-se no Palácio Episcopal a 26 de Maio de 1885, sendo seu padrinho o Barão de Studart.


A casa de Pedro Sampaio foi construída em 1929

Iniciou seus estudos no Colégio do Cônego Liberato Dionísio da Costa. Foi matriculado no curso integral do Liceu do Estado em 1898, e, feitos todos os preparatórios bacharelou-se em ciências e letras em 1904.


Praça Fernandes Vieira (Hoje Gustavo Barroso - do Liceu). Foto em direção ao norte, vendo-se a bela residência de Pedro Sampaio. No lugar, agora tem um bloco de apartamentos. A rua à esquerda é a Filomeno Gomes. O ano dessa foto é entre 1940 e 1943 - Arquivo Nirez

Partindo para a Bahia em Abril do mesmo ano, matriculou-se na Faculdade de Medicina onde fez o 1 º e 2 º ano. Matriculando-se na Faculdade de Medicina do Rio, para onde seguiu a 28 de Junho de 1906, concluiu os estudos em Dezembro de 1909, tendo sempre notas distintas e plenas. Defendeu tese  que foi aprovada com distinção  a 28 e recebeu o grau a 29 de Março de 1910. Versou sua Dissertação sobre "A Zona de Alarme no diagnostico precoce da tuberculose pulmonar." —1910. Rio de Janeiro.



Um dos blocos de apartamentos que fizeram no lugar da casa, recebeu o nome de Ed. Pedro Sampaio.



O outro bloco recebeu o nome de Ed. Núbia Sampaio (esposa de Pedro Sampaio).

Seguiu a 4 de Abril para a Cidade de Turvo no Estado de Minas Gerais, contratado como médico da Estrada de Ferro de Sapucaí.
Tendo voltado ao Ceará, foi por algum tempo professor interino do Liceu e Médico Adjunto da Repartição de Higiene.
Casou a 21 de Maio de 1913 com Dona Núbia Bayma, filha do negociante de Fortaleza, Zacharias Bayma.


Ed. Pedro Sampaio no Cruzamento da rua Guilherme Rocha com Avenida Filomeno Gomes. 

Diccionario Bio-bibliographico Cearense - Barão de Studart

Fatos Importantes na vida desse grande e renomado médico:

Sede do Ideal no bairro Damas - Arquivo Nirez

15/junho/1931 - Reunião funda o Ideal Clube, que teria sua instalação a 07/09 e sede inaugurada em 03/10.
Na Ata de fundação Luís Gonzaga Flávio da Silva vendia seu sítio nas Damas em suaves prestações para nele ser construída a sede do clube.
A primeira diretoria do clube foi eleita nessa primeira reunião, ficando assim constituída: Presidente: Pedro Augusto de Araújo Sampaio (Pedro Sampaio); Secretário: Clóvis de Alencar Matos (Clóvis Matos); e tesoureiro: Raul Conrado Cabral (Raul Cabral).

O clube foi organizado por Pedro Augusto de Araújo Sampaio (Pedro Sampaio), que foi o primeiro presidente, Luís Gonzaga da Silva, Joaquim Markan Filomeno Gomes, Raul Cabral, Meton de Alencar Gadelha (Meton Gadelha), Maximiano Leite Barbosa Filho, José Meneleu Filho e Fernando de Alencar Pinto (Fernando Pinto).
A repercussão foi tamanha que logo surgiu uma nova marca de cigarros, a Ideal Clube onde sua sede na Avenida João Pessoa nº 4898 aparecia no verso e anverso, fabricados por A. Beleza & Cia Ltda.
Depois, aproximadamente em 1932 teve uma sede na Rua Tabajaras, nº 505, que era a chamada de "Filial da Praia", e por fim a atual sede, na Avenida Monsenhor Tabosa nº 1381, na Praia de Iracema, em prédio projetado pelo arquiteto Sylvio Jaguaribe Ekman.

21/Fevereiro/1932 - Em assembleias gerais realizadas a 19 e nesta data, é eleito o seguinte Conselho Diretor do ‘Clube 3 de Outubro’: - Cap. Roberto Carneiro de Mendonça, Cap, Olímpio Falconière, Dr. Faustino Nascimento, Ten. José Varonil de Albuquerque Lima, Ten. Jeová Mota, Ten. Carlos Cordeiro, Ten. Severino Sombra, Drs. João de Carvalho Góis, César Campeio, Vóssio Brígido e Pedro Sampaio.

10/Junho/1932 - Isento do imposto de transmissão de propriedade o terreno a ser adquirido pelos Drs. João Otávio Lobo, Lineu Jucá e Pedro Sampaio, para construção de um Sanatório.

18/Agosto/1934 - Banquete, no Ideal Clube, em homenagem ao Interventor Carneiro de Mendonça, com a presença do Embaixador José Américo. Fez o oferecimento da festa o Dr. Pedro Sampaio.

22/Junho/1935 - Na Confeitaria Cristal, numerosos médicos oferecem um jantar ao Dr. João Otávio Lobo, por sua nomeação para a diretoria da Saúde Pública. Fez o oferecimento do ágape o Dr. Pedro Sampaio.

08/Setembro/1935 - Falece, em Fortaleza, D. Maria da Assunção Bayma, esposa do comerciante Zacarias Bayma e sogra do Dr. Pedro Sampaio.

19/Outubro/1935 - Nas sessões do 1° Congresso Médico Cearense apresentaram trabalhos os drs. Antônio Justa, Carlos Ribeiro, Melo e Silva, Bonifácio Paranhos da Costa, César Cais, Miguel Rodrigues de Carvalho, Jurandir Picanço, Pedro Sampaio, Hugo Firmeza, Ivan Porto e Virgílio de Aguiar.

30/Junho/1936 - Consorciam-se, em Fortaleza, o médico paraense Dr. Alberto Pinto Leite e a senhorinha Cármen Sílvia Sampaio, filha do Dr. Pedro Sampaio.

06/Outubro/1938 - O Dr. Pedro Sampaio, na série de palestras médicas, aborda o tema ‘Educação sexual’.

05/Agosto/1939 - Como representantes do Ceará no Congresso Médico Amazônico, seguem de avião para o norte do País os Drs. César Cals, Pedro Sampaio e Jurandir Picanço.

18/Setembro/1944 - Inauguração dos melhoramentos da Santa Casa de Misericórdia, resultantes do êxito da Campanha da Boa Vontade. Discursam os Drs.
Olívio Câmara, Miguel Martins e Pedro Sampaio, bem como Monsenhor Otávio de Castro, que oficiou na bênção.

19/Outubro/1945 - Transcorre o centenário de fundação do Liceu do Ceará, hoje Colégio Estadual. Em sessão magna discursam o aluno Francisco Porfirio Sampaio, o Prof. Hermenegildo Firmeza e, em nome dos ex-alunos, o Dr. Pedro Sampaio.

21/Março/1950 - Organiza-se em Fortaleza o diretório estadual do Partido Trabalhista Nacional, tendo sido escolhido presidente o Dr. Pedro Sampaio.


25/julho/1950 - O Tribunal Regional Eleitoral - TRE manda registrar, no dia 25 de julho de 1950, a Comissão Executiva Estadual do Partido Trabalhista Nacional - PTN, assim constituída: Presidente: Pedro Augusto de Araújo Sampaio; 1º vice-presidente: Paulo de Melo Machado (Paulo Machado); 2º vice-presidente: Marcelo Gentil Porto; 3º vice-presidente: Carlos Pompeu Gurgel do Amaral; secretário geral: Joaquim da Silveira Marinho; 1º secretário: Carlosnaik Jurandir Alencar; 2º secretário: Antônio Botelho Filho; 1º tesoureiro: Pedro Tibúrcio da Frota; 2º tesoureiro: José Marinho Sampaio; 1º procurador: Alberto Melo; e 2º procurador: Vicar Parente de Paula Pessoa.

30/Maio/1957 - Conferência, na Casa de Juvenal Galeno, do Dr. Pedro Sampaio sobre usos e costumes do Chile, que ultimamente havia visitado.


Túmulo do famoso médico cearense e de sua esposa Nubia Bayma no Cemitério São João Batista - Foto de Raimundo Gomes

27/abril/1967 - Morre em Fortaleza o médico Pedro Augusto de Araújo Sampaio (Pedro Sampaio), aos 84 anos incompletos.
Era tisiologista e foi um dos fundadores do Sanatório de Messejana e do Ideal Clube.
Nascera em Fortaleza, em 21/05/1884.
Existem em Fortaleza duas ruas com seu nome (Rua Dr. Pedro Sampaio), uma no loteamento Outeiro e outra no Passaré.

Ruas que homenageiam o médico: 





Fontes:  Revista do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) de 1957/1958/1959/1960/1963/1966/1991 e Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: