Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
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Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



sábado, 6 de abril de 2013

Avenida da Abolição - Antiga Avenida Matias Beck


A avenida em 1949, na época era a Avenida Mucuripe ou Caminho do Mucuripe. Jornal O Estado. Acervo Lucas

A então Avenida Matias Beck e a Antônio Justa prolongada.

Em 05 de setembro de 1962, o Diário Oficial do Município - Diom nº 2.581 publica a Lei nº 2.016 do dia anterior, projeto do vereador José Fiuza Gomes, denominando de Avenida da Abolição a então Avenida Matias Beck, caminho do Mucuripe.

Arquivo Assis Lima

Dez anos depois, em 28 de maio de 1982, ela é ampliada e o Diário Oficial do Município - DOM nº 7.405 traz a Lei nº 5.571 do dia quatro, que oficializa a denominação de Avenida da Abolição e estabelece seus limites.


Arquivo  Nirez

O mesmo cruzamento visto por outro ângulo. Agora vemos o início da Av. Barão de Studart (em frente) e o começo da Avenida Abolição à esquerda da foto. No lugar dessa bela residência, hoje está o Habib's. Foto da década de 70. Acervo Aderbal Nogueira

Anos 50
A avenida que tinha antes a denominação de Avenida Antônio Justa, inicia-se em prosseguimento à Avenida Monsenhor Tabosa*, a partir do cruzamento com a Avenida Barão de Studart, indo até o cruzamento com a Avenida Desembargador Moreira, onde vira diagonalmente à esquerda, onde nascera a antiga Avenida da Abolição, em frente ao Náutico Atlético Cearense - NAC, prosseguindo até o encontro com a então Avenida Presidente Kennedy (atual Beira-Mar) e denomina seu prosseguimento até o Farol antigo, da Avenida Vicente de Castro.


Avenida da Abolição, vendo-se a Igreja N.S. da Saúde. Foto de Nelson Bezerra - 1971
A Avenida muda de nome e é ampliada. O prolongamento da Antônio Justa, passa a ser da nova Avenida da Abolição.

Reportagens antigas da Avenida Matias Beck (Abolição) 

Banco de Dados Cepimar

Observamos que mesmo depois de ter tido o nome mudado, ainda continuou sendo chamada pelo nome anterior por um bom tempo. Banco de Dados Cepimar

A rotatória da avenida da Abolição com Des. Moreira em 1968. Marcos Siebra

Alguns Fatos Históricos Importantes da Avenida:

Vista aérea do Meireles. Vemos a futura Avenida da Abolição, o Náutico, os terrenos que depois seria construído o Pão de Açúcar e a Praça Matias Beck. Foto de 1959 do Livro Caravelas, Jangadas e Navios.

Anos 60 - Arquivo IBGE

19/julho/1952 - Inauguram-se as novas instalações do Náutico Atlético Clube, nas Avenidas Matias Beck nº 2427, Desembargador Moreira e Beira-Mar, na Praia do Meireles, prédio com planta do arquiteto Emílio Hinko.

Vista aérea vendo-se o Náutico Atlético Cearense e o terreno (na parte inferior direita da foto),que depois daria lugar a praça. Foto publicada no jornal O Povo em 08 de junho de 1974.

Jumbo Pão de Açúcar Náutico. Década de 80. Acervo Renato Pires
Foto na mesma perspectiva feita anos depois.

12/outubro/1953 Dado o nome de Praça Dr. Moreira de Sousa à praça situada em frente ao Náutico Atlético Cearense, que fica entre a Avenida da Abolição, Avenida Antônio Justa e Rua Barbosa de Freitas.
O nome é uma homenagem ao médico humanitário Francisco Moreira de Sousa, que dirigiu os destinos do Náutico, do qual ele era presidente.
O médico Francisco Moreira de Sousa, morreu tragicamente em 19 de outubro de 1950, em Fortaleza, aos 51 anos de idade. Nascera em Russas, CE, em 15/03/1899.
Foi sepultado no Cemitério São João Batista.


Av. da Abolição com Desembargador Moreira. Acervo Milton Augusto
Antiga Praça Matias Beck - Praça Dr. Moreira de Sousa. Foto CA

Em 30 de maio de 2014, a  Praça Dr. Moreira de Souza – a popular Praça do Náutico, é reinaugurada. A praça foi completamente reformada e modernizada pela Diagonal, uma gigante da construção civil do Ceará, que a adotou.
O empresário João Fiúza, presidente e principal sócio da Diagonal, esteve ao lado do prefeito Roberto Cláudio no ato de reinauguração.

01/maio/1954 - Fundado em Fortaleza o Iate Clube, associação de caráter esportivo e recreativo para promoção de corridas de barcos, pesca, banhos de mar, etc., com secretaria na Rua Senador Pompeu nº 1152 e sede na Avenida Matias Beck 4813 (Imagem ao lado: Como vemos, ainda é possível encontrar na internet, o endereço antigo) no Mucuripe com restaurante para os sócios aberto ao público.

Foto de 1957. Vemos o movimento da Avenida em frente ao Iate Clube

Foto de 1957

Neide Andrade nos anos 80, na Avenida Abolição,
onde havia um Posto de gasolina.
Atrás vemos o morro do Mucuripe.
Acervo: Denilson.
29/setembro/1972 - Tem novo nome a antiga Praça Nossa Senhora da Saúde, depois Praça Adolfo Silveira Lima, e Praça da Saúde, que pela Lei nº 4.056, publicada no diário Oficial do Município, passa a denominar-se Praça da Confiança na gestão do prefeito, engenheiro Vicente Cavalcante Fialho (Vicente Fialho).

A praça fica no bairro do Mucuripe, rodeada pela Avenida da Abolição, Rua Manuel Jesuíno, Rua Nossa Senhora da Saúde e uma travessa sem nome.

É a praça que tem no centro a Igreja de Nossa Senhora da Saúde.
O novo nome é uma homenagem ao Governo Estadual, que tem à frente o engenheiro César Cals de Oliveira Filho.

Rua Juvêncio Vasconcelos, ainda com mão dupla, sem semáforo e ao fundo, a Av. Abolição. Foto dos anos 70.
Acervo de Alysson Correia Lima.

Foto da década 60/70 - Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima

Junho/1999 - Reinaugurada a Praça Dr. Moreira de Sousa, em frente ao Náutico Atlético Cearense - NAC, pelo lado da Avenida da Abolição, após completa reforma.

Avenida da Abolição em 1990. Acervo: Océlio Anselmo Costa
Ônibus da Empresa Iracema - Linha Serviluz na Avenida Abolição. Anos 90.
13/abril/2004 -Inaugurado oficialmente, pelo prefeito Juraci Magalhães, o primeiro trecho da Via Expressa, com extensão de 3,8 quilômetros.


Também chamada de Avenida do 5º Centenário, o trecho da via aberto ao tráfego com início na Avenida da Abolição, no Mucuripe, indo até a Avenida Pontes Vieira, no Dionísio Torres, com sérios problemas no cruzamento com a Avenida Padre Antônio Tomas, à 30m da solenidade de inauguração.
Na verdade a via nada tem de expressa, pois tem vários cruzamentos com semáforos além de estreitamentos para entradas à esquerda.

Ontem: Foto de 1959. Vemos a avenida ainda não asfaltada e o intenso movimento em frente a praia do Iate Clube - IBGE

Hoje: Foto de 2011

*De acordo com o jornal Gazeta de Notícias de 1955, a Avenida Monsenhor Tabosa não terminava na Barão de Studart, mas continuava até o Mucuripe. Tempos depois, esse trecho também passou a se chamar Avenida da Abolição:

Temos aqui o repórter Telmo Rodrigues, do jornal Gazeta de Notícias, em 1955, sentado numa cisterna construída pela prefeitura no meio da Av. Monsenhor Tabosa (Mucuripe). 


Casa de João do Rêgo Barros, localizada onde atualmente está o Hotel Diogo. Acervo: Juliana Barcelos Barbosa Pelucio.
Fotos da avenida:

Centro de Saúde Flávio Marcílio na Av. da Abolição, 4180

Cordeiro. Antes funcionava aí o Feijão Auto CenterAv. da Abolição Nº4128

EMEIF José Ramos Torres de Melo Av. da Abolição Nº 3984

Cemitério São Vicente de Paula fundado em 1916 -  Av. da Abolição Nº 3986

Igreja Nossa Senhora da SaúdeAv. da Abolição Nº 3915

Hotel Pousada AraraAv. da Abolição Nº 3806

Pão de Açúcar MucuripeAv. da Abolição Nº 3790

Essas casinhas de dois andares do lado direito, são bem antigas. Próximas ao Nº 3783

Antigos Blocos de Apartamentos - Av. da Abolição Nº 3659

Oficina O Chimarrão que tem mais de 25 anos de funcionamento.

Churrascaria Sal e BrasaAv. da Abolição Nº 3500

Essa casa é muito antiga. Nela já funcionou inúmeros estabelecimentos e hoje se encontra o Frango Fácil.


Flat Tulip Inn - Saint MartinAv. da Abolição Nº 3340

Flat Tulip Inn - Saint MartinAv. da Abolição Nº 3340

Instituto de Ciências do Mar - LabomarAv. da Abolição Nº 3207 



Pão de Açúcar Náutico - 24H - Av. da Abolição Nº 2900

Vista aérea - skyscrapercity

No começo da Avenida Abolição, fica o Habib's no  Nº 1780


Fonte: Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo

terça-feira, 26 de março de 2013

Rede de Viação Cearense (RVC) - O Ceará nos trilhos


Ícone de esboçoOs trens estabelecem os caminhos do progresso cearense, provocam mudanças na sociedade e criam uma nova paisagem. 

RVC - Mapa de 1924 com as estradas existentes e as planejadas

Locomotiva Ifocs de 1922, uma das máquinas mais possantes que rodavam nos trilhos cearenses. Arquivo Diário do Nordeste

A primeira concessão para a construção de estradas de ferro no Ceará deu-se com um decreto de 1857, em um empreendimento que deveria construir e explorar uma via férrea a qual, partindo de Camocim e imediações de Granja, seguiria para o Ipu, passando por Sobral. Um projeto arquivado. Outro marco da história ferroviária cearense data de 1968, quando foi apresentado o projeto de uma linha ferroviária ligando Fortaleza à vila de Pacatuba, com um ramal para a cidade de Maranguape. Outro projeto que não saiu do papel.

Inauguração da Estação de Cangaty em 8 de dezembro de 1890 (atual Caio Prado). Arquivo Diário do Nordeste

Só dois anos depois, nasceria o projeto da primeira estrada de ferro construída no Ceará, a Via Férrea de Baturité. E, em 13 de março de 1873, chegavam a Fortaleza as primeiras locomotivas, desembarcadas no trapiche do Poço das Dragas (antigo porto). “O prédio da estação ainda estava em obras quando recebeu as máquinas à vapor que, sendo arrastadas por tração animal com a afixação de trilhos portáteis, foram transformadas num show de apresentação, ao desfilarem pela Rua da Ponte (Alberto Nepomuceno) e Travessa das Flores (Castro e Silva) até a Praça da Estação. (Trecho do livro Estradas de Ferro no Ceará” de Assis Lima e José Hamilton Pereira)

Vista panorâmica da Estação e cidade de Baturité. Foram os atrativos do Maciço que motivaram a primeira Estrada de Ferro no Ceará. Arquivo Diário do Nordeste

Estação Professor João Felipe logo depois de sua inauguração, em 1888. Arquivo Diário do Nordeste

Um novo “espetáculo” aconteceu cinco meses depois, quando a locomotiva A Fortaleza rodou cinco vezes - desta vez com os próprios motores - da Estação Central até a parada Chico Manoel, no Cruzamento das Trincheiras, atual Liberato Barroso. O primeiro trecho da ferrovia, ligando o Centro ao Distrito de Arronches (Parangaba), ficou pronto em setembro de 1873, quando, com restrições, uma locomotiva e alguns vagões chegaram, pela primeira vez, a Parangaba.

Lideranças políticas reunidas na Estação de Missão Velha, em 1926, com o objetivo de preparar uma estratégia para combater a Coluna Prestes. Arquivo Diário do Nordeste

A estação de Crateús foi inaugurada em 12 de 12 de 1912. Arquivo Diário do Nordeste

Em seguida, foram inauguradas as estações de Mondubim, Maranguape e Maracanaú (1875) e Monguba e Pacatuba (1876). O governo imperial encampou a ferrovia em 1878 e estabeleceu algumas mudanças no projeto original, além de ordenar a construção de uma nova estrada ligando o porto de Camocim até Sobral e o início dos estudos para a construção da nova estação central, que seria inaugurada em 1880.

Uma cena de 1888: Ernesto Lassanse, diretor da EFB, e Caio Prado, presidente do Ceará, ao lado de uma das locomotivas da EFB. Arquivo Diário do Nordeste

Estação de Juazeiro do Norte era a segunda maior em movimentação de passageiros. Arquivo Diário do Nordeste

Ícone de esboçoSobrou pouco no CearáÍcone de esboço

A ferrovia chegou ao Ceará na época do Império. Em 1870 foi fundada a Companhia da Via Férrea de Baturité, que ligaria a capital, Fortaleza, à serra. 

O trem chegou a Baturité dez anos depois, em 1882, ainda sob o reinado de D. Pedro II, cujo retrato feito naquele ano por Descartes Gadelha, está até hoje conservado no prédio da estação. Nesta mesma época, iniciava-se a construção da  Estrada de Ferro Sobral.

Estação de Sobral - Acervo Silveira Rocha


Em 1919, as obras de  expansão das duas ferrovias cearenses viraram frente de trabalho para os flagelados da grande seca que se abateu sobre a região. As duas estradas de ferro,  desde 1915 unificadas na Rede de Viação Cearense, passaram a ser subordinadas à Inspetoria Federal de Obras contra a Seca (Ifocs). Em 1920, 12.850 operários estavam envolvidos na construção da ferrovia, inclusive velhos e crianças que pouco podiam ajudar no trabalho.
Quando as primeiras máquinas diesel começaram a operar no Ceará, em 1949, a RVC tinha um total de 86 locomotivas a vapor, todas operacionais. Hoje, restam apenas três destas locomotivas e só duas permanecem no Ceará. As outras 83 máquinas foram cortadas e vendidas como sucata, nos anos 60, em nome da modernidade.

(Foto ao lado:A máquina de Baturité foi salva pelo esquecimento).

Em Fortaleza, ficou uma Alco 0-4-0T de manobra da antiga Rede de Viação Cearense.  Ela ganhou tender e o tanque foi preenchido com areia para aumentar a aderência e tracionar cargas maiores. Rodou até 1964, puxando o "Trem dos Operários", que ia da Estação Central de Fortaleza até Urubu (atual Demósthenes Rochert), onde havia oficinas, escola e a vila operária da ferrovia. Há dúvidas quanto a data de fabricação desta locomotiva.

A estação de Baturité conserva até hoje um raro retrato a óleo de D. Pedro II em uniforme militar, datado de 1882.   Foto Revista Ferroviária

Na placa da porta dianteira da caldeira está o ano de 1912,  mas registros da Alco indicam que a RVC recebeu apenas um lote de seis 0-4-0T todas fabricadas em 1921.
A segunda locomotiva que restou no Ceará está na Estação de Baturité,  a 105 km de Fortaleza. Sem nenhuma placa, tudo indica que ela, também 0-4-0, pertença ao mesmo lote da Alco de 1921. Esta máquina ficou décadas esquecida enterrada, na Pedreira Monguba, a 29 km de Fortaleza. Mas foi justamente este desleixo que acabou por salvá-la da destruição, quando foi descoberta  em 1982.

 Estação Ferroviária de Baturité em meados de 1920. Autor: Ralph Mennucci Giesbrecht

Ícone de esboçoEstrada de Ferro de BaturitéÍcone de esboço

A EFB foi fruto da sociedade surgida no dia 5 de março de 1870, entre o Senador Tomás Pompeu de Sousa Brasil, Gonçalo Batista Vieira (Barão de Aquiraz), Joaquim da Cunha Freire (Barão de Ibiapaba), o negociante inglês Henrique Brocklehurst e o engenheiro civil José Pompeu de Albuquerque Cavalcante.
O objetivo era o escoamento da produção serrana em Pacatuba e Maranguape para o Porto de Fortaleza. Após a assinatura do contrato de construção da ferrovia entre a Companhia e o Governo Provincial do Ceará o projeto passou a ter como ponto final à cidade de Baturité, produtora de café.

A estação de Baturité em 2002. Foto João Carlos Reis Pinto

A estação central, atualmente Estação João Felipe foi erguida ao lado do antigo Cemitério de São Casimiro. A função do cemitério foi transferido para o Cemitério São João Batista e sob esse foi construído o escritório central e as oficinas.

Escritório central construído no terreno do antigo Cemitério - Arquivo do Blog Ceará Nobre

Os trilhos do primeiro trecho, de 7,20 km, começaram a ser assentados em 1 de julho de 1873, sendo entregue ao tráfego em 14 de setembro de 1873. Apesar de a inauguração deste trecho só ter ocorrido em 29 de novembro do mesmo ano e a estação central foi inaugurada no dia seguinte, 30 de novembro. As estações de Mondubim e Maracanaú foram inauguradas em 14 de janeiro de 1875 e a de Pacatuba em 9 de janeiro de 1876. A situação financeira da companhia ficou ruim durante a seca entre 1877 e 1879 e as obras foram paralisadas. O Governo Imperial, através do Decreto no 6.918, de 1 de junho de 1878, assumindo a parte construída da ferrovia e os direitos da Companhia de prolongar os caminhos de ferro até o município de Baturité. Em 1910 a Estrada de Ferro de Baturité foi somada a Estrada de Ferro de Sobral criando a Rede de Viação Cearense.

A estação de Baturité em 2005. Foto Itamar Lima

A Estrada de ferro de Baturité ligou a Capital ao sul do estado, até o Cariri. A Rede de Viação Cearense - RVC - em 1975 foi incorporada a Rede Ferroviária Federal e finalmente foi privatizada em 1997 passando então para o domínio da empresa "Companhia Ferroviária do Nordeste" atual Transnordestina Logística S.A.
Ainda no transporte ferroviário existem dois sistemas de metrô no Ceará. O Metrofor, que é o metrô de Fortaleza interligando vários bairros da cidade e também as cidades de Maracanaú e Caucaia e o Metrô do Cariri que interliga as cidades do Crato e Juazeiro do Norte. Estes dois metrôs têm projetos para expansão de suas linhas.

Rede de Viação Cearense - Arquivo Assis de Lima

Alguns Fatos Históricos

Ícone de esboçoEm 1875, é inaugurado o primeiro grande trecho da Companhia Cearense da Via Férrea de Baturité, depois Estrada de Ferro de Baturité - EFB, depois Rede de Viação Cearense - RVC que foi subordinada à Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas - IFOCS (hoje DNOCS). Teve ligação com Sobral e Campina Grande em 1957; passa a ser subordinada ao Departamento Nacional de Estradas de Ferro em 1941 e em 1957 a fazer parte da Rede Ferroviária Federal S. A. - RFFSA.
Atualmente denomina-se Companhia Ferroviária do Nordeste - CFN.

Ícone de esboço03/fevereiro/1910 - A Estrada de Ferro de Baturité - EFB, que vinha sendo administrada por Novis & Porto, passa a ser administrada pela firma South American Railway Construction Company Limited - Sarccol, passando a ter na direção os engenheiros Francis Reginald Hull (Mr. Hull), William Huggins e J. Lorimer e passando a denominar-se Rede de Viação Cearense - RVC.

Ícone de esboço01/setembro/1915 - O Governo da União assume a direção da Rede de Viação Cearense - RVC, com o engenheiro Enrique Eduardo Couto Fernandes, em substituição aos administradores da South American.

Ícone de esboço06/abril/1920 -A Rede de Viação Cearense - RVC passa a ser administrada pela Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas - IFOCS, hoje Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS, em função da construção das grandes barragens do Nordeste, obedecendo ao Aviso nº oito.

Ícone de esboço05/abril/1924 - A Rede de Viação Cearense - RVC deixa de ser subordinada ao IFOCS e volta à jurisdição do Ministério da Viação, em virtude do Aviso nº 150G.

Ícone de esboço04/outubro/1930 - São inauguradas, no bairro do Urubu, as oficinas da Rede de Viação Cearense - RVC, construída pela firma Alfredo Dolabela Portela.
Depois foi Oficina Demóstenes Rockert (1951).

Ícone de esboço22/novembro/1951 - Criado, pela Lei nº 1153, o distrito de Mondubim, hoje bairro.
Até então era um lugarejo nascido da estação de trem da antiga Estrada de Ferro de Baturité, depois Rede de Viação Cearense - RVC e, posteriormente, Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima - RFFSA.

Ícone de esboço01/janeiro/1963 - A Rede de Viação Cearense - RVC, antiga Estrada de Ferro de Baturité - EFB depois Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima - RFFSA, aposenta definitivamente as locomotivas Maria Fumaça, ficando somente com as máquinas movidas a óleo diesel.

Ícone de esboço13/novembro/1961 - Paralisação do tráfego da RVC, tendo o superintendente desta, gen. Humberto Moura, declarado que não se tratava de uma greve, mas de um motim.
Já, os chefes do movimento afirmaram que só voltariam ao serviço quando aquele dirigente saísse.

Saiba Mais

A Rede de Viação Cearense (RVC) foi a empresa ferroviária que fundiu a Estrada de Ferro de Baturité e Estrada de Ferro de Sobral com planos de expandir a rede por todo estado do Ceará.
Esteve arrendada à South American Railway Company desde 1909, e em 1915 passou para administração federal.
Em 1957 passou a ser uma das subsidiárias da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e em 1975 foi absorvida.


traitht.gif (20556 bytes)Crédito: Revista Ferroviária, Wikipédia, Estações Ferroviárias, Diário do Nordeste (Délio Rocha), Livro “Estradas de Ferro no Ceará” de Assis Lima e José Hamilton Pereira, livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo e Revista do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) de 1981


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