Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Parajana chegou ao fim da linha...


Foto arquivo da Jangadeiro

O Parajana chegou ao fim! Isso mesmo, no último dia 11 de Janeiro, as duas linhas (1 e 2) foram extintas!
Como esse ônibus marcou a vida de muitos cearenses, a data não poderia passar em branco.
Para isso, o motorista  Tobias Cortez e o cobrador  Vanderlúcio Souza, tiveram a idéia de criar um blog, muito interessante por sinal, sobre os muitos "causos" ocorridos no coletivo.

Para quem usa o Twitter, pode trocar mensagens com o (@parajana) rsrs

Recebi um e-mail muito engraçado, que por sinal foi o fio condutor para essa postagem. Ri muito e resolvi compartilhar com vcs, divirtam-se:

UMA LINHA QUE FICARÁ NA MEMÓRIA!

1) “A maioria do meus anticorpos consegui no Paranjana.” 

2) “Foi uma coisa de outro mundo. 1ª vez que eu levitei!!!” 

3) “Os 300 de Esparta foram até Termophilas em um só Paranjana.” 

4) “Quando conseguia assento no Paranjana não sentava. Me ajoelhava para agradecer a graça alcançada!!!” 

5) “Paranjana foi praticamente a 1ª rede social de Fortaleza... Todo mundo se conhecia ali...” 

6) “Maiores mentiras da humanidade: “Nem Deus afunda o Titanic”, “o 3º reich durará mil anos”, “eu peguei um Paranjana vazio.”” 

7) “Cliquei em #paranjanafacts e apareceu ‘Twitter is over capacity’. Coincidência?” 

8) “Ao ver o número 041 se aproximando, o passageiro já vai se alongando...” 

9) “Uma vez eu peguei o Paranjana tão lotado que o motorista ia em pé e o trocador vinha atrás de mototáxi.” 

10) “Estar sentado na última cadeira e o motorista acelerar na subidinha da ponte do rio Cocó, só pra te fazer voar.” 

11) “Paranjana 1 e 2,os únicos conversíveis que andei. Andava só com os pés e as mãos dentro do ônibus, pendurado na porta...” 

12) “Capitão Nascimento perdeu a moral no Paranjana. Seu famoso “Pede pra sair” não surtiu efeito algum. 

13) “Definição da palavra Ilusão: “Pegar o Paranjana no terminal da Lagoa pra descer na Parangaba”.” 

14) “Depois do slogan da Ortobom, só vale pro Paranjana: 1/3 da sua vida você passa sobre ele.” 

15) “Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço: até Newton foi derrubado pelo Paranjana.” 

16) “Velocidade Máxima só não foi filmado no Paranjana porque se não o filme teria umas 8 horas de duração.” 

17) “Depois que conheci o Paranjana, nunca mais comi sardinha em lata. São como irmãs pra mim.” 

18) “Capitão Nascimento falou na parada do ônibus: “Não vai subir ninguém, hein!” De nada adiantou, todos correram para entrar no Paranjana.” 


 “Pode fechar motorista!” 




Crédito: Gracilene Teixeira (Obrigada pelo e-mail! )

Instituto do Ceará



Foto arquivo Assis Lima


Na rua Barão do Rio Branco, 1594, quase esquina com Avenida Duque de Caxias, ao lado da Praça do Carmo, existe um tesouro. É a instituição cultural mais antiga do Estado. A beleza do pequeno prédio de dois andares não o deixa passar despercebido. O Instituto do Ceará, foi destinado ao cultivo da História, da Geografia, das Letras e Ciências em geral, no Ceará. 

Foto de 17 de janeiro de 1951, quando no Instituto funcionou o Ginásio Municipal. Vemos da esq. para direita: O professor Geraldo Hugo Lira, o diretor Jacinto Botelho, professor Lauro de Oliveira Lima, professor Ferdinando Tamburini, o vereador Leôncio Botelho e o professor João César de Vasconcelos. Arquivo Nirez 

Seu atual prédio já foi a residência de Ananias Arruda, da Prefeitura de Fortalezaginásio municipal e pertenceu à Universidade Federal do Ceará. A estrutura sofreu reformas, tendo hoje uma parte original e outra mais recente. 
O local possui salas e auditórios com nomes de expoentes da cultura cearense. A sala dedicada a Capistrano de Abreu, considerado um dos cinco maiores historiadores do País, guarda seu objetos pessoais. O Auditório Pompeu Sobrinho, o mais amplo, possui capacidade para 170 pessoas e o auditório Barão de Studart impressiona, tanto pela quantidade de telas da galeria dos sócios fundadores e efetivos, quanto pela beleza de seu estilo rústico. Nos corredores, os móveis da época, mesas, cadeiras, escrivaninhas e objetos. Um espelho veneziano secular chama a atenção e uma sala se destaca com suas mil obras raras, doadas por Eurico Facó

Foto Diário do Nordeste

Dono de um dos maiores acervos em livros - 50 mil volumes - o Instituto do Ceará (IC) - Histórico - Geográfico - Antropológico - é referência para pesquisadores, estudantes e amantes da cultura, tendo o seu renome, dentro e fora do País, consolidado na preciosa coleção de estudo que é a sua Revista, publicada desde o primeiro ano até hoje sem nenhuma interrupção.

Foto Ana Carolina

Além de sua biblioteca, hemeroteca, mapoteca e arquivo, os quadros, móveis e pertences pessoais de vultos do passado deixam uma contribuição inegável ao Estado.

Raimundo Girão discursando no Instituto do Ceará

A tradição e a modernidade travam uma batalha constante no cotidiano de Fortaleza. Enquanto casarões antigos, palacetes e prédios que outrora foram o cenário de grandes revoluções culturais desaparecem - vítimas da ação do tempo e do esquecimento – ou dão lugar a novas edificações aos moldes da atualidade, algumas instituições resistem às intempéries da contemporaneidade e atravessam séculos, sem perder um bem precioso: a história.

Foto Deyvison Teixeira

Instituto do Ceará é exemplo de que é possível preservar a memória local fora dos museus, tendo o passado como alicerce, mas o presente como guia. Nesse lugar, não é preciso máquina para viajar no tempo. Basta adentrar aos largos corredores, subir as imponentes escadarias, sentar na mobília lustrada ou olhar pelos vitrais importados.

Foto Ana Carolina

Tudo é original, da época em que o prédio foi erguido. No Instituto do Ceará, portas, janelas e até mesmo o piso datam de mais de 80 anos atrás, quando o palacete Jeremias Arruda, que abriga o Instituto há mais de 40 anos, foi construído. “O Instituto do Ceará já passou por várias sedes, mas desde 1966 está aqui”, explica a coordenadora administrativa da instituição, Marines Alves.

 O Instituto do Ceará é um exemplo de adaptação aos novos tempos. O uso das novas tecnologias para compor um ambiente interativo no Memorial Barão de Studart é uma demonstração de atualização - Foto Ana Carolina

Fundado em 1887, o Instituto do Ceará foi a primeira instituição cultural do Estado. Ao longo destes 123 anos de atividades, como conta a coordenadora administrativa do local, ele passou por várias dificuldades, mas nunca chegou ao ponto de fechar as portas. “É uma instituição privada, sem fins lucrativos e de utilidade pública que oferece uma biblioteca com mais de 35 mil volumes históricos, geográficos e antropológicos”, informa.

A memória é o grande patrimônio do Instituto, mas isso não quer dizer que ele tenha parado no ontem. As traças da paralisia do tempo não sobreviveram à faxina do progresso. Em uma demonstração de adaptação ao presente, a instituição inaugurou em novembro de 2007, o Memorial Barão de Studart, o museu de exposição permanente mais interativo em toda a cidade.


Lá, a história de Fortaleza e do próprio Instituto do Ceará é contada com o auxílio da tecnologia. A visitação ganha um tom lúdico, sem perder a finalidade instrutiva, com sensores de movimento, recursos audiovisuais e iluminação planejada. "O objetivo do memorial é divulgar o acervo do Instituto. É para que o visitante conheça a exposição e se sinta estimulado a aproveitar a pesquisa no acervo", destaca a coordenadora administrativa.
Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) – fundado em 4 de março de 1887, em Fortaleza, onde tem sede e foro, é uma sociedade civil, de caráter científico e cultural, sem fins lucrativos, de duração por tempo indeterminado e reconhecida de utilidade pública pela Lei Municipal nº 5.784, de 13 de dezembro de 1983, pela Lei Estadual nº 100, de 15 de maio de 1935, e pelo Decreto Federal nº 94.264, de 22 de maio de 1987.
Motivados pelo desejo de tornar conhecidas à história e a geografia da província, doze vultos da sociedade cearense empreenderam árdua tarefa a fim de fazer do Instituto referência nacional para a propagação de pesquisas que legitimasse a formação de sua história.
Paulino Nogueira Borges da FonsecaGuilherme Studart (posteriormente Barão de Studart), Antônio Augusto de VasconcelosJoakim de Oliveira CatundaJulio Cezar da Fonseca Filho, João Augusto da FrotaAntônio Bezerra de MenezesVirgilio Augusto de MoraisVirgílio BrígidoJosé SombraJuvenal Galeno da Costa e Silva e João Batista Perdigão de Oliveira foram os fundadores da agremiação.

Arquivo do blog Literatura Real

“Eram pois esses vultos que passariam a ser os primeiros e esforçados obreiros do progresso das letras cearenses, destinados como estavam , por esse meio, a tirar da ignorância, que até então perdurava, a história, natal. Eram eles que, fincando o marco inicial da existência desse utilíssimo grêmio, viriam, em futuro não remoto, contribuir, nesse particular, para o engrandecimento do berço nativo. Investigando o passado, rememorando as suas tradições, arrancando dos arquivos do solo ou das pedras carcomidas dos monumentos. Por intermédio desse Instituto dar-se-ia testemunho público do quanto valia o Ceará”.

Quadro Social
É composto de 40 (quarenta) sócios efetivos, na maioria professores universitários, além de sócios beneméritos, correspondentes e honorários. As eleições para o Conselho Superior, Diretoria e Comissões Permanentes ocorrem a cada dois anos, cabendo aos sócios efetivos o preenchimento dos cargos.

A Hemeroteca

A Hemeroteca do I.C. possui um acervo catalogado de 251 jornais, arquivados em volumes por ano. Vários volumes dos séculos XIX e XX (principalmente do primeiro quartel). Entre eles - A RepúblicaO Ceará, O CearenseO UnitárioO PovoO EstadoO Nordeste e outros tantos.

A hemeroteca possui ainda algumas raridades - como o único jornal cearense manuscrito que se tem notícia - O ORVALHO, e outras preciosidades.


Créditos: Diário do Nordeste, http://www.macamp.com.br e o site do Instituto

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Praça e Igreja do Carmo




Área: 5.900,00 m2
Endereço: Av. Duque de Caxias, Rua Major Facundo, Barão do Rio Branco e Clarindo de Queiroz.

Antes se chamou Praça do Livramento cuja primitiva capela foi iniciada em 1850, em 1922 foi denominada Nossa Senhora do Carmo.

Estátua de Nossa Senhora da Paz erigida por iniciativa de Adolfo G. de Siqueira e Milton de Sousa Carvalho. Inaugura -se em 1921 e foi esculpida em mármore em Paris. 

Foto de 1906 - A então Praça do Livramento

O vai-e-vem de estudantes, seguranças, vendedores ambulantes, homens, mulheres e crianças que transitam na Praça do Carmo, lhe dá um aspecto de grande alvoroço, o que contrasta totalmente com o tranquilo interior da Igreja do Carmo, onde fiéis tranqüilamente fazem suas orações.

A Praça do Carmo era outro areial na Fortaleza antiga e havia uma lagoa no quarteirão em frente, onde hoje funcionam o Banco do Brasil e um estacionamento. A lagoa era alimentada por um córrego que vinha da Praça do Ferreira, mas isto são outros tempos.

Hoje a praça é muito freqüentada. Em seu entorno, prédios históricos, como o do Instituto do Ceará e o da Associação dos Merceeiros. Ainda há algum casario antigo do lado dos fundos da igreja, mas as fachadas estão descaracterizadas.


Foto de 1945

Além da igreja a praça abriga sete bancas de revistas, barracas de churros e cachorro quente.

A Praça do Carmo se situa na Avenida Duque de Caxias entre as ruas Major Facundo, Clarindo de Queiroz e Barão do Rio Branco. A igreja que denomina a praça comemorou o centenário de sua bênção oficial no dia 25 de março de 2006.

Originalmente ali era a capelinha de Nossa Senhora do Livramento, cuja imagem da época se encontra hoje sobre a pia batismal.

Depois de criadas as três primeiras paróquias de Fortaleza, a de Nossa Senhora do Carmo foi a quarta a ser instituída.

A tradutora de línguas neo-latinas, Maria de Lourdes Bezerra, 83 anos, conta a história da igreja onde se batizou: "a imagem que está sobre o altar veio de Portugal ainda no século XIX, não havia dinheiro para resgatá-la da alfândega e ela foi arrematada em leilão pelo comerciante José Rossas. O homem viria a sofrer gravemente de paratifo e após a cura, atribuída à santa, decidiu juntamente com a esposa Sara, doar a imagem à paróquia".



Postal  de 1928

Nas colunas da igreja há placas de agradecimento de milagres à santa que datam desde 1902.

A obra no teto da igreja, do artista Ramos Cotoco, quase se perdeu, mas foi restaurada por uma equipe de italianos, podendo hoje ser apreciada pelo público que comparece diariamente à Igreja do Carmo. 

Ônibus estacionados na Praça do Carmo - Final da década de 60 - Crédito da foto: Museu Dantu

A capelinha original que estava no lugar da atual Igreja do Carmo não deixou registro iconográfico. O pequeno templo foi eregido pela então Irmandade dos Pardos que pela devoção a consagraram a Nossa Senhora do Livramento. O tempo passou e a primeira Igreja do Carmo foi construída. Ela não tinha o formato de cruz que mostra hoje. A igreja foi construída no formato retangular e em 1922 o primeiro arcepisbo de Fortaleza, Dom Manuel da Silva Gomes, elevou o templo a sede de adoração perpétua, o que aconteceu por várias décadas, até que a tradição foi deixada de lado.

Agora com a intervenção do padre João Jorge Corrêa Filho, oblata dos beneditinos, a igreja voltou a ser sede de adoração perpétua. 



Vista da Igreja do Carmo em 1910. Ao fundo, pode-se ver os limites habitados a oeste da cidade e, à esquerda, a Avenida Duque de Caxias sem pavimentação. (postal colorido à mão)

A Igreja do Carmo em seu caráter arquitetônico traz detalhes que só vão ser encontrados ali.

No primeiro vão da igreja, existe a demarcação de sua estrutura secular com varandas internas que devido ao desgaste imposto pelo tempo já não tem acesso permitido.



Ali há um púlpito que foi obra da Fundição Cearense e que data do início do século XX. O trabalho sacro-artístico desenvolvido para o púlpito é primoroso. Todas as faces do balcão do púlpito tem a imagem do Sagrado Coração de Maria e os detalhes artísticos vão desde o teto à escadaria da peça. O púlpito era usado quando nos idos do passado os padres não dispunham de serviço de áudio na igreja. A entoação da missa acontecia e para a realização dos sermões o padre era seguido do altar por coroinhas providos de grandes velas ou luminárias até chegar ao púlpito, onde ele subia a pequena escada, impunha-se na plataforma e discursava para os fiéis. Terminado o sermão a pequena procissão de coroinhas acompanhava o sacerdote de volta ao altar principal para a finalização das missas.

Hoje algumas imagens estão faltando nos nichos. Dona Maria de Lourdes explica que as charolas estão vazias porque os santos estão sendo restaurados.

Sem dúvida a mais bela peça da Praça do Carmo é a estátua de Nossa Senhora da Paz (abaixo) que se encontra em frente ao templo em seu átrio. A imagem originalmente foi colada na Avenida Duque de Caxias quando era uma rua estreita. Por ocasião do alargamento da avenida ela foi colocada onde está hoje. A peça é uma obra de arte em mármore branco com detalhes preciosos e seria maravilhoso que fosse restaurada. As estátuas tiveram os dedos quebrados.





A palava ´PAX´, paz em latim, no pedestal da estátua, assim como a sua base, tiveram pedaços arrancados. A estátua também necessita de limpeza.


 

Sobre os prédios históricos do entorno, a Associação dos Merceeiros, que data de 1926, ainda funciona com consultórios e atendimento aos associados. Tem detalhes preciosos como guarda-corpos em serralheria e as rodas dentadas aladas, símbolo de Mercúrio em suas cornijas. O Instituto Ceará, edifício rico arquitetonicamente e precioso pelo acervo que mantém.

A Igreja do Carmo




A Igreja do Carmo nasceu de uma singela capela no mesmo sitio onde hoje se ergue a Matriz, lugar que era considerado distante do Centro, povoado de choças de palha.
O Arquiteto português
Antônio Francisco da Rosa, recebeu a incumbência de traçar uma planta e de executar os referidos trabalhos que consistiam aumento do frontispício da capela (já então por essa época em construção)e do corpo da nave. Em 1870, três anos após o mestre Rosa era autorizado a recuperar oitões da capela que se encontrava arruinada por não ter sido coberta.
No ano seguinte, a obra foi realizada, com a restauração dos oitões. Em 1879, o arquiteto
Adolfo Herbster, como refere João Brigido foi contratado, e uma nova planta, semelhante a atual igreja foi confeccionada. Os trabalhos tomaram impulso graças ao governo provincial, e aos fieis que contribuirão com esmolas e materiais. Com a seca dos três sete 77, 78 e 79 a Igreja ficou com as três naves e o consistório, toda coberta, ainda sem torre, deu-se então a transferência da capela para os cuidados da associação de Nossa Senhora do Carmo.
Transcorrido quatorze anos da transferência, no dia 25 de março de 1906, procedia-se a benção da nova Igreja, com a sagração de um sino e celebração da missa, pelo
Monsenhor Bruno Figueiredo.
Em fins do século passado, quando Fortaleza só tinha duas freguesias e bem poucas Igrejas, uma Irmandade foi organizada, no âmbito da
matriz do Patrocínio, com o intuito de construir um templo a ser dedicado a Nossa senhora do Livramento, no largo que, após o início da obra, passou a ser conhecido por esse nome. Não se sabe quando foram lançados os alicerces, mas em 1870, o mestre Rosa foi solicitado a dirigir os trabalhos, ainda em 1874 a obra estava sem coberta, e, em 1879 recorreu-se a Adolfo Herbster, para que fizesse uma nova e definitiva planta
Chegava o século XX e a igreja, com a parte principal coberta, mas sem torre e acabamento, não se concluía, finalmente, em 25 de março de 1906, a igreja foi benta e entregue ao culto. Em 1915 foi criada a paróquia do Carmo, a cidade era ainda pequena e de população esparsa, de modo que os limites da nova paróquia eram muito extensos: do
centro da cidade ao Alto da Balança, daí até o bairro das Damas, depois ao Alagadiço, voltando à Praça Paulo Pessoa e à Rua Pedro I ( Hoje: As Ruas Assunção, Pedro I, General Sampaio e Joaquim Magalhães)
Em 24 de Janeiro de 1921 foi inaugurado o monumento à Nossa Senhora da Paz, colocado inicialmente mais distante da fachada, debaixo dos degraus de acesso ao patamar, mais que mudou de lugar em 1966, para permitir um alargamento da Avenida Duque de Caxias. No seu pedestal existe uma placa com as datas de aquisição e ereção.
Pôr esse tempo, o Centro da Cidade ainda ficava distante da Igreja, poucas famílias moravam nas proximidades, somente em 1929, a praça foi ajardinada e freqüentada. Conta-se que a imagem da Padroeira veio de
Portugal e, por falta de pagamento do imposto aduaneiro ficou retida na Alfândega, foi leiloada e comprada pelo Sr. José Rosas que não concordou em cedê-la, por dinheiro algum, mais a entregou gratuitamente quando adoeceu.
As imagens de São Pedro e São Paulo, foram doadas pelo Sr.
Pedro Filomeno e Anastácio Braga em 1944, e entre 1948 e 1962 foram feitas várias reformas, como renovação do telhado por telha de amianto, a adquisição de dois sinos, um de 115 e outro de 75 quilos, fabricados em São Paulo, também se construiu três apartamentos para os padres em cima da Sacristia o que dispensou o uso da casa paroquial que ficava no ângulo sudoeste do encontro das Ruas Barão do Rio Branco e Clarindo de Queiroz.
A Igreja com planta em cruz Latina, conserva embora em desuso as tribunas e o púlpito metálico, assim como as varandas das tribunas.
Há uma única torre, no centro da fachada do estilo Barroco, cada porta (3) esta coroada por um óculo, a torre inicia quadrada e torna-se octógona no campanário.
Os corredores laterais de 3m de largura a nave principal tem 7m. a largura total externa deve chegar aos 15m. e o comprimento é de 40m. aproximadamente da entrada a porta dos fundos.
O portal - base da torre de 4m. deixa espaço para o batistério presidido por uma imagem de Nossa Senhora do Livramento talvez a original da primeira capela, e a direita, para a escada de acesso ao coro e ao campanário. O forro sob as tribunas, assim como o da nave principal, é de madeira em lambris, sobre o altar - mor uma tela, representando a nossa senhora do Carmo sendo solicitada pelas almas do Purgatório, tem também outra tela com as figuras da Padroeira, com o Menino. As pinturas da capela - Mor são do artista
Raimundo Ramos Filho de 1904, restaurada em 2000.



Créditos: Diário do Nordeste e Ofipro

domingo, 16 de janeiro de 2011

Colégio Christus



O Colégio Christus foi fundado, em 1951, pelo professor Roberto de Carvalho Rocha, recém-chegado dos Estados Unidos, onde passou cinco anos estudando na Universidade de Washington para formar-se em Teologia e Educação. Nessa época, essa instituição escolar foi denominada como Instituto Christus.




       Nesse ano, a sede em que funcionava essa casa de educação era alugada, localizava-se na Rua Silva Paulet, 1222, e recebia alunos do Jardim da Infância, da Alfabetização e das séries do Curso Primário: 1ª, 2ª e 3ª.




       Como houve significativo acréscimo no número de alunos nos anos de 1953 e de 1954, o Instituto Christus passou a funcionar na Avenida Santos Dumont, 1890, ainda em prédio locado. Entretanto, a partir de 1955, a referida instituição conquista a primeira sede própria, situada na Rua João Carvalho, 630, que se denominou Ginásio Christus, por ter recebido autorização do Ministério de Educação para o funcionamento do Curso Ginasial. 




       Em 1961, uma nova autorização lhe é concedida: o funcionamento do Curso Colegial. A instituição passou a se chamar, então, Colégio Christus.




       A partir de 1989, o Colégio Christus começou a se expandir por vários locais de Fortaleza. Há, atualmente, unidades dessa instituição nas seguintes regiões: Aldeota, Dionísio Torres, Parquelândia e Cambeba/Lagoa Redonda.




       Hoje, o Colégio Christus recebe crianças desde o Infantil II até o 3º Ano do Ensino Médio (Pré-Universitário).



Apresentação do Christus em 1976 a terceira é a bailarina Madiana Roncy

       O nome Christus remete à razão de ser de sua fundação e existência: levar crianças e jovens a conhecer e viver os ensinamentos de Jesus Cristo. Todos que se integram a essa instituição deverão estar conscientes de que irão ser, continuadores da missão de Jesus: estabelecer, na Terra, o Reino de Deus, Reino de Fraternidade e Paz.


Marcha do Christus em 1971


Rachel de Queiroz no pátio interno do Christus da João Carvalho.

       
Site do colégio: http://www.christus.com.br e Fotos da Fan Page Oficial do Christus

sábado, 15 de janeiro de 2011

Hospital Geral de Fortaleza - O Hospital Militar



O Hospital Geral de Fortaleza (HGeF) foi criado pelo Decreto-Lei nº 4.302, publicado no D.O. do dia 19 de junho de 1942, com a designação de Hospital Militar de 3ª Classe da 7ª Região Militar, com sede em Fortaleza, sendo inaugurado no dia 10 de novembro de 1942, provisoriamente em prédio residencial localizado à rua General Clarindo de Queiroz nº 1486, no centro antigo de Fortaleza.

Embora instalado em prédio residencial, graças às modificações sofridas e executadas de acordo com os limitados recursos financeiros, conduzidos pelo Capitão Cordeiro Neto, representante do Comando da 7ª Região Militar, o HMF iniciou seu funcionamento com 70 leitos, número esse suficiente às necessidades da recém-criada 10ª Região Militar, porque tudo foi previsto e providenciado.

É notório que o HMF, ao ser inaugurado, ressentia-se de várias deficiências oriundas do fato de ter sido instalado, por força de circunstâncias imperiosas, numa casa até então residencial, depois adaptada para servir, da melhor maneira, de estabelecimento hospitalar, além de contar com um efetivo muito reduzido.

Por essa razão, os primeiros Diretores, preocupados com a vida orgânica do novo estabelecimento hospitalar, tiveram que exercer suas atividades preferencialmente dentro da esfera burocrática: o efetivo, desfalcado, precisava ser completado; a aquisição do material indispensável ao bom funcionamento das Clínicas e Serviços tinha que ser providenciada, não obstante os sérios entraves criados com a dificuldade de transporte marítimo decorrente da guerra.

Acresce que o Alto Comando do Exército, em face das necessidades impostas pela guerra, aumentou o efetivo da Guarnição e, conseqüentemente, dotou o HMF, então de 3ª Classe, com o material de Hospital Militar de 2ª Classe. Isto, como é óbvio, impunha um reajustamento administrativo de grande monta, influindo portanto nas imediatas providências que deveriam ser tomadas, para aumentar a capacidade de hospitalização.

No dia 1º de março de 1948, ocupou as atuais instalações, onde permanece até hoje.




NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: