Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Fatos Históricos da Avenida João Pessoa


Rua da entrada de Porangaba, hoje se chama Sete de Setembro, é a continuação da Av. João Pessoa - Arquivo Nirez

Em dezembro de 1900 é fundada, na hoje Avenida João Pessoa, Parangaba, a Associação das Filhas de Maria Imaculada da Capela do Sagrado Coração de Jesus, do Hospital São Vicente de Paulo, pela Irmã Thomas.

10 de setembro de 1922 - Inaugurado o Café Centenário, antigo Café Benfica, na Avenida Benfica (atual Avenida João Pessoa), próximo ao cruzamento com a Rua Padre Francisco Pinto.

06 de julho de 1930 - Inauguração da estrada de concreto entre Fortaleza e Porangaba (Parangaba), construída pela Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas - IFOCS (hoje Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS), falando na ocasião em nome da Inspetoria, Coelho Cintra.Trata-se da hoje Avenida João Pessoa.
O concreto citado está ainda lá, só que sob o asfalto.

25 de junho de 1930 - Lei municipal denomina o jardim da Praça Comendador Teodorico (da Lagoinha - atual Capistrano de Abreu), de Jardim Tomás Pompeu e a estrada de Fortaleza a Porangaba (Parangaba) de Avenida Washington Luís (atual Avenida João Pessoa). A inauguração deu-se no dia seis de julho.

11 de outubro de 1930 - Reunem-se vários cidadãos e arrancam todas as placas da avenida que liga o Benfica a Parangaba, que tinha o nome de Washington Luís, colocando outras com o nome de Avenida João Pessoa.



 Avenida João Pessoa - Arquivo Nirez

21 de outubro de 1930 - O prefeito César Cals de Oliveira decreta que a Avenida Washington Luís passe a ter o nome de Avenida João Pessoa - oficializando a vontade popular - e dá o nome de Rua Paraíba à via que liga o Matadouro Modelo (atualmente Colégio Paulo VI) à Avenida João Pessoa. Depois se chamou Rua América, Rua Moacir Weyne e hoje se chama Rua Major Weyne e seu início, que era na atual Jorge Dummar, hoje é continuação da Avenida Borges de Melo, que vai até a Rua Damasceno Girão.

1931 - A firma A. Beleza & Cia. Ltda., na Rua Padre Mororó nº 67 (antigo), lançou os Cigarros Ideal Club Cearense, onde aparecem na carteira (maço) a bandeira do clube e as instalações localizadas na Avenida João Pessoa, nas Damas.




Avenida João Pessoa, no bairro das Damas trinta anos depois da segunda foto -Nirez

1931 - Surgem vários cinemas em Fortaleza, entre eles o Cine Benfica, na Avenida João Pessoa nº 3141, o Cine São Gerardo e o Cine Popular, na Rua Senador Pompeu, na Praça da Bandeira, hoje Praça Clóvis Bevilaqua.

03 de outubro de 1931 - Inaugurada a sede do Ideal Clube, com seu pavilhão para danças, no bairro das Damas, na Avenida João Pessoa, em terreno pertencente a Luís Gonzaga da Silva que o vendeu ao clube em prestações semestrais. O clube foi organizado por Pedro Augusto de Araújo Sampaio (Pedro Sampaio), que foi o primeiro presidente, Luís Gonzaga da Silva, Joaquim Markan Filomeno Gomes, Raul Cabral, Meton de Alencar Gadelha (Meton Gadelha), Maximiano Leite Barbosa Filho, José Meneleu Filho e Fernando de Alencar Pinto (Fernando Pinto).
A repercussão foi tamanha que logo surgiu uma nova marca de cigarros, a Ideal Clube onde sua sede na Avenida João Pessoa nº 4898 aparecia no verso e anverso, fabricados por A. Beleza & Cia Ltda.
Depois, aproximadamente em 1932 teve uma sede na Rua Tabajaras, nº 505, que era a chamada de "Filial da Praia", e por fim a atual sede, na Avenida Monsenhor Tabosa nº 1381, na Praia de Iracema, em prédio projetado pelo arquiteto Sylvio Jaguaribe Ekman.

07 de setembro de 1931 - Instala-se o Ideal Clube, de acordo com seus estatutos, embora tenha havido uma reunião anterior, no dia 15 de junho. Sua sede ficava na Avenida João Pessoa, nas Damas. Sua instalação deu-se no dia três de outubro.

13 de setembro de 1933 - Visita do sr, Getúlio Vargas ao local do porto de Mucuripe, à Fábrica de óleo de Oiticica e à Fazenda S. Antônio do Pitaguari, onde lhe foi oferecido um churrasco. A noite, jantar no Ideal Clube, à Avenida João Pessoa, homenagem da sociedade cearense.

07 de maio de 1934 - Em sessão realizada no Ideal Clube, na Avenida João Pessoa, o então presidente Joaquim Markan comunica a compra ao advogado Raul de Sousa Carvalho, de terreno na Praia de Iracema, para construção da sede daquele clube.
24 de maio de 1934 - Inauguração, a Avenida João Pessoa, do novo prédio do Colégio Maria Auxiliadora, para cuja construção muito contribuiu o Cel. Juvenal Carvalho.

26 de setembro de 1936 - O Prefeito Raimundo Araripe sanciona a lei municipal que dá a denominação de Rua João Sorongo a uma das vias públicas do lugar Barreiros, na Avenida João Pessoa.


Início da Rua 15 de Novembro - Arquivo Nirez

Início da Rua 15 de Novembro, que nasce no trilho do trem na Avenida João Pessoa onde tem o Bar Avião -Nirez

28 de julho de 1938 - Chega a Fortaleza, a bordo de um hidro-avião do Sindicato Condor, descendo no aeroporto da Barra do Ceará, o cantor Francisco de Moraes Alves (Francisco Alves), para uma temporada ao microfone do Ceará Rádio Clube - PRE-9, que tinha seus estúdios e transmissores na Avenida João Pessoa, nas Damas. Francisco Alves apresenta-se também no Teatro José de Alencar no dia 30.
Hospedou-se no Excelsior Hotel.

28 de novembro de 1938 - O Colégio das Salesianas (Colégio Maria Auxiliadora), passa a denominar-se Ginásio Juvenal de Carvalho, na Avenida João Pessoa, 4279. Na época o bairro era Dom Bosco.



Avenida João Pessoa final dos anos 80-Nirez

02 de outubro de 1949 - Chega a Fortaleza, em viagem de visita, o Presidente da República, general Eurico Gaspar Dutra, desembarcando no Aeroporto do Cocorote, sendo conduzido, via Avenida João Pessoa, onde são colocados arcos de boas vindas, até o centro da Cidade, onde ficava a sede do governo. Com ele veio o Ministro da Viação Clóvis Pestana.

23 de outubro de 1949 - Inaugurado, em Parangaba, o Bar Avião, na Avenida João Pessoa, na entrada da Rua 15 de Novembro, construído por Antônio de Paula Lemos, seu primeiro proprietário, que faleceu em 1958, ficando seu filho José Odacir Natalense Lemos à frente do bar. Atualmente está alugado a Emanuel Sá Linhares.

13 de abril de 1953 - É entregue ao tráfego a Rua Samuel Uchoa, no Jardim América, unindo a Avenida João Pessoa à Avenida 14 de Julho (hoje Avenida Gomes de Matos, com uma extensão de mais de um kilômetro).

13 de junho de 1953 - Inaugurada a Vila Santo Antônio, construída por José Maria Cardoso, na Avenida João Pessoa nº 5094, ficando conhecida como a Casa do Português, toda de concreto armado, três andares com subida de carro até o teto. Nela foram gastos 29 mil sacas de cimento, 540 toneladas de ferro, 180 milhões de tijolos e 40 mil latas de cal.
Depois foi ocupada por várias repartições públicas, começando pela Ancar.
Lá esteve também a Boate Portuguesa.

04 de janeiro de 1957 - Inaugura-se, às 16h, o Posto Shell, na Avenida João Pessoa nº 5.256, de propriedade de Gerardo Pessoa.

30 de junho de 1962 - Inaugura-se a Boate Portuguesa, na Vila Santo Antônio, conhecida como Casa do Português, na avenida João Pessoa nº 5094.

19 de março de 1970 - Inaugura-se o Centro Educacional Dom Lustosa, na Avenida João Pessoa.

02 de junho de 1974 - O Automóvel Clube do Ceará e o Automóvel Clube do Brasil assinam protocolo que resulta na criação do Automóvel Clube do Brasil-Ce., com sede na Avenida João Pessoa esquina com a Rua Álvaro Fernandes.


21 de Junho de 1975 - A Avenida João Pessoa, ainda conhecida pelo nome de Avenida Capistrano de Abreu, é aberta ao tráfego, após reforma, com mão única no sentido sul-norte.
07 de abril de 1989 - Reinaugurada, após reforma, a sede social do Ceará Sporting Club, na Avenida João Pessoa nº 3532, no Benfica.

09 de outubro de 1996 - Pelo Decreto nº 9.952 é criada a Escola de Ensino Fundamental Cláudio Martins, na Avenida João Pessoa nº 6.601, em Parangaba, no prédio onde funcionou o Ginásio Nordeste.

29 de maio de 2003 - O prefeito Juraci Magalhães inaugura, no bairro das Damas, o Pólo de Lazer Professor Gustavo Braga, que urbaniza e arboriza a lagoa de contenção criada para evitar transbordamentos dos canais das Damas e do Jardim América. Com isso, a prefeitura pretende acabar com o acúmulo de muriçocas e sujeiras no local, além de proporcionar à população, lazer e segurança.
O pólo de lazer, em frente ao Colégio Gustavo Braga, na avenida João Pessoa, 4680, é um equipamento com estrutura composta de uma quadra de esportes para a comunidade, bancos, árvores e pistas de contorno.
O titular da Secretaria Executiva Regional IV, João Melo, vereadores e lideranças dos bairros beneficiados estiveram presentes.

31 de agosto de 2004 - Lançado o livro O Benfica de ontem e de hoje, do cearense Francisco de Andrade Barroso, no salão da Saga, localizada na Avenida JoãoPessoa nº 3461, às 19h30min. O autor já tem outras quatro publicações, "Os Andrades", "Família Santos Lessa" e "As Igrejas do Ceará, vol.
1 e 2", todas independentes.
Francisco de Andrade Barroso é conselheiro da Associação Cearense de Auditores Fiscais da Previdência, vice-presidente da Academia do Columinjuba, diretor da Sociedade Cearense de Geografia e História, sócio do Colégio Brasileiro de Genealogia do Rio de Janeiro, pesquisador e autor de crônicas históricas.




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Fontes: Cronologia Ilustrada de Fortaleza - Nirez e Revista do Instituto do Ceará
 (Histórico, Geográfico e Antropológico) - 1957 e 1958

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A tranquilidade do Rodolfo Teófilo - Antigo Porangabussu


No dia 29 de Julho de 1966 o bairro Porangabussu recebe nova denominação: Rodolfo Teófilo. Conforme a lei de nº 3.249, de 28/07/1966.
Faz limites com Amadeu Furtado, Parque Araxá e Bela Vista.

Rodolfo Teófilo abriga a escola da Universidade Federal do Ceará (UFC), da medicina e do hospital. Conta ainda com várias instituições médicas, o Centro de Hemoterapia do estado (Hemoce) e o Incra, os dois últimos localizados na principal avenida do bairro, a José Bastos.

Estamos em 1960, em frente ao antigo Hospital das Clínicas, no Rodolfo Teófilo.

O bairro chamava-se Porangabussu, por causa da lagoa, mas, há 45 anos, recebeu o nome de Rodolfo Teófilo¹, em homenagem ao sanitarista homônimo. Ele empreendeu, sem apoio governamental, uma campanha de vacinação para extinguir uma epidemia de varíola que se alastrava em Fortaleza.

Casa da família Pinheiro Machado no antigo Bairro Porangabussu - Rodolfo Teófilo, no ano de 1966, rua Frei Marcelino, 1788. Acervo Adriano Machado

Ainda hoje, o bairro preserva traços antigos. Por exemplo, a prática de sentar na calçada, que permanece bastante forte no Rodolfo Teófilo. Prova disso é que, todos os dias, no fim da tarde, aposentados reúnem-se na calçada do senhor Moisés Maranhão, na Rua Frei Marcelino, número 1.410, para jogar dama. Apesar de a brincadeira ocorrer religiosamente a partir das 16h, o grupo garante que o jogo não é apostado.

Grupo Escolar Antônio Sales no Rodolfo Teófilo, em 1964.
Revista Manchete. Acervo William Beuttenmuller

Colégio Redentorista na rua Delmiro de Farias, 900, no bairro Rodolfo Teófilo.

De acordo com a comunidade, são poucos os casos de violência. Os moradores dizem gostar da tranquilidade reinante
"Eu nasci, casei, tive meus filhos, netos, bisnetos, tudo no Rodolfo Teófilo. Esse bairro representa tudo na minha vida. Nunca vou esquecer quando fugi com o meu esposo por aquela esquina. Hoje, nós estamos fazendo 49 anos de casados", lembra, com alegria, a operadora de máquinas Margarida Maria da Silva de Oliveira, de 65 anos.

Alunos na rua Francisca Clotilde do bairro Rodolfo Teófilo, da extinta Escola N.S. do Perpétuo Socorro. Anos70. Acervo Liandro Fiúza

 

Ela conta que a tranquila vida no bairro gira em torno da Lagoa de Porangabuçu, da Igreja São Raimundo e da Praça Novo Ideal, considerada, pelos moradores, o "coração" do bairro. É justamente essa praça um dos principais espaços de lazer do Rodolfo Teófilo. Lá, crianças, jovens e adultos brincam livremente, passeiam de bicicleta, jogam bola ou simplesmente jogam conversa fora.




De manhã cedo e no fim da tarde, o local é tomado por pessoas que fazem caminhada. É lá também onde funciona, às terças-feiras, entre as ruas Frei Marcelino e Gustavo Braga, a Feira do Rodolfo Teófilo, existente, segundo relato de populares, há mais de 50 anos.


 

De um universo de 18.839 habitantes, grande parte nasceu e se criou no local. Hoje, apesar do problema das drogas, o bairro é considerado tranquilo, sem muita violência. Tanto que, entre os moradores, um sentimento é bastante claro: são todos apaixonados pelo ambiente em que vivem. "Desde 1948, moro aqui. Não troco o Rodolfo Teófilo por nenhuma Aldeota. Aqui tem tudo: igreja, supermercado, feira livre etc", elogia o aposentado Francisco Ferreira, de 80 anos de idade, que chegou ao bairro aos 18.

Quem também conhece bem o Rodolfo Teófilo é o artesão Luís Gonzaga Lima Paes, de 59 anos. "Nasci aqui. Sou do tempo em que a gente tomava a bênção do padre, podia vê-lo as vezes que fosse", lembra o morador. "Seu" Luís conta que, antes, a Lagoa de Porangabuçu era bem maior, mas com o tempo, devido à expansão urbana, acabou tornando-se pequena.


Descontração

É a Lagoa de Porangabuçu a maior beleza natural do bairro. O local atrai, inclusive, pessoas de outras partes da Cidade que vão em busca de fazer caminhada, passear ou até mesmo arriscar uma pescaria. É o caso de um grupo de três amigos do Panamericano que, pelo menos duas vezes por semana, vai à lagoa em busca de lazer, descontração e descanso.

"A gente vem só para brincar, para desopilar. A lagoa é rasa e os peixes são pequenos. A gente vem mais pelo verme", reconhece um deles, o maquinista Henrique Chaves, de 44 anos. Logo atrás, na água, um amontoado de peixes fica na espreita, à espera de um momento para "atacar". O comerciário Francisco Acácio, de 57 anos, morador há 25 anos do Rodolfo Teófilo, vai, todo fim de tarde, passear com os netos na lagoa.

"Aqui, há uns 10 anos, ninguém via nada, era só mata e marginalidade. Agora, depois que a lagoa foi urbanizada, ficou bonita demais", elogia. Contudo, ele reclama que falta manutenção. "As pessoas não têm consciência, jogam lixo na lagoa. Deveriam conservar. Além disso, depois das 19h, isso fica abandonado, cheio de gente usando drogas", denuncia.

Equipamentos

Outra característica marcante do bairro é o complexo de saúde formado pelo Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), pela Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac) e pelo Instituto do Câncer. Alison Rodrigues Mendonça, presidente da Associação dos Moradores, explica que a presença dos equipamentos faz com que o bairro ganhe duas feições.

 

 

De dia, torna-se um local populoso, pela presença das pessoas que não moram no local, mas deslocam-se para trabalhar a fim de serem atendidas nas unidades de saúde ou para estudar. O que gera um problema: não se encontra lugar para estacionar. Já à noite, é, sobretudo, residencial. Alison diz que a principal deficiência é a falta de espaços de lazer.

Contrastes

População pede unidade de emergência

Um dos grandes contrastes do Rodolfo Teófilo é a questão da saúde. Apesar de o bairro abrigar equipamentos de saúde, quando a comunidade precisa de atendimento de emergência que ultrapasse o horário de funcionamento do Centro de Saúde Anastácio Magalhães, tem de recorrer a hospitais mais distantes. Entre os moradores, essa é uma reclamação unânime.

 

"O que falta mesmo é termos uma emergência 24h. Aqui, é um bairro universitário que forma médicos, mas, quando a gente precisa, não tem para onde ir", reclama o aposentado José Alves, de 70 anos. Ele conta que o problema nem sempre existiu, pois, antes, funcionava uma emergência ao lado da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac). "Quando a gente sentia qualquer coisa à noite, ia para a emergência. Hoje, temos de ir para o Frotão (IJF), para o Hospital Geral ou morrer aqui mesmo", lamenta.

A reclamação é semelhante à do artesão Luís Gonzaga Lima Paes, de 59 anos.
"Aqui, já foi melhor quando tinha a emergência", diz. Reivindicação igual é da operadora de máquinas Margarida Maria Silva, 65. Ela reclama que o centro de saúde não é suficiente para a demanda. "Precisamos de uma casa de apoio que disponibilize médicos 24h".

Fatos Históricos do bairro:

24 de outubro de 1873 - Dá-se, nesta data, o primeiro descarrilamento de trem em Fortaleza, quando a composição puxada pela locomotiva Maranguape sai dos trilhos no lugar denominado Porangabuçu, próximo à parada Amaral, hoje divisa dos bairros Benfica e Rodolfo Teófilo, no cruzamento da Avenida José Bastos com Rua Padre Cícero, terrenos do abolicionista José Correia do Amaral (José do Amaral). 

  12 de maio de 1940 - Inaugura-se, no bairro de Porangabuçu (hoje Rodolfo Teófilo), a parte já concluída da Vila Ozanan

  19 de janeiro de 1941 - Na Vila Porangabuçu ocorre a inauguração da Escola Assis Chateaubriand, iniciativa da "Casa de Proteção", associação patrocinada pelo coronel Raimundo de Holanda e Antônio Russo Italiano Sobrinho, em sede provisória, sendo lançada na ocasião, a pedra fundamental da futura e definitiva sede.

 25 de março de 1941 - Lançada a pedra fundamental do Hospital Carlos Carneiro de Mendonça, no Porangabuçu, falando na ocasião o Interventor Menezes Pimentel e o diretor do Departamento de Saúde Pública, Joaquim Eduardo de Alencar.

 07 de junho de 1942 - Assentamento da pedra fundamental da Igreja de São Raimundo no Porangabuçu (Rodolfo Teófilo), em terreno doado por Raimundo Bessa, próximo à lagoa de Porangabuçu, chamada também de lagoa do Bessa, alusão ao proprietário.

 15 de agosto de 1946 - Instala-se, no Porangabuçu, a Escola Demócrito Rocha, onde é inaugurado um retrato do saudoso jornalista, fundador do jornal O Povo.

 31 de janeiro de 1954 - No bairro de Porangabuçu é inaugurado o novo prédio, construído pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, do Grupo Escolar de Porangabuçu.

 17 de junho de 1956 - São retirados os ônibus que ainda faziam ponto na Praça do Ferreira, das linhas Porangabuçu, Igreja de São Raimundo e Sítio Bom Futuro, que passam para a Praça José de Alencar.


 03 de março de 1956 - Lançada, no Porangabuçu, a pedra fundamental da Maternidade Popular de Fortaleza, que depois se chamaria Maternidade Escola Assis Chateaubriand, da Universidade Federal do Ceará, inaugurada no dia 11 de dezembro do mesmo ano.
O projeto foi dos arquitetos Oscar Valdetaro, Roberto Nadalutti, Israel de Barros Correia e o engenheiro Carlos Miranda.
O construtor foi o engenheiro Jaime Verçosa.
O primeiro diretor da maternidade foi o professor José Galba Araújo


  13 de dezembro de 1963 - Chega em Fortaleza Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo e comitiva, para a inauguração da Maternidade Escola que tem hoje seu nome, no Porangabuçu


¹Médico sanitarista, intelectual, industrial e divulgador científico nascido em Salvador, Estado da Bahia, de extremo espírito público e inventivo, inventor da cajuína¹, não só do produto, como também do nome. Cedo ficou órfão, tendo de trabalhar como caixeiro e suportar humilhações, veio para o Ceará com apenas 15 dias de idade. Formou-se em Farmácia pela Faculdade de Medicina da Bahia, empreendeu uma batalha pessoal contra a varíola, lutando contra o medo da vacina, sem recursos, em tempo de seca, fome, da migração em massa e em péssimas condições de higiene. Sem apoio do poder público, enfrentou praticamente sozinho, em duas oportunidades, epidemias de varíola que vitimou milhares de pessoas em Fortaleza e interior do Ceará, no final do século XIX e início do século XX. Montado em um cavalo, cuidou sozinho da vacinação em massa pelos bairros pobres de Fortaleza durante os três primeiros anos do século XX. A cólera vitimou quase um terço dos seis mil habitantes de Maranguape, cidade nas cercanias de Fortaleza (1862) e no final da década seguinte (1878), a varíola matou um quinto da população da capital cearense. Vacinou próximo de duas mil pessoas (1902), não sendo registrado nenhum caso de varíola na capital cearense naquele ano. Obstinado ainda encontrou tempo para escrever 28 livros, aderir à causa abolicionista e militante na Padaria Espiritual, uma espécie de agremiação literária que, pelo comportamento irreverente de seus membros, antecipou o modernismo no Brasil. Faleceu em Fortaleza em 2 de julho de 1932 aos 79 anos.


Saiba mais sobre Rodolfo Teófilo aqui: Rodolfo Teófilo - Um grande Filantropo cearense de alma e coração

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Fonte: Diário do Nordeste, Wikipédia e Cronologia Ilustrada de Fortaleza - Nirez

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