Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Shopping Center Iguatemi



Da Salina do Diogo ao shopping da sua vida

Foto de 1961 - Arquivo Nirez

Há muito tempo, antes mesmo da década de 70, existiam naquela região muitos sítios. Entre eles, o Sítio Antônio Diogo, que ia dos trilhos até a Foz do rio Cocó e abrigava a Salina Diogo. Por isso, o bairro herdou esse nome. A ocupação no local, na verdade, era rarefeita, sem densidade. Não existia nada além da exploração do sal. Entretanto, quando a produção entra em declínio, a fábrica é desativada e o mangue começa a se recuperar.

Postal Salina do Diogo. Nesse local, depois seria erguido o Shopping Center Iguatemi. Registro de 1979 -  Foto de Elian Machado

Essa era a Salina do Diogo e nesse local foi erguido o Shopping Iguatemi - Registro de 1979 -  Foto de Elian Machado

Salinas do Diogo em 1979 -  Foto de Elian Machado

Quem passa diariamente pela ponte do Rio Cocó e visualiza uma cerca verde e viva formada por tantas árvores, não deve nem imaginar que a paisagem ali já foi muito diferente. No lugar do verde, a extensa região era deserta e branca, marcada pela existência de salinas. Dos tempos de produção e comercialização do sal restou apenas o nome do bairro.

Arquivo Carlos Juaçaba 

Arquivo Carlos Juaçaba 

Foto de Nelson Bezerra 

Em tempos de shoppings centers, arranha-céus e largas avenidas, são poucas as pessoas que ainda vivem para narrar as mudanças ocorridas no bairro.

A pensionista Maria dos Santos, 71 anos, viu o mato crescer e tomar conta do lugar as últimas décadas. Parte da sua vida, mais precisamente 19 anos, foi dedicada ao trabalho nas Salinas. "Costurando panos para que o sal fosse ensacado", recorda.

Diário do Nordeste

Salina Diogo em 1979 -  Foto de Elian Machado

Foto de Elian Machado

Foto de Nelson Bezerra - Década de 70

Salina Diogo em 1979 -  Foto de Elian Machado

No fim de 1979, o então estudante de jornalismo Elian Machado - hoje professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) -, foi três ou quatro vezes até as salinas da família Diogo para fotografar. Ele morava perto, ali no trilho da Santos Dumont. A família comprava leite numa das várias vacarias da região, ainda pouco habitada naquela época. 



“Queria registrar aqueles trabalhadores sofridos e tinha também a estética das salinas, aqueles morrinhos brancos feitos de sal me fascinavam. Mas não tinha pretensão nenhuma”, conta Elian. Tanto que os negativos ficaram guardados quase 20 anos até serem revelados e irem parar num banco de imagens. Encontrada pelo Iguatemi, a sequência de fotos acabou sendo usada numa campanha publicitária do shopping e numa exposição, uma tentativa de salvá-lo da fama de vilão do Parque do Cocó.

Construção do Iguatemi no final da década de 70 - 
Arquivo do amigo Assis de Lima

O Iguatemi quis mostrar como a área era degradada antes de sua construção e como ele contribuiu para a recuperação e preservação do entorno.

Construído antes da criação do parque - o que aconteceu apenas em 1989 -, o surgimento do shopping coincide com o início do movimento ecológico em Fortaleza. Numa época em que sustentabilidade ainda não existia no dicionário do politicamente correto, defender o mangue era uma tarefa meio solitária dos ativistas. “Já existia o movimento ambientalista, ele já se colocava, fazia críticas, tem fotos de grandes manifestações e passeatas em defesa do Cocó, mas a imprensa não dava muita visibilidade”, recorda o professor do departamento de geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jeovah Meireles.



Ilia Freitas, diretora da Jereissati Centros Comerciais, proprietária do Iguatemi, acompanhou o processo de definição do local onde seria construído o shopping. “Foi uma escolha técnica. As tendências apontavam que o destino da cidade era crescer pra cá, se pensou como seria fácil chegar aqui de qualquer lugar da cidade - não existia esse trânsito louco de hoje -, e havia essa área enorme das salinas”. Ela lembra que grande parte dos quase 450 mil m² comprados na época foram doados para a formação do Parque do Cocó. O empreendimento ficou com 110 mil m².

Mariana Toniatti - Jornal O Povo

Acervo de Carlos Juaçaba


O Shopping é de propriedade do empresário Tasso Jereissati, um dos sócios da empresa Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A., um dos subgrupos do Grupo Lisboa BernardesO shopping foi inaugurado em 02 de Abril de 1982 sendo um dos primeiros shoppings do estado do Ceará, foi um marco do varejo neste mercado. O bairro em que foi implantado - Edson Queiroz - era deslocado do centro de compras, pois o comércio de Fortaleza concentrava-se no Centro da cidade e na Aldeota. O Iguatemi fortaleceu o pólo de atração, iniciado pela vizinha Unifor, desenvolvendo o processo de ocupação da área vizinha. 


A grande inauguração foi noticiada no Diário do Nordeste - Júnior Madeira

Propaganda de inauguração do Iguatemi - Diário do Nordeste de 01/04/1982 -Acervo Júnior Madeira

E no Jornal O Povo

Foto da década de 80

Foto de 1981

Foto aérea da construção do shopping Iguatemi no Bairro Edson Queiroz.
Foto de 05-11-1981

Foto de 1982 (Ano da inauguração)


Em 1992 foi feita a primeira expansão com arquitetura inovadora utilizando coberta de vidro em área de passeio interno. Novas lojas surgiam, totalizando, naquele momento, 240. Uma nova praça de alimentação e três novas salas de cinema. No ano de 1995 foi construída a loja C&A e em 1999 com o Hipermercado Extra a quarta expansão. 

Iguatemi em 1982 do Anuário do Ceará

Publicidade do filme A Gata Borralheira (Cinderela), publicada no O Povo em 31/07/1986


O Shopping Iguatemi nos anos 90 - Acervo Fortal104

Shopping Iguatemi  em 1991 - Acervo Joaquim Madeira

Shopping Iguatemi na década de 90 - Arquivo DNeto

A quinta expansão do shopping tem início com a inaugurado em dezembro de 2001 do edifício garagem, com capacidade para 1000 novas vagas. Em 17 de julho de 2003 inaugura o Multiplex com 12 salas de projeção com capacidade para 3.300 lugares e mais duas lojas âncoras.

Shopping Iguatemi em 1984 e 2012. Acervo O Povo

Começou a construção do Iguatemi Empresarial, que ficará ao lado do Shopping Iguatemi.


Lojas: 300 

- Âncoras 8 (Lojas Americanas, C&A, Renner, Riachuelo, Maia, Centauro, Hipermercado Extra e Multiplex UCI)

- Cinema: 12 salas do UCI / Severiano Ribeiro

Área total Construída: 113.601 m²
Terreno: 238.103 m²
- Pavimentos 2


Estacionamento 4.100 vagas
Movimento 1.600.000 pessoas
- Administração IESC - Iguatemi Empresa de Shopping Center S.A.

Estrutura ou escultura


Em sua segunda ampliação, o shopping Iguatemi Fortaleza ganhou mais lojas e cinemas e um novo visual: uma fachada de vidro de 800 metros quadrados, protegida por marquise que tem como destaque uma peça estrutural com geometria espacial de dez metros de altura.

Inaugurado em 1982, época em que o conceito de shoppings tinha como foco abrigar grandes magazines, que serviam como âncoras, e lojas de grife, o Iguatemi Fortaleza reuniu inicialmente quatro lojas maiores e 120 lojas-satélites. A primeira ampliação, em 1992, atualizou o programa original, incorporando áreas de lazer e uma ampla praça de alimentação.



O projeto de ampliação foi concebido pelo arquiteto Gerardo Jereissati, sob consultoria do escritório de arquitetura norte-americano RTKL e do arquiteto José Maria Gaspar Rodes. O novo prédio tem três pavimentos e integra-se ao antigo; ele abriga lojas no térreo, lojas e bilheterias dos cinemas no primeiro andar e as salas multiplex no segundo.

Dois tipos de estrutura - de concreto e metálica - possibilitaram a otimização dos prazos e custos da obra. A estrutura de concreto compreende um pavimento, executado com pilares e lajes alveolares protendidos de concreto pré-fabricado. A partir do nível 12 metros, que abriga a área dos cinemas, o volume foi concebido por vigas e pilares de aço soldados do tipo I, combinados com perfis de aço dobrados de seções diversas, fixados em placas de concreto com inserts, prontas para receber a estrutura metálica.

Na cobertura foram utilizadas telhas zipadas de alumínio com lã de vidro e painéis de concreto celular com acabamento cerâmico nas laterais. As juntas de aproximadamente três centímetros entre os painéis receberam silicone estrutural. Todos os painéis foram testados com pressão de jato de água, para verificação dos níveis de estanqueidade.

Peça estrutural

Segundo o arquiteto Gerardo Jereissati, “a concepção arquitetônica do Iguatemi Fortaleza está inserida em novo conceito de shopping center, que evita o confinamento das pessoas a lugares fechados e ao percurso obrigatório. Hoje, os projetos mais funcionais adotam a livre circulação por espaços iluminados também com luz natural”.

Nesse contexto, a face principal, voltada para o sul, revela um grande pano de vidro de 800 metros quadrados, protegido por uma marquise que promove sombreamento na fachada o tempo todo, garantindo a iluminação indireta no interior do shopping e o bom desempenho do ar-condicionado.


Com 346 metros quadrados de área construída, a marquise conectada à estrutura principal da edificação segue as formas geométricas curvas e ortogonais da fachada principal. O vigamento de concreto do contorno curvo, associado ao trecho reto, fornece apoios para vigamentos secundários, que se distribuem paralelamente a cada dois metros, apoiando-se em sua outra extremidade e a uma viga de aço com comprimento total de 32 metros.

A solução estrutural atendeu à exigência arquitetônica de testeira com 1 400 milímetros de altura, revestida com painéis de alumínio composto, na cor prata. Na face superior da marquise foram empregadas telhas de alumínio zipadas sobre mantas de lã de vidro e na interior, forro com painéis de gesso acartonado.

Como elemento único de transmissão das cargas gravitacionais, oriundas da ação do vento, para as fundações, foi concebida uma estrutura de geometria espacial que serve de sustentação para o plano da marquise e para o cone. Trata-se de uma peça composta por dois perfis de eixo reto de 273 milímetros de diâmetro, que formam um V suspenso fixado no vértice, e um perfil de eixo curvo de 355 milímetros de diâmetro, ancorado em uma base de concreto. Esta é instalada no piso, através de ligações rotulares com pino em parafuso com diâmetro de 34,9 milímetros. Com dez metros de altura, esse elemento estrutural recebeu perfis tubulares de aço ASTM A-501 e acabamento de superfície à base de pintura epóxi.
Essa concepção permitiu que apenas um ponto tocasse o solo, embora em sua parte superior três pontos fixados na marquise sejam efetivamente de apoio. O emprego de elementos tracionados em barras redondas, associados a elementos tubulares comprimidos, confere leveza e expressão arquitetônica para um componente estrutural normalmente pouco explorado em termos de desenho, explica o engenheiro Raimundo Calixto de Melo, responsável pelo projeto de estrutura metálica, vidros e esquadrias.

Elemento lúdico
O cone instalado na cobertura da marquise marca a entrada do shopping como um elemento lúdico, que lembra um caleidoscópio. Com dez metros de altura e seis de base, a estrutura metálica do cone, apoiada diretamente na estrutura da marquise, na região dos apoios do pilar tridimensional, forma um pórtico espacial constituído pelo cruzamento de seis pórticos contraventados através de um sistema similar de cabos e montantes.

Detalhe dos suportes diagonais com rótulas articuladas, conhecidas como aranhas

Devido a exigências arquitetônicas quanto a leveza e transparência, foi adotado um sistema estrutural que associa elementos tubulares retangulares, absorvedores dos esforços de compressão e flexão, e barras redondas responsáveis pela absorção dos esforços de tração.

Para o fechamento das 12 faces que constituem a superfície poligonal do cone foram utilizados 120 metros quadrados de vidro laminado refletivo verde, dez milímetros, fixados à estrutura por meio do sistema vidro encapsulado com silicone (VES), que utiliza um perfil de silicone como proteção das bordas.

No interior do shopping, os pilares são revestidos com chapas de aço inoxidável. Os guarda-corpos receberam proteção com vidro temperado laminado de dez milímetros com dupla laminação, fixado em três bordas com perfis de aço inoxidável de 19 milímetros, vedado com borracha de neoprene, e as escadas rolantes possuem vidros laminados e adesivados de sete milímetros.

No hall, um painel de vidro jateado de 4,20 metros de largura por 3,20 de altura e espessura de 25 milímetros está instalado dentro de uma fonte de água. Ele foi fixado em uma calha de 30 centímetros dentro do piso. Revestida de alumínio, a calha recebeu isolamentos de borracha de silicone extrudado. Os pilares de concreto foram revestidos com chapas de aço inoxidável intercaladas dos tipos veneziana e desenhada. Na parte inferior das colunas foram adotadas chapas perfuradas de aço inoxidável 304 escovado, com espessura de um milímetro e furos do tipo veneziana.

O revestimento dos pilares é formado por três chapas de 1,07 metro de largura por três metros, instaladas em uma estrutura de alumínio circular fixada no concreto. Para a junção das chapas foram feitas abas de encaixe que receberam parafusos com juntas vedadas com perfis de aço inoxidável. No caso das chapas desenhadas, as abas foram encaixadas nos perfis do tipo U da estrutura de alumínio, eliminando o acabamento das juntas.

Detalhe dos perfis de eixo reto de 273 milímetros de diâmetro, que formam um V  suspenso, fixado no vértice

A coloração do aço inoxidável foi obtida por meio de uma sequência de tratamento químicos e eletroquímicos que promove o crescimento homogêneo e controlado da camada de óxidos que naturalmente revestem sua superfície, sem utilização de pigmentos ou corantes. O processo permitiu a gravação dos desenhos definidos pelo arquiteto.

Fachada de vidro

Para transmitir a sensação visual de movimento, o projeto de arquitetura concebeu uma fachada com formas geométricas e elementos estéticos, revelados por um pilar tridimensional e um cone de dez metros de altura, instalado na cobertura da marquise. Ela combina três panos de vidro, produzidos nos sistemas structural glazing, e fachada suspensa.

A estrutura metálica é constituída por treliças verticais, de 11,40 metros, fabricadas com perfis tubulares de aço soldados, com acabamento de superfície à base de pintura epóxi

As faces revestidas com structural glazing - uma curva, facetada, e a outra reta - estão separadas pela fachada suspensa, que tem vidros temperados e laminados, 16 milímetros, da Glaverbel, ancorados pelo sistema diagonal de fixação JSD, da empresa JSD. Trata-se de um envidraçamento composto por suportes diagonais com rótulas articuladas - conhecidas como aranhas de uma, duas, três e quatro pernas -, estrutura metálica primária e cabos de aço para contraventamento.
A estrutura metálica primária é constituída por nove treliças verticais, de 11,40 metros, fabricadas com perfis tubulares de aço soldados com acabamento de superfície à base de pintura epóxi. Para evitar o contato com os usuários do shopping, as treliças começaram a ser fixadas a partir de 2,30 metros do piso, ultrapassando 1,30 metro o forro, onde foram chumbadas na estrutura de concreto. A primeira e a última treliças estão inclinadas a 30 graus e as demais estão a cada 1,96 metro de distância. Essa disposição contribui para melhor distribuição de cargas.

Para proteger a fachada no nível do piso foi criado um rodapé de alvenaria, revestido com granito. Por trás dele está instalado o perfil de alumínio que recebe as placas de vidro. Na interface das placas de vidro com os perfis foram utilizadas borrachas de neoprene e vedação com silicone.

O engenheiro Calixto explica que, como o sistema exigiu grande precisão dimensional para evitar surpresas na montagem dos vidros, todas as treliças estão alinhadas através de um sistema horizontal de contraventamento, realizado por meio de cabos de aço inoxidável cujo tensionamento é mantido por esticadores. O sistema de contraventamento interliga as treliças da estrutura metálica, mantendo rigorosamente as distâncias entre as elas.

A fachada suspensa utilizou apoios diagonais de duas, três e quatro pernas para fixar, respectivamente, dois, três e quatro painéis de vidros. As aranhas, como conectores entre o vidro e a estrutura primária, são responsáveis pela transmissão das cargas gravitacionais e transversais para as treliças, que, por sua vez, as distribuíram para a estrutura de concreto. A vedação das aranhas foi feita com um anel de EPDM.

Nas fachadas structural glazing, instaladas nas áreas de lojas e acima da marquise, o arquiteto preferiu utilizar vidros refletivos verdes, criando uma contraposição entre as fachadas e protegendo as vitrines das lojas da luz indireta.
Foram utilizados 650 metros quadrados de vidro laminado refletivo Glaverbel, dez milímetros, na cor verde, encaixilhados em perfis de alumínio da linha PV - II da Alcoa, vedados com silicone estrutural Dow Corning 995. A adoção de uma estrutura metálica possibilitou o uso de perfis mais leves na execução dos caixilhos.

E para recordar, um vídeo de 1990:




Fontes: Diário do Nordeste, Jornal O Povo, Wikipédia, Youtube

Ruas de Fortaleza - Mudanças (Rua Boris)


Foto de 1908
A antiga travessa da Praia (atual Rua Boris), perpendicular à rua da Praia (Avenida Pessoa Anta), foi, durante muito tempo, conhecida como ladeira do Solon, por residir na mesma, no prédio que vemos ao longe na foto mais antiga (um chalé com portas arqueadas), o coronel Solon, que possuía uma plantação de videiras e lá residiu por 21 anos.


Na velha foto, de cartão postal de 1910, vemos, na esquina, uma casa tipo beira-e-bica, seguida da Casa Boris, fundada em 1869, tendo como razão social a firma "Théodore Boris & Irmão" constituída de Aiphonse Boris e Théodore Boris, o primeiro chegado em 1865, de navio e o segundo pelo interior em 1867. Em 1870 a firma passou a denominar-se "Boris Frères", com a administração dos sócios Achiles Boris, Adrien Boris e Isaie Boris, tendo como sede a cidade de Paris.
Em 1878 Isaie veio morar no Ceará, chegando a vice-cônsul Francês. Quando se foi, em seu lugar ficou Achile. Graças à firma Boris Frères é que hoje temos a oportunidade de conhecer Fortaleza no início deste século, através de mais de cento e sessenta fotografias editadas em dois álbuns em 1908 sob o título de Vistas do Ceará - 1908 impresso em Nancy, França, por Imprimeries Réunies de Nancy. Infelizmente não foi identificado o fotógrafo.
Na velha foto os trilhos de trem passavam pela atual Pessoa Anta, no rumo do porto (Ponte Metálica), passando pela Alfândega.


Na segunda foto(P&B), de Osmar Onofre, já não existem os trilhos nem o calçamento, mas o asfalto; as calçadas continuam irregulares tanto na largura como na altura, embora hoje existam o meio-fio e um código de obras e posturas que determina a regularidade tanto na altura como na largura; a casa de beira-e-bica foi reformada; a casa do coronel Solon desapareceu com a construção da avenida Leste-Oeste; novas construções surgiram prosseguindo a rua; postes de concreto levam a luz e a força através dos fios; somente a Casa Boris resistiu ao tempo.
Em frente à Casa Boris hoje existe um calçadão que vai da Rua Boris até a Rua Almirante Jaceguai, que faz parte do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura. Infelizmente existe hoje uma prática de pintar-se as casas antigas com cores vivas, o que não se fazia antigamente, tornando-as hoje ridículas.
Dever-se-ia proceder a uma prospecção para descobrir a tinta primitiva e da mesma cor pintar os edifícios para dar o aspecto da época.




Crédito: Portal da História do Ceará e Nirez

Ruas de Fortaleza - Mudanças (Av. Alberto Nepomuceno)


Localizado na Av. Alberto Nepomuceno esta é a imagem lateral do Palacete da Fazenda.

Este é o segundo quarteirão da antiga Avenida Rua da Ponte, depois Avenida Sena Madureira, hoje Avenida Alberto Nepomuceno em foto que data de aproximadamente 1945 e mostra além da avenida com pavimentação de paralelepípedos, os trilhos dos bondes elétricos, da The Ceará Tramway Light and Power Ltda, que transitaram pela cidade de 1913 a 1947. Nesse caso eram os bondes da linha "Prainha". Os carros, tanto automóveis como caminhões mostram os modelos anteriores à época. Muitos dos caminhões - sua maioria - são aproveitamento de automóveis que tinham sua flandagem cortada para colocação de carroçaria de madeira feita em serrarias de Fortaleza.

Os prédios à esquerda, construídos em 1915 pelo comerciante Raimundo da Silva Frota abrigavam várias firmas, sendo que na esquina em frente à Secretaria da Fazenda (Recebedoria do Estado) ficava a firma Leite Barbosa & Companhia, o Sindicato dos estivadores, a Colônia dos Pescadores do Ceará e muitas outras casas do comércio atacadista.

No térreo funcionava a firma V. Castro & Companhia, agentes de navegação.
A Segunda foto, obtida pela objetiva do fotógrafo Osmar Onofre, foi colhida num Domingo, por isto a ausência de carros, mas serve para mostrar como é a parte térrea dos prédios, que não é vista na foto antiga. As árvores desapareceram, existindo hoje apenas duas, plantada depois da derrubada das antigas, pelo tamanho. O governo do Estado, através do decreto nº 20.073, de 8 de maio de 1989, desapropriou os prédios que hoje pertencem à Secretaria da Fazenda, estando preservados embora pintados espalhafatosamente como antigamente não se fazia. Felizmente a segunda fotografia, em virtude da luz, disfarçou as cores.


Saiba mais sobre a Av. Alberto Nepomuceno no post da Secretaria da Fazenda


Fonte: Fortaleza de Ontem e de Hoje e arquivo Nirez

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Postais antigos II

Postal antiquíssimo do Correio do CE




Postal Agência do Lloyd Brasileiro, 1905



Fênix Caixeiral, postal de 1910

Data desconhecida

Palácio Placido

Palacete-Hotel Brasil, raro postal
Hotel Central_Em estilo neoclássico esta construção pertenceu ao comerciante Plácido de Carvalho

Cine Theatro Majestic Palace, inaugurado em 1917



Cine Theatro Majestic Palace 1917-1920 Antiga Rua da Palma, Major Facundo, no cruzamento com a Travessa Municipal, em destaque o Majestic Palace de 1917
Centro Literário



Banco Frota & Gentil, postal de 1925



Postal de data desconhecida - Detalhe para as casas de época


O antigo Mercado Publico, ou Mercado de Ferro, na rua Floriano Peixoto, num postal editado por volta de 1910. Desmontado em 1937, no mesmo local, situa-se, hoje, o palácio do Comercio.



Antiga R. da Palma e Casa Placido

Antiga Igreja da Sé
1904. Praça do Ferreira. Rua Major Facundo


Mucuripe



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Secretaria da Fazenda


Antigamente as arrecadações das províncias eram feitas por repartições que eram denominadas Almoxarifado e que enviavam depois para a junta de fazenda da sede, em nosso caso, Pernambuco. Depois passou a chamar-se Provedoria, mas continuava subordinado à Junta. No dia 24 de janeiro de 1799 foi criada a Junta da Fazenda do Ceará, diretamente subordinada ao Real Erário. Em 1831 todas as Juntas foram extintas e surgiram as Tesourarias; posteriormente as tesourarias estaduais passaram a Inspetorias. Em 1891 surgiu a Secretaria dos Negócios da Fazenda, dividida em vários setores como o Tesouro, a Recebedoria, a Contadoria, a Procuradoria e o Departamento de Estatística, além do Gabinete do Secretário. Somente em 1905 entrou em vigor a Secretaria da Fazenda.



O prédio da Secretaria da Fazenda (Edifício Edson Ramalho) teve sua pedra fundamental lançada em 08 de julho de 1924 e foi inaugurado em 27 de novembro de 1927. Iniciada a construção no governo do prefeito Ildefonso Albano e concluído na administração de Moreira da Rocha, no ato da inauguração, realizado em um dos salões do andar superior, a solenidade contou com a participação do Presidente do Ceará, Desembargador Moreira da Rocha, autoridades eclesiásticas e do alto escalão militar. A edificação em estilo eclético preserva até hoje sua estrutura original, com dois pavimentos, sendo o piso superior em concreto armado. As fachadas apresentam vários elementos decorativos e são marcados pelos acessos principal e lateral. O acesso principal é encimado por um torreão com linhas barrocas, que possui uma escada central em madeira, iluminada por amplo e colorido vitral. Devido sua importância histórica, artística e cultural, foi o primeiro prédio tombado no Ceará. Seu conjunto arquitetônico é um dos mais belos de Fortaleza. Créditos: Fortaleza Convention & Visitors Bureau

Endereço: Localizado no cruzamento das avenidas Nepomuceno e Pessoa Anta.



A Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará ou simplesmente SEFAZ Ceará é uma das mais antigas instituições públicas da administração estadual, considerando a sua criação por meio da Lei nº 58, de 26 de setembro de 1836, há 170 anos, quando José Martiniano de Alencar - pai do escritor cearense José de Alencar - era o Presidente da Província do Ceará.

Inicialmente o órgão recebeu a denominação de Thesouraria Provincial, em cujo Art. 1º da lei consta a seguinte constituição: “Art. 1: Haverá um inspector, um contador, um thesoureiro, um primeiro escripturario, dous segundos, um porteiro e um continuo, que formarão a repartição, por onde se arrecadará a receita, e se fará a despeza da provincia.” Desde então são decorridos 170 anos de uma história institucional que se confunde com a do próprio Estado, de incontáveis serviços em defesa dos reais interesses dos cearenses, haja vista que muitos “cobradores de impostos e taxas”, como são chamados os agentes do fisco, perderam a vida no cumprimento do dever.



Em 1993 foi comemorado o “Centenário da Sefaz”, na gestão do então Secretário João de Castro Silva, período marcado por uma série de eventos institucionais que abrangeram a capital e o interior do Estado, procurando integrar os fazendários do passado e do presente, aproximando ainda mais a organização do contribuinte.

Referido marco histórico-temporal aludia às mudanças político-administrativas decorrentes da Proclamação da República (15 de novembro de 1889). Com a Constituição Política do Ceará em 1891, o órgão arrecadador do Estado teve seu nome alterado para Secretaria dos Negócios da Fazenda, ocorrendo a sua instalação em 28 de setembro de 1891. Esta mudança ocorrida há 115 anos foi tão significativa que a feição institucional da Sefaz de hoje, a despeito das sucessivas atualizações de gestão do fisco estadual ao longo dos decênios, deram-se a partir de um novo país que emergia com o fim da Monarquia, com a destituição de D. Pedro II.

THESOURARIA

Em 22 de junho de 1837, ainda no período imperial, foi baixado o Regulamento de nº 9 para organização da Thesouraria Provincial, atendendo ao disposto nos arts. 3 e 7 da Lei que a instituiu, do qual destaque-se: “Art. 1. Fica creada uma thesouraria, cujos empregados serão na forma do 1º artigo da lei, um inspector, um contador, um thesoureiro, um primeiro escripturario, dous segundos, um porteiro, e um continuo, a qual será a repartição por onde o governo provincial arrecade a receita e faça a despeza na província na forma da lei do orçamento, e mais leis e regulamentos em vigor. Esta repartição é inteiramente subordinada ao presidente da província, e considerada como secretaria das finanças do governo provincial.”

Sete anos depois, a necessidade de interiorização e descentralização das atividades fazendárias resultou na criação das Coletorias, por meio da Lei nº 252, de 15 de novembro de 1842, que em seu Art. 13 consta: “Em todos os lugares onde o inspector, depois de ouvir o contador e procurador-fiscal julgar conveniente, haverão collectorias, que serão compostas de um collector e um escrivão.”

Fazendo jus às suas origens, à missão institucional de “Captar recursos financeiros para atender às demandas da sociedade”, a Secretaria da Fazenda prossegue célere na construção do futuro, no cotidiano de suas ações, tendo no desempenho de seus profissionais do passado e do presente o testemunho de comprometer-se com um Estado que seja digno do Ceará, “Terra da Luz".

Secretários de 1950 à 1979








A Secretaria da Fazenda em Fortaleza tinha prédio próprio na antiga Avenida Sena Madureira (hoje Alberto Nepomuceno), no local onde foi o Fórum Clóvis Beviláqua que foi implodido. O atual prédio, na mesma avenida esquina com Rua Adolfo Caminha foi projetado e iniciada sua construção em 1924, sendo terminado e Inaugurado em 27 de novembro de 1927. O projeto foi do engenheiro-arquiteto José Gonçalves da Justa.


A foto antiga data de 1938, colhida pela Aba Film e foi feita em negativo de vidro no tamanho 13x18cm, que dá um ângulo não conseguido pelas máquinas de hoje, cujo negativo tem apenas 35mm. A distância do prédio para o fotógrafo também mudou, pois na foto antiga havia mais espaço (ver a ponta da calçada). Atualmente há construções novas no local onde o antigo fotógrafo ficou.


A segunda foto mostra algumas diferenças no alto do prédio e à frente, a estátua de Alberto Nepomuceno, o maestro cearense de projeção mundial que hoje é patrono da avenida.

Arquivo Nirez

Saiba mais sobre a Av. Alberto Nepomuceno aqui

PADARIA ESPIRITUAL 1892-1898


O documentário resgata a história da Padaria Espiritual, o mais original e irreverente movimento artístico-literário que aconteceu no Ceará.

Em janeiro de 1890, O Bond, jornal humorístico que circulava em Fortaleza, ao focalizar Ulisses Bezerra num dos seus "Perfis elétricos", dizia dele, entre outras coisas: "É sócio do grêmio do Café Java." Parece-nos evidente que esse grêmio do Café Java era nada mais nada menos que o embrião da Padaria Espiritual, que surgiria dois anos mais tarde para ser uma das mais originais e importantes agremiações da história cultural do Ceará.


Definição: era uma sociedade literária de grande prestígio, liderada por Antônio Sales. Tinha como filosofia prover o pão do corpo e o pão da alma, passou por duas vezes no seu trajeto existencial;
Pão: Nome do Jornal que publicava os trabalhos realizados pelos membros da sociedade, era também o resultado da produção desenvolvida pelos padeiros (membros da associação).
Fundação:30 de maio de 1892, quando foi inaugurada a 1ª fornada; seu 1ºforno ou sede localizou-se na Rua Formosa N.º 105. A festa terminou com a valsa Pão Duro, composta por Henrique Jorge e a Padaria Espiritual do flautista Nascimento. A 1ª sessão preparatório realizou-se no Café Java – Praça do Ferreira ao ar livre.

Fundadores: Juvino Guedes, Antônio Sales, Raimundo Teófilo de Moura, Álvaro Martins, Henrique Jorge, Livio Barreto, Adolfo Caminha...; eram 20 ao todo, os Padeiros e cada um adotou um nome de guerra.
Composição da Mesa: Padeiro-Mor (Presidente), Juvino Guedes – de 30 de maio de 1892 a 5 de outubro de 1894; dois forneiros(secretário); um Gaveta (tesoureiro), um Guarda Livros (Bibliotecário) e um Investigador das coisas e das gentes (olho de providência). Além de Juvino ocuparam as funções de Padeiro-Mor:
José Carlos Júnior: 1894 a 29 de maio de 1896 quando faleceu ,foi o período mais brilhante da instituição.
Rodolfo Teófilo: 19 de junho de 1896 a 20 de dezembro de 1898. Houve ainda um Padeiro-Mor honorário: Juvenal Galeno, recebeu o título em 27 de setembro de 1895 , no seu 59º aniversário.
A 1ª fase da Padaria terminou em 28 de setembro de 1894 e caracterizou-se pela excentricidade dos atos e dos gestos , foi quase que somente em divertimento , boêmia e desordem (alegria, despreocupação e desordem); mesmo assim já eram produzidos trabalhos literários importantes; uma das sessões realizadas em outubro de 1892 era lido um capítulo do romance A Normalista obra de Adolfo Caminha que gerou grande polêmica.
A 2ª fase da Padaria de 25 de setembro de 1894 a 20 dezembro de 1898, data de sua extinção. Houve uma reorganização tendo sido admitido mais 14 sócios, entre eles: Rodolfo Teófilo, Antônio Bezerra, Roberto de Alencar, Cabral de Alencar e Eduardo Sabóia; foi eleita uma nova diretoria. Nessa fase apresenta-se como “uma sociedade literária grave; preocupou-se com a publicação de livros, sem eliminar o espírito brincalhão época de seriedade e trabalho.
Jornal "O Pão": periódico quinzenal e porta voz da Padaria; teve 2 fases.




Carimbo da Padaria - 1992 – Centenário da Padaria Espiritual (de 20 a 25/01/1982)


1ª fase: de 1º de junho de 1892 a novembro; estampava em suas páginas em maior escala a irreverência - espírito de troça.
2ª fase: janeiro de 1895 até outubro de 1896, nesse período publicaram alguns capítulos dos principais livros e muitos dos trabalhos principais produzidos pelos padeiros. Foi publicado inicialmente pela Tipografia da República e depois pela Tipografia Studart, na Rua Famosa 46.
Locais das Sessões: O Forno funcionou inicialmente na Rua Formosa (Barão do Rio Branco) nos n.ºs. 105, 106 e 11 consecutivamente, tinha como mobília uma mesa rústica com cadeiras utilizadas nas sessões, daí saiu e passou a realizar as sessões nas residências dos padeiros, com a presença de senhoras e cavalheiros que assistiam a leitura de versos e prosas, faziam música e acabava em urna mesa de chá e bolos. Quando não aconteciam no forno, as reuniões eram realizadas no Café Java, num quiosque preparado especialmente ao lado, pelo proprietário Mané Côco. Na última fase a em que Rodolfo Teófilo era Padeiro-Mor (1896 1 1898), a Padaria teve como única sede a sua casa e como padroeira intelectual e domestica sua esposa D. Raimundinha; as reuniões eram semanais.
Livros editados pela Padaria: Phantos, de Lopes Filho; Flocose Vargas, de Sabino Batista (1894 - 1896); Contos do Ceará, de Eduardo Sabóia; Trovas do Nordeste, de Antônio Sales; Os Brilhantes, Maria Rita e Violação, de Rodolfo Teófilo; Versos e Marinhas, de Antônio de Castro; Chromos, de Xavier de Castro; Dolentes, de Lívio Barreto; Perfis Sertanejos, de José Carvalho. A Padaria representou o período áureo da história das letras regionais, fazendo com que a intelectualidade brasileira se voltasse para o Ceará aumentando positivamente o conceito do Estado a nível nacional.

A instalação contou com programa escrito por Antônio Sales, o qual foi transcrito em um jornal da então capital federal, o Rio de Janeiro, o que deu notoriedade ao movimento. A cada domingo, um jornalzinho de oito páginas chamado O Pão era "amassado" e fez circular 36 números, até que em dezembro de 1898, depois de 6 anos de atividades, a Padaria fecha. Os títulos dos membros desta academia seguiam o padrão usado nas padarias reais:

Forno: a sede do movimento
Padeiro-mor: o presidente
Forneiros: os secretários
Gaveta: tesoureiro
Investigador das cousas e das gentes: bibliotecário
Amassadores: sócios
Em 1992, ano do centenário da Padaria Espiritual, um grupo que reuniu escritores, artistas plásticos, músicos e amantes da arte decidiu por as mãos na massa e voltar a produzir O Pão que, da mesma forma que seu antecessor, passou a oferecer alimento fino para a alma: literatura.

Alguns amassadores e seus nomes de guerra


Adolfo Caminha - Félix Guanabarino
Antônio Bezerra - André Carnaúba
Antônio Sales - Moacir Jurema
Artur Teófilo - Lopo de Mendoza
Cabral de Alencar - Abdhul Assur
Eduardo Sabóia - Braz Tubiba
Henrique Jorge - Sarasate Mirim
José Carvalho - Cariri Braúna
José Maria Brígido - Mogar Jandira
José Nava - Gil Navarra
Juvenal Galeno
Jovino Guedes - Venceslau Tupiniquim
Lívio Barreto - Lucas Bizarro
Roberto de Alencar - Benjamim Cajuí
Rodolfo Teófilo - Marcos Serrano
Sabino Batista - Sátiro Alegrete
Temístocles Machado - Túlio Guanabara
Ulisses Bezerra - Frivolino Catavento

O poeta Lívio Barreto, se vivo fosse, teria completado 139 anos em 18 de fevereiro de 2009.
  

Com o pseudônimo de Lucas Bizarro, foi um dos fundadores da Padaria Espiritual, irreverente grêmio literário cearense.

“Dolentes”, seu livro póstumo é o maior representante cearense do Simbolismo, movimento artístico de ruptura ao Realismo, cuja vertente poética foi denominada Parnasianismo. O Simbolismo, assim, redescobre a subjetividade, o sentimento, a imaginação e a espiritualidade. Em justiça à memória do poeta que faleceu aos 25 anos, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará publica Dolentes, único livro de Lívio Barreto, e faz o lançamento no dia 23 de abril de 2009, às 19h, na Casa de José de Alencar, dentro das comemorações do Dia Internacional do Livro.







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