quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Jornal 'O Cearense' - Ano:1825
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Guilherme Studart - Um Barão
Guilherme Chambly Studart, o Barão de Studart, (Fortaleza, 5 de janeiro de 1856 — Fortaleza, 25 de setembro de 1938) foi médico, historiador e vice-cônsul do Reino Unido no Ceará. Filho de John William Studart, comerciante e primeiro vice-cônsul britânico no Ceará, e de Leonísia de Castro Studart.
Fez os primeiros estudos no Ateneu Cearense, transferindo-se, posteriormente, para o Ginásio Bahiano. Matriculou-se, em 1872, na Faculdade de Medicina da Bahia, onde doutorou-se em 1877. Exerceu, durante muitos anos, a atividade médica, principalmente no Hospital de Caridade de Fortaleza.
Participou ativamente do movimento abolicionista no Ceará, como um dos membros da Sociedade Cearense Libertadora. Discordando dos meios defendidos por esta, desliga-se para fundar, ao lado de Meton de Alencar, o Centro Abolicionista 25 de Dezembro, em 1883.
Logo depois da morte do pai, em 1878, herdou o título de vice-cônsul britânico no Ceará.
Católico militante, dedicou-se à caridade e à filantropia. Como reconhecimento, o então bispo do Ceará, D. Joaquim Vieira, solicitou a autorga do título de barão da Santa Sé, concedido, em 1900, pelo Papa Leão XIII.
Foi membro de inúmeras instituições, destacando-se a Academia Cearense de Letras, o Instituto do Ceará, o Centro Médico Cearense, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, o Instituto Histórico e Geográfico Pernambucano, o Centro Literário, o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, o Instituto Histórico de São Paulo, o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, o Instituto Histórico e Geográfico Fluminense, a British Medical Association, a Sociedade de Geografia de Paris e a Sociedade de Geografia de Lisboa.
Autor de inúmeros trabalhos nas áreas de Medicina, línguas (Elementos da Gramática Inglesa, 1888), Geografia e biografia. Foi na História, entretanto, que ele se destacou, publicando mais de uma centena de textos, entre artigos e livros, abordando, especialmente, a História do Ceará. Suas obras são, ainda hoje, essenciais para o estudo da matéria.
Sua batalha foi para que a memória do Ceará não se perdesse. Lutou e conseguiu desenvolver vários trabalhos, hoje fonte de pesquisas para vários historiadores do Brasil e de vários países. Uma de suas frases, proferidas diante de amigos e considerada a mais importante para muitos, foi quando já cansado pelos anos disse:
Inicio hoje a publicação dos documentos relativos à vida do Brasil Colônia: vejo assim realizado um dos mais queridos projetos. Do que me pertence faço de bom grado, partilharem os amantes da história pátria, tendo como certo que eles encontrarão algum subsídio aproveitável ao cabedal que há anos vou acumulando e ora lhes é ofertado. A este volume muitos outros se seguirão, se as forças, já tão alquebradas mo consentirem.
Figura exponencial dos meios culturais e católicos no Ceará.
Pertencia a um sem número de associações e sociedades nacionais e estrangeiras.
As obras de Barão de Studart e os documentos que redigiu para a História do Ceará formam valioso patrimônio para a cultura do Brasil.
Foi a figura máxima dos abolicionistas conservadores, não daqueles de João Cordeiro, de "Matar ou Morrer".
O Baronato que lhe outorgou a Santa Sé, com a assinatura de Leão XIII, no breve de 22 de janeiro de 1900, foi um dos prêmios de sua conquista enorme de bondades. A comenda foi solicitada pelo Bispo Dom Joaquim Vieira que conhecia sobejamente os refolhos d'alma do ilustre varão homenageado.
Faleceu em 25 de setembro de 1938 em Fortaleza. Foi um dos fundadores do Instituto Histórico do Ceará, expoente máximo da cultura Alencarina.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Diário do Governo do Ceará - O pioneiro
domingo, 22 de agosto de 2010
Da glória ao esquecimento
Arquitetura da Igreja Nossa Senhora do Carmo
sábado, 21 de agosto de 2010
A Pequeno Grande e os órfãos
Igreja de São Pedro dos Pescadores - Mucuripe
A pedra fundamental da Igreja de São Pedro dos Pescadores foi colocada em 1852. Na época, ela era chamada de Capella Nossa Senhora da Saúde do Mucuripe. O templo já foi lugar de mobilização da comunidade em 1909, quando os moradores se uniram em oposição à Diocese, que havia determinado o arrolamento dos bens e a instalação de um cofre no local. A Igreja ficou fechada durante sete anos, sendo reaberta em 1937, com o nome de Capella de Nazaré, para só depois receber o nome de São Pedro dos Pescadores.
Quanto à dívida que a Arquidiocese de Fortaleza possui com a Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU), ela realmente permanece, mesmo a igreja sendo tombada. Segundo Solon Sales, o proprietário do bem tombado não perde a propriedade e continua com os seus direitos e deveres. “O que pode ser feito é pedir a diminuição ou retirada de juros, através de um processo administrativo junto a GRPU”, diz o professor do Cefet-CE. A Igreja de São Pedro, ou dos Pescadores, existe há 150 anos, e guarda valores culturais da cidade e, principalmente, dos moradores do bairro Mucuripe. Esse fator é considerado de extrema relevância para que a Prefeitura de Fortaleza efetue o tombamento do templo. Durante a reunião realizada, o Conselho de Patrimônio Histórico-Cultural (Comphic), componente da Secultfor, analisou as pesquisas técnicas necessárias para a preparação da Instrução de Tombamento, que consiste no levantamento arquitetônico e histórico do imóvel.