Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tiririca - Um vitorioso!



Reportagem de 15/3/1983 caderno 2:

“É difícil a vida no circo pequeno. Tem praça que a gente passa um mês, dois meses. Mas tem outras que não dá nada. A gente passa só três dias. Aqui, no Circo Real Madri, ganho pouco, mas está dando para ir. Não pago INPS, não tenho qualquer tipo de segurança. Mas o que vou fazer? Eu gosto de fazer os outro ri. Eu quero morrer palhaço”.

Crédito ao  blog singular e coisa e tal


O depoimento está contido na reportagem que fiz para o jornal O Povo, publicada no dia 15/3/1983. Era a primeira entrevista que Tiririca dava à imprensa, à época, ele, 17 anos de idade, a estrela do Real Madri, circo sem lona de cobertura.
Fiz a reportagem, juntamente com o fotógrafo Levi Fonseca. Procuramos um circo mambembe, e localizamos um, instalado no Parque São José, na periferia de Fortaleza.
Revendo, nos meus guardados (matérias que escrevi, à época de repórter) encontrei a que fiz, por acaso, com o cidadão Everardo Oliveira. Hoje, o famoso Tiririca.
A vida que segue.


No vídeo abaixo, mostra que Tiririca continua usando os mesmos artifícios cênicos que aprendeu no circo: o coadjuvante, “escada”, começa a contar uma história e o palhaço, nem aí, deturpando a fala do interlocutor, com palavras de duplo sentido, algumas pornográficas. A tática é infalível para a plateia cair na gargalhada.


É uma prova de que o circo não morreu, fazendo sucesso na televisão, e agora, no You Tube.

Eliézer Rodrigues


Levante a mão quem não lembra de quando esse cearense de Itapipoca estourou na TV brasileira cantando o hit ´Florentina´. De repente, Tiririca deixou as barracas de praia e restaurantes de Fortaleza, onde se apresentava regularmente, e deu sorte no eixo Rio-São Paulo.

Pelas bandas de lá, seu estilo irreverente (tanto no vestir quanto no falar e cantar) conquistou a mídia e o público. O resultado? Sucesso!

Com o primeiro CD, gravado nos anos 90 pela Sony Music, conquistou todo o Brasil com a música "Florentina". Participou de diversos programas de TV. Hoje já são cinco CDs gravados, um livro de piadas editado e Everardo é contratado fixo de uma emissora.

"O humor cearense já era forte e com a abertura em nível nacional, o público de outras cidades passou a ter acesso à nossa forma de fazer rir. Você não via em outras cidades esse tipo de humor que é feito aqui. Tanto é que participando de concursos de humor, os cearenses sempre se destacam", diz Everardo, ressaltando que a nossa maneira de fazer graça atinge todas as idades e classes sociais.

Tiririca 13/11/1994- Foto de Davi Barbosa

Ele nasceu no dia primeiro de maio de 1965, em Itapipoca. O município, que em tupi significa pedra lascada, fica no litoral oeste cearense e é conhecido como "cidade dos três climas", porque abrange sertão, serra e mar.

Ele começou a trabalhar aos 8 anos de idade nos picadeiros. Largou a família e foi embora com o circo que passava pela cidade. O apelido Tiririca foi dado pela mãe. Era assim que ela o chamava quando o filho estava zangado.

Tiririca começou como trapezista. Depois, foi malabarista e mágico. Um dia o palhaço oficial do circo faltou e ele ocupou seu lugar. Agradou tanto, das crianças aos idosos, que, com o passar do tempo, se tornou o palhaço mais requisitado do Ceará.

Fez sucesso se apresentando nas tendas de praia de Fortaleza. Com a ajuda dos donos dessas barracas, conseguiu gravar um CD, cujo carro-chefe era a música Florentina, que o tornou conhecido nacionalmente.


O primeiro CD também causou polêmica, por conta da música Veja os Cabelos Dela, considerada racista, já que o tal cabelo "parece bombril, de ariá panela". Os discos foram apreendidos, a execução das canções pelas rádios foi proibida e Tiririca, processado. Ele acabou sendo absolvido da acusação.

Circo mambembe

Tiririca teve seu próprio circo. Nada muito luxuoso. Circo mambembe, de poeira, sem lona, que era armado nos terrenos baldios dos bairros periféricos de Fortaleza. Era uma espécie de faz-tudo: administrador, apresentador, trapezista. Mas sua maior especialidade era mesmo arrancar risadas da plateia.

O estadão



"Eu sou de Itapipoca, mas foi em Fortaleza que a minha carreira começou e onde o público me conheceu. Esta cidade tem um peso na minha carreira, foi onde fiz minha vida. Quando meu filho (Everson) sugeriu a gravação do primeiro DVD, achei que era uma boa oportunidade para brindar quem primeiro me deu oportunidade", conta Tiririca

Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como Tiririca, ganhou o apelido pela própria mãe, pois vivia emburrado e mal humorado. Ele nasceu no interior do Estado do Ceará, numa cidade chamada Itapipoca. 

Criado por sua mãe Maria Alice, Tiririca possui sete irmãos. Começou a trabalhar cedo, foi vendedor de algodão doce e picolé e sua carreira como palhaço iniciou no circo, atuando como equilibrista, malabarista e mágico. Num belo dia, quando o palhaço oficial do circo não apareceu na apresentação sua mãe decidiu: vá você Tiririca

Foi assim, o início da carreira humorística de Everardo, que demonstrou, ainda criança, ter o dom de agradar as pessoas com suas brincadeiras. Aos 16 anos de idade, saiu de casa e teve seu próprio circo que percorreu todo o estado do Ceará. Até que um dia colocaram fogo no seu circo. Esse episódio foi muito triste. 

Ele viu todo o seu esforço, toda a sua batalha e a sua história indo embora com aquele fogo. Tiririca passou fome, mas não desistiu de lutar. Com a ajuda de amigos e dos próprios fãs que o acompanhavam, reergueu lona, palco, ganhou roupas, montou seu show de humor e percorreu todo o território nordestino. 

Com seu talento nato, seu jeitinho inocente, sua alegria contagiante e sua criatividade conquistaram cada vez mais pessoas. Foi nessa época, nos anos 90, que Tiririca chegou ao auge de sua carreira.  


Conseguiu gravadora, ganhou disco de ouro e diamante, e assim ficou conhecido nacionalmente e internacionalmente.Teve seu próprio programa “A Vila do Tiririca”, participou da “Escolinha do Barulho”, foi figura carimbada no programa a “A Praça é Nossa” e hoje está contratado pela Rede Record de Televisão no Show do Tom, seu amigo pessoal . Essa é Minha História, minha vida. 

Vila do tiririca

Conforme o próprio nome afirma, o programa era ambientado em uma vila onde nela morava o famoso personagem Tiririca. Na extinta Rede Manchete.


“Se você tem fé em Deus e trabalha honestamente, consegue seus objetivos, tenho muita fé em Deus, e é por isso que estou aqui”. Tiririca






Depoimento da Mãe



"Fui eu quem coloquei esse apelido de Tiririca no meu filho, porque quando ele era pequeno só vivia ”tiririca da vida”, emburrado e mal humorado. Ele  foi criado pelo padrasto que não aceitava ele ser filho de outro homem e batia e maltratava muito meu filho.  


Desde pequeno meu filho é trabalhador. Começou  na luta aos oito anos de idade. Já vendeu picolé nas ruas, algodão doce, vassouras e rodos, maçã do amor, porque passamos muita fome. Não tínhamos nada para comer e a gente ia nos lixões para ver se a gente encontrava alguma coisa.  


Eu lembro que teve uma vez que o palhaço oficial do circo não apareceu e eu improvisei a roupa e Tiririca se apresentou como palhaço. Ele agradou tanto a platéia que continuou se vestindo. 


Ali ele vivia sua infância trabalhando e transmitindo alegria ao mesmo tempo. Um dia ele me falou: mãe quando eu vencer a primeira coisa que eu vou  fazer é comprar a sua casa. E cumpriu a promessa. Nunca nos desamparou, nem a mim e os irmãos e até hoje me ajuda. 


Tenho muito orgulho do meu filho, não só por ele ser o tiririca,mas por nunca ter se envolvido com coisas erradas e ser trabalhador e um bom pai. "             Maria Alice 



 Depoimento da Esposa


"Estamos casados há 13 anos. Temos uma filha e ajudei a criar três enteados que vieram bem pequenos morar com a gente e hoje já são adolescentes.


Agradeço todos os dias a Deus por ter colocado no meu caminho essa pessoa tão maravilhosa. Bom pai, bom marido e bom filho. 


Tem um caráter excepcional, não sei se é qualidade ou defeito,mas é muito franco, direto e sincero. É transparente, quando está feliz ou triste sua cara mostra, pois ele não sabe fingir.


É alegre e tímido ao mesmo tempo. Ele precisa conhecer muito a pessoa para ficar à vontade. Detesta falsidade e jamais fez média para conseguir alguma coisa. Ele é muito família, vive para o trabalho e para a família. Tirirca é uma pessoa tão boa que passa energias positivas a todos que estão ao seu redor." 


Nana Magalhães



Filhos do Tiririca- Florentina Evellyn 13 Anos, Erilandya 19 Anos, Antônio Everardo 14 Anos e Nanda Kaunny -1 Ano e Três Meses



Francisco Everardo e família

O  padrinho de Tiririca, ou melhor, de Francisco Everardo Oliveira Silva mostra à reportagem a casa onde morou o artista. “Isso aqui era uma bodega velha, antiga”, diz o padrinho, apontando para o imóvel. Muito pobre, a família morava de favor. Quando Seu Francisco ia buscar o pequeno artista para as apresentações no circo, ele conta que encontrava a seguinte cena: “A mãe dizia: ‘Não pode ir agora não que ele está fazendo dever’. Bichinho deitado no chão, escrevendo as coisas”, relembra.

Não há registro do aluno Francisco Everardo Oliveira Silva nas escolas de Itapipoca, mas os moradores contam que, na época dele, era comum ter aulas em casa ou então no antigo Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), onde os alunos tinham aula fora da escola.

“Eu sei que a gente estudava junto. Tinha uma professora que vinha para a casa da gente. Naquele tempo, não tinha negócio de colégio de estado, de prefeitura. Não existia isso, não”, afirma a agricultora Maria Socorro Sombra.

O ex-prefeito de Itapipoca Paulo Maciel, de 73 anos, lembra que o pai de Tiririca, Fernando Oliveira Silva, ensinou o hoje deputado federal a trabalhar no circo.
A mãe do humorista, Maria Alice da Silva, também atuava. Tiririca ajudava os políticos da época a atrair eleitores para comícios, com piadas fortes. “Eles eram uma família muito pobre, passavam até fome, porque o dinheiro do circo não dava. E a gente procurava ajudar.” Quando não estava no circo, a família ficava em frente à prefeitura em busca de oportunidades de pequenos trabalhos ou de acesso ao cafezinho do expediente.

Menino-cachorro

O circo mambembe da família de Tiririca era ainda alvo de espectadores insatisfeitos com as bricandeiras. “Chamavam para ver o menino que virava cachorro. Aí aparecia o Tiririca com um cachorro pequeno na mão e virava o bicho. Às vezes chamavam para ver a mulher que virava peixe e aí a mãe do Tiririca aparecia com um peixe na frigideira. O povo quebrava tudo”, lembrou.

Franciné Rodrigues de Souza, de 41 anos, que disse ser primo distante de Tiririca, lembrou que o circo de Tiririca ficava no bairro Boa Vista ao lado do estádio e no terreno onde hoje funciona o Colégio Paraíso do Saber. “Tinha um espaço ali. O circo era ali”. Tiririca estava sempre mudando de lugar. “Ele morou também no bairro Ladeira, depois morou entre os bairros Picos e Jenipapo”, disse.
Morador nos Picos, bairro da periferia da cidade conhecido por este nome por causa das montanhas pontiagudas de mata agreste, o pastor de cabras José Américo de Lima Teixeira, o Miudinho, de 67 anos, disse que jogava bola com Tiririca perto da estação de trem. “Ele sempre morou nos Picos, mas sempre estava no centro de Itapipoca”, afirmou. 

Matéria do Site LideBrasil




Lançamento em Juazeiro do Norte

Tiririca e o filho Tirulipa no programa Fábio Jr 


Tiririca - Ator de novela


Florentina




Em 2010, Tiririca lançou sua candidatura para deputado federal pelo estado de São Paulo por meio do Partido da República. Utilizou bordões como "O que é que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto", ou "Pior do que tá não fica, vote Tiririca". No dia 3 de outubro de 2010 Tiririca torna-se o Deputado Federal mais votado do Brasil e eleito pelo estado de São Paulo com mais de 1 milhão e 300 mil votos.

Tiririca e o filhão Tirulipa


Na realidade, Tiririca foi o candidato a deputado que mais votos teve em todos os estados do Brasil.
Tiririca ficou apenas a 200 mil votos de ser o deputado federal mais votado da história, atrás de Enéas Carneiro (já falecido), que em 2002 recebeu 1,5 milhões de votos.


Com Luciano Lopes (Luana do Crato)

Com Shaolin
Tiririca no Fantástico - 1996


1996



Pegadinha com tiririca








Onde Tiririca vai chegar?!?!?! Não se sabe, mas ele já é um vencedor, vencedor da vida!


domingo, 24 de outubro de 2010

Bairro Edson Queiroz




Edson Queiroz é um bairro nobre situado na Zona Leste de Fortaleza. Juntamente com a Aldeota, Papicu, dentre outros bairros da região, formam a área nobre fortalezense.
O Nome do bairro foi dado em homenagem a um dos grandes nomes do estado, Edson Queiroz, fundador da maior universidade particular de Fortaleza, a UNIFOR e do Grupo Edson Queiroz, maior conglomerado empresarial do Nordeste.
No bairro é situado um dos maiores e mais movimentados shopping centers da metrópole, o Iguatemi Fortaleza.

São quase 23.500 moradores no maior bairro de Fortaleza.
O nome é uma homenagem ao dono do sítio Água Fria.

A comunidade que começou em um sítio, cresceu unida e hoje é uma das áreas mais valorizadas da cidade. Estamos falando do Edson Queiroz.

O bairro Edson Queiroz fica no lado da cidade que mais cresce. O principal acesso é a avenida Washington Soares, uma das mais movimentadas. O nome é uma homenagem ao dono do sítio Água Fria, uma salina, o primeiro empreendimento a chegar aqui.

Av. Washington Soares - Crédito da foto

A Universidade de Fortaleza deu visibilidade ao bairro, que foi rebatizado com o nome do industrial Edson Queiroz. Logo depois vieram o Fórum Clóvis Beviláqua e o Centro de Convenções.

Hoje vivem no bairro Edson Queiroz 23 mil pessoas e essas pessoas superam as dificuldades se articulando. O maior bairro em extensão de Fortaleza é também grande em iniciativas comunitárias. A associação dos moradores ocupa as crianças com aulas de reforço escolar. No Conselho Comunitário, a preocupação é com a profissionalização. Dona Antônia, integrante do Conselho Comunitário, conseguiu trazer um curso de informática, ela acredita que assim pode afastar os jovens da criminalidade.

As mulheres também fundaram uma associação. Elas trabalham com costura e aproveitam as datas comemorativas para gerar renda.

O primeiro nome do bairro foi Água Fria, por causa da fazenda de mesmo nome que ficava onde hoje, é o bairro.

Ainda tem gente que chama o bairro pelo antigo nome, e olha que o nome foi modificado há 26 anos. A avenida Washington Soares é o principal acesso para o litoral Leste do Estado e zona Sul da cidade. Aliás, o nome dessa via é uma homenagem ao primeiro dono dessas terras. Uma curiosidade: a fazenda Água Fria, foi comprada por 50 contos de réis. Hoje, o bairro esta numa das áreas mais valorizadas da nossa capital.

Agora voltando ao presente, o bairro Edson Queiroz é marcado pela grandiosidade. Prova disso é que lá fica o centro de convenções, a faculdade de fortaleza, o maior shopping da cidade e o fórum.

Do antigo nome, “Água Fria”, só restou uma lagoa que popularmente é chamada de “Lagoa Seca”.

O industrial Edson Queiroz é lembrado em uma estátua de bronze, na avenida Washington Soares.

Crédito das fotos: O melhor do bairro

No bairro também localiza-se o Centro Administrativo do Governo do Estado e até a sede da Regional II da Prefeitura de Fortaleza – mesmo o bairro pertencendo a regional VI.

São mais de 13 quilômetros quadrados. Por lá passam, todos os dias, pelo menos 50 mil pessoas. Gente que vai estudar, passear ou resolver alguma coisa. O Edson Queroz se explica com detalhes. São casas, terrenos e contrastes. Lá ainda dá para ver um roçado, e ao mesmo tempo, avenidas movimentadas. É a natureza que teima em aparecer no bairro, que tem como limite, a graciosidade do rio Cocó.

É a área de Fortaleza que mais cresce. Nenhum outro é maior que ele na capital e faz limite com outros nove bairros e com o mar também.

Nem todas as áreas desse extenso bairro  se desenvolveram com tamanha rapidez. Por trás da praça do fórum Clóvis Bevilaqua existe a comunidade do Dendê, a área mais carente do bairro.

Com o passar dos anos, a comunidade do Dendê cresceu. Hoje, segundo os moradores, são cerca de 7 mil famílias. Com as novas moradias, vieram os problemas. Um deles é o lixo, não é difícil encontrar sujeira espalhadas pelas ruas.

Outra reclamação dos moradores é em relação ao saneamento básico. No ano passado a Cagece informou que até dezembro seriam iniciadas as obras do sanear por aqui. De acordo com a comunidade isso não aconteceu.


Crédito: TV Verdes Mares

sábado, 23 de outubro de 2010

FM 93

A FM 93 foi fundada em 24 de setembro de 1976, sob o mote “pouco papo, só sucesso”, e é líder de audiência há décadas. Atualmente responde por 5,54% da audiência do rádio FM em Fortaleza, no período de 6h às 19h, segundo relatório do IBOPE (fevereiro a abril de 2010). No material publicitário da emissora consta a informação de que é a rádio de maior audiência percentual em todo o Brasil. O principal programa da emissora, Disque e Toque(*), apresentado pela radialista Samantha Marques, tem em média 298 mil ouvintes por minuto.

Samantha Marques


Em 2006, nos festejos de 30 anos, passou a utilizar o slogan “FM 93 é show”.
Uma característica bem marcante dessa emissora é a utilização de anúncios testemunhais, especialmente da comunicadora Samantha Marques, o que a torna a principal locutora da emissora e que por isso, já foi convidada diversas vezes a concorrer a cargos públicos nos períodos eleitorais.
Depois de décadas no ar, a emissora, que no início realizava programação voltada para o público jovem e tinha características mais pop, hoje assume uma marca regional bem definida, com atuação de diversos comunicadores populares, como Beto Porto Alegre e Evaldo Costa.

Beto Porto Alegre

Evaldo Costa

A emissora, com 30 kw de potência, faz parte do Sistema Verdes Mares que reúne ainda o Jornal Diário do Nordeste, a Rádio Verdes Mares AM , Tamoio FM (Rio de Janeiro, mas transmitindo programação direto de Fortaleza), TV Verdes Mares (afiliada da Rede Globo) e TV Diário, além de empresas de água mineral, gás de cozinha, refrigeradores e agropecuária.


Disque toque




Das 8 da manhã ao meio-dia, já virou tradição do cidadão brasileiro sintonizar na FM 93 para conferir a experiência e simpatia de Samantha Marques. É o programa Disque e Toque, que traz pela manhã um verdadeiro show de variedades para a sua casa.
Veteraníssima, Samantha comanda o programa há nada menos que 14 anos, sempre com seu jeito único e carinhoso de tratar o ouvinte, que durante todo esse tempo a considera uma amiga inseparável do dia-a-dia.

O Disque e Toque é entretenimento  diversificado: músicas dos mais variados estilos, de sucessos do momento a flashbacks, tudo passando por um rigoroso sistema de pesquisa de gosto e pedidos do público. Dos forrós atuais até Roberto Carlos, tem som para todos os gostos.

Mensagens de otimismo para animar o dia do ouvinte; notícias nacionais e internacionais quentinhas; além de um quadro de fofocas do maior fofoqueiro do país, Nelson Rubens, marcam o clima alegre do programa.

A interatividade é bem presente: diariamente há o “Júri Pupular”, em que uma carta sobre um fato polêmico é selecionada e o ouvinte mostra sua voz ao vivo dando sua opinião sobre o assunto. Há também o “Pediu, ouviu, ganhou”, em que o participante apresenta uma canção de sua escolha e ainda participa de um sorteio de prêmios. Não poderia faltar também a clássica brincadeira do “De quem é a voz ?”, sempre dando muitos prêmios.

A participação do ouvinte é tamanha que o programa já atingiu índices de 21 mil ligações por minuto. Alguém ainda duvida que o Disque e Toque é recorde de audiência? Bem, pesquisas indicam uma “singela” marca de 310 mil ouvintes por minuto.

Para Samantha, tudo é uma recompensa por seu esforço, “Agradeço a Deus por ser uma mulher iluminada. Me sinto realizada, pois o trabalho é meu vício”.


Discoshow

Na hora do almoço, sintonizou FM 93, é dose certa de sucesso! A partir do meio-dia, você fica com a boa companhia de Beto Porto Alegre, animando com seu “Ligação Direta.”
Você não poderia começar a tarde melhor do que ouvindo boa música, participando da pergunta da tarde valendo muitos prêmios e pedindo sua música ao vivo.

No programa, o ouvinte é quem tem vez, pedindo a música que quer ouvir na FM.  As mais pedidas - seja de qual estilo for - obviamente, terão espaço garantido no “Discoshow”, com direito a um alô do locutor para quem deu sua participação.

Grande conhecedor de música, Beto admite: “Eu tenho poucos discos em casa, mas todos rarirades, coisas finas”.


Informasom

O programa Informasom, no ar de segunda a sábado, de 5 às 8 da manhã, com Evaldo Costa,  tem a missão de levantar o povo brasileiro com muita animação.
Há nove anos no comando do programa, Evaldo não abre mão do jeito descontraído de ser, buscando sempre fazer brincadeiras com o ouvinte para fazê-lo acordar e ficar disposto para o dia.

Na programação, músicas bastante variadas, sucessos nacionais e internacionais de ontem e hoje. Além das canções para levantar o astral, o Informasom traz as notícias que estampam as manchetes dos jornais do dia. Para já amanhecer dando risadas, há quadros de humor com os famosos personagens do programa Garras da Patrulha.





Fontes: Panorama do Rádio em Fortaleza (Andréa Pinheiro, Nonato Lima e Paula Marques) - UFC, Site FM 93

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Paróquia de São Francisco de Assis - Jacarecanga


Diz a matéria do Jornal O Nordeste de 19 de agosto de 1962:...Mostra-se o clichê um aspecto da igreja matriz da paroquia de São Francisco de Assis, de Jacarecanga, cujo vigário é o dinâmico padre Mirton Lavor que se empenha nas obras de construção do majestoso templo, iniciado ao tempo em que era vigário ali o Monsenhor Hélio Campos, atualmente na cura espiritual do Pirambu. Oportunamente focalizaremos detalhes da grandiosa obra.  Agradecimento ao amigo Lucas Júnior

Agradecimento ao amigo Lucas Júnior

Esta Igreja foi iniciada nos anos 60 para ser a matriz da Paróquia de Jacarecanga, porém nunca foi concluída.

A Paróquia de São Francisco de Assis é palco de missas e celebrações cristãs como batismos, casamentos e  eucaristias. Sua planta original foi misteriosamente roubada e, desde então, houve muita discussão sobre sua arquitetura, a princípio muito imponente e posteriormente singela.
D. Maria do Socorro narrou histórias suas que se relacionavam com a Igreja, como o “vôlei do fim-de-semana” com os amigos, as festas religiosas, além dos trabalhos sociais envolvidos com a Igreja.



DECRETO DE CRIAÇÃO

Desvinculada da Paróquia do Patrocínio, a Paróquia de São Francisco 
de Assis ( Jacarecanga ) foi instalada oficialmente com a posse, aos 06 de fevereiro de 1944, do Pe. Abelardo Ferreira Lima. Por causa da grande extensão da paróquia ele tinha de se locomover a cavalo, pois sua jurisdição ia até a Barra do Ceará e parte de Antônio Bezerra.


Com a transferência do Pe. Abelardo, assumiu a nova Paróquia o Pe. Mauro. Com a nomeação de Mons. Lauro para as funções de Pro-Vigário Geral, é nomeado seu substituto o Pe. Antonio Frederico Rodrigues de Andrade. Com a transferência deste para a Paróquia de Anacetaba, veio substituí-lo o Pe. Francisco Hélio Campos, que permaneceu no pastoreio até 1958, quando foram desmembradas da paróquia e constituídas autônomas as capelas Monte Castelo ( Senhor do Bonfim), Carlito Pamplona ( N.S.P.Socorro) e Pirambu ( N.S.das Graças). Com a saída do Pe. Hélio foi nomeado seu irmão, Pe. Gerardo Campos que ficou até 15 de fevereiro de 1958 a 01 de julho de 1958. Logo a seguir, assumiu o paroquiato, em caráter interino, Pe. Ivanildo Bastos Pinheiro até a vinda aos 15 de março de 1959, do Pe. Francisco Mirton Bezerra de Lavor, que foi muito ajudado pelos Revmos. Pe Pio Pinho, Pe. Teógenes Gondim capelão da EAM e Pe. Rinaldo Guimarães também cooperador. Vale destacar que a Paróquia de São Francisco, sempre teve como matriz a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, a qual durante vários anos fora assistida pelos Padres Franciscanos da Igreja Nossa Senhora das Dores. É inesquecível a atuação de Frei João Batista


Os que transitam na Avenida Presidente Castelo Branco, popularmente conhecida como Leste Oeste, observam, na altura da Escola de Aprendizes Marinheiros, uma construção inacabada, que bem lembra uma fortaleza inexpugnável, por seu piso elevado a suportar espessas paredes, desprovida de qualquer cobertura, deixando-a inteiramente exposta às intempéries ambientais.
Essa obra permanece paralisada, lastimavelmente, há cerca de cinco décadas, dando uma péssima impressão ao espírito empreendedor do povo cearense que, por impulso público ou por motivação privada, é capaz de grandes realizações.

Crédito da foto: Glauton

No final dos anos cinquenta do século passado, os moradores do bairro Jacarecanga e suas redondezas, em Fortaleza, estavam bastante estimulados para construir um novo templo que substituísse a diminuta Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, inviável para comportar o considerável número de devotos que a buscavam.

Sob o lema da campanha “Em prol da construção da Igreja de São Francisco de Assis”, havia um esforço coletivo, com vasto envolvimento de paroquianos, para captação de doações ao lado de outras ações, com vistas à obtenção de recursos financeiros, para a concretização da obra.
Uma combinação de causas, todavia, concorreu para minar a pretensão daquela comunidade paroquial de contar com essa sacra edificação, cujo projeto estava a cargo do engenheiro e professor Amauri Araújo. Por certo, o afastamento do seu timoneiro, o Padre Hélio Campos, deslocado inicialmente para o Pirambu, onde faria um duradouro trabalho social em favor dos carentes e oprimidos, e depois quando guindado foi, em definitivo, ao bispado, deixou a nau à deriva, ou mesmo estagnada na calmaria.


Vários templos católicos foram levantados nos últimos anos, em Fortaleza, mercê da capacidade de alguns padres seculares para arregimentar recursos, humanos, financeiros e materiais, a exemplo do Pe. Ferreira e do Pe. Dourado, que premiaram a capital com a Igreja de Sta. Edwirgens, na Leste Oeste, e a Igreja de N. Sra. de Lourdes, nas Dunas.

Retomar as obras e soerguer a Igreja de São Francisco de Assis, pode ser um grande desafio para o Pe. Haroldo Coelho, atual vigário coadjutor da paróquia a que pertence essa igreja. Esse feito, somado ao engajamento político e social desse prelado, um defensor permanente dos descamisados e dos marginalizados, dar-lhe-á, certamente, uma dimensão pública ainda maior, além do reconhecimento dos fiéis e dos devotos franciscanos.
Que venha a nova igreja. Mãos à obra, Pe. Haroldo.


A construção da Igreja de São Francisco está paralisada há quase 50 anos. Mesmo com a estrutura comprometida, ainda são realizadas celebrações no local. 
Diante do número crescente de devotos, a previsão é de que as obras sejam retomadas.
Até agora apenas 30% dos recursos foram arrecadados, através de doações. A obra deve custar R$ 3 milhões. A nova igreja terá capacidade para 2,5 mil pessoas.



Crédito: Patrimônio para todosJornal o Povo, 23/05/09. Jornal do Leitor. pág 3 e Ceará é notícia

Avenida Santos Dumont - Aldeota



 “Não dizem que o tempo tem asas? Pois tem mesmo. Na Aldeota levantaram-se riquíssimos bangalôs, agora chamadas ‘casas funcionais’. Quase todos brancos, bela estupidamente brancos numa terra de sol. Doem na vista? Mas ficam bem na paisagem entre o verde do mar e o azul do céu, num suave lombo de terra, que se abaixa cautelosamente em busca da praia.”

 “Numa topografia diferente, microgeográfica, Aldeota se personaliza, assume limites certos, cria a sua própria alma, amadurece enfim ‘Aldeota’”.

Aldeota, na década de 1960 - pág 286 - Jader de Carvalho


A  Avenida Santos Dumont, antes fora denominada - Av. Nogueira Acioli - (1933), de No 9 - (1890), “Do Colégio” (1888) - Registra João Nogueira - Fortaleza Velha, pág. 43.



Avenida Santos Dumont vai do Centro da cidade à Praia do Futuro. Começando na altura da Rua Cel. Ferraz, terminando na Av. Dioguinho, se interligando desde o Centro, Aldeota, aos bairros VarjotaPapicuPraia do Futuro. Outrora, somente uma ampla dimensão de terra virgem e inóspita formava a paisagem do Outeiro - hoje Aldeota - com alguns sítios, matagal espesso, cuja copagem, com predominância de arbustos, carrapicho-da-praia, servia de moradia das diversas espécies de pássaros - como os bem-te-vis-de-gamela, galos de campina, graúnas, sabiás, canários, da terra, dessa imensa fauna que os repetidos estribilhos despertavam novos moradores, tornando Aldeota essa “selva de pedra” que se ergue em desafio ao céu, mas, tudo isso tem clássico nome de modernidade.

Zenilo Almada

Essa era a casa do presidente do estado na Av. Santos Dumont
No final da Segunda década do século passado, foi construída a casa que ilustra a foto antiga, era a Vila Quixadá, que ficava na Avenida Santos Dumont nº 1169, construída por Adolfo Quixadá para sua residência. Após alguns anos foi alugada ao governo estadual que a usou como residência do Presidente do Estado. Em 1930 a casa volta às mãos da família Quixadá e nela inaugurava-se, no dia 6 de março o Ginásio São João, dirigido pelo professor César de Adolfo Campelo e que em 1943 passou a ser Colégio São João.Em 1976, o colégio foi vendido para a Organização Farias Brito, mudando o nome para Farias Brito-Aldeota/1. Depois a casa foi vendida e em seguida demolida, sendo levantado no local um novo prédio que abriga hoje um supermercado. (Créditos – Nirez) - Blog do Borjão

Colégio Militar, na Av. Santos Dumont, a Igreja do Cristo Rei está de costas na foto - 1940

A Avenida Santos Dumont é uma das avenidas mais importantes de Fortaleza.
É uma das vias mais longas da cidade com mais de oito quilômetros ligando o bairro Centro a zona leste de Fortaleza chegando até a Praia do Futuro cruzando o bairro Aldeota. 

A avenida começa estreita e de sentido único oeste-leste a partir da rua Coronel Ferraz sendo alargada a partir da rua Dona Leopoldina. A partir da rua Tibúrcio Cavalcante a avenida ganha um canteiro central e passa a ser de sentido duplo. Quase que totalmente uma linha reta, após seu prolongamento na subida das dunas da praia do Futuro, ganha uma curva na descida para a praia a partir da rua dos Tapajós. A partir dessa rua até o seu fim na Avenida Dioguinho seu canteiro central é bem largo.

Colégio da Imaculada Conceição

Existe uma grande quantidade de instituições, empresas e centros comerciais situadas ao longo de sua via tais como Colégio Militar de Fortaleza, Colégio da Imaculada Conceição, Shopping Del Paseo, Shopping Center Um, Unimed Fortaleza, Hospital São Mateus, Hospital Gênesis, Hospital e Maternidade Gastroclínica, BNB Clube de Fortaleza, Tribunal Regional do Trabalho, Funasa, Central de Artesanato do Ceará, dentre outros.

Avenida Santos Dumont - 1957 - Arquivo IBGE

1957 - Detalhe para o muro baixinho - IBGE

Foto do arquivo do IBGE

1957 - Arquivo do IBGE

Final dos anos 50 - IBGE

Casa na Av. Santos Dumont no final dos anos 50 - Arquivo IBGE

Casa na Av. Santos Dumont - 1968 / Crédito da foto: Alba

Jumbo do Center Um - 1976

Na foto os atores Milton Moraes e Vera Gimenez descendo a rampa, depois de fazer compras. Também podemos ver o Cine Gazeta por trás da palmeira (Cena do filme “O Homem de Papel”) Crédito : O Povo 

 Avenida Santos Dumont integra a lista das poucas vias de Fortaleza que ainda conservam algumas árvores nos canteiros centrais

Foto de D'Neto

Morou na Av. Santos Dumont:

João Hippolyto de Azevedo e Sá

João Hippolyto nasceu em Fortaleza a 13 de agosto de 1881,  - se vivo fosse iria completar 122 anos - Filho de Jeronymo Vieira de Azevedo e Sá, e neto paterno de João Batista de Azevedo e Sá e Anna Vieira de Azevedo e Sá e materno de Domingos Pereira Façanha e Ana Bayma Façanha.

Fez o curso de preparatórios no Ginásio Nacional, atual Colégio Pedro II, e matriculando-se a princípio na Faculdade da Bahia, em que fez o primeiro ano, e depois na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendeu tese em 22 de janeiro de 1904.

Sua tese foi aprovada com distinção, versou sobre segredo médico. Em 1º de março de 1904, foi nomeado professor interino de Física e Química na Escola Normal do Estado e efetivo a 30 de fevereiro de 1908.

À 7 de dezembro de 1905, foi nomeado para a Secção de operações e partos no Hospital de Misericórdia de Fortaleza.

Permaneceu várias décadas como diretor da Escola Normal Justiniano de Serpa, cujo cargo se aposentou. Após sua aposentadoria, foi convidado a exercer em comissão o cargo de diretor do Instituto de Educação no qual ficou por alguns anos, era avô de Márcio de Azevedo e Sá Livinio de Carvalho, já falecido.
Dr. Hipólito, como era conhecido, residiu por muitos anos na Av. Santos Dumont No 2110, esquina com a Rua Silva Paulet, ponto final do bonde Aldeota. Nesse local, se acha instalado o Banco Mercantil de São Paulo.



Fontes: Zenilo Almada, Wikipédia

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: