Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Mercado de Ferro
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Garapeira do Bembem


Foto de 1919 - Quiosque da Garapeira do Bembem, um dos tipos mais populares da cidade, na Praça José de Alencar - Hoje Waldemar Falcão 


Uma das figuras mais populares de Fortaleza, por volta do ano de 1913, era o garapeiro Bembém, estabelecido num quiosque nas imediações do antigo Mercado Público.
O estabelecimento era em estilo francês, semelhante a outros espalhados pela cidade.
A antiga engenhoca era movida à manivela e moía centenas de pedaços de cana com casca, produzindo um barulho ensurdecedor.
A garapa produzida era apanhada num recipiente de madeira, engarrafada e colocada sobre o balcão, quando ficava disponível para a venda por um tostão o copo.
O que sobrava era vendido no dia seguinte como “garapa azeda”, de grande aceitação.
No terceiro dia era chamada de “garapa doida”, anunciada como o melhor refresco para afinar o sangue e deixar as faces coradas.
Bembém tinha um sonho dourado: conhecer a França! de tostão em tostão juntou uma razoável quantia e, um belo dia, partiu para Paris em busca das maravilhas de que tanto ouvia falar.
Foi e voltou encantado, contando as experiências que vivera por lá:
que só andava com um homem chamado Cicerone, que como ele, sabia português;
que todos falavam francês, até mesmo os carregadores, as mulheres do povo e pasmem, até as crianças! e a única palavra que ouvira em português fora “mercibocu”.
A conselho de um amigo gozador mandou imprimir um cartão para distribuir com os fregueses: BIEN-BIEN – GARAPIÈRE – Fortaleza – Ceará.


DE BEM-BEM AO BANCO DO BRASIL

A antiga praça Carolina abrangia o que hoje é o largo da Assembléia, Palácio do Comércio, praça Valdemar Falcão, Banco do Brasil e Correios e Telégrafos.
Em 1897 foi colocado no centro da praça um mercado de ferro composto de dois blocos, para venda de carne verde.
A parte que ficou do lado do mar, em frente aonde hoje é a sede da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT, passou a chamar-se praça José de Alencar e nela, existiam alguns quiosques, uma caixa d'água, e um chafariz. Entre os quiosques ficava o "Engenho Central Bembem", do Bembem, cidadão que ali vendia garapa feita na hora e garapa do dia anterior, que era conhecida como "garapa doida", que embebedava.
Durante muitos anos ele juntou dinheiro e foi à França, voltando maravilhado com o que vira em Paris: "crianças de poucos anos de idade já falando francês". Depois da viagem ele mandou imprimir cartões onde se lia: "Bien-Bien - garapière".
Causam confusão os anúncios da época da primeira foto, bem como a fotografia aqui usada, que traz no alto "Praça José de Alencar", fazendo com que hoje as pessoas pensem tratar-se da atual José de Alencar, na época denominada Marquês do Herval.
Depois o mercado de ferro foi desmontado, indo uma parte para a Aldeota (hoje é o mercado dos Pinhões) e outra para a Praça São Sebastião, depois transferido para a Aerolândia. Juntamente com os restos do mercado, se foram os quiosques e o chafariz - este foi para praça no Mondubim - além da caixa d'água. O nome de José de Alencar, esta praça já o tinha perdido na época do desmonte, para a que atualmente traz esse nome, em 1938.
Hoje o local está praticamente morto. É o trecho que fica entre o Banco do Brasil e os Correios. No domingo é deserto e nos outros dias serve de estacionamento de carros. Tem o nome de Largo do Correio.

Crédito: Portal da história do Ceará, Nirez e Livro "Fortaleza Descalça" de Otacílio de Azevedo

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Praça Paula Pessoa - Mercado São Sebastião


No dia 18 de abril de 1897 foi inaugurado, na antiga Praça Carolina, o Mercado de ferro destinado à venda de carne fresca - no local onde hoje estão o Palácio do Comércio, a Praça Valdemar Falcão e o Banco do Brasil - O dinheiro para a compra da ferragem foi levantado através de bilhetes de crédito conhecidos popularmente como "borós". Era a administração do intendente Guilherme César da Rocha. O contratante para montagem do mercado foi Álvaro Teixeira de Sousa Mendes. Na época do mercado de ferro a praça chamava-se José de Alencar.
Em 1937 o mercado começou a ser demolido ou desmontado, sendo logo em seguida montado uma parte na Aldeota, que é hoje o Mercado dos Pinhões e a outra metade na Praça Paula Pessoa (Popularmente chamada de Praça São Sebastião), que é o que ilustra estas linhas na foto mais antiga. Referida praça localiza-se em quadrilátero entre a Rua Meton de Alencar, Rua Teresa Cristina, Rua Clarindo de Queiroz e Rua Padre Ibiapina, sendo cortada ao meio pela Rua Padre Mororó.
Após alguns anos, a estrutura metálica tornou-se pequena para atender o comércio da praça Paula Pessoa (Que após a montagem do mercado, passou a ser chamada de Praça São Sebastião, mania do nosso povo de batizar as praças. O mesmo aconteceu com a "Praça da Estação", "Praça dos Leões", "Parque das Crianças"...) e o mercado foi novamente desmontado e levado desta feita para a Aerolândia, onde ainda hoje se encontra, sendo construída na praça Paula Pessoa uma estrutura de alvenaria que foi sendo ampliada ao correr do tempo chegando a mais de quatro blocos.


A primeira foto, a mais antiga, data de 1939, colhida pela Aba Film, mostra a estrutura metálica importada da Europa tendo ao fundo as casas residenciais da época na Rua Clarindo de Queiroz e Dona Teresa ou Teresa Cristina. Percebe-se que o mercado ainda não estava terminado e nem em funcionamento.
A Segunda foto, obtida 50 anos depois (1989), mostra como ficou o mercado após várias reformas ao longo dos anos, sendo construído um novo bloco para determinado tipo de artigo conforme a necessidade surgida.
A terceira foto, dá uma noção completamente diferente do local, pois o local antes ocupado pelo mercado hoje é uma praça e o local antes ocupado pela praça hoje tem sobre ele o atual Mercado São Sebastião.
Na praça existe um estacionamento pago e a rua que vemos por trás é a Teresa Cristina e parte da Clarindo de Queirós. Ao longe vemos a torre da Igreja de São Benedito, a nova, pois a antiga, estilo barroco, foi demolida.
A rua Padre Mororó que cortava a praça foi fechada no quarteirão do mercado. Pena que não se possa fazer uma compra no mercado pela imensa poluição sonora produzida por alto-falantes ali colocados pela administração.


Nota Importante sobre a origem da praça:
 

Fotos antigas da praça:

Praça Paula Pessoa.

O fotógrafo está na esquina da Clarindo de Queiroz com a Dona Tereza Cristina. 
Nesse terreno arenoso seria implantado o mercado de ferro que recebeu o nome de Mercado São Sebastião. Essas placas anunciavam que futuramente ali seria um Mercado, pode-se ver material da futura construção. 
A Foto é de aproximadamente de 1939 quando o Mercado de Ferro foi dividido em dois indo uma parte para a Aldeota (Mercado dos Pinhões) e outra para o São Sebastião. O que vemos são blocos de alvenaria que serviram de apoio para colocação do mercado ali, por isso a ausência do Mercado de Ferro ali colocado.
Olhando para o poente, vemos a Igreja de Nossa Senhora das Dores entre as árvores. 
O Mercado de Ferro ainda não havia sido instalado, apenas seus alicerces e no final de 1939 ele foi terminado e inaugurado, depois transferido, em 1968 para a Aerolândia. Arquivo Nirez

Ano da foto: Aproximadamente 1942 a 1944. Praça Paula Pessoa. Estamos na Clarindo de Queiroz olhando na direção da Padre Ibiapina. O mercado São Sebastião, à época, feito de ferro, fazia pouco tempo que havia sido inaugurado e estava justamente à esquerda por trás do fotógrafo. Arquivo Nirez


Fonte: Portal da história do Ceará/ Arquivo Nirez

terça-feira, 6 de abril de 2010

Praça Valdemar Falcão - Mercado de Ferro



A primeira feira semanal de Fortaleza aconteceu no dia 10 de julho de 1808, no governo de Barba Alardo, que deu grande impulso à capitania do Ceará. A primeira feira franca (depois feira livre) foi no dia 15 de agosto do mesmo ano. O mercado construído na administração de Barba Alardo era de madeira e ficava no meio do cercado da casa da Câmara.

No dia 18 de abril de 1897 foi inaugurado o mercado de ferro, destinado à venda de carne fresca, obra contratada com o mestre Álvaro Teixeira de Sousa Mendes, que utilizou nas calçadas do mesmo, granito cearense. O mercado ficava no meio da Praça Carolina, que hoje seria entre o Palácio do Comércio e o prédio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT. A praça, ao tempo do mercado recebeu o nome de José de Alencar, depois Capistrano de Abreu e hoje, a parte que fica entre a agência do Banco do Brasil e o Palácio do Comércio tem o nome de Valdemar Falcão, desde 1940.



Interior do Mercado no século XX - Álbum Vistas do Ceará


Depois foi construído o mercado grande que dava para a Rua Conde D'Eu e para a Praça Carolina, conhecido como, Mercado Central e que depois só vendia peças de artesanato e que foi transferido para a Avenida Alberto Nepomuceno, ficando em seu lugar o Centro de Referência do Professor.

A partir do meio da década de 1930 a praça começou a sofrer modificações, com a construção do prédio dos Correios, inaugurado em 14 de fevereiro de 1934; o desmonte do mercado de ferro, indo uma parte para a Aldeota e outra para a praça de São Sebastião, a construção do prédio do Banco do Brasil (1940-1942), do Palácio do Comércio (1938-1940) e da praça Valdernar Falcão (1940) que teve a inauguração do busto do homenageado graças à iniciativa do jornalista Gilberto Câmara.

As fotos mostram as diferenças de época. A primeira é de 1906 e a última, atual.




Crédito:  Nirez/Portal do Ceará

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: