Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Fortaleza - Anos 70

Para quem ama fotos antigas de nossa linda Fortaleza, com certeza essa volta no tempo será bem prazerosa! Divirtam-se!

Zona Oeste, Revista Manchete -1972

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Volta da Jurema, num postal do final dos anos 70

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Volta da Jurema - 1970

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Vista panoramica do Centro, Manchete 1972

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Vista do Centro, 1976-77, 25 anos de Manchete

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Vista atrás da Beira-mar, dez-1978, Edicão Especial Brasil 79, de Manchete

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Unifor - Anos 70

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Submarino na orla de Fortaleza, meados dos anos 70

Percebe-se (possivelmente) a construcão do ed. Esplanada Praia, meados de 75 e 76, pois ele foi inaugurado em 78.

O Submarino Ceará S-14, ex-USS Amberjack - SS 522, foi o quarto navio e o primeiro submarino da Marinha do Brasil a ostentar esse nome em homenagem ao Estado do Ceará. Foi construido pelo Boston Naval Shipyard, em Boston, Massachusetts. Foi transferido e incorporado pela Marinha do Brasil em 17 de outubro de 1973.

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Setembro 1971 - inauguração do Ginásio Paulo Sarasate- OPovo

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Raro postal da inauguração do Castelão, em 1973

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Praia do futuro final dos anos 70

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Praça do Ferreira, postal datado de 1970

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Praça do Ferreira noturna, anos 70

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postal, pôr-do-sol, tirado da Volta da Jurema, anos 70

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Postal, orla, final da década de 70

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Postal, Monumento à Iracema, anos 70

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Postal, Iracema, final dos anos 70

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Postal, Centro de Convenções, anos 70

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Postal Volta da Jurema anos 70, vendo-se o ed. Jalcy, demolido em 1993

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Postal vista do Mucuripe

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Postal segunda metade dos anos 70

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Postal raro, da Edicard, Praia do Futuro, início dos anos 70

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Postal raro da Praça do Ferreira, anos 70

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Postal raro da inauguração da Catedral em 22-12-1978

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Postal Praça do Ferreira, início anos 70

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Postal Praça do Ferreira, em 1978

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Praça do Ferreira

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Ponta do Mucuripe

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Postal Praia do Meireles - Anos 70

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Praia do Meireles

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Postal Mausoléu do ex-Presidente Castelo Branco

MONUMENTO MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELLO BRANCO

O Monumento dedicado à memória do Presidente Castello Branco na Avenida Barão de Studart, foi projetado pelo Arquiteto Sérgio Bernardes Associados. O edifício em si, tem as seguintes dimensões: comprimento: 38,40 m, largura 8,40 m, altura 4,20 m. A área útil da edificação é de 270,00 m2, tendo a "Capela de Meditação" 56,00m2. O Monumento como Símbolo, segundo a concepção do Arquiteto Sérgio Bernardes. O balanço tem 30,00 m de extensão e representa do ponto de vista filosófico, uma projeção do pensamento no espaço sendo o pensamento uma soma de reflexões. Por isso a estrutura de concreto reflete-se no espelho de água. No extremo do balanço, encontra-se a "Capela de Meditação", local de arbítrio onde o indivíduo tem de escolher entre o espírito e a matéria. A Capela é sempre ponto de passagem. O Monumento - Mausoléu à memória do ex-Presidente Humberto de Alencar Castello Branco foi iniciativa do Governador Plácido Aderaldo Castelo, que resolveu incluí-lo no conjunto de edificações do Palácio da Abolição como uma significativa homenagem da terra cearense a seu ilustre filho. Sua construção foi iniciada em maio de 1970 e inaugurado pelo Governador César Cals de Oliveira Filho, no quinto aniversário de morte do Marechal, quando os seus restos mortais, juntamente com os de sua esposa D. Argentina Viana Castello Branco foram trasladados do Cemitério "São João Batista", no Rio de Janeiro, para o Mausoléu onde agora se encontram. As obras tiveram conclusão justamente no dia das solenidade de translação no dia 18 de julho de 1972.

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Postal Ginásio Paulo Sarasate, 1978

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Postal final dos anos 70

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Postal do centro e a conclusão da primeira torre da Catedral

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Centro década de 70

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Postal do Castelão, início dos anos 70, com skyline de Fortaleza

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Postal de 1976

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Postal datado de 1975 - Av. Pres. Castelo Branco

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Postal de 1971

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Postal da orla, final da década de 70

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postal da Estátua de Iracema

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Postal da Catedral, final da década

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Postal Clube Náutico Atlético Cearense

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Postal Catedral, meados de sua inauguração

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Postal Beira-mar, primeira metade da déc.70

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Postal Av Leste-Oeste

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Postal Av. Bezerra de Menezes, anos 70

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Postal Av. Beira Mar - ao fundo o cais do porto

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Postal 1970

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Postal anos 70 construção do Estádio Castelão

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Beira-Mar anos 70

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Piscina do Náutico - Anos 70

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Panorâmica da Beira-mar, Manchete de julho-1972

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Panorâmica da beira-mar, Edição da Independência, de Manchete, 1972

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O coração de Fortaleza, em julho de 1972- Revista MancheteGif
O Castelinho, em 1971, do Plácido de Carvalho, pouco antes de ser demolido
by webshots dougholt2

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Mucuripe, vendo-se um dos primeiros prédios da beira-mar

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Mucuripe, em 1973- Crédito: jangadanantes

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Mucuripe e o porto ao fundo, 1973

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Mucuripe

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Revista Manchete em 1972

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Iracema anos 70

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Final dos anos 70, vendo-se a construção das torres da Catedral

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Fachada da Estação, em 1970-Revista Refesa

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Especial Nordeste de Manchete, 1972

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Clube Náutico, Manchete 1972

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Centro, final dos anos 70

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Centro 1972

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Centro - Anos 70

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Centro e Iracema Plaza Hotel

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Centro

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Catedral em construção, Manchete 1972

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Beira-mar, segunda metade dos anos 70

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Beira-Mar

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Beira-mar em 1976-1977, de Manchete

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Beira-mar em 1971-Revista Veja

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Beira-Mar 1970

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Av. Aguanambi, anos 70- Foto de Alex Costa

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Av. Aguanambi, anos 70

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Anos 70, postal Meireles

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Anos 70, postal Barra do Ceará

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Anos 70, Beira-mar, postal segunda metade da déc de 70

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Aldeota 1971

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A cidade, vendo-se a Igreja Sagrado Coração de Jesus, na Enciclopédia Delta Larousse, de 1977

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Praia do Mucuripe - 1978

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1976 vista do Meireles, do alto do Hotel Esplanada

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Vista da Beira-Mar - 1976

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1976 - Vendo-se o Meireles e a Aldeota

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1976 do alto do Hotel Esplanada

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Postal da Beira-Mar - 1976

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1974, raro postal da Beira-mar

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1973. Centro. Enciclopédia do Estudante

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1973, Vista da Enciclopédia do Estudante

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1972, vista vendo-se o Ginásio Paulo Sarasate-Revista Manchete

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Postal do Centro - 1971

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1971, Manchete, vista do centro

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Praça do Ferreira - 1970


Crédito: Fortal

Igreja Sagrado Coração de Jesus



No dia 25 de março de 1886, inaugurou-se a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, sendo sagrado seu altar, pelo Bispo Dom Joaquim José Vieira. Sua pedra fundamental tinha sido assentada em 25/9/1878, logo após o término da seca de 1877, uma das razões da construção do templo: para aproveitar a mão de obra do flagelado.
A iniciativa da construção foi do casal José Francisco da Silva Albano (Barão de Aratanha) e Liberalina Angélica da Silva Albano (Baronesa de Aratanha), secundado pelo concurso de Dom Luís Antônio dos Santos. Ficou conhecida como Igreja dos Albanos. As obras se iniciaram em 25/9/1878.
O templo era singelo, em linhas neoclássicas e neogóticas. A grande seca de 1875-1877 deixou um grande número de flagelados em Fortaleza, e para dar trabalho a essa gente é que foi construída a igreja em frente à Lagoa do Garrote (Parque da Liberdade, Parque da Independência, Cidade da Criança), no "Morro do Pecado", onde existia uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, em 1848, cuidada pelo padre Alencarino.
A igreja teve como primeiro administrador o padre Antônio Xisto Albano, filho do Barão de Aratanha, que ali ficou até 1901, quando foi transferido para o Maranhão, ocasião em que o bispo Joaquim José Vieira resolveu entregar a administração à Ordem Seráfica dos Capuchinhos da Missão do Maranhão, o que foi feito no dia 1º de junho de 1901, mas a transferência só se deu no dia 3.


No início da década de 1950, a torre, que era de zinco sobre armação de madeira, foi retirada, e em seu lugar foi levantado, sobre a velha alvenaria de tijolo da Tabatinga (branco), um bloco de concreto com um relógio de 4 faces e sobre ele a imagem de Jesus Cristo, que antes se achava no frontal do templo, causando o esmagamento das velhas paredes, que ruíram às 13h20min do dia 15 de março de 1957.
Ao invés de reconstruírem a igreja, pois apenas ruíra a torre, os capuchinhos acharam por bem derrubar toda a igreja, para construírem uma maior, que é a que atualmente lá está, mas a arquitetura usada é mista, feia, cheia de "combogós", e tem na sua fachada uma parede reta como se fora um oitão, além de rampas para subida de carros, uma torre vazada e uma grande cúpula sobre a nave principal.
A pedra fundamental da nova igreja foi lançada em 1958 e sua inauguração se deu em 1961.
As duas fotos mostram a antiga e a nova igreja, para que se tenha uma ideia das grandes diferenças entre uma e outra além das mudanças ocorridas na praça que são imensas, como a arborização, as bancas de jornais e revistas, telefones públicos, vendedores ambulantes, abrigos para espera de ônibus, asfalto, etc.


Fonte: Portal da História do Ceará/Arquivo Nirez

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O bosque que é praça


Foto antiga do local que daria lugar ao bosque

Em 07 de maio de 1945, o Diário Oficial do Município nº 3.395, traz a Lei nº 123, de 11 de abril, que dá o nome de Praça Clóvis Beviláqua, ao quadrilátero limitado pela Avenida Desembargador Moreira, Avenida Padre Antônio Tomás, Rua Eduardo Garcia e Rua Barbosa de Freitas, na Aldeota. Depois, não se sabe exatamente quando, a praça recebeu o nome de Praça José Acióli.


Foto da década de 40. Vemos o terreno que daria lugar ao bosque -Carlos Juaçaba

No dia 27 de julho de 1965, a Praça José Acioli, passa a chamar-se Bosque General Eudoro Correia*, de acordo com a Lei 2.995, do dia 21, atendendo Mensagem do então prefeito Murilo Borges Moreira (Murilo Borges).

A praça fica em frente ao Hospital Militar do Exército.

Foto de 1962. Onde mais parecia um curral, servindo de campo de futebol, surgiu a primeira praça da Aldeota, em frente ao Hospital do Exército. Atualmente chama-se Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, fundador do Hospital de Messejana e pai do presidente da FACIC, Beto Studart. Para os saudosistas, sempre será Praça Eudoro Corrêa. Onde o rapaz caminha, hoje é a rua Eduardo Garcia. (Foto Manuel Lima - Diários Associados). Acervo Lucas

Praça do Hospital Militar, Praça das Flores e Feira das Flores. Por qualquer um destes nomes é conhecido o Bosque Eudoro Correia, um dos mais bem localizados e agradáveis de Fortaleza.
Qual é a diferença entre bosque e praça? Quando pensamos em um bosque, imaginamos um lugar repleto de árvores, com muita sombra e sossego, e sem qualquer contato com a cidade grande. É, enfim, o local ideal para se fazer um piquenique. Já a praça nos dá a noção de uma grande área destinada ao lazer, bastante florida, só que encravada em centro urbano.


O Bosque visto da rua Barbosa de Freitas

E o que dizem os dicionaristas a respeito dessas definições?
Bosque seria, na definição de Aurélio Buarque de Holanda, a “quantidade mais ou menos considerável de árvores dispostas próximas entre si”, e praça “o lugar público cercado de edifícios; largo” ou “mercado; feira”. A linguista Maria Teresa Camargo Biderman, por sua vez, imaginaria o bosque como a “área onde árvores e outras plantas crescem espontaneamente; pequena mata”, e praça como o “lugar público onde não há casas, mas jardins, parques, para passeio e diversão”.


O Bosque visto pela Avenida Desembargador Moreira

O Eudoro Correia é um pouco de tudo isso. Não por acaso é oficialmente classificado como bosque, já que é uma das áreas mais verdes de Fortaleza. Atua, por assim dizer, como um verdadeiro pulmão em região de intenso congestionamento de veículos, que ocorre principalmente em horário comercial dos dias úteis. É um dos lugares mais agradáveis da capital cearense, com vários ipês, bambus, paus-brasil, coqueiros, cajueiros e mangueiras, dentre outras árvores.


Ocupa uma área de aproximadamente 25.000 metros quadrados, no coração da Aldeota, um dos bairros mais nobres da cidade. Dá frente para duas famosas avenidas, a Desembargador Moreira e a Padre Antônio Tomás, bem como para outras duas ruas, também bastante conhecidas, Barbosa de Freitas e Desembargador Leite Albuquerque.


Foto de Paulo Targino Moreira Lima

Mas tem muito de praça também. É um local rodeado de construções e abriga uma das mais tradicionais feiras de flores e pequenas plantas da cidade. São 38 pontos de vendas em operação (de um total de 44), divididos em boxes, que proporcionam um ar mais puro do que o normalmente encontrado nas grandes cidades.


O Bosque visto pela Avenida Desembargador Moreira

Por isso, se perguntarmos às pessoas onde fica o Bosque Eudoro Correia, a grande maioria não saberá dizer.
Basta, então, substituirmos a pergunta: “onde é a Praça do Hospital Militar?” A resposta é imediata e quase unânime: “fica em frente ao Hospital Militar, na Avenida Desembargador Moreira.”
Pois é, o Bosque Eudoro Correia é mais conhecido como a Praça do Hospital Militar. Isso ocorre pela presença do ilustre e antigo vizinho, o Hospital Geral do Exército, popularmente conhecido como o Hospital Militar. Mas também é chamado de Praça das Flores e de Feira das Flores, exatamente em razão da famosa feirinha ali existente.


Foto de Eva D.

Ao redor do Bosque há de tudo. São casas, prédios de apartamentos, dois pequenos centros comerciais, farmácia, floricultura, lojas de móveis, salão de beleza, loja de equipamentos médicos, posto de combustível, lava-jato, lojas de aparelhos de ar condicionado, posto de atendimento da COELCE e outro da companhia aérea BRA, em processo de falência.
Além disso, fica a uma quadra de importante centro comercial que engloba, além do Center Um – o primeiro shopping center de Fortaleza – inúmeros outros estabelecimentos comerciais. São sapatarias, restaurantes, supermercados, bancos, lojas de brinquedos, de roupas, de miudezas etc.

Foto do Professor Evaldo

Não bastasse isso, o Shopping Del Paseo fica a apenas duas quadras do local, enquanto que o Aldeota, outro grande shopping center da cidade, fica a três quadras. Por isso, não seria exagero afirmar que o Eudoro Correia está encravado em uma das principais e mais valorizadas regiões comerciais da cidade.


O Bosque visto pela Avenida Desembargador Moreira

No entanto, por mais que tenha tantas características de uma praça, o Eudoro Correia é, na verdade, um bosque, e, por isso, vamos assim considerá-lo. Ele conta com uma pista de Cooper de 600 metros de extensão, três bancas de revistas, campo de futebol, quadra poliesportiva e equipamentos para ginástica. Abriga também, em seu subsolo, um posto da Prefeitura Municipal de Fortaleza, no qual os garis da região recolhem, ao final de cada dia de trabalho, o carrinho de mão e demais equipamentos utilizados.
Tem vendedor de tapiocas, banca de jogo de bicho, além de espaço destinado à prática de técnicas de relaxamento orientais, funcionando sempre com duas turmas no início da manhã.


Foto de Eva D.

Muitos vão ao bosque diariamente para fazer Cooper, outros simplesmente para andar, todos preocupados em manter a saúde perfeita. O movimento tem início quando surgem os primeiros raios de sol, no mesmo instante em que os garis começam a chegar para retirar seus equipamentos de trabalho. Até às 8 horas é intensa a presença dos andarilhos e atletas, movimento que só volta a se intensificar no final da tarde, quando a temperatura fica mais amena e agradável.
Mas nem todos estão ali somente por lazer. Inúmeras pessoas, como o simpático Erandir Barroso Pires, vão para trabalhar, e muito. Ele tem 12 anos de experiência na venda de plantas e flores, profissão que começou exatamente no bosque. O florista, que passou alguns anos ausente do local, retornou há aproximadamente três anos e hoje ocupa o box de número 20. Trabalha de segunda a sábado e também vende adubos, jarros e fertilizantes. Grande parte das plantas, diz ele, vem de Holambra, em São Paulo, como lírio da paz, pinheiro, tuia holandesa, azaleia, hortelã, bico-de-papagaio e bromélia. Isto porque as plantas nordestinas não sobrevivem à sombra.


O Bosque visto pela Avenida Padre Antônio Tomás

Erandir complementa sua renda com serviços de jardinagem nas casas de clientes e conta que os produtos mais vendidos são o mini-lacre (nas cores vermelha, amarela, rosa, branca e salmão), a palmeira, o pinheiro, a tuia holandesa e o bico-de-papagaio. O produto mais caro que vende é a palmeira cica revoluta. Custa entre cem e quinhentos Reais. A média de faturamento diário é de aproximadamente duzentos reais.


Foto de Vinicius M.

Pedro Rodrigues dos Reis Filho é outro que trabalha no Eudoro Correia. Ele é dono de uma banca de revistas que fica em frente à sua casa, localizada no cruzamento das ruas Barbosa de Freitas e Desembargador Leite Albuquerque. Lembra que, quando ali chegou, só havia cinco pés de oiti, e que as demais árvores foram plantadas nas gestões dos prefeitos César Cals Neto e Ciro Gomes. Prestativo, mas com um pé atrás nas colocações, chega a reclamar da falta de segurança, mas faz questão de dizer que nunca foi assaltado.


O Bosque visto pela Avenida Desembargador Moreira

Outra assídua do bosque é a florista Maria Evenir Vieira. Há 18 anos, seu ponto de venda era na Praça Portugal, em uma feirinha que ocorria sempre às sextas-feiras. Foi convidada, naquela oportunidade, a ocupar um box no Eudoro Correia, o que aceitou de imediato. Está lá desde a inauguração da feirinha. Naquela época, recorda, havia também áreas destinadas à venda de artesanato, comidas típicas e roupas, atividades que ajudaram a incrementar o movimento, já que o local era bastante deserto e as pessoas tinham receio de frequentá-lo. As flores e plantas que comercializa vêm da Barra do Ceará e os jarros são produzidos em Maranguape.


Foto de Ana Luíza

As plantas que mais vende são o mini-lacre e a boa-noite. Em época de Natal, por exemplo, a maior procura é pelos pinheiros.
Saudosa, Evenir relembra o tempo em que não pagava aluguel para uso do box, nem tinha despesas com água (necessária para regar as plantas) ou vigilância (feita pelos guardas municipais). Atualmente, além da despesa com água, de aproximadamente R$16,00, ela paga mensalmente R$60,00 de aluguel, além de idêntico valor para custear a vigilância particular. Para piorar, afirma que as vendas são muito inferiores aos valores de antigamente (seu faturamento diário normalmente não chega a cem reais).

Foto de Ana Luíza

Além disso, Evenir tem muitas queixas com relação à manutenção do bosque, que considera muito precária. Já participou de inúmeras reuniões com autoridades municipais e que já firmou vários abaixo-assinados, juntamente com as pessoas que ali trabalham e frequentam, pleiteando melhorias. Ela quer que seja instalada uma guarita da polícia. Reclama que assaltos acontecem com frequência, ao meio-dia e à noite, sobretudo na área mais central do bosque. Pede ainda que sejam instalados banheiros e colocados cestos de lixo (antigamente existentes), pois reclama que há fezes por toda parte e que as pessoas jogam lixo até nos jarros das plantas que ela vende.


O Bosque visto da rua Eduardo Garcia

Com ar de tristeza, conclui que as autoridades são indiferentes aos justos pleitos formulados pela comunidade que ali frequenta e trabalha. Por fim, mostra-se sem esperança quanto à solução dos problemas apontados.
E é por tudo isso que o Bosque Eudoro Correia é a Praça do Hospital Militar, ou a Praça das Flores, ou, ainda, a Feira das Flores. Todos esses nomes são demonstrações do afeto que a população de Fortaleza tem pelo local, sobretudo as pessoas que ali trabalham e as que moram nas proximidades, que são seus maiores usuários. Por último, uma visão e um desejo. Para que o bosque ficasse ainda mais agradável, interessante seria que as autoridades locais, hoje tão omissas, tivessem pelo belo e florido espaço o mesmo carinho que a ele destinam seus apaixonados frequentadores.


*Eudoro Correia nasceu no Rio Grande do Sul em 23 de dezembro de 1869. Aos 18 anos sentou praça no Exército e ingressou na Escola Militar do seu estado natal; dois anos depois, transferiu-se para a recém-criada Escola Militar do Ceará. Também cursou a Escola Militar do Rio de Janeiro, de onde saiu como Aspirante na Arma de Artilharia
Fez carreira rápida; em 1904 conclui o curso de Estado Maior e Engenharia Militar, recebendo o grau de Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas. 
Retomou ao Ceará em 1908 e casou com a jovem Ester de Magalhães Brígido, que lhe deu um casal de filhos. Prefeito de Recife (PE) no período de 1911 a 1914, quando foi servir no 20º Regimento de Artilharia Montada em Curitiba (PR), em 1915 assumiu a função de membro da Junta de Revisão e Sorteio Militar em Fortaleza; depois, incumbiu-se do serviço de reconhecimento estatístico do Estado do Ceará
Em 1917, em Natal (RN), instalou e comandou uma Bateria de Artilharia; no ano seguinte, foi designado para a chefia do Serviço de Recrutamento Militar da 6° Região em Recife. Chefiou a 5a Circunscrição de Recrutamento em Fortaleza, comandou o forte de Obidos (PA) e foi Diretor de Administração do Exército no Rio de Janeiro. Chefiou o Estado Maior das Regiões Militares sediadas em Belém e Recife. 
Comandante do Colégio Militar do Ceará, de agosto de 1923 a dezembro de 1936, promoveu administração altamente proveitosa, seja na modernização e melhoria das instalações, seja no aprimoramento dos padrões de ensino, conceituando o estabelecimento como um dos melhores que o País já teve. 
Atingiu o generalato na Reserva do Exército, e faleceu em 10 de agosto de 1961, deixando o seu nome indelevelmente ligado à história militar e à educação no Ceará.


Editado em 2016:

Com o intuito de incentivar a vivência dos espaços públicos e o lazer ao ar livre, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, entregou no dia 15 de maio de 2016, totalmente reformada, a nova Praça das Flores, que recebeu oficialmente o nome de Praça Doutor Carlos Alberto Studart Gomes.


A praça foi adotada pelo Grupo BSPAR, que reformou o equipamento e será parceiro do Poder Executivo na manutenção do espaço. Após a reforma, o local, que possui aproximadamente 22 mil m², recebeu nova iluminação; um espaço de artes, onde haverá exposição de produtos da Ceart; padronização dos 34 boxes de venda de flores, 11 mil m² de piso intertravado, banheiros, banca de revista; um boulevard, que liga a Avenida Padre Antônio Tomás à Rua Eduardo Garcia; acessibilidade, novo mobiliário urbano e quadra poliesportiva, além de um oratório, que foi construído atendendo a um pedido da comunidade.

O equipamento público também recebeu uma academia ao ar livre, com 22 aparelhos, distribuídos em uma área de 113 m², visando à melhoria da condição física, qualidade de vida e a saúde das pessoas. Já para as crianças, foi instalado um playground, com sete brinquedos e piso emborrachado, que incentivam a criatividade infantil. Respeitando o uso igualitário e estimulando a inclusão, um destes brinquedos é exclusivo para crianças com mobilidade reduzida. A Unimed Ceará instalou e fará a manutenção do playground e dos aparelhos para atividade física, sendo esta a sexta academia ao ar livre instalada pela empresa na Regional II.
Importante salientar que toda a arborização original da praça foi mantida e ampliada.

Créditos: Sérgio Paiva de Alencar, Cronologia Ilustrada de Fortaleza
de Miguel Ângelo de Azevedo, Portal do Ceará/Gildásio Sá/ https://www.fortaleza.ce.gov.br e pesquisas na internet

Instituto Dr. José Frota


A Assistência Municipal - Foto da época da inauguração

A primeira referência à Assistência Municipal feita no "Almanaque do Ceará" foi em 1937, como "Assistência Pública Municipal", dirigida pelo Dr. José Deusdedit de Vasconcelos, mas não indica o local de funcionamento. No mesmo almanaque, para o ano de 1939 o diretor é o Dr. José Ribeiro da Costa, tendo como auxiliar o médico José Ribeiro da Frota, que no almanaque para 1940 já vem como diretor. O nome simplificado de "Assistência Municipal" aparece pela primeira vez em 1947.


Arquivo Carlos Juaçaba


A pedra fundamental do prédio foi assentada no dia 12 de setembro de 1938 e sua inauguração se deu a 26 de maio de 1940. Anos depois a velha Assistência Municipal recebeu o nome de Instituto Dr. José Frota, em homenagem ao Dr. José Ribeiro da Frota.
O nome partiu da iniciativa do então prefeito José Walter Cavalcante, que com isso quis homenagear o seu primeiro diretor.


Foto Alex Mendes

As duas fotos mostram as diferenças havidas entre as duas épocas, com o aumento do prédio para os lados, tanto pela rua Antônio Pompeu como pela Senador Pompeu; a fachada principal que antigamente ficava na esquina foi deslocada para o lado esquerdo, pela Antônio Pompeu; a porta e as janelas da esquina foram fechadas com alvenaria e foram colocados aparelhos de ar-condicionado; as outras janelas de todo o prédio foram diminuídas em sua altura; os degraus da antiga porta da esquina também foram destruídos. Depois a porta da esquina foi reaberta.

O grande prédio que vemos no pequeno trecho do lado direito da foto atual é hoje o prédio principal do Instituto José Frota que continua atendendo aos acidentados de todo o estado do Ceará e até vizinhos.


Saiba mais

Em 22 de agosto de 1932, foi inaugurado o primeiro Serviço de Pronto Socorro de Fortaleza, com apenas uma ambulância, através de um convênio com a Santa Casa de Misericórdia. Quatro anos depois, em 31 de dezembro de 1936, houve a rescisão deste contrato e foi fundada a Assistência Pública de Fortaleza. A partir desta data, os serviços Médico-Cirúrgicos de Urgência passaram a funcionar nas dependências do Hospital Central da Polícia Militar.

Em 1940, devido ao crescimento demográfico e urbano de Fortaleza decorrente da instalação das primeiras indústrias e do aumento do número de veículos, as estatísticas de acidentes aumentaram e esse fato impulsionou a construção da sede definitiva da Assistência Pública de Fortaleza. A sede dispunha de trinta leitos que eram divididos em quatro enfermarias; enfermaria de repouso; sala de raio x; sala de curativos; sala de cirurgia; sala de esterilização; e alguns serviços administrativos. Desde então, diversas ampliações foram feitas.



Em 1970, a unidade de saúde recebeu o título de Autarquia Municipal e foi nomeada como Instituto Dr. José Frota - homenagem concedida pelo Prefeito José Walter ao ex-Diretor da instituição.

No dia 17 de outubro de 1993, o então Prefeito Juraci Magalhães inaugurou o “novo IJF”, com uma área de aproximadamente 25.000m² e nove pavimentos distribuídos em um prédio vertical. Nesse período, foi construído um novo bloco de internações e o número de leitos foi ampliado para 416.

Na gestão da Prefeita Luizianne Lins, o Instituto Dr. José Frota passou por diversas reformas que contemplaram setores estratégicos do hospital: Emergência, Centro Cirúrgico, Centro de Tratamento de Queimados e Unidade de Terapia Intensiva. Além disso, também foi priorizada a modernização dos equipamentos médico-hospitalares e a contratação de profissionais da saúde. A cobertura do IJF foi contemplada com um heliponto que facilitará o transporte de pacientes advindos de resgates aéreos.

Na foto, a antiga porta da esquina fechada com alvenaria

Atualmente, o IJF é o maior hospital terciário de Urgência e Emergência do Estado, sendo referência no atendimento aos pacientes traumatizados. Possui uma capacidade instalada de 425 leitos e realiza uma média de 15.500 atendimentos por mês. São 2.191 servidores empenhados em prestar um serviço eficaz à população.

Foto atual do prédio do IJF - Por Francisco Edson Mendonça

Serviços


  • Centro de imagens com raio-x, ultrassom e tomografia computadorizada 
  • Emergências adulta, pediátrica e traumatológica 
  • Salas de pequenas cirurgias 
  • Sala de reanimação 
  • Salas para pacientes em estado grave e estabilizados (Risco I e Risco II) 
  • Enfermaria 
  • Centro cirúrgico 
  • 4 UTI’s 
  • Hemodiálise 
  • Ecocardiograma 
  • Unidade para pacientes vítimas de traumatismo buco maxilo facial 
  • Centro de tratamento de queimados 
  • Banco de sangue 
  • Centro de assistência toxicológica 
  • Comissão de prevenção e atendimento aos maus tratos contra crianças e adolescentes 
  • Ambulatório da dor 
  • Comissão intra hospitalar de doação de órgão e tecido para transplante 


"A pedra fundamental no local hoje existente verificou-se aos 12 de setembro de 1938, e seria inaugurado em maio dois anos após. Já no final dos anos de 1960, a nomenclatura de Assistência Municipal desapareceu e, em homenagem ao Dr. José frota o nome adquiriu mais expressão.

No início o prédio era na esquina chamada “Pompéia”, afinal, era o cruzamento das ruas Senador Pompeu com Antonio Pompeu. Agora devido à construção ampliando o hospital, já na gestão Juraci Magalhães (Um dos Melhores Prefeitos de Fortaleza), em 1993 foi inaugurado por Antonio Cambraia o colossal Instituto José Frota, que devido ligar as ruas Senador Pompeu com Barão do Rio Branco, recebeu o apelido de Frotão." Assis Lima

Instituto Dr. José Frota
Rua Barão do Rio Branco, 1816  
Fone: 3255-5000




Créditos: Site Oficial do IJF, Blog do Guilhon e ao amigo Fernando Amora 

terça-feira, 20 de julho de 2010

Antiga Sé - Igreja de São José


A Ordem Régia de 16 de fevereiro de 1699 resolvia sobre a construção de uma igreja, que foi a primeira capela-mor da Matriz de Fortaleza, cuja construção foi autorizada por Ordem Régia de 12/2/1746.

A igreja foi terminada por volta de 1795, mas em 1821, foi demolida e em seu lugar levantada uma outra que foi inaugurada após 34 anos, em 1854 e é a que vemos na foto mais antiga que data de 1938.

Foi dia de festa em Fortaleza, em 2 de abril de 1854, quando foi inaugurada a Igreja de São José, que ainda não estava completamente pronta.

O primeiro bispo do Ceará foi Dom Luís Antônio dos Santos. Sua posse se deu no dia 29 de setembro de 1861, passando a antiga Matriz a Catedral.

Em 11 de setembro de 1938, ano da foto mais antiga, realiza-se a última missa na Catedral Metropolitana de Fortaleza (Igreja de São José), sendo transferida a imagem de São José para a Igreja do Rosário, para ser dado início a sua demolição que foi registrada em filme de 9.5mm (Pathé Baby) por Rubens de Azevedo, para a Sociedade dos Amadores de Cinema, mas as imagens perderam-se no tempo.

No dia 15 de agosto de 1939, é lançada a pedra fundamental da Catedral Metropolitana de Fortaleza (Igreja da Sé), a atual, que também levou mais de 40 anos para ser construída, no mesmo local da que fora demolida, cerimônia oficiada pelo Arcebispo Metropolitano Dom Manoel da Silva Gomes.
Na foto mais antiga, que data de 1938, colhida pela objetiva da Aba Film, vemos além da Igreja e da estátua de D. Pedro II, um bonde elétrico, combustores a gás, do lado direito casas que não mais existem e ao fundo, parte do Palácio do Bispo, hoje Paço Municipal.

A segunda foto, do fotógrafo Osmar Onofre, mostra a Catedral atual, a estátua de D. Pedro II e algumas árvores. A praça estava em obras, pois houve a implosão do Fórum Clóvis Beviláqua e a Praça Caio Prado ganhou aquele terreno, passando a ter espaço muito maior. A última foto já foi tirada após a reconstrução da praça.

Crédito:Portal da História do Ceará

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